Fanfics Brasil - Capítulo 5 Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada

Fanfic: Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada | Tema: Vondy, Romance


Capítulo: Capítulo 5

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Na manhã seguinte, a ponte levadiça foi finalmente abaixada sobre a vala profunda que cercava o castelo e o grupo liderado por Delamere pôde entrar em Dunrnurrow. Acostumada ao movimento incessante de Belvry, Dulce ficou surpresa ao descobrir o pátio quase deserto. A cons­trução parecia vazia! Sabendo como Alice interpretaria aquela ausência de pessoas, evitou fitar a serva.


Mesmo considerando a lenda criada em torno do Ca­valeiro Vermelho um punhado de bobagens, Dulce não conseguiu evitar a sensação desagradável, beirando ao pavor, que a invadiu ao ouvir a ponte levadiça sendo alçada de volta. Por um instante sentiu-se trancada dentro do um covil, à mercê de feras...


Determinada a enfrentar a situação a qualquer custo, procurou dominar o medo enquanto um guarda os con­duziu à parte interna do castelo. Porém o salão de Dun­murrow não lhe trouxe conforto algum. Imenso e escuro, cheirava a fumaça e mofo, sendo possível enxergar ca­madas grossas de sujeira acumuladas nas paredes. Que tipo de homem seria esse, capaz de deixar a própria casa nestas condições? As janelas estreitas estavam fechadas, quase não deixando passar os raios tímidos de Sol, in­suficientes para romper a escuridão.


Falta de iluminação adequada não era algo incomum, especialmente em construções antigas como o castelo de Dunmurrow, mas em geral o problema era contornado com o auxilio de velas e tochas, deixadas acesas durante o dia inteiro. Entretanto, apesar do tamanho impressio­nante do salão, quase não se viam velas.


Dulce estremeceu e olhou ao redor, procurando en­xergar através das sombras. Embora a lareira estivesse acesa, o fogo baixo de pouco servia para oferecer calor e conforto. De onde estava, a outra extremidade do salão era impenetrável, imersa em trevas sufocantes. Dulce recusava-se a fitar Alice que se aproximara do sacerdote como se buscasse proteção.


O grupo permaneceu em silêncio, a atmosfera opres­sora envolvendo-os como um manto. Dentro do silêncio pesado ouviam-se apenas os passos impacientes de De­lamere. O emissário do rei andava de um lado para o outro sem disfarçar a irritação crescente. Acostumado a ser tratado com uma certa deferência, não se conformava com o descaso mostrado pelo barão UCkermann, espe­cialmente depois da noite passada ao relento.


Quando Delamere parecia a ponto de explodir, um ser­vo anunciou que o Cavaleiro Vermelho mandara lhes ser­vir uma refeição. Mesmo ainda sendo um tanto cedo para o almoço, os homens se atiraram à comida, como se es­tivessem famintos não só de alimentos mas de algo que lhes desse uma sensação de normalidade.


Alice: Vamos, coma, minha lady - Alice murmurou pu­xando a jovem para o seu lado.


Porém Dulce sentia-se incapaz de comer; não quando tinha consciência da gravidade da tarefa que a aguar­dava. De repente seu plano lhe parecia ousado demais, incerto demais para alcançar o sucesso. Além de tudo o castelo de Uckermann a perturbava profundamente, inquietando-a ao extremo. Até o momento presente, o homem fazia jus à sua reputação.


Um único servo ia e vinha da cozinha, trazendo tra­vessas, fatiando a carne assada, servindo cerveja.


Dulce: Onde estão todos? - ela indagou assombrada, sem na verdade esperar qualquer resposta. Acostumada ao movimento do salão principal em Belvry, onde as vozes das damas, cavaleiros, servos e visitantes se misturavam numa alegre algazarra, era impossível não se ressentir desse silêncio lúgubre. O castelo era muito quieto, o eco das paredes vazias transformando qualquer barulho num Bom ameaçador.


Alice: Ele é inumano, pode estar certa disso - Alice sus­surrou horrorizada.


Dulce: Não é inumano viver na pobreza - Dulce retru­cou, um ar pensativo no rosto. - Só agora percebi como sempre tomei certas coisas como garantidas. O castelo que meu pai construiu quando jovem ainda está em óti­mas condições nos dias de hoje, cheio de luz, belas pin­turas, tapeçarias delicadas. E também muitos servos cumprindo suas obrigações...


Alice: Grande parte disso se deve a você, minha lady. Os homens, quando deixados por sua própria conta, em geral acabam se descuidando da comida e da limpeza. - Alice foz uma careta de desagrado.


Dulce: Concordo inteiramente. - Pelo pouco que Dulce conseguira ver até então, o castelo Dunmurrow parecia imundo. Uma grossa camada de sujeira cobria o chão e o ar tinha o cheiro desagradável de alimentos estragados e lixo acumulado. As paredes estavam pretas de fumaça, as mesas sujas e ásperas. Os pratos usados na refeição nadavam em gordura e ela se perguntou se o resto do castelo também estava naquelas tristes condições.


Servida em pratos limpos ou não, a verdade é que a comida tinha um gosto intragável. Depois de provar o primeiro pedaço da carne, Dulce deu-se por satisfeita e mordiscou uma fatia de pão enquanto os outros conti­nuavam a almoçar. E como almoçaram. A refeição deu a impressão de durar para sempre, servindo apenas para aumentar seu estado de agitação.


De qualquer maneira todos pareciam mais relaxados com os estômagos cheios, à exceção de Delamere e Dulce, cada qual mais furioso do que o outro.


Alice: Vamos, minha lady, beba alguma coisa - Alice insistiu, procurando acalmá-la.


Dulce: Não quero nada, quero apenas dar esse caso por encerrado. Mal posso esperar que Uckermann apareça para resolver o assunto. Assim poderemos ir embora logo!


Alice: Psiu! - A criada apontou discretamente na direção de Delamere.


Dulce ignorou o aviso.


Dulce: Por que a demora? Por que somos obrigados a aguar­dar aqui como mendigos depois de termos sido forçados a passar a noite do lado de fora do castelo?


Alice: Minha lady, por favor, cuidado com a língua. As paredes têm ouvidos. Não seria sensato desafiar a ira do Cavaleiro Vermelho.


Dulce: Pois não me importo se ele é o próprio diabo en­carnado. Se não formos admitidos na sua presença he­rética neste instante, partirei para Belvry. Claro que as­sim a ordem do rei perderá o valor.


Alice cobriu o rosto com as mãos, apavorada, enquanto Delamere fuzilava Dulce com o olhar. Como se aguar­dasse o momento certo para interferir, um servo chamado Cecil deu um passo à frente.


Cecil: Se minha lady e este cavaleiro fizerem o favor de me acompanhar, meu lorde está pronto para recebê-los agora.


Por um momento Dulce pensou em levar Alice tam­bém, mas acabou decidindo que o melhor era deixá-la no salão, na companhia dos outros. Se o Cavaleiro Ver­melho fosse metade do que os rumores envolvendo sua reputação afirmavam, provavelmente a criada desmaia­ria de novo.


Cecil os conduziu através de um corredor gelado até li ma escada em espiral. Era quase impossível enxergar os degraus, tão espessa a escuridão. O castiçal levado pelo servo silencioso de pouco adiantava e ela mal per­cebeu quando pararam diante de uma porta de madeira maciça. Então Cecil abriu-a e fez um sinal para que entrassem.


Dulce presumiu que estivessem nos aposentos do Ca­valeiro Vermelho, no próprio covil da fera. Depois do frio penetrante do corredor, o calor dentro do quarto imenso era mais do que bem-vindo. Ela aproximou-se da lareira para estendeu as mãos para aquecê-las, enquanto olhava ao redor curiosa. Se houvessem janelas, deviam estar her­meticamente fechadas porque o único foco de iluminação vinha do fogo pálido. Com muita dificuldade, percebeu que as paredes eram pintadas de vermelho claro e as cortinas de veludo acompanhavam o mesmo tom. Na ver­dade, um ambiente perfeito para Uckermann conside­rando todos os rumores, é claro.


Sem tochas ou castiçais para aliviar as trevas, estavam lodos envolvidos numa escuridão quase total.


Bem longe deles, envolto pelas sombras mais pesadas, destacava-se a figura de um homem altíssimo, ladeado por dois cachorros enormes.


Seria Uckermann? Dulce focalizou bem os olhos tentando enxergá-lo melhor, porém por mais que se esforçasse, não conseguia vê-la com nitidez. Contudo não linha dúvidas de que, apesar de sentado, era um homem muito, muito maior do que Delamere. Além da altura, era impossível distinguir as feições do rosto, a cor e o comprimento dos cabelos ou mesmo as roupas que o des­conhecido usava. Embora o instinto lhe dissesse que es­tava frente a frente com o Cavaleiro Vermelho, ainda assim não podia ver nada além de uma silhueta escura.


Toda aquela circunstância incomum era bastante in­quietante. Que tipo de homem seria ele? Será que pro­curava assustá-los propositalmente? Dulce jamais te­mera a noite e nunca acreditara nas histórias fantásticas que se contavam sobre o barão Uckermann. Mesmo assim não conseguiu evitar os tremores que a sacudiram da cabeça aos pés, como um aviso carregado de maus presságios.


Se estivesse presente, Alice, com certeza, teria caído desmaiada no chão.



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Autor(a): delenavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 26/07/2020 - 04:04:22

    Poxaaa, não acredito que já acabou, que fanfic incrível, amei a história de amor e superação do casal Vondy, que coisa mais linda eles terem tido uma filha e amei o Christopher vendo o veado branco, ainnn uma pena que já tenha chegado ao fim, obrigada por essa história tão linda, você nos conquistou através dela, te acompanharei não segunda temporada Delena com certeza, beijinhosss e parabéns, você arrasou <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:05:29

    Não acredito no quanto esse Gilbert é covarde, amo os cachorrinhos protegendo a Dul, pô Glenna tinha que aparecer justo naquele momento? Tadinha da Dul, como será que ela vai sair dessa? Espero que o Christopher tenha previsto isso e salve-a, continuaaa, tô aqui angustiada, deveria ser pecado escrever esses capítulos e não ter a continuacão kkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 25/07/2020 - 20:12:57

      Esse Gilbert é muito covarde...kkkkk Vc vai ver quando ele ficar frente a frente com o Cavaleiro Vermelho. Sobre a Dulce ela vai ter uma ajudinha de uma pessoa só lendo pra saber...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:03:32

    MEU DEUSSSS, A DUL TÁ GRÁVIDAAAA, eu sabia que ela ia estar gravidissima quando ele voltasse, amo a velhinha feiticeira, ela é até boazinha vai <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:02:06

    Meu Deus, que angústia ver ele indo lutar por ela e Belvry e ela sem poder fazer nada tadinha, meu coracão chega ficou pequenininho de ver o sofrimento deles dois, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:20:08

    ALELUIA, a visão dele voltou, achei tão fofo a Dul chorando, esses dois merecem ser tão felizes, essa se tornou sem dúvidas uma das minhas favoritas, continuaaa, amei o Poncho jurando que sabia de tudo mas não sabia de nada tadinho kkkkkkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:43:24

      O Poncho sabe de nada inocente...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:18:57

    MEU DEUSSSS, Alice vai casar com Pasquaaaa, que fofenhoooo, espero que eles facam uma boa viagem e tudo fique bem <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:42:12

      Sim muito fofo os dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:32:09

    Ai minha paciência viu? P esses machos que não aceitam um NÃO na cara, tenha a santa paciência Senhor! Quero só ver quando ele descobrir quem o Cavaleiro Vermelho é de verdade KKKKKKKK ai ai Gilbertizinho, eu contava os dias de vida pq ele morresse não ia ser nada estranho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:24:31

    Não acredito que ele tá voltando a enxergar AAAAAAAA que felicidade! Só quero que ele consiga ver ela, vai ser tão emocionante quando isso acontecer pela primeira vez cara! Quero ver eles dois juntinhosss e com um baby Saviñón Uckermann a caminho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:56

    Fiquei tão orgulhosa dele quando ele salvou ela <3 Esse veado branco realmente trouxe muuuitaaaa sorte pra eles dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:25

    Ainnn que coisa mais linda, tô muito apaixonada neles dois! Dulce, meu Deus, QUE MULHER viu? Revolucionou a vida dele pra melhor claro <3


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