Fanfics Brasil - Capítulo 50 Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada

Fanfic: Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada | Tema: Vondy, Romance


Capítulo: Capítulo 50

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Dulce estava enfraquecida e ofegante quando finalmente saíram da água já fria e foram para a cama. No mesmo instante aconchegou-se ao corpo viril e reconfor­tante, sentindo-se completamente serena pela primeira vez desde que pusera os pés dentro do castelo Dunmur­row. Eu te amo, Christopher, ela repetiu para si mesma e sorriu feliz. Quem teria imaginado que a sua escolha de marido acabaria se provando tão correta?


Jamais lhe passara pela cabeça apaixonar-se pelo Ca­valeiro Vermelho e nunca imaginara as delícias que en­contraria na cama, e no banho conjugal. Ela corou ao pensar na maneira como Christopher a tinha amado. Embora as vezes anteriores houvessem sido maravilhosas, hoje à noite ele fora positivamente exuberante. Talvez porque ambos tivessem percebido o quão preciosa é a vida. Depois da experiência terrível de se ver à beira da morte por afogamento, Dulce passara a apreciar o simples fato de existir com um respeito renovado. E não havia um modo melhor de celebrar a bênção da vida do que amar o marido.


Dulce: Obrigada por me salvar - murmurou carinhosa.


Chrsitopher: Você valia a pena o esforço - ele respondeu, aper­tando-lhe as nádegas.


Dulce descansou a cabeça no peito largo, contente com as palavras um tanto desajeitadas de Christopher. Apesar do Cavaleiro Vermelho não tocar no assunto, ela sabia muito bem que o casamento forçado não fora de seu agra­do. Porém não tinha dúvidas que, desde então, os sentimentos masculinos haviam se tornado mais ternos. Ou então por que um homem cego se atiraria num lago gelado em pleno inverno? Só de pensar no perigo que o obrigara a correr, sentia-se literalmente apavorada.


Dulce: Você poderia ter se afogado ou morrido congelado.


Christopher: Creio que nadar um pouco me fez muito bem. ­


Alguma coisa no tom de voz do marido chamou-lhe a atenção, levando-a a fitá-lo. Um sorriso tranquilo brilha­va nos lábios sensuais.


Dulce: Como? - Dulce indagou intrigada. Desde o início esperava uma repreensão por tê-los arrastado para o meio da floresta, expondo-os a toda sorte de imprevistos. Christopher estava coberto de razão quando a alertara para os perigos de uma cavalgada ao ar livre. Entretanto, apesar da tragédia que quase acontecera, ele parecia bastante satisfeito. O que era de se estranhar.


Christopher: Pela primeira vez, desde a batalha em que perdi a visão, não sinto dor. Meus olhos não estão doendo. - ele falou num murmúrio que era quase para si mesmo.


Dulce: Por quê? Na sua opinião, o que teria causado isso? O frio? A água? - Dulce sentou-se na cama e fitou marido fixamente, como se aquela face viril pudesse revelar algum segredo. Mas como sempre a cama estava envolta na escuridão total e o rosto amado não dizia nada.


Dulce: Talvez a baixa temperatura tenha diminuído pouco a intensidade da dor - ela falou afinal.


Christopher: Foi o que pensei a princípio, porém cada centímetro de meu corpo ficou aquecido durante o longo banho imersão, e ainda assim continuo sem sentir nada, nem o menor desconforto.


Ela sorriu. Então ali estava a explicação para a noite um tanto diferente das outras. Pela primeira vez Christopher não estivera lutando contra a dor constante que o incomodava desde o acidente.


Dulce: Se não foi por causa do frio... Só pode ter sido a água! Você costuma banhar os olhos com frequência?


Christopher: Eu o fazia no início, contudo as várias soluções que tentei não tiveram o menor efeito. A dor continuou.


Dulce: Isso foi a um bom tempo atrás - ela protestou. - Se você tinha mesmo estilhaços de pedra cravado nos olhos, alguns deles poderiam estar enterrados tão fundo que levaria meses até serem expulsos pelo seu organismo. A água provavelmente os puxou para fora. Talvez sua visão possa retornar! - Entusiasmada com a possibilidade, Dulce ergueu a voz, entregando-se à esperança.


Entretanto a reação de Christopher foi inversa. Ele ficou rígido, o corpo inteiro tenso.


Christopher: Por favor, não alimente expectativas altas ou a decepção será maior. Eu não acredito em milagres.


Dulce: Não? - ela perguntou desafiante, recusando-se a ter o entusiasmo diminuído. - Você não acreditava na lenda do veado branco e veja só o que aconteceu! Pois o animal apareceu e não causou mal algum me atirando dentro do lago, mas apenas o bem.


Christopher: Você é supersticiosa demais, esposa.


Talvez, Dulce pensou, porém lembrava-se com exa­tidão do jeito com que o animal a olhara e o pensamento a fez sorrir. Há coisas em que vale a pena acreditar e no Natal tudo se torna possível, mesmo aquilo que o bom senso considera irrealizável.


*******************************


As coisas começaram a acontecer de maneira gradual. Foi logo alguns dias depois da Epifania que Christopher percebeu algo diferente. Toda manhã, Dulce costu­mava abrir as cortinas do quarto (aliás, quer ele qui­sesse ou não), antes de se preparar para enfrentar as tarefas do dia.


Como ela dava tanta importância ao seu corpo, pare­cendo não se cansar de admirá-lo, Christopher sabia que podia convencê-la a voltar para a cama se expusesse à cla­ridade. Por isso aceitava que as cortinas fossem abertas sem reclamar. Mas assim que a esposa saía, chamava Cecil e o fazia escurecer novamente o ambiente. Na ver­dade tinha um medo mórbido de que alguém aparecesse de repente e descobrisse o seu segredo traindo-o e entregando-o ao inimigo. Se isso acontecesse, o paraíso cons­truído dentro das paredes de Dunmurrow não tardaria a virar um inferno. A escuridão o protegia.


Hoje era um dia como outro qualquer. Porém ao ouvir o barulho das cortinas sendo abertas e perceber a leve corrente de ar, Christopher tomou consciência de uma outra coisa: luz. A percepção foi tão brusca e inesperada que o deixou imóvel sobre a cama, sem saber como lidar com a sensação estranha. A sensação de que a escuridão o assombrava há meses perdera um pouco da intensidade.


Dulce: Christopher, tenho que me apressar! - Dulce falou, trazendo-o de volta à realidade. - Hoje vou começar a organizar a tecelagem. Talvez muito em breve todos possamos ter algumas roupas novas para nos aquecer.


Christopher: Pois eu prefiro você sem uma única peça de roupa sobre o corpo - Uckermann resmungou.


Ela riu, o som cristalino e encantador passando primeira vez despercebido aos ouvidos do marido. Ele só conseguia presta atenção àquela luz tênue e abençoada. O que causara isso?


Dulce: Ah, se ao menos eu pudesse ficar mais um pouco.


Christopher: Não me provoque, mulher. - Christopher sentiu os dedos delicados da esposa tocarem-no no peito, um perfume suave inebriando seus sentidos como um vinho potente.


Pouco depois ela se afastava para terminar de vestir-se, deixando-o verdadeiramente desapontado.


Dulce: Prometo que hoje à noite teremos todo o tempo do mundo.


Christopher: Talvez durante o jantar. - Ágil, Uckermann conseguiu beijá-la antes de lhe dar permissão para sair quarto. - Tome cuidado para não se esquecer da hora.


Dulce: Não se preocupe, querido. Eu jamais perderia a hora. Quer que eu mande Cecil entrar agora?


Christopher: Não. Eu mesmo o chamo quando precisar.


Ao ouvir a porta sendo fechada, Christopher, pela primeira vez, sentiu-se satisfeito com a ausência da esposa. Apesar de sempre sentir uma falta terrível de Dulce, hoje de manhã precisava estar só consigo mesmo, porque ainda não se sentia pronto para partilhar a recente descoberta.


Sequer chamou o servo. Apenas permaneceu imóvel como se tivesse criado raízes. Tinha medo de se mexer porque o movimento poderia destruir a luz. Quem sabe não estava apenas imaginando? Quem sabe a tênue claridade não passava de uma faceta da sua cegueira, destinada a atormentá-lo? Será que o quarto voltaria a escuridão se fechasse os olhos por alguns segundos? Seu coração batia tanto no peito como se estivesse se preparando para enfrentar a mais terrível das batalhas e, na verdade, sentia-se mais assustado agora do que em ne­nhum outro momento de sua vida.


Contudo sabia que precisava agir, tomar uma atitude. Bem devagar, mas com firmeza, fechou os olhos. Então contou até a dez e tornou a abri-los. Não, não se tratava de imaginação. O mundo, que estivera imerso numa es­curidão total por tanto tempo, agora se tornara mais claro.


Christopher voltou a cabeça na direção da janela e a claridade intensa fez seus olhos lacrimejarem. O que significaria essa mudança? Trêmulo, encostou a cabeça no travesseiro e voltou a fechar os olhos. Mas desta vez os fechou pro­curando se proteger de uma emoção proibida... procuran­do se proteger da esperança.


Christopher não disse uma única palavra sobre o assunto à esposa. Também permaneceu calado quando, alguns dias depois, começou a enxergar sombras e formas no meio do cinza. Mandou que Cecil colocasse castiçais nos apo­sentos principais e se Dulce achava sua atitude estranha, ela não fez qualquer comentário. Com certeza acre­ditava que o marido procurava uma maneira de agradá-la e ele nada fez para tirar-lhe essa impressão.


Ao ouvir o barulho de passos, Christopher ergueu a cabeça na direção do som. E lá estava: sua esposa, de pé, diante da lareira. Foi precisa uma enorme força de vontade para manter a compostura enquanto enxergava os contornos da figura esguia pela primeira vez na vida. Sem que conseguisse controlar, deixou escapar um gemido rouco, atordoado pela violência da emoção.


Dulce interpretou o ruído de outra forma, achando que o marido estava ansioso para possuí-la.


Dulce: Você não quer esperar pelo nosso jantar? - indagou faceira, a voz bela e musical inundando-o de prazer.


Christopher: Não - Christopher respondeu num tom rouco e ansioso, os pensamentos voando na direção da paixão. - Quero possuí-la agora, sobre o tapete, no meio do quarto. - Só de imaginar o corpo da esposa sobre o seu, a luz do fogo iluminando a pele acetinada, sentia a virilidade imediatamente enrijecida.


Dulce: Mas Cecil... - ela protestou sem muita convicção - Que Cecil se dane... aliás, os dois!


Sorrindo, Christopher levantou-se da cama e caminhou na direção da mulher. Então tomou-a nos braços, as mãos se fechando ao redor dos seios firmes, a boca se apossando dos lábios úmidos.


E sobre o tapete, diante da lareira, entregaram ­desejo que não tinha fim.


 


 


Continua....



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Autor(a): delenavondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 26/07/2020 - 04:04:22

    Poxaaa, não acredito que já acabou, que fanfic incrível, amei a história de amor e superação do casal Vondy, que coisa mais linda eles terem tido uma filha e amei o Christopher vendo o veado branco, ainnn uma pena que já tenha chegado ao fim, obrigada por essa história tão linda, você nos conquistou através dela, te acompanharei não segunda temporada Delena com certeza, beijinhosss e parabéns, você arrasou <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:05:29

    Não acredito no quanto esse Gilbert é covarde, amo os cachorrinhos protegendo a Dul, pô Glenna tinha que aparecer justo naquele momento? Tadinha da Dul, como será que ela vai sair dessa? Espero que o Christopher tenha previsto isso e salve-a, continuaaa, tô aqui angustiada, deveria ser pecado escrever esses capítulos e não ter a continuacão kkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 25/07/2020 - 20:12:57

      Esse Gilbert é muito covarde...kkkkk Vc vai ver quando ele ficar frente a frente com o Cavaleiro Vermelho. Sobre a Dulce ela vai ter uma ajudinha de uma pessoa só lendo pra saber...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:03:32

    MEU DEUSSSS, A DUL TÁ GRÁVIDAAAA, eu sabia que ela ia estar gravidissima quando ele voltasse, amo a velhinha feiticeira, ela é até boazinha vai <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:02:06

    Meu Deus, que angústia ver ele indo lutar por ela e Belvry e ela sem poder fazer nada tadinha, meu coracão chega ficou pequenininho de ver o sofrimento deles dois, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:20:08

    ALELUIA, a visão dele voltou, achei tão fofo a Dul chorando, esses dois merecem ser tão felizes, essa se tornou sem dúvidas uma das minhas favoritas, continuaaa, amei o Poncho jurando que sabia de tudo mas não sabia de nada tadinho kkkkkkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:43:24

      O Poncho sabe de nada inocente...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:18:57

    MEU DEUSSSS, Alice vai casar com Pasquaaaa, que fofenhoooo, espero que eles facam uma boa viagem e tudo fique bem <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:42:12

      Sim muito fofo os dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:32:09

    Ai minha paciência viu? P esses machos que não aceitam um NÃO na cara, tenha a santa paciência Senhor! Quero só ver quando ele descobrir quem o Cavaleiro Vermelho é de verdade KKKKKKKK ai ai Gilbertizinho, eu contava os dias de vida pq ele morresse não ia ser nada estranho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:24:31

    Não acredito que ele tá voltando a enxergar AAAAAAAA que felicidade! Só quero que ele consiga ver ela, vai ser tão emocionante quando isso acontecer pela primeira vez cara! Quero ver eles dois juntinhosss e com um baby Saviñón Uckermann a caminho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:56

    Fiquei tão orgulhosa dele quando ele salvou ela <3 Esse veado branco realmente trouxe muuuitaaaa sorte pra eles dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:25

    Ainnn que coisa mais linda, tô muito apaixonada neles dois! Dulce, meu Deus, QUE MULHER viu? Revolucionou a vida dele pra melhor claro <3


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