Fanfics Brasil - Capítulo 69 Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada

Fanfic: Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada | Tema: Vondy, Romance


Capítulo: Capítulo 69

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As semanas foram se passando e aos poucos Christopher as­sumiu muitos dos deveres da esposa enquanto outros eram delegados a Cecil, Alice ou Pascoal, agora residentes permanentes do castelo. Pelo visto, a carreira de soldado de Pascoal havia terminado no dia em que ele se casara com Alice. Entretanto o homenzinho nunca parecera mais feliz, aliás, como todos em Dunmurrow. A atmosfera do castelo exalava paz.


Certo dia, ao caminhar na direção da cozinha para planejar o cardápio das refeições com Glenna, notou que um sacerdote acabara de entrar. Imediatamente foi ao encontro do recém-chegado. Embora tivesse requisitado um capelão para Dunmurrow algum tempo atrás, ainda não recebera nenhuma resposta do bispo e acreditara atraso à má fama do Cavaleiro Vermelho. Talvez aquele padre viera lhe trazer alguma mensagem ou até mesmo ocupar a posição.


Dulce: Bom dia - Dulce o cumprimentou, aproximando-se. Porém parou onde estava ao ver a expressão horrorizada de Glenna que correu do salão principal. Será que a cozinheira não queria um sacerdote em Dunrnurrow?


****: Bom dia para você também - o padre respondeu, secamente.


Não lhe sobrou mais tempo para questionar o comportamento de Glenna, porque de repente o homem deu um passo para a frente e segurou-a pelo braço, amea­çando-a com uma faca junto à garganta.


Dulce: Gilbert! - Dulce murmurou chocada. - Você está louco?


John: Talvez. E tudo por culpa daquele maldito do seu irmão. Ele tem me caçado como a um animal, me impedindo de escapar para onde quer que seja. Londres, o campo... não importa para onde eu vá, ele continua me seguindo, mesmo que eu não deixe rastros. Seu irmão é... inumano...


Dulce percebeu o desespero contido na voz completamente descontrolada de Gilbert. Ali estava um homem forçado para além de seus limites e à beira da insanidade. Um homem que já não tinha nada a perder, por isso ele lhe causava medo.


Dulce: Como foi que você conseguiu entrar aqui? - ela indagou devagar, esforçando-se para acalmá-lo.


John: Ouvi dizer na aldeia que você havia solicitado um sacerdote para Dunmurrow. Foi fácil conseguir um dis­farce e passar pelos portões.


Dulce: Quer dizer que você veio sozinho? - Mesmo sabendo o estado de profundo nervosismo e agitação em que Gilbert se encontrava, estava impressionada pela ousadia do barão.


John: Eu não tinha outra escolha. Não havia mais nin­guém ao meu lado, ninguém para me ajudar. Seu irmão conseguiu perseguir cada um de meus homens até matá-los ou convencê-los a se afastar de mim. No final da história não havia dinheiro no mundo capaz de trazer meus soldados de volta ou de conseguir novas alianças.


Gilbert não agira como um homem corajoso ao entrar em Dunmurrow, mas sim como uma criatura amedron­tada além do suportável. Pressionando a faca de encontro ao pescoço de Dulce, ele começou a caminhar na direção da porta, arrastando-a consigo.


Dlce: De nada lhe adiantará me levar com você - ela protestou. - Belvry jamais poderá lhe pertencer agora.


John: Sim, eu sei, e que o diabo carregue aquele castelo maldito! Quero apenas alcançar um lugar seguro e você será meu salvo-conduto. Tendo-a em minhas mãos, seu irmão não ousará me encostar um dedo.


Christopher: Escondendo-se atrás da barra da saia de uma mu­lher, Gilbert?


A voz de Christopher ecoou pelo salão, quase fazendo-a des­maiar de alívio. Logo atrás de seu lorde, Glenna retorcia as mãos angustiada. Com certeza a cozinheira reconhece­ra Gilbert e correra à procura de Uckermann.


Gilbert não parecia reconhecer o perigo ou a gravi­dade da situação porque despejava veneno e ironia por lidos os poros.


John: Então voltamos a nos encontrar, Cavaleiro Verme­lho. Mas você provou que a lenda criada em torno de seu nome não passa de uma mentira, você se mostrou destituído das habilidades e poderes que lhe são atribuídos. Se o maldito irmão de Dulce não tivesse vindo ao seu socorro, você já estaria morto a essas horas, destruído pelo meu exército!


Por um momento Dulce teve medo de que o marido perdesse a cabeça diante da provocação, porém ele permaneceu calmo e atento, um sorriso desdenhoso no rosto.


Christopher: Ah, só que você não acha que a chegada de Damon foi uma simples coincidência,não é mesmo? Foi somente por sua causa que fiz meu cunhado ressuscitar dos mortos.


Dulce fitou o marido com respeito redobrado. Nunca o vira lançar mão do mito criado em torno de si mesmo antes. Agora ali estava, seguro, controlado, enorme e ameaçador. Sim, Christopher parecia ter poderes que escapava a um mortal comum.


Apesar de ter sido afetado pelas palavras do Cavaleiro Vermelho, Gilbert riu, o som estridente demonstrando puro pavor.


John: Um conto de fadas. Ótimo para alimentar o mito dos aldeões, que devem adorar esse tipo de história. Agora, vamos, mexa-se, saia do caminho ou vou cortar a garganta da sua mulher.


Christopher: Solte-a agora e eu o deixarei viver.


Gilbert cuspiu no chão.


John: Faça o seu trabalho, Cavaleiro Vermelho. Chame os seus demônios e os deixe me destruírem.


Christopher: Está bem. - Christopher deu um assobio baixo e imediatamente duas formas negras e gigantescas pularam das sombras. Os cães avançaram sobre Gilbert e o jogaram no chão, sem que o barão tivesse chance de levantar um dedo para defender-se. Livre, Dulce caiu no chão de joelhos, esfregando o pescoço dolorido. Enquanto isso Gilbert urrava sob o ataque dos animais.


A um novo comando de seu dono, os cães se afastaram antes de, literalmente, arrancar pedaços da vítima.


Christopher: Minha vontade é matá-lo agora mesmo e resolver o assunto de uma vez por todas - Uckermann falou num tom frio e mortal. - Mas não quero irritar meu cunhado. Damon quer ter o privilégio de destruí-lo com as próprias mãos.


John: Não! - Ele tentou pegar a faca porém Christopher foi mais rápido e Gilbert caiu no chão, o coração transpas­sado pela espada do Cavaleiro Vermelho.


Horrorizada diante da cena, Dulce cobriu o rosto com as mãos, ouvindo o marido dar ordens aos servos de re­tirarem o corpo do barão. Então sentiu que braços fortes a erguiam do chão e a protegiam num abraço terno e amoroso.


Christopher: Creio que seus problemas com os vizinhos estão terminados, esposa.


Dulce: Damon vai ficar irritado - ela falou, mencionando a primeira coisa que lhe veio à cabeça.


Christopher: Sim. Seu irmão vai ficar muito... frustrado - Christopher concordou tomando-a no colo e levando-a para o quarto.


A última coisa que Dulce escutou antes de fechar a porta, foi a voz de Glenna dizendo aos outros criados:


Glenna: Só não sei explicar como os cachorros apareceram no salão tão de repente. Eles não estavam lá quando saí para chamar meu lorde.


Dulce ficou pensativa. Realmente não vira nem Cas­tor nem Pollux durante toda a cena com Gilbert e era possível que animais daquele tamanho lhe passassem despercebidos, mesmo que estivessem deitados sob uma cadeira, por exemplo. Ao olhar para o marido, um ar especulativo no rosto, Christopher apenas sorriu e respondeu a pergunta silenciosa sem hesitar.


Christopher: Castor e Pollux estavam no salão sim. Talvez você não os tenha notado.


Talvez sim, ela pensou, ou talvez não. Talvez houvesse um grão de verdade na lenda criada em torno do Cava­leiro Vermelho.,


*******************************


Damon chegou no dia seguinte, provavelmente se­guindo a pista de Gilbert. A frieza com que se dirigiu à irmã levou-a a imaginar que as notícias da morte do barão já o haviam alcançado.


A atmosfera estava tão tensa, que Dulce ficou aliviada quando Christopher chegou. Damon e ela nunca tinham sido muito unidos, porém desde o reencontro de ambos ele lhe parecia um verdadeiro estranho.


Christopher: É bom ver você outra vez, cunhado - Uckermann o cumprimentou, sentando-se à mesa e fitando-o impossível.


Damon: Segui a pista de Gilbert até aqui. Você o viu?


Christopher: Sim. O barão cruzou os portões de Dunmurrow ontem, junto com um grupo de aldeões. Estava disfarçado de sacerdote e tentou tomar minha esposa como refém.


Damon ergueu as sobrancelhas como se estivesse questionando, silenciosamente, o relaxamento da segurança do castelo que falhara duas vezes quase consecutivas. Christopher notou o insulto, porém enfrentou o olhar do cunhado com firmeza, seguro de si como sempre.


Christopher: Fui obrigado a matá-lo.


Uma palidez intensa se espalhou pelo rosto de Damon. Ele parecia um homem que passara toda a sua vida perseguindo um objetivo apenas para, no último momento, alguém o impedir de alcançá-lo. Ao perceber o estado de desânimo do irmão, Dulce teve vontade de abraçá-lo mas não o fez, sabendo que seu oferecimento de conforto não seria apreciado.


Damon: Ele era meu - Damon falou afinal.


Christopher: Sim, eu sei. Porém o homem estava dentro do meu castelo, ameaçando minha mulher.


Ansiosa para aliviar a tensão reinante, Dulce tentou dar um tom leve à conversa.


Dulce: Então Gilbert o obrigou a caçá-lo numa roda-viva?


Damon: Sim - o irmão respondeu, sem sequer fitá-la. - Primeiro ele foi atrás de Edward para advogar seu próprio, caso, porém o rei preferiu não tomar partido e ainda lhe chamou a atenção por ter se metido em encrencas com os vizinhos. - Damon fez uma pausa e olhou o cunhado com um novo respeito. - Aparentemente o rei o tem em alta conta.


Christopher aceitou o cumprimento e a admiração com um dar de ombros.


Christopher: Servi Edward durante muitos anos - falou com simplicidade.


Dulce: Meu marido não pretendia matar Gilbert. Ele disse ao barão que o estava reservando para você, mas pelo visto nosso antigo vizinho o temia mais do que qualquer outra coisa e preferiu arriscar ser morto naquele mesmo instante do que enfrentar a sua ira.


Damon: Sim, não tenho dúvidas de que seja verdade. Minhas desculpas, Christopher, por ter reagido de maneira tão intem­pestiva às notícias. Você fez o que precisou fazer. Mas deve entender como é difícil para mim saber que nunca terei vingado.


Christopher: Agora está tudo acabado, cunhado. Já é tempo de você seguir em frente com a própria vida e enterrar o passado.


O olhar de assombro de Damon era tão intenso que Dulce se perguntou que tipo de vida o irmão teria levado nos últimos cinco anos.


Dulce: Belvry agora lhe pertence - ela falou suavemente, na esperança de que a menção de seu lar pudesse ani­má-lo. - Embora Matthew seja um bom administrador, ainda assim deverá receber orientação sua.


Damon: Sim, você está certa, claro - Damon respondeu pa­recendo mais morto do que vivo. - Acho melhor partir já.


Dulce: Não! Eu não pretendia dar a impressão de que você devia ir embora. Quero que fique conosco por algum tempo.


Christopher: Sim - Christopher apressou-se a dizer. - Você passou estas últimas semanas na estrada. Vou mandar Cecil lhe mostrar um quarto enquanto eu me encarregarei de alojar seus homens.


Como se estivesse vivendo um sonho, Damon levan­tou-se e seguiu o criado como alguém que vai ao encontro de um destino do qual não pode se desviar.


Dulce: O que será de meu irmão? - Dulce indagou, Vendo-o se afastar.


Christopher: Seu irmão precisa de uma esposa. - Christopher abraçou-a ­com força, aspirando o perfume dos cabelos longos e sedosos. - Talvez Edward possa ser persuadido a arranjar alguma coisa. Tenho a impressão de que, assim como a irmã, Damon só se casará se for forçado a fazê-lo.


Dulce sorriu diante da provocação e balançou a cabeça de um lado para o outro.


Dulce: Não sei não. Embora ele seja meu irmão, tenho pena da mulher que se tomar sua esposa.


Christopher: Bobagem. Talvez neste exato momento uma mulher esteja planejando uma maneira de agarrar Damon para marido.


Dulce: Eu não fiz plano nenhum para agarrar você! ­- Dulce retrucou um tanto secamente, por causa da insinuação. Porém, ao fitar o marido, ele estava rindo, adorando vê-la com aquela expressão ofendida no rosto bonito.


Christopher: Então dou graças a Deus por seus planos terem uma tendência a dar errado.


Dulce: Discordo. - Dulce beijou-o no rosto, sentindo o coração pulsar de tanto amor. - Minha decisão de es­colher o Cavaleiro Vermelho não foi uma decisão errada, mas certíssima.



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Autor(a): delenavondy

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Christopher: Bom dia, esposa. - Christopher abriu as cortinas, deixando a luz daquele dia de Natal inundar o quarto inteiro e banhar a figura de Dulce sobre a cama. Imóvel, ele admirava a beleza suave e perfeita. Desde o momento em que a vira pela primeira vez, em que a figura querida se tornara algo mais do que simples som­bras, não se cansava de fit&aacu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 26/07/2020 - 04:04:22

    Poxaaa, não acredito que já acabou, que fanfic incrível, amei a história de amor e superação do casal Vondy, que coisa mais linda eles terem tido uma filha e amei o Christopher vendo o veado branco, ainnn uma pena que já tenha chegado ao fim, obrigada por essa história tão linda, você nos conquistou através dela, te acompanharei não segunda temporada Delena com certeza, beijinhosss e parabéns, você arrasou <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:05:29

    Não acredito no quanto esse Gilbert é covarde, amo os cachorrinhos protegendo a Dul, pô Glenna tinha que aparecer justo naquele momento? Tadinha da Dul, como será que ela vai sair dessa? Espero que o Christopher tenha previsto isso e salve-a, continuaaa, tô aqui angustiada, deveria ser pecado escrever esses capítulos e não ter a continuacão kkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 25/07/2020 - 20:12:57

      Esse Gilbert é muito covarde...kkkkk Vc vai ver quando ele ficar frente a frente com o Cavaleiro Vermelho. Sobre a Dulce ela vai ter uma ajudinha de uma pessoa só lendo pra saber...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:03:32

    MEU DEUSSSS, A DUL TÁ GRÁVIDAAAA, eu sabia que ela ia estar gravidissima quando ele voltasse, amo a velhinha feiticeira, ela é até boazinha vai <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:02:06

    Meu Deus, que angústia ver ele indo lutar por ela e Belvry e ela sem poder fazer nada tadinha, meu coracão chega ficou pequenininho de ver o sofrimento deles dois, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:20:08

    ALELUIA, a visão dele voltou, achei tão fofo a Dul chorando, esses dois merecem ser tão felizes, essa se tornou sem dúvidas uma das minhas favoritas, continuaaa, amei o Poncho jurando que sabia de tudo mas não sabia de nada tadinho kkkkkkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:43:24

      O Poncho sabe de nada inocente...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:18:57

    MEU DEUSSSS, Alice vai casar com Pasquaaaa, que fofenhoooo, espero que eles facam uma boa viagem e tudo fique bem <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:42:12

      Sim muito fofo os dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:32:09

    Ai minha paciência viu? P esses machos que não aceitam um NÃO na cara, tenha a santa paciência Senhor! Quero só ver quando ele descobrir quem o Cavaleiro Vermelho é de verdade KKKKKKKK ai ai Gilbertizinho, eu contava os dias de vida pq ele morresse não ia ser nada estranho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:24:31

    Não acredito que ele tá voltando a enxergar AAAAAAAA que felicidade! Só quero que ele consiga ver ela, vai ser tão emocionante quando isso acontecer pela primeira vez cara! Quero ver eles dois juntinhosss e com um baby Saviñón Uckermann a caminho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:56

    Fiquei tão orgulhosa dele quando ele salvou ela <3 Esse veado branco realmente trouxe muuuitaaaa sorte pra eles dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:25

    Ainnn que coisa mais linda, tô muito apaixonada neles dois! Dulce, meu Deus, QUE MULHER viu? Revolucionou a vida dele pra melhor claro <3


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