Fanfics Brasil - Capítulo 9 Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada

Fanfic: Bodas de Fogo (Vondy - Adaptação) 1ª temporada | Tema: Vondy, Romance


Capítulo: Capítulo 9

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De cabeça erguida, Dulce seguiu o sem­pre-presente Cecil, que viera buscá-la para o jantar. Seu quarto e o cubículo ao lado, uma espécie de depósito, estavam agora limpos e arrumados. Ela ten­tava não pensar nos aposentos espaçosos de Belvry ou no solário, rodeado de janelas envidraçadas, onde costu­mava passar a maior parte do dia. Talvez pudesse mandar buscar algumas de suas tapeçarias favoritas para cobrir as paredes mas de Dunmurrow e para alegrá-la também...


Determinada a não alimentar pensamentos dolorosos, tratou de se concentrar nos problemas imediatos. Depois do jantar iria pedir que lhe preparassem um banho, de­cidiu, esforçando-se para se concentrar em detalhes. Quem sabe se mantivesse a mente voltada para assuntos banais não conseguiria esquecer, pelo menos por um mo­mento, o tamanho e a gravidade de seu erro.


Sim, havia se enganado terrivelmente, Dulce admitiu pela primeira vez, embora continuasse a negar o fato para Alice. Seu plano fora um completo desastre porque se apoiara demais nas reações de terceiros. Quando o rei e Uckermann agiram de maneira inesperada, tudo fora por água abaixo. Em vez de ganhar a liberdade, suas atitudes a tinham condenado a viver neste lugar sinistro.


O bom senso lhe dizia que devia ter escolhido um outro homem para marido, entretanto bastava pensar nos ca­valeiros da corte para chegar a conclusão de que con­tinuaria a rejeitá-los de forma definitiva. A verdade é que preferia não ter se casado com ninguém. E se a opi­nião de Alice fosse levada em consideração, permanecia uma mulher solteira. A criada insistia na ideia de que Uckermann era um fantasma ou um demônio, não uma criatura mortal, com sangue quente correndo nas veias. Enquanto arrumavam o quarto, a pobre-coitada fizera questão de repetir à exaustão cada um dos boatos que ouvira sobre o Cavaleiro Vermelho, fazendo-o assumir os mais variados papéis, desde o próprio diabo encarnado até um espectro destituído de forma.


Dulce sorriu para si mesma ao se lembrar das tolices contadas pela serva pois aquelas histórias absurdas eram risíveis. Aliás, pensando bem no assunto, talvez não hou­vesse escolhido tão mal assim. Uckermann, de quem não chegara a ver sequer a face, podia ser um marido até melhor do que um homem de carne e osso. Afinal devia ser mais fácil lidar com uma sombra do que com um nobre arrogante. Não, não era verdade. O Cavaleiro Vermelho, fosse sombra ou não, jamais se deixaria dominar.


Seguindo Cecil por um corredor frio e estreito, cercado de pedras por todos os lados, Dulce tropeçou várias vezes por causa da escuridão. Praguejando em silêncio, desejou ardentemente ter escolhido outro cavaleiro para marido. Se houvesse optado por um dos nobres da corte poderia até estar enfrentando outros problemas agora, mas pelo menos seria capaz de enxergar! A noite eterna de Dunmurrow começava a pesar sobre seus ombros como um fardo, frustrando quaisquer esforços de manter a pre­tensão de que vivia uma situação normal.


Quando Cecil parou diante dos aposentos principais ela não se surpreendeu. Não era incomum que o lorde de um castelo ceasse em particular na companhia de amigos íntimos ou convidados especiais. Porém não gos­tava nada de estar de volta à alcova do Cavaleiro Ver­melho. O quarto enorme parecia ainda mais escuro do que se lembrava. O fogo da lareira continuava sendo a única fonte de luz, as labaredas inquietas atirando-se para o ar como línguas vermelhas e vorazes.


Uckermann já estava sentado à mesa, aguardando-a no meio das sombras. Embora houvesse debochado das histórias contadas por Alice horas antes, não conseguia evitar a pontada de inquietude que aquela figura enorme despertava. Sentia-se como uma presa, atocaiada pelo caçador. Ao ouvir um rosnado, estremeceu violentamente.


Christopher: Quieto, Pollux - Uckermann falou e Dulce per­cebeu, para seu alívio, que o som viera de um dos cães, não de seu marido. Contudo, a escuridão absoluta e a presença ameaçadora dos animais, tornava difícil ignorar os avisos de Alice. Talvez o Cavaleiro Vermelho fosse uma fera, uma coisa horrenda, disforme... Talvez tivesse o rosto distorcido por focinho, caninos afiados e um par de olhos vermelhos flamejantes...


Christopher: Sente-se, minha lady. Não vou mordê-la.


O tom seco, quase insultuoso, acabou por transformar o desassossego em irritação. Dulce ergueu o queixo, engoliu uma resposta mal-educada e sentou-se.


Dulce: Meu lorde - ela o cumprimentou no mesmo tom. Depois olhou ao redor, procurando sinais da presença de outras pessoas. Para sua total surpresa, havia apenas dois lugares postos à mesa. - Onde está o padre? ­Indagou. - E Delamere, o emissário do rei?


Uckermann não pareceu gostar das perguntas.


Christopher: Eles já se foram - respondeu asperamente. - Par­tiram logo após a cerimônia de casamento, ansiosos para começar a longa jornada que os aguardava.


Dulce sentiu um misto de frio e calor intenso. Não conseguia acreditar que aquele pequeno grupo que a acompanhara não fora convidado para, pelo menos, per­noitar no castelo. Mesmo que não houvesse abundância de alimentos por causa do inverno, com certeza um pouco de pão e vinho poderia ser servido aos convidados. Jamais ouvira dizer que as testemunhas de um casamento fossem mandadas embora sem que lhes servissem uma refeição.


Saber-se sozinha na companhia do Cavaleiro Verme­lho, trancada dentro de Dunmurrow para sempre e com todos os laços que a prendiam ao mundo exterior cortados, era algo no mínimo inquietante.


Dulce: Você os mandou embora sem... sem uma palavra minha? - ela indagou procurando manter a voz firme.


Christopher: Eu não sabia que você queria lhes falar. - Uckermann deu de ombros, como se o assunto não lhe des­pertasse o menor interesse. - Aliás, ambos me pareciam bastante ansiosos para tomar o caminho de casa.


Claro que aqueles dois deviam estar loucos para fugir do antro do Cavaleiro Vermelho, Dulce pensou, cheia de desprezo. Afinal não passavam de covardes.


Dulce: Então nada de festa de casamento? Nenhuma ce­lebração? - A pergunta fora feita com uma indiferença calculada.


Christopher: Celebração? Não vejo motivo para isso - Uckermann respondeu sem disfarçar a amargura.


A resposta fria e cortante foi como uma bofetada, dei­xando-a vermelha de ódio.


Dulce: Entendo. Muito bem. Talvez então você tenha mo­tivos para celebrar quando receber a contabilidade de Belvry. Não sei de quanto meu lorde precisa, mas devo lhe informar que acabei de transformá-lo num homem rico.


Christopher: Não quero o seu dinheiro! - Irritado ao extremo, ele esmurrou a mesa com força.


Ela decidiu ignorar a explosão.


Dulce: Não mesmo? Julgando pela aparência da sua pro­priedade, eu diria que dinheiro é exatamente aquilo de que você precisa. - Aparentando a maior naturalidade, Dulce partiu um pedaço de pão e mordiscou-o devagar.


Christopher: Talvez eu deva lembrá-la que foi você quem veio até aqui sem ser convidada, lady Salvatore. - A voz profunda não passava de um sussurro ameaçador. - Foi você quem me forçou a um casamento que eu não procurei e muito menos desejei. Será que minha lady não pensa na sua... vítima? - Uckermann lidava num tom enganosamente afável agora. - E se eu já estivesse comprometido com outra mulher? Você pelo menos considerou a possibilidade? E se eu gostasse de alguém?


Por um breve momento Dulce ficou abatida... e sur­presa. Casamentos entre famílias nobres costumavam ser, em geral, arranjados pelos pais dos noivos como um verdadeiro negócio. Porém havia casos de amor na corte sim. Embora o Cavaleiro Vermelho fosse a última pessoa a quem julgaria capaz de experimentar esse tipo de sen­timento, não podia ignorar a possibilidade de que ele desejasse outra mulher para esposa. A mulher por quem estava apaixonado.


Dulce: Você gosta de alguém? - perguntou sem rodeios. - Uckermannr ecostou-se no espaldar da cadeira como se a estudasse com interesse, apesar da escuridão rei­nante tornar impossível enxergarem um ao outro. Porém o Cavaleiro Vermelho estava longe de ser um homem comum. Talvez ele pudesse vê-la sim, como a criatura das trevas que era.


O barão não respondeu de imediato, deixando o silêncio se estender até ao ponto de quase sufocá-la. Sem que conseguisse entender o motivo, a resposta de seu marido tornara-se subitamente importante. Queria, precisava ouvi-lo negar que gostava de outra mulher.



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Autor(a): delenavondy

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Christopher: Não - ele respondeu afinal. Dulce: Oh! - Dulce largou a faca sobre a mesa com força, irritada por ter sido deixada naquela expectativa. Christopher: Mas e se eu gostasse? - Uckermann indagou cheio de desprezo, impedindo-a de protestar. - Você com certeza não pensou em mim, ou em qualquer outra pes­soa, um segundo sequer quando tr ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 46



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  • anne_mx Postado em 26/07/2020 - 04:04:22

    Poxaaa, não acredito que já acabou, que fanfic incrível, amei a história de amor e superação do casal Vondy, que coisa mais linda eles terem tido uma filha e amei o Christopher vendo o veado branco, ainnn uma pena que já tenha chegado ao fim, obrigada por essa história tão linda, você nos conquistou através dela, te acompanharei não segunda temporada Delena com certeza, beijinhosss e parabéns, você arrasou <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:05:29

    Não acredito no quanto esse Gilbert é covarde, amo os cachorrinhos protegendo a Dul, pô Glenna tinha que aparecer justo naquele momento? Tadinha da Dul, como será que ela vai sair dessa? Espero que o Christopher tenha previsto isso e salve-a, continuaaa, tô aqui angustiada, deveria ser pecado escrever esses capítulos e não ter a continuacão kkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 25/07/2020 - 20:12:57

      Esse Gilbert é muito covarde...kkkkk Vc vai ver quando ele ficar frente a frente com o Cavaleiro Vermelho. Sobre a Dulce ela vai ter uma ajudinha de uma pessoa só lendo pra saber...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:03:32

    MEU DEUSSSS, A DUL TÁ GRÁVIDAAAA, eu sabia que ela ia estar gravidissima quando ele voltasse, amo a velhinha feiticeira, ela é até boazinha vai <3

  • anne_mx Postado em 25/07/2020 - 02:02:06

    Meu Deus, que angústia ver ele indo lutar por ela e Belvry e ela sem poder fazer nada tadinha, meu coracão chega ficou pequenininho de ver o sofrimento deles dois, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:20:08

    ALELUIA, a visão dele voltou, achei tão fofo a Dul chorando, esses dois merecem ser tão felizes, essa se tornou sem dúvidas uma das minhas favoritas, continuaaa, amei o Poncho jurando que sabia de tudo mas não sabia de nada tadinho kkkkkkkkkkkk <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:43:24

      O Poncho sabe de nada inocente...kkkkk Continuando....

  • anne_mx Postado em 24/07/2020 - 02:18:57

    MEU DEUSSSS, Alice vai casar com Pasquaaaa, que fofenhoooo, espero que eles facam uma boa viagem e tudo fique bem <3

    • delenavondy Postado em 24/07/2020 - 23:42:12

      Sim muito fofo os dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:32:09

    Ai minha paciência viu? P esses machos que não aceitam um NÃO na cara, tenha a santa paciência Senhor! Quero só ver quando ele descobrir quem o Cavaleiro Vermelho é de verdade KKKKKKKK ai ai Gilbertizinho, eu contava os dias de vida pq ele morresse não ia ser nada estranho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:24:31

    Não acredito que ele tá voltando a enxergar AAAAAAAA que felicidade! Só quero que ele consiga ver ela, vai ser tão emocionante quando isso acontecer pela primeira vez cara! Quero ver eles dois juntinhosss e com um baby Saviñón Uckermann a caminho, continuaaa <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:56

    Fiquei tão orgulhosa dele quando ele salvou ela <3 Esse veado branco realmente trouxe muuuitaaaa sorte pra eles dois <3

  • anne_mx Postado em 23/07/2020 - 20:22:25

    Ainnn que coisa mais linda, tô muito apaixonada neles dois! Dulce, meu Deus, QUE MULHER viu? Revolucionou a vida dele pra melhor claro <3


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