Fanfics Brasil - conversas na sala de estar Descobrir - PORTIÑON

Fanfic: Descobrir - PORTIÑON | Tema: Rebelde


Capítulo: conversas na sala de estar

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A aula de artes tinha acabado de terminar, os alunos foram saindo pouco a pouco, e só restou o grupo RBD na sala já que Diego disse que teria algo de muito importante para comunicar.


 


− Aproveitando que já estamos todos juntos, quero dizer que a RBD... Saí em turnê! – Na mesma hora Giovanni correu até ele e começaram a pular juntos de felicidade. Mas o clima não era o mesmo para os outros quatro. Roberta estava sentada em cima da mesa, pensando que aquele não era o melhor momento e Lupita compartilhava do mesmo pensamento. Mia ficou quieta, se levantou e encostou na parede, distante de Miguel, que também estava sentado.


 


− Que legal... Que bom né. – Lupita disse tentando aliviar o clima. Só Diego e Giovanni gritavam, pulavam e comemoravam. – Mas e o colégio?


 


− Eu não quero ir. – A loira falou decidida olhando para os dois mais animados da sala.


 


− E eu também não. – Roberta completou, não dizia aquilo apenas por Mia. Decidiu também por conta de toda confusão com seus pais e Diego.


 


− Vocês estão malucas? Perderam o juízo ou o parafuso? – Giovanni com seus cabelos roxos ficou entre as duas e gritou. – Esse é o sonho de todas as bandas.


 


− Não me importa que é o sonho de todas as bandas, Giovanni. – A voz de Mia tremeu e conseguiu sentir seus olhos aguarem, então rapidamente olhou para cima. Não choraria na frente de nenhum deles, principalmente Miguel. Roberta e Lupita apenas observavam o desenrolar, apoiando silenciosamente a amiga.


 


− Mas olha só, nós dissemos que nos manteríamos a margem de qualquer problema pessoal. – Naquele momento a loira só olhou para Roberta atrás de um auxílio, não sabia o que dizer, como negar e se deveria negar. Cogitou, por um só segundo, que a ruiva tomasse a frente por ela. Miguel se levantou e se acostou a mesa maior com Diego ao lado.


 


− Exatamente. – Concordou com Miguel. – Além do mais, podemos acalmar os ânimos.


 


− Não é tão fácil, Diego. – Roberta exclamou calma olhando para o ex-namorado que, por fim, não surtia mais nenhum efeito nela. Nem mesmo quando se aproximou dela e de Mia.


 


−Mia, por que não quer ir? – Os meninos pareciam não entender a gravidade da situação. Entrar em turnê, agora, significaria mais tempo juntos, todos os 6, e não pensavam nem um pouco no dano que aquilo causava a Mia. Conviver meses com seu ex-namorado que lhe traiu. E de bônus, a amante poderia ir junto.


 


– É óbvio Diego. Não quero trabalhar com esse produtor. – Tentou naquele momento não botar para fora tudo o que sentia e pensava. O produtor era pai da amante do ex-namorado. Não sabia até onde aquele senhor tinha conhecimento da história.


 


− Eu também não. – A ruiva abaixou a cabeça.


 


− E você por que não? – Diego se aproximou ainda mais, querendo tocá-la, mas quando foi fazer, viu Roberta se levantar e encara-lo de frente por dois segundos.


 


− Solidariedade. – Se aproximou de Mia, colocou seu braço esquerdo por cima de seus ombros e a puxou para perto, sentindo a loira encostar a cabeça em seu ombro. O contato não durou muito por vergonha, todos ali estavam observando e estranhando. Então para aliviar, Roberta tirou o braço envolta da garota e lhe segurou a mão, que ficaram escondidas em meio aos corpos.


 


− Não pode ser que deixem passar uma oportunidade assim. – Giovanni abaixou a voz, mas continuou reclamando. As duas trocaram olhares, Roberta tentava dizer que tudo ficaria bem sem usar palavras, e Mia parecia entender muito bem.


 


− Você está de qual lado, Lupe? – A ruiva perguntou. O ar estava tão pesado, tão ruim e tenso. Bufou ao ver Diego ainda resmungando.


 


Não demorou dez segundos para Lupita tomar uma decisão: − Com vocês, Roberta. – Se aproximou do lado esquerdo de Mia e lhe segurou o braço, também querendo demonstrar apoio moral e físico. Ao fundo, Giovanni apenas sussurrou um “Guadalupe” completamente angustiado. Onde aquela conversa os levariam?!


 


− Tudo bem, então nós três não vamos a nenhum lugar. Somos três contra três. Se quiserem, vão vocês. – Roberta tentou dar a palavra final.


 


− Gente, gente, gente... – Diego foi sussurrando e se aproximando dos meninos, perto da mesa do professor, então gritou. – Vocês têm que entender. É uma grande oportunidade para sairmos daqui.  


 


− Mesmo que aceitássemos, Diego, como irá convencer seu pai a sair daqui? – Mia questionou. Sabia que as meninas estavam tomando aquela posição por sua causa, não queria ser a vilã da história que impede cinco pessoas de realizarem um sonho.


 


− Bem na época da turnê é a viagem do intercolegial, então o pai do Diego acharia que estamos com a turma. – Mesmo não querendo dizer nada, Miguel respondeu.


 


− Não queremos ir, ok? Fomos desclassificados do intercolegial e não há possibilidade de viagem. Então, não vamos. – Roberta se soltou de Mia e se aproximou dos três garotos se mostrando agressiva, assustando todos no recinto. Voltou alguns passos e agarrou o braço da loira, entrelaçando ao seu. – Está decidido.


 


Indicou para que Lupita abrisse a porta para que as três saíssem, ainda podiam ouvir os resmungos dos meninos, mas ignoraram completamente e seguiram para a sala de estar.


 


Mia se sentou na poltrona, não aguentou mais segurar o choro e começou a derramar lágrimas. Se segurou para não soluçar, mas o rosto foi ficando cada vez mais vermelho pelo nervoso e tristeza que sentia.


 


– Olha Mia, eu e a Roberta vamos entender se você não quiser seguir em frente com a turnê. De verdade. Só não queremos ver você assim. – Com essa fala, a loira tirou as mãos do rosto e olhou para as duas amigas sentadas ali e se sentiu levemente acolhida, principalmente pelo olhar que recebia delas. – Ninguém aqui quer te forçar a nada. Imaginamos que seja difícil viajar com um ex-namorado e a probabilidade de a Sabrina ir junto é enorme, já que ela é a empresária da banda.


 


– Fica tranquila e não se sinta pressionada, se não quiser ir, eu te apoio, e se quiser ir, vamos as três. – Roberta não queria admitir, mas adoraria que a Mia fosse junto dela em turnê, conhecendo novos lugares e quem sabe até países. Mas nunca forçaria, já teve seu coração esmagado por um garoto, e pela situação, sabia que doía mil vezes mais.


 


– Aí meninas, muito obrigada. – Saiu da poltrona e se encaixou no meio delas, abraçou a ruiva por pouco tempo e apoiou suas costas no peitoral de Lupita. Gostaria de ter feito aquilo com Roberta, mas a cena do banheiro ainda lhe deixava receosa. A outra era imprevisível, poderia ter sido dócil e brincalhona naquele momento, mas e agora? Como agiriam uma com a outra? Mesmo assim, não conseguiu escapar do entrelaçar de dedos e do carinho que recebia na cabeça vindo da ruiva. Guadalupe olhava e não dizia nada, mas estava entendendo metade da história.


 


O olhar carinhoso e cumplice trocado entre as duas dizia muito e nada ao mesmo tempo.


 


– Roberta, se fizermos a turnê, eles vão nos pagar? – Desencostou-se de Lupita, mas continuou a receber o carinho de Roberta nos fios loiros. Assim que terminou de indagar, sentiu um aperto mais forte na mão e um olhar distante.


 


– Bom, assim eu espero. – Respondeu, realmente com esperanças de ter algum cachê. Não queria viver a vida dependendo da sua mãe Alma, mesmo que a outra não se importasse nada com aquilo e até tivesse lhe prometido uma viagem pelo mundo quando a escola acabasse. Agora já tinha outros planos.


 


– E se juntarmos o meu dinheiro e o seu e doarmos para aqueles meninos do orfanato? – Com a voz rouca e chorosa, sugeriu um destino para o dinheiro que receberiam. Alguns hábitos nunca mudam, e a ruiva arregalou os olhos. Precisou meio olhar para a Lupita entender a brincadeira.


 


– Olha, Mia! ‘Tá saindo fumaça do seu cabelo... – Disse e internamente torceu para que a outra identificasse aquilo como uma brincadeira. Parou de achá-la ou chamá-la de burra há muito tempo. Mia se assustou e começou a passar as mãos nos fios loiros, desesperada, até ouvir a risada das duas.


 


– É sério, ‘tá saindo fumaça! – Lupita também disse e na hora as duas se levantaram quando viram Mia fazer o mesmo, rindo um pouco.


 


– Vocês duas me deixam muito irritada, caramba. – Ao ponto de sair, se deparou com Miguel, Diego, Giovanni e Sabrina entrando no recinto. No mesmo minuto correu adentro da sala de estar, com Roberta a amparando com um abraço por trás.


 


Lupita foi para o canto do cômodo, só observando a cena desenrolar, mas com um olhar atento a como Roberta estava protegendo Mia, lhe abraçando e acariciando seus braços e o cabelo – antes tão precioso que nem Miguel se atrevia a tocar - .


 


– Podemos saber o que ela faz aqui? – Roberta questionou querendo pular no pescoço de Sabrina por ser tão falsa e cínica. Depois voltou seu olhar a Mia e percebeu que a mais alta voltou a tremer pelo choro iniciado novamente. A abraçou mais apertado e ficou de olho em suas reações.


 


– A Sabrina trouxe notícias. – Miguel disse num fio de voz. Era perceptível que estava num fogo cruzado e apenas torcia para que aquele pequeno encontro saísse bem.


 


– Eu vim porque, papai disse que precisa de uma resposta e que assinem um contrato. Depois de amanhã começa a turnê. – Sabrina tentava conter a felicidade na voz. Miguel estava perto dela e Mia estava tão desestabilizada que precisava que sua “inimiga” a abraçasse. Ledo engano. – O que vocês decidem? – Virou e apontou para Diego e Giovanni que concordaram no mesmo minuto, empolgados com essa chance. – E você? – Agora questionava Miguel, que também concordou baixinho, era uma oportunidade única.


 


– Bom, Mia, ao que parece você é quem decide, porque nem a Lupita e nem a Roberta vão falar algo. – Era possível sentir o tom de desespero na voz de Giovanni. Ele não tinha nada a ver com aquilo, ficou sabendo da traição através de uma fofoca. Não queria que seu sonho e empenho fosse por água abaixo por uma picuinha daquelas.


 


Mia se soltou de Roberta, mas segurou sua mão. Não sabia por que, mas era essencial o apoio moral e físico da ruiva, gostaria de sentir que ela sempre estaria ali quando precisasse.


 


Respirou fundo e por meio segundo, lembrou que a banda deveria vir sim antes de qualquer problema pessoal.


 


– Nós iremos fazer a turnê. – Disse com a voz calma e tremula, olhando para Miguel e Sabrina, as duas pessoas que romperam seu coração e confiança. Contudo, a mão que segurava a sua, lhe deu forças para virar as costas e olhar novamente para Roberta, que lhe dava um sorriso acolhedor e sincero. Quis abraçá-la, mas não achou o momento apropriado.


Já era de noite quando Roberta entrou no quarto de Mia. Desde tarde não se viam, e depois daquele momento, para não dizer outra palavra, vergonhoso com os três dividindo a mesma sala, ficou se perguntando se a amiga se sentia bem para amanhã.


 


Viu que a luz da plataforma de cima estava acesa e a cama da loira vazia. Caminhou pelas escadas em passos leves e a encontrou ajeitando a mala com poucas roupas.


 


– Eu achava que Mia Colucci levaria o guarda-roupa para uma viagem, e não esse pouquinho. – Ao invés de um simples olá, quis brincar um pouco para ver se mudava a carinha triste de Mia.


 


– Ah, Roberta, se veio aqui me encher a paciência, pode sair. – Nem um minuto de conversa e já estava na defensiva. A outra não desistiu e se sentou no banco fofo, ao lado da mala, analisando silenciosamente as roupas e percebendo que eram todas de grife mesmo. Nesse meio tempo, Mia se cansou e sentou ao lado esquerdo de Roberta, porém no chão, e encostou sua cabeça na coxa da ruiva, que não se demorou em acariciar o cabelo da garota. Sempre tão sedosos, hidratados, lisos, loiros... se perguntou como ficaria daqui alguns anos, principalmente se ela mudasse a cor.


 


– Não sei se vou aguentar ficar mais que dois dias com o Miguel. Só de olhar ‘pra ele lembro de tudo, não só da traição, mas de tudo. Em como fui burra de me apaixonar por um cara tão... – Nem era necessário que completasse aquela frase. A ruiva entendia e partilhava do mesmo pensamento sobre ela e Diego, e agora se estendia para Mia e Miguel.


 


– Mia, não pode ficar revirando isso. Já aconteceu. Eu sei que te machuca, mas isso pode te impedir de fazer tantas coisas, conhecer pessoas novas, se apaixonar novamente... Ele foi um capítulo na sua vida, mas você já terminou essa leitura e precisa continuar as outras páginas. – Torcia para que ela fosse do interesse da loira. Eram completamente opostas, mas ela poderia ceder em algumas coisas. Fez tanto por Diego, por que não faria por Mia? Entraria na moda, se vestiria como a outra quisesse, poderia deixar o lado “caminhoneira” de lado...


 


– Você está certa. Eu dei tudo ‘pra ele, fiz o meu máximo... No dia que teríamos a nossa primeira vez, ele desistiu. Acho que não aguentou o peso da culpa. – Mia vestia um pijama comprido, por isso não se importava em sentar-se no chão, nunca colocaria suas pernas diretamente ali, já tinha passado seus cremes noturnos pós-banho. Levantou o olhar e viu que Roberta a encarava, levantou seu braço direito e acariciou a perna desnuda da ruiva, que se arrepiou ao toque. – Mudando de assunto, seu cabelo não fica estranho sem todo aquele penteado. Ok, precisa de um corte correto, mas não está nada mal.


 


Roberta riu leve, mostrando os dentes, e Mia observou por um longo tempo os dentes bem enfileirados e os lábios finos. O piercing só complementava o nariz pequeno, os cabelos vermelhos bagunçados naquele corte a franja cobrindo parte da testa. Desde quando reparava tanto na Pardo?


 


– Eu nem cortei muito, princesinha. Em menos de um mês cresce. E nesses shows eles sempre acertam nossos cabelos com aplique, então está tudo bem. – Tentava controlar seu coração, tinha medo de Mia conseguir ouvir. Ela lhe olhava não com aqueles olhos julgadores que recebeu durante todo o primeiro ano, mas sim carinhosos, querendo guardar todos os traços da ruiva.


 


– Acho que ainda não te falei isso, caminhoneira. – Riram juntas, se esquecendo das outras duas dormindo lá embaixo – Mas você tem sido meu maior apoio, minha verdadeira amiga. Você e Lupe, mas mais você. Está sempre comigo. Parece que não passo duas horas sem você me procurar e saber como estou. – Sorriu grande espremendo os olhinhos, e segurou a mão da companheira. – Mas como você está? Sobre sua família?


 


– Ah, não sei se quero falar sobre isso, Mia. – Levantou e foi se sentar na penteadeira. Viu pelo reflexo do espelho a loira voltar a arrumar a mala, colocando coletes, tops, saias e alguns saltos. Mas sabia que ela ainda lhe ouvia. – Odeio minha mãe, prefiro fingir que ela não existe. E Reverte tem tentado contato, mas estou evitando. Eles vêm com o mesmo discurso de sempre: “Tivemos que fazer pelo seu bem.” “Mentimos para que não se machucasse.”. Sempre isso, Barbie. Não aguento essa hipocrisia. Adultos só sabem mentir e mentir para nós.


 


Esse era um assunto que a loira sabia. Era uma das únicas a saber o drama familiar da outra, e achava que suas amigas também sabiam.


 


Mia percebeu que o clima mudou e pesou, então fechou sua mala que já estava pronta e se apoiou na cadeira que Roberta estava sentada, ficando atrás dela e podendo enxergar uma a outra pelo espelho.


 


Beta, você me ajudou tanto e quero te ajudar também. – Deixou o encosto da cadeira e colocou as duas mãos com as unhas bem feitas nos ombros de Roberta. – Sua mãe é incrível, uma das mulheres mais forte que já conheci. Se ela mentiu, ela teve seus motivos, eu te garanto. Ela já me estendeu a mão muitas vezes e fez o mesmo por você. Vocês vivem brigando por terem gênios fortes, mas o amor entre vocês duas é e deve ser maior que isso. Entendo que esteja magoada, se sentindo traída... Mas não acha que também está sendo injusta? Sua mãe sempre lhe entendeu, deveria tentar fazer o mesmo com ela. – Despejou tudo o que achava sobre aquela situação, não aguentava ver sua nova amiga tão revoltada por uma situação que uma conversa poderia resolver. – Sobre seu pai, o professor Reverte, ou Otávio, eu já acho mais complicado. Ele sim mentiu feio, veio aqui só para te conhecer, aparentemente mentiu currículo para se aproximar de você. Ele poderia ter feito isso de outras formas. Todos poderiam. – Saiu de trás da cadeira e se colocou em frente de Roberta, apoiada na pequena penteadeira. – Só não quero você assim, mais revoltada e irritada do que já é, usando essas maquiagens que podem acabar com sua pele e com esse cabelo que pode desbotar a tinta vermelha. Sei que está triste, mas sua tristeza tem solução. – Finalizou olhando diretamente nos olhos da ruiva, que realmente absorveu as palavras de Mia. Ela não estava errada, tirando a parte da maquiagem e cabelo. Ninguém e todos tinham culpa ao mesmo tempo. Na hora se sentiu mal pelo que disse a mãe, que sempre a cuidou e colocou em primeiro lugar na vida.


 


Sentiu vontade de contar tudo a Mia. Como se sentia em relação a sua mãe, Reverte, Diego e a ela mesma. Mas a assustaria, isso era óbvio, ainda não era o momento.


 


– Sabe, Mia. Você está certa. Tenho tratado a todos – menos você, pensou – com descaso e raiva, mas ninguém tem culpa do que estou sentindo e vivendo. E mesmo discordando do que disse sobre minha maquiagem e cabelo, sei que não disse por mal. – A loira arregalou os olhos e assistiu Roberta se levantar, ficando de frente num curto espaço, notando a pouquíssima diferença de tamanho entre elas, em como os olhos castanhos ficavam claros por causa da luz da penteadeira, a sobrancelha fina e bem feita... Aqueles lábios finos sem gloss ou batom escuro. Estava ficando louca.


 


Enquanto isso, Roberta tinha o seu momento. A franjinha bem cortada da loira cobrindo a testa, o rosto sem nenhuma maquiagem e tão jovial, parecia suave demais – os cremes noturnos e diurnos ajudavam nisso – o nariz bem feito e fino, a boca um pouco mais cheia que a sua. Os olhos – ah, aqueles olhos que sonhou por tantas e tantas noites – mais azuis do que qualquer coisa, aparentavam uma inocência sem tamanho. Os seios delas já se encostavam pela proximidade e Mia não deixava de arregalar os olhos, mas também não recuava ou demonstrava repulsa.


 


Ao invés de avançar, Roberta apenas segurou a mão de Mia, entrelaçou os dedos e assentiu com a cabeça, se afastando.


 


– Você já arrumou sua mala, minha vez agora. Boa noite, Mia. – Arrumou coragem e beijou sua bochecha, vendo a outra fechar os olhos e aproveitou para correr pelas escadas e ir direto para seu quarto, pouco se importando se acordaria Vicky ou Celina com sua correria.


 


A loira continuou de olhos fechados e suspirando pesado. Levou a mão para a bochecha beijada e sorriu. Precisava entender o que estava acontecendo, urgentemente!



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Autor(a): rbdplatina

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • tammyuckermann Postado em 03/07/2021 - 00:59:42

    Achei essa fic hoje… não creio que vc abandonou :( queria tanto continuar lendo, o enredo tá ótimo

  • candy1896 Postado em 30/07/2020 - 18:31:56

    Continuaa

  • candy1896 Postado em 25/07/2020 - 22:07:06

    Continuaa

  • siempreportinon Postado em 24/07/2020 - 10:51:18

    Já gostei! Continua


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