Fanfic: A Esposa Virgem (Delena - Adaptação) 2ª temporada | Tema: Delena, Vondy, Romance

Elena: Damon, faz semanas que estou de cama! Se não me levantar logo, vou ficar com feridas nas costas, ou aleijada!

Damon: Está bem. Estou disposto a fazer um acordo.

Elena: O que você quer? - indagou ela, levantando o queixo.

Damon: Nada. Vou deixá-la se levantar se prometer não sair do quarto. Se continuar a melhorar, veremos o que mais poderá fazer.

Elena: Então, sua intenção é me aprisionar! - acusou Elena.

Damon: De jeito nenhum. Eu não a manterei aqui quando estiver completamente boa.

Damon não mencionou que, para sair do quarto, ela teria de prometer nunca mais cuidar de doentes. Essa discussão ficaria para uma outra ocasião. A enfermidade, que tinha atacado o castelo, passara finalmente. Mas outras apareceriam e Damon jurava que Elena não as apanharia.

Ela lhe dirigiu um olhar amuado, mostrando estar conformada. A mulher sobrevivera e ele se esforçaria para poupá-la de outra doença. Suspeitava que a tarefa o manteria com as mãos cheias.

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Deitada de costas, Elena contava as flores douradas do cortinado. Completamente restabelecida da doença, ela havia deixado o quarto e assumido suas atividades habituais. Todas, exceto uma.

Ela e o marido não haviam mais feito amor.

Damon não a tinha mandado de volta para o colchão no chão. Continuavam dormindo juntos na cama imensa, porém, mantendo-se afastado, ele não a tocava.

No início, Elena sentia-se fraca demais para se importar, mas com as melhoras contínuas, tentou acariciá-lo. Foi rechaçada. O marido insistia que ela precisava repousar. Depois, ele passou a chegar ao quarto cada vez mais tarde, até que Elena não conseguisse esperá-lo acordada. De manhãzinha, Damon se levantava antes que ela acordasse.

Elena suspirou. Talvez o marido houvesse se cansado dela. Mas durante o dia, ele não a evitava, pelo contrário, passara a gastar mais tempo com ela do que antes. Na véspera, a tinha levado para cavalgar e não fora a primeira vez.

Isso não era tudo. Não importava onde ela estivesse, Damon aparecia inesperadamente a fim de vê-la. Com frequência, Elena o apanhava fitando-a com expressão estranha. Não se tratava de ódio, nem de paixão, mas de algo diferente. Quando ela pressentia estar prestes a descobrir o que era, a expressão desaparecia dos olhos azuis.

Elena não sabia como lidar com esse novo Damon

Ainda discutiam bastante, contudo, o marido passara por uma mudança que ela não compreendia.

A ausência da paixão exigente do marido deixava Elena confusa. Ela não sabia como abordar o assunto com ele e, muito menos, como solucionar o problema. Vezes incontáveis, tinha lhe dirigido olhares ardentes e esbarrado nele. Nada surtia efeito.

Vibrante e saudável, Elena sentia falta do que haviam compartilhado. Naquele tempo, Damon a evitava durante o dia, mas à noite entregava-se completamente a ela. As lembranças a fizeram suspirar. Queria Damon. Ansiava pelo prazer físico proporcionado pelas mãos, pela boca e pelo corpo lindo dele.

Recusava-se a esperar mais tempo. À tarde, enquanto o marido cavalgava pela propriedade, havia dormido um pouco a fim de ainda estar acordada quando ele chegasse às altas horas. Esta seria a noite, decidiu.

Ao ouvir um leve ruído na porta, ela sorriu e fechou os olhos. Damon despiu-se em silêncio como se não quisesse perturbá-la. O marido solícito? Impossível! Ela devia estar sonhando.

Mas a pressão leve e cuidadosa no colchão mostrou que estava enganada. Elena esparramava-se no meio da cama e ele acomodou-se bem na beirada. Talvez não quisesse acordá-la, pensou ela. Quando a respiração dele tornou-se rítmica e sossegada, Elena deu o primeiro passo.

Ainda fingindo que dormia, virou-se de lado e aconchegou o corpo ao dele. Estava sem a camisa e o contato dos corpos de ambos a incendiou. Como tinha sentido falta disso! Tocando-o no peito e embrenhando os dedos nos pêlos, ela suspirou. Sentiu-o ficar tenso. Para surpresa sua, ele rolou para o chão.

Elena sentou-se e viu Damon abaixado ao lado da cama. O rosto dele estava escondido pelas sombras.

Elena: Damon?

Damon: Elena? Pensei que você estivesse dormindo - disse ele sem se mexer.

Elena: Venha se deitar - convidou ela numa voz rouca de desejo.

À noite a deixava ousada e ela estendeu os braços, abraçando-o pelo pescoço. Com esforço, puxou-o até que Damon se juntasse a ela.

O beijo foi como os anteriores, quente e arrebatador. Sem preâmbulo, ele invadiu-lhe a boca com a língua, enquanto os corpos nus se ajeitavam um ao encontro do outro.

Elena: Damon - Elena sussurrou.

Ele interrompeu o beijo e apoiou a cabeça na sua. Elena ouvia-lhe a respiração ofegante e sentia a excitação do membro. Damon ficou imóvel por uns instantes e ela acariciou-o ao longo do corpo.

Damon: Elena! - disse ele numa voz áspera, ao mesmo tempo em que se separava dela.

Elena: O que foi? - perguntou ela, desolada ao vê-lo pôr as pernas para fora da cama.

Damon: Você esteve doente.

Elena: Mas estou boa, Damon, e quero lhe mostrar.

Damon: Não! - exclamou ele em tom cabal.

Perplexa, Elena recostou-se nos travesseiros. Não importavam as desavenças, eles haviam sempre vivido momentos de paixão. Ou estaria o marido ensinando-a a desejar algo para, depois, tirá-lo? Seria isso parte da vingança?

Numa voz firme, ela perguntou:

Elena: Por que não? Você tem medo de, pelo menos uma vez, agir como um ser humano?

Damon: Elena! - gritou ele, ofendido.

Por um instante, Elena pensou que o marido fosse pular em cima dela. Seria bom, pois estando ambos nus, talvez ela conseguisse o que tanto desejava. Mas novamente, Damon se controlou enquanto praguejava.

Ela ouviu-o se vestir. Deitou-se de lado e cobriu a cabeça.

Dessa vez, Damon não bateu a porta. Todavia, Elena percebeu quando ele a fechou depois de sair do quarto. então, ela deu vazão às lágrimas.

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Damon passou para o lado de fora da muralha, ignorando as saudações baixas e surpresas das sentinelas. Não parou de andar até estar longe de qualquer atividade e sozinho na escuridão. Respirou fundo e forçou-se a dominar o corpo excitado.

Maldição! Quando se vira obrigado a casar com a herdeira de Gilbert, tinha se abstido de qualquer relacionamento físico com a mulher. Imaginara ser possível fazer isso outra vez. Infelizmente, não estava sendo fácil, pois já conhecia cada centímetro da pele sedosa de Elena, cada suspiro de prazer seu e cada lugar sensível de seu corpo. Sabia o que o aguardava, caso não se mantivesse atento. Até esta noite, tudo fora bem o suficiente para evitar a tentação. Porém, ele havia esquecido de tomar algo em consideração.

Elena. Damon não pensara que ela tentasse seduzi-lo, mas deveria ter calculado. Era audaciosa, corajosa e acostumada a lutar pelo que queria. E, pelo jeito, a mulher o desejava. Ele não deveria se surpreender. Afinal, Elena o amava e, para ela, fazer amor só significava prazer.

Para ele, tratava-se de uma questão amedrontadora.

Pela primeira vez na vida, Damon estava com medo. Temia a morte de Elena. As horas desesperadoras passadas a seu lado tinham lhe provado algo. Ele não queria enfrentar a vida sem a mulher. Para tanto, estava determinado a mantê-la sã e salva ao lado dele.

Damon já havia aumentado o número de guardas que protegiam a propriedade para no caso de o homem de cabelos pretos vir a ser uma ameaça. Também tinha arrancado a promessa de Elena para não tratar mais de doentes. Aliás, ele estabelecera castigos severos para quem a procurasse em busca de remédio.

Darius tinha lhe dito ser impossível controlar o destino, mas Damon não lhe dera ouvidos. Havia arrancado a mulher das garras da morte e faria de tudo para que doença alguma a atacasse outra vez. Existiam, entretanto, outros perigos que ceifavam a vida das mulheres, Damon sabia. A própria mãe não tinha morrido de parto? O risco era grande demais para ser ignorado.

Elena jamais teria um filho dele.

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