Fanfic: A Esposa Virgem (Delena - Adaptação) 2ª temporada | Tema: Delena, Vondy, Romance

Pasqua: Meu senhor!

Damon: O que é? - indagou Damon, desconfiado.

Pasqua: Bem, tenho ouvido umas coisas. Talvez não passem de boatos, mas se não forem, tenho a intenção de ajudá-lo - disse Pasqua, olhando em volta meio ressabiado.

Damon: A troco de que?

Pasqua riu.

Pasqua: Entendo sua desconfiança. O senhor é um homem inteligente. Se não fosse, não teria voltado do leste. - Fez uma pausa e observou Damon. Depois, prosseguiu: - Algumas vezes, nos homens devemos nos manter unidos.

As palavras de Pasqua prenderam a atenção de Damon.

Damon: Continue. O que pretende me falar?

Pasqua: Aí está o problema. Trata-se de um assunto que eu, normalmente, não tocaria com o senhor.

Damon: Fale logo, homem! - disse Damon em tom impaciente.

Pasqua: Bem... entenda... - gaguejou Pasqua, levando Damon a crer estar lidando com um velho caduco. Virou-se para se afastar, mas a voz de Pasqua o deteve.

Pasqua: Diabos! - resmungou o velho, criando coragem. - O senhor precisa lavá-lo com vinagre.

Damon: O que? - indagou Damon, boquiaberto.

Pasqua: Para matar seu sêmen. Ou isso, ou cobri-lo com uma touquinha. Mas esta esfria o sangue.

Damon: O que?

Pasqua: Também o senhor pode tirá-lo antes. Essa é a maneira mais comum. Tenho grande admiração por quem consegue executá-la. Quanto a mim, sempre fui incapaz - confessou Pasqua.

Atônito, Damon não o interrompeu.

Pasqua: Existe ainda o ato em si mesmo. São duas as opiniões sobre ele. Uma diz que, para evitar a concepção, a relação tem de ser desapaixonada. Ora, isso é uma contradição, não acha? Se o senhor não sente atração por uma mulher, por que unir-se a ela?

A essa altura, Damon estava tão furioso que não sabia o que dizer. Apesar de querer muito esse tipo de informação, não podia se imaginar, parado ali, recebendo-a do marido de Alice.

Pasqua: A outra é completamente oposta. Afirma que, quanto mais violenta a paixão naquele momento, menor a chance de concepção. Talvez seja verdade, mas na minha idade, já é muito tarde para eu descobrir - acrescentou Pasqua dando de ombros.

Damon já ia mandá-lo calar a boca quando entendeu as últimas palavras dele. Com raras exceções, Elena e ele tinham feito amor com excesso de zelo pela carência mútua e inflamados pela paixão. Por causa disso, talvez não tivessem filhos.

Ele sabia que tinha possuído a mulher com muita frequência antes de sua doença. Entretanto, ela não engravidara. Quem sabe, se mantivessem o mesmo vigor em cada relação, ela ficaria segura. Apesar da animação esperançosa, Damon assumiu uma expressão fria e impassível.

Damon: Vou pensar no que você disse, Pasqua.

Pasqua: Muito bem, meu senhor.

Como Damon se afastasse depressa, não viu o sorriso de orelha a orelha, no rosto enrugado do velho homem. Nem suspeitou da interferência de Alice nos conselhos do marido.

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Elena: O que você acha, Darius, Damon não precisa de filhos para fazer-lhe companhia na velhice?

Damon quase engasgou com a cerveja. De olhos arregalados, virou-se para a mulher. Como sempre, Elena exibia expressão de inocência, embora os olhos castanhos revelassem malícia.

Damon: Ainda não estou senil, mulher - disse Damon, irritado por haver ela imiscuído o sírio numa conversa tão pessoal, e a mesa.

Elena: Mas não seria maravilhoso ter uma família?

Damon: O que você entende de famílias se morava num convento? - perguntou ele fitando-a com frieza.

Elena estava indo longe demais. Era preciso por um ponto final nesse assunto.

Elena: Quando eu era pequena, havia muito amor e carinho entre nós. Depois, papai passou a beber e o dinheiro acabou. No fim, todos morreram, exceto eu - contou Elena com ar triste.

Damon sentiu pena e maldisse Gilbert. O desgraçado tinha vivido no luxo e nunca pensara no irmão.

Apertou a mão ao redor do copo. E quanto a si próprio? Havia sido leal com a família? Da mãe, lembrava-se apenas de sua beleza e perfume suave. O pai fora severo e distante, e os irmãos, bons companheiros, haviam morrido cedo. Seu treinamento militar tinha sido sob a autoridade de um homem cruel, a quem ele evitava, e, com os outros rapazes, vivia em continua competição. Nenhum deles desperdiçava afeto algum.

Damon ficou pensativo. Talvez Dulce tivesse razão em ser tão apegada à filha. Ao pensar na irmã, várias emoções o dominaram. Pela primeira vez, imaginou as dificuldades dela para cuidar de Belvry e, ainda por cima, casar-se com um estranho. Ele devia ter voltado mais cedo do leste e tomado seu lugar, ao lado do pai. A verdade custara muito para ser admitida e tinha um sabor amargo.

Elena: Você ainda é muito jovem, mas um dia, precisará de um espadachim a seu lado - provocou Elena.

Damon: E quem diz que um filho meu cumprirá a obrigação? - perguntou ele, fitando-a com olhar sério.

Elena mostrou-se surpresa com a indagação ríspida, mas Darius, a quem Damon quase já havia esquecido, quebrou o silêncio.

Darius: Não acredito que um filho de lady Salvatore deixe de agir corretamente.

Damon virou-se para o sírio, cujas sobrancelhas erguidas o desafiavam a contradizê-lo. Talvez Darius tivesse razão. Era impossível imaginar uma pessoa, amada por Elena, dedicar-se à vingança e à violência como ele fizera.

Elena: O sangue é mais grosso do que a água - murmurou Elena. - Não importa o que existe entre você e Christopher. Se precisar dele, seu cunhado o ajudará, tenho certeza. Isso é família.

Com a menção do Cavaleiro Vermelho, Damon abandonou as reflexões.

Damon: Jamais precisarei daquele idiota!

Elena: Ele o ajudará, eu sei! - insistiu Elena com mais veemência.

Damon: Chega! Se ouvir mais uma palavra sobre filhos e família, eu a trancarei na masmorra onde ninguém poderá engravidá-la.

Elena soltou uma exclamação e encarou-o com olhar fuzilante. Por um instante, Damon temeu que ela lhe jogasse restos de comida do prato. Ela estendeu a mão, mas como se pensasse melhor, puxou-a.

Elena: Quanto a você, Damon Salvatore, vá dormir com os animais, onde ninguém o pressionará pela retribuição de serviços.

Levantou-se e, com os ombros erguidos, retirou-se enquanto Darius soltava uma gargalhada. Dessa vez, Damon o acompanhou. Em seguida, afastou a cadeira e seguiu a esposa, disposto a terminar a batalha na cama.

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Com esforço, Elena manteve-se séria e falou com voz firme.

Elena: Pasqua agiu muito mal, Alice.

Alice: Mas é a pura verdade, lady Elena. Pasqua não inventou nada. Tudo que explicou a lorde Damon é prática aceitável.

Embora apreciasse os esforços de Alice, Elena não considerava ajuizada a intromissão dela. Sua campanha prosseguia bem e ela não queria interferência alguma.

De repente e como se ouvisse algo, a criada levantou a cabeça e correu para a janela.

Alice: Visitas! - exclamou, animada.

Elena: E mesmo? - disse Elena ao juntar-se a ela. Nessa época do ano, visitantes eram raros. Da janela, Elena podia ver que o grupo não exibia as cores dos mensageiros do rei. Também não era grande o suficiente para se tratar de Dulce e Christopher.

Alice: Talvez sejam peregrinos - opinou Alice.

Elena: De qualquer forma, será muito bom ouvir novidades.

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Quem será que chegou a Belvry?

Continua....