Fanfic: A Esposa Virgem (Delena - Adaptação) 2ª temporada | Tema: Delena, Vondy, Romance

Elena não respondeu logo. Deveria se manter mais atenta, pois desejava muito ter um filho, mas nunca pensara em contar os dias. Além do mais, com a chegada do irmão, sua atenção andava dividida. Levantou a cabeça e disse:

Elena: Na verdade, nem dei por falta da menstruação. Você acha mesmo possível eu estar grávida?

Alice: Sem dúvida, minha senhora.

Maravilhada, Elena observou o próprio corpo. Estaria, de fato, carregando o herdeiro de Damon? Sentiu os olhos úmidos ao pensar no quanto essa criança poderia vir a significar. Ela representava não só o futuro de Belvry como também suas esperanças de ser mãe.

Em silêncio e com fervor, desejou que a pequenina vida, alimentada pelos sangues dos Salvatore e dos Gilbert, trouxesse o fim à contenda deles.

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Damon entregou as rédeas da montaria a um cavalariço e rumou para o salão. Mantendo uma certa distância, ele tinha seguido o irmão de Elena até a divisa da antiga propriedade de Gilbert. Então, havia galopado a rédeas soltas, de volta para o castelo. Tivera medo de chegar perto do desgraçado e cortar-lhe a garganta, com ou sem a aprovação de Elena.

Traição. Trapaça. Os Gilbert as praticavam como provava a atitude de Elijah. O maldito aproveitava-se de sua hospitalidade enquanto planejava roubar-lhe as terras. Que a alma dele fosse condenada às chamas eternas do inferno!, praguejou ao atravessar o salão e subir a escada à procura de Elena. Tencionava informá-la haver tomado uma decisão.

O irmão tinha de ir embora e logo, pois ele não estava disposto a abrigar uma víbora no castelo. E devia se dar por feliz de partir com vida. Que Deus o protegesse se fosse apanhado nas terras de Belvry outra vez. Crispando as mãos, Damon entrou no quarto e parou, vendo a mulher se aproximar para cumprimentá-lo.

Elena: Damon - ela murmurou.

Elena estava diferente, mais meiga e menos tensa, notou ele. Sorria e havia um novo brilho em seus olhos castanhos.

Intrigado com a mudança ocorrida na ausência dele, Damon fechou a porta e deu uns passos para a frente.

Damon: Alguma novidade? Aconteceu algo? - perguntou ele. Ela pôs a mão na barriga num gesto novo e gracioso.

Elena: Alice acha... que eu possa estar... Não sei com certeza...

As palavras gaguejadas o apanharam de surpresa. Já estaria ela grávida? Damon sentiu-se meio atordoado com o fato de o terem conseguido finalmente e de o problema estar fora das mãos dele.

Elena: Um filho, Damon - Elena murmurou.

Como se temesse a reação dele, observou-o com uma ponta de desconfiança, mas Damon afastou as dúvidas. Como muitas das emoções, ele não valorizava a felicidade, porém, ao vê-la estampada nos olhos da esposa, teve a sensação de que o sentimento o inundava também.

E por que não? Elena tinha lhe enchido a alma vazia com vida e calor. Talvez seu sonho de ter uma família não fosse tolice. De boa vontade, ele a satisfaria, esperançoso de não lhe causar dano algum.

Damon: Você está bem? - perguntou, meio apreensivo. Elena riu, produzindo um som baixo e sensual que o lembrou de seus ruídos ao fazerem amor. O corpo reagiu e ele mexeu-se, constrangido.

Elena: Estou ótima! Esqueça seus medos por mim. Na verdade, quero comemorar o acontecimento.

Antes de Damon se dar conta, ela saiu rodopiando pelo quarto com os braços estendidos. Ele tentou impedi-la, mas Elena escapou, batendo de encontro a uma pilha de almofadas, esparramando-as no tapete.

Damon: Cuidado! - advertiu ele, mas a mulher não lhe deu ouvidos.

Em vez disso, abaixou-se e tocou a pele macia.

Elena: Nunca vi nada tão lindo no chão - comentou ela.

Damon: Os tapetes de pele são muito comuns no leste. - Elena lhe dirigiu um olhar sedutor, agitando-lhe o sangue.

Elena: Ah, o leste. Por que você não me ensina algumas das artes eróticas que aprendeu lá?

Damon riu. Não conhecia nenhuma. Até se casar com Elena, sexo para ele não passava de um ato rápido com o intuito de satisfazê-lo e não para dar prazer à mulher.

Damon: Em minha opinião, você se refere a algo semelhante no mundo inteiro.

Elena não escondeu o desapontamento.

Elena: Deve existir alguma coisa exótica e divertida que possamos fazer - disse ela com um brilho malicioso no olhar.

Nunca Elena se parecera menos com uma moradora de um convento. Damon achou graça e sorriu, mas ao olhar para a mulher vibrante, viu-a com ar sério. Ele jamais tinha perdido tempo em se distrair durante o dia e a luz, filtrada pelas janelas, o lembrava de negócios por terminar, especialmente o problema de Elijah Gilbert. Contudo, um único olhar para Elena, deitada no tapete, o convenceu de que tudo o mais não tinha importância. Ele a queria ali e nesse instante.

Precisava possuí-la, enterrar-se nela, gozar seu calor até nada mais existir exceto Elena. Excitado, deu um passo à frente, mas parou. Ela queria algo exótico.

Damon procurou na memória alguma lembrança das práticas do leste.

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Mal contendo a impaciência, Damon entrou no salão e olhou ao redor à procura da mulher. Por que ela nunca estava ali para recebê-lo? Isso aumentava-lhe a irritação. Tinha percorrido a propriedade para verificar os estragos causados pela tempestade da véspera. Ela havia derrubado árvores e até a choupana de um aldeão. Apesar de a chuva já ter passado, o riacho, atrás do castelo, continuava subindo. Damon mandara homens percorrer as margens a fim de, avaliar os perigos.

Cansado, com fome e com frio, ele já ia gritar chamando. pela esposa quando Rowland se aproximou.

Damon: Onde está ela? - perguntou.

Rowland: Meu senhor, lady Elena saiu a cavalo em companhia do irmão.

Damon: Com este tempo?!

Frustrado, Damon crispou as mãos. Não gostava da ideia de Elena cavalgar em seu estado e, especialmente, num dia como aquele. Maldito Elijah Gilbert! Deveria tê-lo expulsado de Belvry depois de o vilão mostrar-se interessado pelas terras do tio.

Mas Elena o tinha acalmado e Elijah, recuado nas exigências. Sentindo-se magnânimo por causa da gravidez da esposa, Damon permitira a permanência do hóspede no castelo. Arrependia-se amargamente. Não só estava muito frio para Elena ficar fora como também a terra encharcada oferecia perigos sem fim. Precisava ir procurá-los. Já ia fazê-lo quando o criado, apontando para a lareira, avisou:

Rowland: Lorde Damon, há uma visita para o senhor. - Virando-se depressa, ele viu a silhueta alta e grande de um homem esquentando as mãos estendidas para o fogo. Com todos os diabos! A mulher grávida cavalgava pelos campos gelados e um estranho perambulava em seu salão. O que aconteceria a seguir?

Deu uns passos para a frente, mas parou ao ver o sujeito virar-se para ele. Ao reconhecê-lo, ficou tenso e perplexo ao mesmo tempo. O que Christopher Uckermann estava fazendo ali?

Pensou logo na irmã e na sobrinha. Elas teriam vindo também, ou o cunhado trazia más notícias?

Damon: Minha irmã? - indagou sem preâmbulos.

Christopher: Ela está bem e me mandou vir até aqui - respondeu Christopher.

Fez-se um silêncio tenso, percebeu Damon. Eles não tinham se separado em bons termos depois da briga. O que trazia o Cavaleiro Vermelho a Belvry?

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