Fanfics Brasil - CAPÍTULO 10 - DILEMA Mestre, Se Entregue!

Fanfic: Mestre, Se Entregue! | Tema: Harry Potter


Capítulo: CAPÍTULO 10 - DILEMA

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O corpo do Professor Snape negava-se a sair do lugar. Tudo ao seu redor girava e seus instintos desapareceram completamente. Temia não saber nem mais respirar. Conseguiu dar um passo em direção a sua cadeira e lá jogou todo seu peso. O que havia feito? Acabara de beijar uma aluna. Aquilo podia facilmente fazer com que ele fosse demitido, preso e totalmente linchado pela comunidade bruxa. E por que a garota saíra correndo? Será que ele beijava tão mal assim? Sentiu seus olhos se encherem de lágrimas, pois não conseguiria lidar com mais uma rejeição. Engoliu o choro que dominava sua garganta, e serviu-se de um copo cheio de whisky. Tomava devagar, como se o líquido fosse fazê-lo voltar ao normal e recobrar os sentidos.


“Ela te beijou primeiro, Severo.”


Ao lembrar disso, suas mãos pararam de suar e conseguiu respirar novamente. Eram emoções complexas e contraditórias. Sabia que se fosse atrás de Lauren, poderia piorar as coisas. Afinal, se ela saíra da sala é porque queria ficar sozinha. Mas e os dias seguintes, como seriam? Nunca mais conseguiria dar aula para a garota como se nada tivesse acontecido. Sua vontade era de procura-la em cada canto daquele maldito castelo e conversar com ela sobre o que acontecera. Porém se fizesse isso, não saberia mesmo o que dizer. Sentia-se sufocado. Ainda conseguia sentir a doçura dos lábios de Lauren em sua boca. Deixou, uma vez mais, sua imaginação vagar. Reviveu cada segundo daquela manhã, com os olhos fechados, e cada vez mais desejava não a ter largado tão cedo. Sua pele era tão quente, como a própria vida. Lembrava que o pescoço da garota era tão branco que conseguia ver pequenas veias roxas, e quase conseguia sentir o sangue da menina correndo enquanto distribuía beijos em sua pele.


Temia estar levemente viciado e obcecado pela garota. Desde Lílian, nunca se sentiu tão vivo. E era bom. Como era bom estar vivo. Lembrava da pele macia, da boca quente e dos doces gemidos que escutou ao pé de sua orelha. O coração de Snape apertava e ele queria mais do que tudo estar com a garota novamente, e dizer o que sentia por ela.


Snape levou as mãos ao rosto e sentiu o cheiro de dama-da-noite impregnado nelas. Estava ficando louco. Precisava fazer algo. Afinal, a garota havia saído da sala claramente abalada. Snape não sabia se era positiva ou negativamente. Ele precisava demonstrar que não a considerava só mais uma, que não pensava nela como uma simples distração. Imediatamente levantou-se, abriu a porta e andava rápido em direção ao jardim da escola.


O céu estava coberto de nuvens quando ele chegou ao gramado, e foi direto na árvore que costumava ficar nas férias. Apanhou as maiores damas-da-noite que encontrara. Elas eram brancas, delicadas, com muitas pétalas e ramos. O cheiro era idêntico ao da garota. Conjurou uma fita fina de cetim prateada, com a qual amarrou o ramo de flores. Em uma das flores, escolheu escrever SS com sua indistinguível caligrafia, e com um aceno de sua varinha, as finas iniciais em preto apareceram.


Aquilo estava lindo e delicado, assim como Lauren. Era isso que Snape queria transmitir. Correu ao corujal, escolheu a ave mais branca, posicionou o ramo de flores em suas garras e disse:


“Leve para Lauren Niemberg.”


A coruja imediatamente levantou voo e Snape observou-a perder-se no cinzento céu de Hogwarts. Esperava que ao receber o singelo gesto, Lauren entendesse tudo que ela significava para Snape.


Era algo praticamente anônimo, e se caísse em mãos erradas, não teria como rastrear de onde viera. Mas o Professor Snape sabia que mesmo assim era arriscado, pois a aluna poderia simplesmente arrepender-se de tudo, mudar de ideia e ir direto para a Diretora McGonagall e contar uma versão que, terrivelmente, culparia Snape. Qualquer que fosse a história que ela resolvesse contar, Snape já estava decidido a aceitar e confirmar tudo.


Mas esperava (mais do que isso, desejava com todo o coração) que Lauren mantivesse tudo em segredo e decidisse conversar apenas com ele sobre o que tinha acontecido. Snape descia as escadas do corujal, um pouco mais otimista do que estava antes. Sem controlar seus pensamentos, permitiu-se imaginar um relacionamento com Lauren, poder beija-la todos os dias, sem culpa. Poder conversar com ela, contar seus segredos, suas histórias, aproveitar aquele lindo sorriso. Leva-la para passear, conhecer os mais belos lugares, andar de mãos dadas, abraça-la todos os dias e beijar sua testa. Poderia dar a ela a melhor das vidas, pois em toda sua vida não gastara sua fortuna com absolutamente nada. Se ela fosse dele, e só dele, daria a ela tudo que ela desejasse. Compraria uma enorme mansão e faria dela a mulher mais feliz do mundo.


O que mais desejava naquele momento, era que Lauren fosse sua. Sua propriedade, sua pequena, e de mais ninguém. Se tudo corresse conforme ele planejava, Lauren seria somente dele, para sempre.


Desceu para seus aposentos e decidiu ficar lá até a manhã seguinte, onde precisaria acompanhar os testes de quadribol. Deitou na cama e sentia-se extremamente cansado. Seus olhos fecharam e Snape cochilou pensando na linda garota que havia causado esse cansaço físico e emocional nele.


Ao acordar, horas mais tarde, sem saber quanto tempo havia dormido, despiu-se e decidiu preparar um banho quente para despertar. Enquanto a água corria pelo seu corpo, pensava na boca de Lauren, em seus gemidos e como suas mãos o apertavam toda vez que ele beijava seu pescoço. Sem perceber, sua ereção já atingia a linha do umbigo. Fervia em desejo por Lauren. Snape desceu sua mão até seu rígido membro e o apertou fortemente. Uma onda elétrica correu em seu corpo e o professor não conseguia pensar em mais ninguém.


Seu êxtase fora interrompido quando Snape ouviu batidas em sua porta. Rapidamente desligou o chuveiro, secou-se da forma que pôde e vestiu-se com uma calça preta de dormir.


- Um minuto. – gritou Snape de dentro do quarto. Observou pela janela de seu quarto que já anoitecera completamente. Realmente havia perdido a noção do tempo.


Seus cabelos pingavam e ele os amassava com a toalha quando abriu a porta. Lauren Niemberg estava parada na sua frente. Vestia seu longo robe preto de cetim, que se fechava na frente com um laço. A lua iluminava seus cabelos, que agora pareciam estar mais prateados do que nunca. Ela tinha nas mãos o ramo de flores que Snape lhe enviara.



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Autor(a): sereiasnape

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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CAPÍTULO 11 – ME ENSINE, MESTRE Vendo Lauren parada em sua porta, Snape imediatamente a puxou para dentro do quarto e a repreendeu: - Você está louca?! Alguém poderia ver você aí! – esbravejou Snape, trancando a porta. Ao virar para encara-la, Snape sentia a felicidade tomando conta de si novamente. Ela estava estonteant ...


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