Fanfic: Mestre, Se Entregue! | Tema: Harry Potter
Snape estava extremamente feliz e aliviado que as coisas estavam se acertando com sua pequena Lauren. Sabia que não estava propondo coisas fáceis, mas sabia que se ela tivesse paciência e disciplina, tudo isso seria muito recompensador. E para o Professor Snape, ensinar e disciplinar era uma das coisas que mais apreciava fazer.
Lauren, há dias, ansiava pelo beijo de seu Mestre. Por isso, se inclinou para encontrar os lábios de Snape. Mas o Professor se afastou, sabendo que se a beijasse agora, não conseguiria ensina-la mais nada.
- Calma, meu amor. Vamos com calma. Nós sempre nos apressamos em tudo. Tudo bem? – interrompeu Snape.
A menina ficara deveras envergonhada naquele momento. Mas não faria birra. Acenara com a cabeça e olhara para baixo. Snape sentiu sua decepção, mas precisava ser duro.
- Meu bem, não fique triste. Nós teremos a vida inteira para nos beijarmos. Eu também estou morrendo de saudade do seu beijo. Mas precisamos rever onde estávamos falhando. E, na minha opinião, nossa pressa e desejo passou na frente de coisas realmente importantes. Você não acha?
- Sim, com certeza, Professor.
- Que bom que concorda. – Snape agora segurava suas mãos delicadamente, tentando esquenta-las. – Agora, eu gostaria de voltarmos um pouquinho no nosso passado, tudo bem? Queria lhe perguntar algumas coisas que vêm me tirando o sono, desde o momento que nos cruzamos no início do ano letivo.
- Claro, pode perguntar, senhor.
Snape queria saber tantas coisas. Essas respostas o ajudariam a traçar um caminho mais certo para seu futuro, sem incertezas.
- Certo. Eu confesso que a primeira vez que reparei em você foi no jantar de boas-vindas. Ao olhar para a mesa da Sonserina, você me chamou a atenção rapidamente. – Snape, lembrava dos cabelos louros que tiraram sua atenção naquela noite. – Por que eu nunca reparei em você antes, Lauren? Eu me pergunto isso todos os dias.
Lauren também se perguntava isso, pois por sua parte, sempre tivera uma queda pelo Professor de Poções.
- Sinceramente, eu não sei. Acho que antes eu era mais tímida, sentava no fundo da sala, nunca falei diretamente com o senhor. E o senhor... Bem, nos últimos anos não falava com quase ninguém também. Estava fora a maior parte do tempo. Antes da guerra, quem estava lecionando era o Slughorn. Então, a última vez que tivemos aula com o senhor, foi há uns 3 ou 4 anos.
Snape ponderava, puxando em sua memória como fora seus últimos anos em Hogwarts. Realmente, passava a maior parte do tempo fora do castelo, tentando enganar Voldemort, e quando retornava, ficava quase que todos os dias no escritório de Dumbledore, relatando todos os passos do ex-bruxo das trevas. Só de lembrar desses tempos, sua espinha se arrepiava.
- Você tem razão. Há tempos não tenho vida própria. Bom... fico feliz que isso tenha mudado. – dissera, olhando para Lauren, levantando as sobrancelhas.
- Eu também. – respondeu, sorrindo e pensando como tinham sorte de tudo isso ter acontecido após a guerra, num ambiente mais calmo e sem o eminente medo de serem mortos.
- Certo – continuara Snape – próxima pergunta. Naquela noite, durante o jantar, você ficou me encarando. Por que?
- Olha, eu não lembro desse momento em específico. – Lauren tentava lembrar - Mas eu sempre te olhei... O senhor que nunca reparou. Mas lembro que quando vi o senhor sentado à mesa dos professores, uma chama acendeu dentro de mim, uma felicidade em te ver novamente, e bem. – respondeu, rindo.
A estima de Snape lentamente aumentava. Nunca havia realmente olhado para ninguém. Várias coisas começavam a fazer sentido agora. Não somente sobre Lauren, mas sobre sua vida. Começara a entender que estava completamente cego, obstinado em sua missão.
- Verdade? Fico lisonjeado, minha princesa. – disse, levando as mãos da menina até seus lábios. Elas estavam começando a esquentar.
O coração de Lauren começara a encher-se novamente, como se um novo combustível estivesse entrando em suas veias. Suas bochechas lentamente voltavam a corar.
- Ok. Continuando... Naquela noite eu tenho certeza que vi uns certos cabelos louros se esgueirando para fora do Salão Comunal e, a hora que abri a porta, já estava voltando para dentro. Era você, não era?
Lauren temia dizer a verdade para Snape, pois afinal, ele ainda era o Diretor de sua Casa. Mas mentir não seria bom também.
- Pode falar, você não vai se encrencar. – tranquilizou-a.
- Sim, era eu...
- Eu sabia... – disse Snape, rindo levemente. – O que fazia fora da cama, mocinha?
Agora teria que confessar tudo.
- Certo... – começou Lauren, tímida – Lembra que te falei que naquela noite, algo acendeu dentro de mim, em relação a você? Eu não sei o que deu em mim... Eu não conseguia dormir, virava de um lado para o outro, pensando no senhor. Então eu decidi descer ao Salão, para ficar um pouco em frente à lareira, me distrair, esperar o sono chegar. Mas na hora que cheguei à poltrona, meu corpo não quis sentar. Meu coração disparou e me ocorreu o que aconteceria se eu aparecesse na sua porta. Minha mente começou a vagar e imaginar nós dois juntos. O que aconteceria se eu continuasse andando, abrisse a porta do Salão, e caminhasse até você. – confessava, com vergonha.
- Que linda... – disse Snape, carinhosamente, também imaginando o que faria se a visse parada em sua porta, pois ele também não havia parado de pensar na menina naquela noite. – E o que aconteceu?
- Bom, eu achava que tudo estava acontecendo somente dentro da minha cabeça. Que eu estava imaginando que estava caminhando, que imaginava abrir a porta. Mas eu estava realmente fazendo tudo aquilo, sem perceber, como se estivesse sonâmbula. Sei que não estava dormindo. E só percebi que estava nesse estado de transe quando senti o vento gelado que vinha do corredor de seus aposentos, e a luz da lua que ofuscava minha visão. Quando reparei que estava fora do dormitório, eu já estava na frente do seu quarto. Olhei ao redor, e estava sozinha. Voltei à realidade e corri o mais rápido que pude de volta ao meu dormitório.
- Nossa... Eu não sei o que faria se tudo isso tivesse realmente acontecido. Você com certeza iria me surpreender, minha pequena. – disse Snape, passando a mão em seu rosto. – Não sabia que você gostava de mim há tanto tempo assim. Eu confesso que meus sentimentos por você começaram naquela noite. Tinha uma vontade gigantesca de saber mais sobre aquela misteriosa e linda sonserina. Fico tão feliz que tudo tenha saído do imaginário, e se concretizado de uma forma tão linda. – continuava afagando o rosto de sua menina.
- Eu também. Até hoje, às vezes não acredito que realmente estamos juntos. É tudo um sonho. – dizia, apaixonada.
- Com certeza, meu amor. Depois que vi você voltando ao dormitório, também voltei ao meu quarto, e tive um sonho lindo com você. Foi uma noite muito intensa. Enfim... No dia seguinte, a senhorita foi até a minha sala, e disse que você e seu pai sempre me apoiaram e acreditaram em mim. Então seu pai realmente sabe quem eu sou?
Ao tocar no nome de seu pai, Lauren sentiu-se incomodada, mas respondeu.
- Sim... Ele sabe, e te admira muito. Sempre dizia o quanto você era corajoso e leal a Dumbledore, mesmo quando todos desconfiavam de sua lealdade. Talvez isso tenha feito eu me interessar ainda mais pelo senhor... – revelou Lauren.
- Compreendo. Lauren, você acha que quando nos assumirmos, seu pai aprovará? Você já será maior de idade, mas ainda assim, é uma grande diferença.
- Snape, uma coisa que você precisa saber. – Lauren começaria a revelar algo que não pretendia naquele momento. – Minha relação com meu pai é ótima. Nós nos damos bem, ele me ama muito, sempre conversamos bastante. Mas... Isso não acontece frequentemente. Quero dizer, depois que comecei em Hogwarts, praticamente nos vemos somente nos feriados e alguns dias nas férias. Passo mais tempo com os empregados do que com meu próprio pai. Ele trabalha muito. Mais do que o necessário, às vezes penso... Durante minha infância ele sempre esteve presente, mas parece que depois de Hogwarts, ele se afastou muito de mim. Nesse tempo que a escola esteve parada, eu passei mais tempo com Draco do que com ele.
Snape não esboçara reação nenhuma ao ouvir o nome de Malfoy, mas por dentro, uma pontada de ciúmes atingiu em cheio seu estômago.
- Enfim... o que estou querendo dizer: é capaz que meu pai se sinta aliviado em saber que não precisará mais “cuidar” de mim. Ele, com certeza, não se importará.
- Certo, meu bem. Obrigado por compartilhar isso comigo. Tenha certeza que, a partir de hoje, você não se sentirá sozinha mais nem um dia da sua vida. Sei que meu papel com você é outro, completamente diferente de um pai. Mas eu vou cuidar de você e te proteger todos os dias da minha vida. – disse isso e beijou a testa de Lauren.
Uma lágrima caiu dos olhos da menina e seu peito encheu-se de esperança. Sentia seu corpo ganhando vigor novamente, energia e uma porção absurda de vida.
- É tudo que eu quero. Preciso de você mais do que tudo.
A vontade de beijar os lábios de Lauren naquele momento era descomedida. Mas precisava se controlar, pois ainda tinha muito a falar.
- Certo, meu bem... Continuando. Aliás, perdoe todas essas perguntas. Eu só estou tentando organizar meus pensamentos.
- Claro, fique à vontade.
- Naquele dia, você se atrasou para a aula de propósito, não foi?
Lauren riu e acenou que sim.
- Sua danada... Queria chamar a minha atenção, é isso?
A menina riu, com os olhos fechados, balançando a cabeça novamente.
- Mas eu não esperava que tiraria pontos. E muito menos que me colocaria em detenção! Isso eu confesso.
Snape riu, de uma forma que ainda não havia demonstrado antes. E Lauren achou lindo vê-lo se divertindo.
- Ai ai, srta. Niemberg. Você ainda vai me matar!
- Mas funcionou, não funcionou? – riu, a menina.
- Sim, meu bem. – respondeu Snape, ainda sorrindo – E como! Agora, quando suas detenções começaram, tenho que te dizer, o feitiço virou contra o feiticeiro. Era um tormento cada noite naquele escritório. Você me tirou do sério...
- Eu sei... Também planejei te provocar um pouquinho. – disse Lauren, olhando nos olhos do Professor.
A vontade de Snape agora era aperta-la, e beija-la compulsivamente. A ligação que tinham era de outro mundo.
- Ah, Lauren... Sabendo de tudo isso agora, me faz pensar que não existia outra alternativa. Uma hora ou outra acabaríamos caindo em perdição.
Os dois olhavam-se com desejo, e Snape agora passava seus dedos pelos lábios de Lauren.
- Certo, meu bem. Última pergunta. – afirmou, sem tirar os dedos e os olhos da boca da aluna. – Quando nos beijamos pela primeira vez. O que aconteceu? E por que saiu correndo depois?
- Pois bem... Quando te beijei, aconteceu igual no dia que saí do dormitório. Eu estava imaginando como seria se te beijasse, mas simplesmente fiz, sem pensar. Mas foi a melhor coisa do mundo. Foi a melhor sensação que já senti.
- Eu também, meu amor...
- E eu corri... Porque, quando me dei conta do que havia feito, muitos e muitos sentimentos me invadiram, principalmente o medo de ser expulsa. Achei que o senhor acabaria se arrependendo e me baniria da escola. Então eu simplesmente me apavorei e fui embora. Me perdoe por isso. Eu não sabia o que fazer...
- Não tem problema, minha pequena. Eu jamais contaria nada a ninguém. Foi tudo perfeito. No momento que você me beijou, eu me senti o homem mais feliz do universo. Tenho muita sorte da menina mais perfeita de Hogwarts ter se apaixonado por mim. E mesmo que você não tivesse dado o primeiro passo, tomado uma atitude... Eu te esperaria para sempre. Eu te amo, minha Lauren.
Autor(a): sereiasnape
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Seria possível que tudo estivesse dando certo, conforme Snape planejara? Não imaginava que aquela conversa sairia tão bem. Tudo estava fluindo perfeitamente. Porém agora, precisaria de uma vez por todas, estabelecer regras para Lauren. Sentia que ela estava preparada para isso, e que tentaria de todo o coração obedecê-las. - C ...
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