Fanfic: Mestre, Se Entregue! | Tema: Harry Potter
Durante o resto da tarde, o humor do Professor Snape não estava agradável. Os alunos que tiveram aula com ele depois, perceberam que o velho Snape não tinha mudado em absolutamente nada. Continuava mal humorado, seco, intolerante e impaciente.
Pela hora do jantar, Snape sentia-se completamente sem fome, portanto decidiu ficar em sua sala, corrigindo as lições já acumuladas dos alunos. Sentou-se em sua mesa e serviu-se de um copo de whisky. Fazia muito frio e só o calor da lareira não estava dando conta. Por um momento se distraiu olhando para as chamas que emanavam do fogo e ali ficou pensando qual seria a punição da Srta. Niemberg. Precisava ser algo tedioso, para que ela nunca mais quisesse voltar ali. Era só o primeiro dia, então pensou em pegar leve com a garota.
Voltou a corrigir os pergaminhos, que logo mostraram-se ser de alunos preguiçosos. A maioria só enrolava em frases e mais frases sem sentido. A paciência do professor foi diminuindo ao perceber que quase ninguém tinha levado a sério as lições do dia.
Eram 20:59 quando o Professor Snape ouviu três batidas em sua porta. Não percebeu como o tempo havia passado rápido. A problemática aluna já havia chegado para sua primeira detenção.
- Posso entrar, Professor? – perguntou Lauren.
- Entre.
A garota fechou a porta atrás de si e aproximou-se da mesa de Snape. Vestia calças jeans pretas e um suéter com as cores de Sonserina. Em seu rosto, não havia mais nenhum sorriso, nem raiva. Tinha uma expressão completamente blasée.
- Boa noite, srta. Niemberg. Está no horário. Meus parabéns. – disse Snape sem retirar os olhos dos pergaminhos que corrigia.
- Sim, senhor. Gostaria de me desculpar pelo meu comportamento de hoje na aula. Eu geralmente não sou assim, peço que me perdoe. – em sua voz havia um tom de real arrependimento, o que fez Snape levantar os olhos para ela. Ela estava maravilhosa, seus cabelos hoje pareciam mais claros ainda do que na noite anterior, quase prateados. O cheiro de dama-da-noite invadiu a sala e o professor ficou inebriado com o cheiro.
- Devo confessar, senhorita, que você deve ter sido a única aluna a conseguir pegar uma detenção no primeiro de aula, nesses mais de mil anos desde que a escola foi fundada. Mas é claro que o seu comportamento não é novidade para mim. Já disciplinei muitos alunos durante minha vida acadêmica. Espero que saiba que não terá outra oportunidade como essa, srta. Niemberg. Desrespeite-me de novo em frente meus alunos e será expulsa em um segundo.
- Sim, senhor professor. Não acontecerá novamente.
- Assim espero. – respondeu Snape friamente, tentando disfarçar que o cheiro da aluna mexia com ele. – Quero que saiba também que uma carta já foi enviada para seu pai, avisando-o de seu mau comportamento. Ele está ciente dos sete dias de detenções e confessou que talvez tenha sido “mole demais em sua criação”, palavras dele.
Pelo reflexo da luz do fogo, podia-se enxergar lágrimas formando-se nos olhos de Lauren, ao ouvir a respeito de seu pai.
- Pois bem, hoje você limpará os armários que estão no fundo da sala, e cada livro, material e frasco que está dentro dele. Espero ver tudo brilhando, senhorita.
Então Snape apontou onde estavam os materiais de limpeza que a menina precisaria e mandou-a começar logo. Lauren virou-se e começou a tirar tudo de dentro do armário. O professor tentou voltar a atenção aos pergaminhos, mas falhou miseravelmente. Conforme a garota se esforçava, fica mais ofegante e alguns minutos depois resolveu tirar seu suéter. Por baixo, usava uma camisete preta de alças, que muito bem salientavam seus grandes seios. Quando Lauren precisou abaixar para limpar as prateleiras inferiores, ali foi a morte de Snape. O jeans preto da menina revelou debaixo dele uma pequena calcinha, de alcinhas finas. Parecia ser fio dental, de renda. Era impossível ela estar fazendo aquilo de propósito, pensou Severo. Ela não sabia que ele estava a observando.
Quanto mais ela tentava alcançar o fundo do armário, mais sua calça revelava o que tinha debaixo dela. Era incrível como sua pele era branquinha, e iluminada pela luz do luar, era quase poético. A ereção que crescia dentro da calça de Snape revelava tudo que ele não queria admitir. Mesmo que admitisse sentir-se atraído por uma aluna, coisa que nunca aconteceu, o que isso dizia a respeito de seus sentimentos por Lílian?
Severo estava ficando mentalmente cansado em espantar esses pensamentos. Precisaria refletir sobre esses sentimentos, e rápido. Lílian fora a única mulher com a qual Snape realmente sentia tesão de verdade. Que só de a olhar, já perdia a cabeça. E agora essa menina estava fazendo-o questionar tudo que sabia sobre seu próprio coração. Afinal, há 18 anos essa parte de si permanecia intocada, guardada há sete chaves. Snape sabia como uma mulher podia mexer com a cabeça de um homem facilmente.
Por mais que ele quisesse controlar seus impulsos masculinos, a cada minuto que Lauren se movia na sua frente, ficava mais difícil. A menina parecia exausta do esforço que fazia; Snape conseguia ver gotas de suor escorrerem do seu pescoço até seu lindo decote. Ela estava ofegante, dando seu máximo para deixar tudo brilhando, da forma que o professor havia pedido. Severo olhou no relógio e já fazia uma hora que a garota trabalhava sem parar, com o calor da lareira lhe consumindo.
- Faça uma pausa, srta. Niemberg. Venha, te darei um copo d’água. – ofereceu o professor que estava começando a ficar com pena da garota.
- Obrigada, senhor... – disse Lauren, exausta.
Snape virou-se para apanhar o copo e a menina havia sentado na frente da mesa dele. Ao entregar a água na mão dela, pode sentir como sua pele estava quente e a dele, fria. Naquele segundo onde suas mãos se tocaram, todo o corpo do professor eletrizou-se. Conforme a garota bebia, Snape simplesmente não conseguia parar de olhar o movimento da sua boca, seu peito arfando pelo cansaço, sua respiração arquejante. A presença dela fazia tudo se transformar.
- Muito obrigada, professor. – disse Lauren, colocando o copo na mesa. – Realmente há muitas coisas no armário. Há quanto tempo estão ali?
- Desde que eu comecei a lecionar nessa escola, senhorita. – respondeu Snape, sentando-se novamente em sua cadeira.
- E faz quanto tempo que o senhor leciona aqui?
“Ela está querendo puxar assunto comigo ou é impressão minha?”, pensou o professor. Decidiu dar trela pra ver onde iria chegar.
- Há exatamente 18 anos. – respondeu.
Lauren inclinou-se para frente na cadeira, deixando seu decote ainda mais exposto.
- Ah, sim. Se quer saber, eu gosto muito mais das suas aulas do que as do Sr. Slughorn. – disse a menina sorrindo.
A expressão de Snape afrouxou um pouco e Lauren quase conseguia ver um leve sorriso no canto de sua boca.
- Ah é? E posso saber o porquê, senhorita? – indagou o professor.
Lauren agora estava com um enorme sorriso no rosto.
- Não sei dizer, Mestre. O senhor sempre foi meu professor favorito.
Aquela frase fez com que a ereção de Snape o lembrasse que continuava ali, firme e forte.
- Obrigado, senhorita. Não foi o que pareceu hoje mais cedo. – respondeu.
- Eu não sei o que me deu na cabeça, Professor. Acho que fico nervosa em sua presença. – Lauren sussurrou.
O sangue fervia dentro do corpo de Snape. Cada músculo seu se retraía, e sua mente estava fazendo um esforço descomunal para não voar na boca daquela garota. Snape percebeu que se continuasse assim, ele faria algo que se arrependeria. Portanto, resolveu encerrar a detenção naquela noite. Ele encarou a menina por mais alguns segundos antes de pigarrear e forçar a voz a sair.
- Pois bem, senhorita. Por hoje chega, continuamos amanhã. Permita que eu a acompanhe até o Salão Comunal.
Snape levantou-se e tratou logo de jogar a capa na frente de seu corpo para que a menina não percebesse o quão excitado ele estava por ela. Com um movimento de sua varinha, apagou a lareira de sua sala, a garota apanhou seu suéter e o professor fechou a porta, rumo a seus aposentos. Ao sentir o frio que fazia lá fora, Lauren vestiu sua blusa e de sua boca saía vapor, por se encontrar em um ambiente tão diferente do que estava. Andando ao lado de Lauren, somente agora Snape reparava como ela era baixinha. A garota devia ter no máximo, 1.65cm.
Logo chegaram ao Salão Comunal de Sonserina e o professor fez a gentileza de abrir a porta para Lauren entrar. Na verdade, ele queria certificar-se que ela entraria e lá ficaria.
- Boa noite, srta. Niemberg. Amanhã mesmo horário em minha sala.
- Tudo bem, Professor Snape. Tenha uma boa noite. – respondeu a garota, com um sorriso no rosto, como se estivesse despedindo-se de um namorado.
Severo Snape naquela noite enfrentaria grandes dificuldades para dormir, pois precisava pensar em como aguentaria mais seis detenções junto daquela menina, sem poder tocá-la.
Autor(a): sereiasnape
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Naquela mesma noite, Snape não sabia o que pensar de seus sentimentos pela menina. Se houvesse sentimentos. Ele não era o tipo de homem que ficava daquele jeito por uma simples atração física. Sua cabeça não funcionava assim. Precisava de conexão, de algum tipo de ligação. Já havia experimentado mui ...
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