Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Qualquer coisa que Maite ou aquelas irmãs fizessem sempre fazia Magno sorrir. Ele as adorava.

Magno: Que personalidade tem, não é? - disse Magno

E observando Christopher, o velho acrescentou:

Magno: Rapaz, mulheres assim encontrará poucas.

Alfonso: Christopher creio que é a vez de meu avô responder a sua pergunta. - disse Alfonso.

Todos olharam para o velho, que depois de enrolar um pouco, por fim disse:

Magno: Morreram há anos, longe destas terras. - esclareceu mudando de humor.

Aquela resposta não diminui a curiosidade de Christopher, que voltou ao ataque:

Christopher: Isso não me diz muito Magno

E olhando para seu amigo, prosseguiu:

Christopher: Talvez possa me dizer por que elas brigaram com os feirantes, ou qual foi o insulto que desencadeou tudo.

Magno: O que pretende saber?! - rugiu Magno, cruzando os braços diante do peito.

Christopher o fitou.

Christopher: Pretendo saber por que entre elas falam um idioma que não é o gaélico.

Christian: Que está dizendo? - perguntou Christian com estranheza.

Damon não estava entendendo nada.

Magno: Escutem bem e meçam suas palavras depois do que vou relatar. - pediu Magno olhando Alfonso.

Após um longo silêncio, começou:

Magno: O pai das moças era inglês. Satisfeito? - perguntou olhando para Christopher, que não se alterou - A mãe delas era Blanca de Atholl, escocesa, uma moça encantadora que um dia se apaixonou por um tal de Fernando Saviñón. Recordo que quando ela partiu com ele, Angus sofreu demais. Sua mulher Trisha, havia morrido, e a partida de Blanca o deixou sozinho e triste. O que sei é que o pai das moças morreu em uma caçada, quando alguém errou o alvo e o acertou, e Blanca morreu após o parto do pequeno Lucca. Dulce me contou que foi um inglês, amigo do pai delas, que, arriscando sua vida e a de alguns homens, os ajudou a fugir da tirania dos tios, trazendo-os de novo para casa, aqui, com seu avô e seu clã.

Christian: Elas são inglesas? - perguntou Christian desafiador.

Alfonso: Não. Elas são escocesas. - afirmou Alfosno.

Magno: Uma noite, há seis ou sete anos, Angus apareceu com as duas moças e o bebê de colo, pedindo-me permissão para que pudessem viver aqui. E passaram a fazer parte do meu clã. Elas são tão Herrera quanto eu, e não permitirei que ninguém questione isso nem um só instante. - disse Magno com severidade.

Damon: O pai delas era um sassenach? - perguntou Damon incrédulo.

Alfonso: Sim. - assentiu Alfonso - E embora eu tenha matado centenas deles, sou dos pensam que nem todos são iguais.

Magno: Evidente que não. - afirmou Magno, que se entristeceu ao recordar aquilo.

Exceto por poucas pessoas e Marlon, avô de Christopher e Christian, poucos conheciam esse grande segredo.

Christian: Não existe nenhum sassenach diferente. - censurou Christian - São todos iguais. Podemos distingui-los a léguas. Com razão essas moças têm tanta personalidade. Tem o caráter torto inglês.

Damon: Perdoe que o corrija. - interrompeu Damon ainda surpreso - Mas esse caráter é mais escocês que inglês. Pelo que sei, as inglesas são frias como pedras de gelo, e não me parece que essas moças sejam assim.

Christian: Tem razão - assentiu Christian, balançando a cabeça e sorrindo ao se recordar das inglesas que haviam cruzado seu caminho.

Magno: Oh... - lamentou Magno ao escutá-los, balançando a cabeça - Como estão equivocados!

Christopher: Existe algo mais, não é? - murmurou Christopher, cravando o olhar no velho.

O guerreiro e o velho se olharam, até que este último falou:

Magno: Conte a eles Alfonso. - sussurrou Magno com voz tomada de tristeza, enquanto se levantava e se aproximava do calor da lareira para não deixar que ninguém visse seus olhos marejados.

Alfonso: Minha avó Elizabete era inglesa. - confessou Alfonso, observando seu avô, que jogava um tronco na lareira. - Esse é um segredo bem guardado em minha família. Ela foi vítima de própria pátria por ajudar os escoceses. Vocês têm algo mais a perguntar?

Nesse momento as mulheres se dirigiam a eles. Christopher, ao ver a dor refletida nos olhos de Magno, decidiu encerrar a conversa e ir jantar.

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O bosque fechado de azevinho diante de Dulce era escuro, apesar da lua cheia, que irradiava um esplendor magnífico. A primeira vez que ela vira aquele bosque tomado de azevinhos, pinheiros e carvalhos maravilhosos fora na noite em que chegara com Alaric e seus homens. Ali ela se despedira de seu bom amigo e nunca mais tivera notícias dele. "Que terá acontecido de sua vida?", pensava enquanto caminhava puxando Lord Draco, seu cavalo gentil e cansado, que Alaric, naquele dia fatídico, havia se lembrado de resgatar.

Lord Draco era um cavalo velho, pardo de olhos cansados que revelavam seus 20 anos. Mas Dulce o adorava. Nunca esqueceria o dia em que seus pais lhe deram o cavalo de presente. Ela tinha seis anos, pouco menos que Lucca nesse momento, de modo que ambos, e juntos haviam vivido muitos momentos bons e ruins.

Naquela noite, depois de sair sigilosamente de casa, Dulce chegou ao local onde os feirantes acampavam e não notou que olhos divertidos e incrédulos observavam todos os seus movimentos.

Disfarçadamente, Dulce se aproximou da carroça onde a roliça Fiona e seu marido dormiam. Com rapidez, derramou algo que levava nas mãos dentro de um recipiente de barro. A seguir, com a mesma tranquilidade e sigilo com que havia chegado foi embora.

Christopher, que ficara durante um bom tempo esperando que ela aparecesse, ficou maravilhado ao vê-la. A jovem havia aparecido diante dele vestida como homem. Nada de vestidos, de cabelos ao vento, nem delicadeza ao caminhar. Nesse momento ela vestia calças de couro marrom, uma camisa de linho, uma velha capa escura e botas de cano alto que facilitavam seus movimentos. E seu cabelo estava preso em uma longa trança sob um lenço. Christopher, com a boca seca, observava nas sombras os movimentos controlados dela, e não pode deixar de rir quando a viu derramar algo dentro da vasilha de água. Ao vê-la desaparecer entre às árvores saiu andando, Tinha que alcançá-la.

Christopher: O que faz uma moça andando sozinha pelo bosque a esta hora?

Ao escutar aquelas palavras, Dulce parou. "Maldição. O que ele está fazendo aqui?" pensou, voltando-se para ele. A aparência dele era inquietante. Agora que estava limpo e arrumado, via-se que era bonito. Seu belo cabelo castanho claro, seus olhos castanhos claros e penetrantes a investigavam. Quase soltando um suspiro sem saber por que, Dulce levou o olhar para sua boca sensual, que, segundo ouvira as mulheres dizendo, era uma boca quente e suave para beijar. Realmente, aquele homem era uma verdadeira provocação. Mas por que a olhava com aqueles olhos inquisidores?

Dulce: Eu estava dando um passeio com meu cavalo, senhor. - esclareceu ela, puxando com força as rédeas de Lord Draco, que bufou ao notar que tinham companhia.

Christopher: Vestida como um rapaz? E jogando poções na água dos outros?

Dulce: Ora, que descaramento! - Dulce se irritou, mudando de postura - Estava me espiando, seu verme?

Ela arregalou os olhos ao se dar conta de como havia falado com Lord Uclermann, o Falcão, e ficou preocupada com as consequências que aquilo acarretaria a sua família. Levantando as mãos como um gesto de desculpas, falou:

Dulce: Oh meu Deus! Desculpe minhas palavras, senhor. Eu tenho o horrível defeito de falar antes de pensar.

Christopher: Por que será que isso não me surpreende? - erguendo uma sobrancelha, divertido. - Fique tranquila, não se preocupe. Mas, por experiência própria, eu digo que devemos pensar antes de falar.

Ao escutar isso, ela suspirou.

Dulce: Tem razão senhor. - concordou.

A expressão de espanto e constrangimento dela provocou um sorriso em Christopher.

Christopher: Eu não direi nada, se você também prometer não falar. Não gostaria que as pessoas perdessem o medo que tem de mim. - respondeu ele, aproximando-se mais dela, deixando evidente sua estatura e seu porte de guerreiro.

Dulce: Eu prometo senhor. - assentiu ela.

E dando meia volta, segurou com força as rédeas de Lord Draco e começou a andar.

Dulce: Boa noite, Lord Uckermann.

Christopher: Christopher. - solicitou ele, tomando-lhe o braço - Meu nome é Christopher, e não sei por que estranha razão decidiu continuar me chamando de outra maneira.

Dulce: Outra vez a mesma coisa? - protestou Dulce, olhando para o céu de um jeito cômico. - Creio senhor, que já expressei o que penso sobre isso.

Christopher: Eu não penso como você moça. - disse Christopher maravilhado com a esperteza e a graça dela - E, se me permite, eu a acompanharei até sua casa.

Dulce: Não preciso de proteção senhor. E não me leve a mal, mas não permito.

Ela recusou a oferta mordendo o lábio inferior. Ele sorriu, cravando nela seu olhar penetrante.

Christopher: Pretende contestar todas as minhas ordens? - insinuou ele, apertando-lhe o braço.

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Continua....