Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Elena: Sempre gostou. - assentiu Elena, aproximando-se e perguntando-lhe em voz baixa: - Está melhor hoje?

Sem olhar para Elena, pois ainda continuava zangada com a irmã, respondeu:

Dulce: Claro. Onde estão os homens?

Belinda: Saíram para se encontrar com um tal de George. - respondeu Lady Belinda, controlando seu mal-estar ao ver Dulce tão relaxada naquela manhã.

Dulce: Ah, sim. - comentou com malícia - Certamente ele irá levá-los com a barcaça até Brodick.

Depois disso, todas se calaram. Só se ouviam as gotas de chuva caindo e o som dos trovões.

Elena: Onde tem linha e agulha? - perguntou Elena ao ver que um dos laços de seu vestido havia se soltado.

Dulce: Na sala ao lado. - respondeu Dulce, e apontou para sua esquerda - Verá uma caixa azul com todas as coisas necessárias para costurar.

Elena: Com sua licença, vou costurar este laço. - disse

E desapareceu deixando Dulce e Belinda sozinhas no salão, mergulhadas em um silêncio constrangedor.

Dulce: Belinda, dormiu bem? - perguntou Dulce sem formalidade, astutamente, em francês.

Belinda: Perfeitamente! - respondeu Belinda com desdém.

Até que se deu conta de que Dulce havia falado em francês.

Belinda: Ora! É mais esperta do que eu imaginava, cigana.

Dulce: Não devia menosprezar as pessoas ao seu redor, francesa. - advertiu Dulce ao ver o desconcerto no rosto dela - Elas podem surpreender você.

Belinda: Posso lhe assegurar que o que não vai me surpreender é a notícia de que Christopher se cansou de você. Creio que não é mulher para ele.

Dulce sorriu. Queria acreditar no amor de seu marido, e assim faria.

Dulce: Está insinuando que você é mulher melhor para ele do que eu?

Belinda: É evidente. - riu Belinda, mexendo em um de seus cachos dourados - Uma mulher vulgar como você nunca poderá se comparar a uma dama, como você nunca poderá se comparar a uma dama como eu. Seus modos, sua maneira de se vestir, inclusive de falar, dizem de você muito mais do que pensa. E pode ter certeza de que Christopher acabará se dando conta, mais cedo ou mais tarde. Acaso não viu como ele olha para mim?

Dulce: Quanto antes ele se der conta... - riu Dulce com a sobrancelha levantada - Melhor para você não é? Por acaso, agora que Robert voltou para sua mulher, pretende roubar meu marido? Quão pouco o conhece se realmente pensa que ele voltará para você depois que o traiu como uma prostituta vulgar.

Belinda: Entenda uma vez que ele sempre me amou. - afirmou Damon, ofendida - E não vou permitir que uma simples camponesa fique com o que me pertence por direito. Christopher é meu, e vou recuperá-lo, custe o que custar!

Dulce: Só por cima do meu cadáver. - riu Dulce sarcasticamente diante da maldade daquela mulher.

Belinda levantou a mão para dar-lhe uma bofetada, mas Dulce a empurrou com rapidez e a jogou sobre a mesa. Sacando o punhal que levava na coxa, com um rápido movimento o colocou no pescoço da mulher dizendo:

Dulce: Se você se atrever a se aproximar de meu marido, juro que da próxima vez que eu sacar a adaga não será só para mostrá-la.

Elena: Dulce! - gritou Elena neste momento.

Ficara sem palavras ao entrar no salão e ver sua irmã em cima de Lady Belinda com a adaga no pescoço da francesa.

Elena: Que está fazendo?

Dulce: Não grite Elena. - respondeu Dulce tranquilamente, soltando Belinda e guardando sua adaga - Só estava mostrando a Lady Belinda como posso ser rápida quando alguém me ataca.

Belinda: Está louca! - gritou a francesa, ainda com o coração na boca ao recordar o aço se cravando em seu pescoço.

Correu para Elena, sentando-se teatralmente com as mãos na cabeça.

Belinda: Oh, meu Deus! Que momento horroroso sua irmã me fez  passar!

Elena: Fique tranquila, Lady Belinda. - sussurrou Elena.

Voltou-se para Dulce e disse:

Elena: Quando vai parar de se comportar assim? Não vê que com esses modos só causa problemas?

E completou, olhando para a francesa:

Elena: Tome um pouco de água fará bem.

Decepcionada por ver que sua própria irmã acreditava mais naquela dissimulada do que nela, Dulce disse, antes de sair:

Dulce: Minha irmã, espero que nunca precise se defender de harpias como essa, porque pode ter certeza de que devorarão você.

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Na hora do almoço, os homens voltaram do encontro com George. Enquanto comiam, informaram a Lady Belinda que, enquanto o temporal não diminuísse, a barcaça não poderia se arriscar a chegar a Brodick. Dulce não gostou da notícia. Desejava com todas as suas forças que a francesa desaparecesse de sua vida, mas parecia que o tempo não estava a seu favor.

Depois do almoço, Elena e Belinda foram cada uma a seu quarto descansar um pouco, enquanto os homens continuavam conversando no salão. Dulce por sua vez, desceu até a cozinha para perguntar a Fiorna pelo estado de seus filhos. Com um sorriso, ela disse que o amieiro-preto havia acabado com as lêndeas da cabeça de um filho e que a hamamélis tinha aliviado a inflamação e a dor do outro.

Contente, Dulce subiu o salão, que neste momento estava vazio. Com tranquilidade, foi até a grande lareira e se sentou em uma das poltronas.

****: O que faz franzir a testa dessa maneira? - disse uma voz atrás dela.

Era Robert de Bruce.

Dulce: Oh, senhor. - sorriu Dulce, levantando-se.

Com a mão, ele lhe indicou que permanecesse sentada e se acomodou na poltrona da frente.

Dulce: Estou cansada, só isso.

Robert: Lamento por minha visita lhe causar mais problemas do que deveria.

Dulce: Não se preocupe. - suspirou Dulce com um sorriso, entendendo-o - Está tudo bem.

Robert sorriu e comentou:

Robert: Lady Belinda pode ser uma verdadeira tortura e um grande incômodo.

Dulce: Isso não vou negar. - sorriu Dulce com cumplicidade. - O senhor a acompanhará também na barcaça?

Robert: Sim. - assentiu ele com um sorriso - Preciso me assegurar de que ela abandone a Escócia. Não quero voltar a ter problemas com Elizabete por causa dela. Já tive muitos.

E cravando-lhe o olhar, disse, com um sorriso:

Robert: Quero que saiba que ontem à noite admirei seu controle.

Dulce: Porque diz isso?

Dulce sorriu ao recordar tudo, escutando os trovões que rugiam do lado de fora.

Robert: Porque notei que você entedia tudo o que ela dizia em francês, assim como observei como ela tentou por todos os meios seduzir Christopher para não sair da Escócia.

Dulce: Se o senhor não a levar, eu mesma me encarregarei pessoalmente de levá-la. - disse Dulce, fazendo-o rir.

Robert: Christopher é um homem muito inteligente, e não creio que cometeria o terrível erro de afastá-la para que essa harpia loura entrasse em sua vida e a destruísse.

Dulce suspirou aliviada e disse:

Dulce: O senhor esteve com ela sabendo perfeitamente o tipo de mulher que é.

Robert: Sou homem. - assentiu ele, recostando-se na poltrona - Mas sempre deixei claro por que estava com ela. Belinda é egoísta, fria e imensamente ambiciosa. E, uma vez que minha mulher, Elizabete, foi liberada, ela não tinha lugar a meu lado. Sei que isso talvez seja a coisa mais egoísta que já escutou na vida, mas eu nunca a enganei. Sempre deixei claro o que aconteceria se minha mulher voltasse.

Dulce: Entendo o que diz senhor. - disse Dulce.

Nesse momento seu marido, Miles e Evan entraram. Christopher, ao perceber que Dulce e Robert estavam sozinhos, aproximou-se rapidamente dela para lhe dar um beijo possessivo. Coisa que fez Robert rir. Dulce olhou para Evan e perguntou:

Dulce: Evan, onde está Lucca?

Evan: Não sei, milady. - respondeu o gigante - Hoje não o vi o dia todo.

Christopher: Deve estar brincando em algum lugar. - acrescentou Christopher, recordando que tinha que falar com o rapaz para lhe pedir perdão - Com o dia que está fazendo hoje, creio que não deve estar com vontade de sair do castelo.

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