Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Após a cerimônia, teve início um esplendoroso banquete preparado pelas mulheres do castelo. Não faltaram pratos típicos como o haggis, mingau, javali, ensopado de cervo, salmão defumado e caldos aromatizados com alecrim.

Os bolos de farinha, e um fino bolo coberto de mirtilo foram o auge do maravilhoso banquete.

No salão, nas longas e pesadas mesas de madeira, abundavam os manjares em finas bandejas, e ao lado, em outra mesa, barris com cerveja em abundância. Ao longo do banquete e em várias outras ocasiões, os convidados, animados por Magno, brindavam, estimulando os noivos a se beijar, fazendo o velho se divertir como uma criança.

Durante o banquete, Christian notou que Maite fazia brincadeiras com alguns homens que ele não conhecia, e sentiu uma estranha pontada de ciúme. Por que ela sorria para aqueles ali, e para ele dizia grosserias?

Por sua vez, Dulce e Christopher mantinham distância. Mas, apesar de sua precaução ao olhar para ela, incomodou-se como se fosse seu irmão ao ver que Dulce conversava e sorria com pessoas que ele não conhecia.

Passado um tempo, ele observou que um rapaz um pouco mais jovem que ele se sentava ao lado dela, e teve que se segurar na mesa ao ver que ele tentava abraçá-la. Mas relaxou e se surpreendeu quando a viu torcer o braço do rapaz, com um rápido movimento, fazendo-o gesticular de dor. Pouco depois, o sujeito irritado, trocou umas palavras com ela, levantou-se e foi embora. Max ocupou seu lugar e começaram a conversar.

"Sobre o que falam com tanta paixão?", perguntava-se Christopher vendo-a gesticular e o velho Max gargalhar.

Elena, em algumas ocasiões, fez de tudo para cruzar com Damon pelo salão. Sem poder mais conter seus instintos, com um sorriso aberto, ele a pegou pelo pulso e a levou até o corredor do primeiro andar, onde a encurralou e a beijou. Fazia dias que ele lutava contra si mesmo. Pensar no sangue inglês daquela moça graciosa, de início deixara-o desconcertado, mas seus instintos mais primitivos floresceram de novo e só existia ela, Elena.

Para Elena aquele beijo tão íntimo foi o primeiro de sua vida. Ela se assustou ao sentir as mãos de Damon subindo para seu decote, mas, depois de reagir e segurá-las com um olhar desconcertante, ela voltou para onde estava todo mundo, deixando-o, se é que possível, ainda mais acalorado.

Ao som das primeiras gaitas, os convidados começaram a dançar. Gente do castelo e da aldeia se reunia no pátio e nos arredores da fortaleza. Angus, Max e os mais velhos dali, ao cair da noite, decidiram voltar para suas cabanas, cansados de tanta festa. O Lucca, mas, diante da negativa e vitalidade do menino, deixou-o com suas irmãs, fazendo-o prometer que se comportaria com sensatez.

As pessoas dançavam com alegria. Dulce, Maite e Elena dançavam e bebiam com as pessoas que conheciam quase toda vida. Miguel, o moço que vivia atrás de Dulce, tentou ficar ao lado dela, mas a jovem, assim que podia, livrava-se dele, coisa que ele não aceitava de bom grado.

Os homens da aldeia e alguns guerreiros aproveitavam e tiravam as moças para dançar. As primeiras Natália e Celina riam acaloradas, ao lado de alguns guerreiros de Uckermann, que constantemente as faziam corar.

Magno, orgulhoso e feliz, desfrutava a noite e bebia cerveja com Anahí e Alfonso, que riam e conversavam com Christopher e Damon.

Anahí: O que estão esperando para dançar com as moças? - perguntou Anahí, olhando para aqueles três guerreiros sérios. - Nestas terras como puderam, vivem lindas mulheres que adorariam receber o convite de vocês.

Christian: Somos guerreiros, não dançarinos. - apontou Christian com a testa franzida enquanto observava Maite dançar alegre.

Magno: Christian. - disse Magno, com um sorriso maroto - Aceite o conselho de um velho guerreiro. A vida é muito curta, e o melhor que se pode fazer é desfrutá-la. Se digo isso é porque eu, assim como você, pensava que os guerreiros eram só isso, homens preparados somente para lutar. Mas minha amada Elizabeth me ensinou a aproveitar momentos que a vida nos dá. Eu compreendi e aprendi a ser um terrível guerreiro no campo de batalha, e um bom marido e pai quando estava em meu lar.

Alfonso: O fato de dançar não comprometerá sua bravura. - acrescentou Alfonso, que já fazia tempo que observava sua irmã e Christian e via que ambos se buscavam com o olhar. Isso não lhe agradou nada.

Damon: Creio que Christian não dança porque não sabe dançar. - riu Damon, dando-lhe um empurrão.

Christian: Eu sei dançar seu tagarela. - afirmou Christian.

Christopher: Ele é ótimo dançarino. - intercedeu o irmão a seu favor.

Christopher não parava de observar Dulce e o moço que tentava puxá-la pelo braço. Aquela moça o atraía como nenhuma outra desde o que aconteceu com Belinda. Ele a via sorrir e dançar, e recriminava a si mesmo por não ser capaz de ser aquele que a fazia sorrir daquela maneira.

Christian: Mamãe ensinou a nós dois. - afirmou Christian tentando sorrir para Natália e Celina que chegavam nesse momento e se postavam a seu lado.

Mas desviou o olhar para Maite ao vê-la ir até uma das mesas para pegar cerveja. Pedindo licença, ele desapareceu, seguido por Magno, que havia visto seu amigo Murdock chegar.

Alfonso, Christopher e companhia observavam os dançarinos de um piso mais alto, enquanto mais de duzentas pessoas dançavam e batiam palmas em volta do fogo. Entre elas encontravam-se as moças, que dançavam com seus vizinhos e com os guerreiros Uckermann e Salvatore.

Celina: Como são descaradas! - disse Celina, apontando para onde Dulce e Elena dançavam.

Anahí: Por que diz isso? - perguntou Anahí.

Natália: Estão tentando arranjar marido entre esses coitados. - acrescentou Natália, enquanto Celina lhe puxava a manga do vestido para que se calasse - Mas é lógico. Quem iria querer casar com elas?

Damon: Por que pensa que elas estão procurando marido? - perguntou Damon levantando uma sobrancelha.

Natália: Ninguém quer se casar com elas. - disse Natália, julgando-se superior, quando na verdade, era mais feia que uma velha árvore retorcida. - Por que acha que Dulce não se casou? Ela já tem 26 anos.

Christopher: Não sei. - respondeu Christopher, aproximando-se - Gostaria de saber.

As duas vendo-se como o centro das atenções daqueles guerreiros sentiram-se encorajadas. Natália prosseguiu:

Natália: É evidente, Lord Uckermann. Tanto Dulce quanto sua irmã sabem que seu destino é muito confuso. Ninguém quer casar com elas devido a seu sangue sassenach.

Alfonso: Natália! - gritou Alfonso, levantando-se, acalorado - Não é permitido que ninguém diga uma coisa dessas de minha gente em minha presença.

Natália: É o que se comenta, Alfonso. - respondeu ela, encolhendo-se, assustada ao vê-lo tão irritado.

Alfonso: Comentam-se muitas coisas. - respondeu Alfonso - Elas são do meu clã, e não consentirei que ninguém ponha em dúvida seu sangue escocês. Portanto não quero escutar mais de sua boca nenhum comentário a respeito delas. Entendido?!

Após esse incidente desagradável todos ficaram calados, olhando para onde as moças dançavam sorridentes acompanhadas pelos aldeões. Nesse momento, Dulce se voltou para eles e, ao vê-los tão sérios, sussurrou para a sua irmã:

Dulce: Oh-Oh. - disse atraindo a atenção de Elena - Creio que todos acabaram de descobrir nosso segredinho.

Elena: Acredita que sim? - perguntou Elena, angustiada.

Com um sorriso grandioso, ela olhou para Damon. Mas, em vez de lhe devolver o sorriso, como havia ocorrido durante toda a noite, ele ficou olhando sério. Ao ver sua reação, Elena sentiu a alma cair a seus pés.

Elena: Sim... meu sonho acabou. - assentiu, encolerizada.

Dulce: Não seja tonta, Elena. - censurou-a Dulce, trocando um olhar com Christopher. - Nós já sabíamos que isso poderia acontecer. Por isso eu disse que não se iludisse.

Elena: Tem razão. - assentiu a irmã com a decepção nos olhos - Mas estou farta. Quando vivíamos na Inglaterra éramos as escocesas selvagens. E aqui, na Escócia, somos as inglesas, ou as sassenachs. Nunca pertenceremos a lugar nenhum?

Ambas se olharam e Dulce, acariciando o rosto da irmã, sussurou:

Dulce: Talvez devêssemos ir embora daqui, desta aldeia, e começar de novo em outro lugar onde ninguém nos conheça, nem saiba de nosso passado. - insinuou.

****: Dança comigo, linda? - perguntou Miguel, pegando-a pela cintura com força e fazendo com que Dulce se cansasse daquele assédio.

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