Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

E desconcertando-os, perguntou:

Angus: Ou devo pensar que quando decidirem ter filhos, vocês se casarão com duas plácidas mocinhas que passam o dia costurando e bordando?

Damon: Que Deus não permita! - suspirou Damon.

Angus: Entendo suas posturas, senhores. - prosseguiu Angus, enquanto Max fitava o horizonte - Por isso, não vou mais constrangê-los. Mas poderiam nos dar sua palavra de Highlander se pedirmos um favor?

Christopher: É evidente! - assentiu Christopher.

Damon: Já tem nossa palavra. - afirmou Damon.

Angus: Se um dia acontecer algo conosco, que Deus não permita. - começou o velho - Poderiam encarregar-se de encontrar bons maridos para as moças?

Max: É importante. - prosseguiu Max, sem dar tempo a pensar - Que os homens que escolham cuidem delas, que as valorizem, que as amem e, especialmente, que não batam nelas. Nunca gostei de homens que se valem da força bruta para maltratar uma mulher.

Angus: E evidentemente, que as protejam isso é indispensável. - acrescentou Angus.

E cravando-lhes o olhar, perguntou:

Angus: Então podemos confiar na palavra de Highlander que nos deram?

Christopher e Damon se entreolharam, espantados com a jogada que aqueles dois velhos haviam acabado de fazer. A palavra de um Highlander era sua lei. Quando um Highlander prometia algo, cumpri-o até as últimas consequências. E, a menos que se casassem com elas, nunca teriam certeza de que tudo aquilo se cumpriria. Eles se entreolharam surpresos por se haverem deixado enrolar por aqueles velhos, que por trás da aparência de cordeiros eram, indiscutivelmente, dois lobos.

Sorrindo diante de sua própria tolice, fitaram os velhos.

Christopher: São umas velhas raposas. - disse Christopher - Tem minha palavra de Highlander.

Damon: Muito... muito raposas. - acrescentou Damon - Evidentemente, tem minha palavra de Highlander também, apesar de que as demos antes de escutar o que vocês tinham a dizer.

Max: A idade tem suas vantagens, rapaz! - disse Max, fazendo-os rir.

E olhando para Angus tirou de baixo da mesa uma grande jarra e quatro copos.

Max: Isso merece um brinde!

Angus: Esta é a melhor cachaça que encontrarão por estas terras. - disse Angus enquanto enchia os copos - Nós a destilamos segundo uma receita antiga do avô de minha esposa.

E levantando o copo, disse:

Angus: Vamos brindar aos muitos anos de vida que temos pela frente, e à felicidade das meninas. Slainte!!!

****: Slainte!!! - gritaram todos em uníssono, em gaélico escocês, "saúde"

Max: Por todos os santos! Elas estão chegando. - disse Max, e olhando para Christopher e Damon, completou: - Guardem segredo do que aqui falamos. Se a Impaciente ou a Mandona souberem desta conversa, hoje à noite nos enterrarão vivos!

Angus: Além do mais, não creio que a elas agrade saber que acabaram de recusar a oferta de se casar.

Observando os velhos rirem, Damon e Christopher se entreolharam confusos. Estariam loucos aqueles dois? Calados, observaram enquanto as moças se aproximavam; e foram testemunhas da cara de surpresa delas ao vê-los ali.

Depois de chegar, acompanhados dos guerreiros de Uckermann e saudá-los com uma inclinação de cabeça, elas foram para dentro da casa, deixando a todos boquiabertos.

Max: Que bicho as mordeu? - sussurrou Max - Aconteceu algo que eu não sei?

Angus: Essa juventude! - sorriu Angus.

Christopher: Vamos indo. - anunciou Christopher, incomodado ao ver que Dulce nem sequer lhe havia dedicado um olhar. - Obrigado por esta tarde encantadora e desconcertante! - debochou, levantando-se para dar a mão aos velhos.

Damon: Amanhã partiremos para nossas terras. - disse Damon, surpreso por Elena também não ter olhado para ele.

Onde estava a mocinha que constante e descaradamente sorria para ele?

Angus: Desejo-lhes boa viagem. - disse Angus, olhando com estranheza para a cabana onde suas netas haviam desaparecido.

Elas nunca haviam se comportado assim diante de nenhum homem, e isso era um bom sinal.

Dulce: Um momento. - gritou Dulce, saindo da cabana seguida por Elena.

Levavam nas mãos uns pacotes e, dirigindo-se para Miles, que ficou surpreso, disse:

Dulce: Tome, leve para Maura, este pedaço de tecido. Tenho certeza de que ela saberá lhe tirar proveito. E para sua menina, este mel. Aposto que ela vai adorar.

Miles: Muito obrigada, Lady Dulce. - agradeceu o homem com um sorriso, aceitando os presentes. - Mas não era necessário que se preocupasse.

Dulce: Já disse mil vezes para não me chamar assim. Sou só Dulce. - disse a moça, olhando para o gigante.

Fazia muitos anos que ninguém lhe chamava de Lady.

Miles: Não posso Lady Dulce. - afirmou ele, olhando de soslaio para Christopher, que os observava muito sério montado em seu cavalo preto espetacular.

Dulce: Tudo bem - assentiu Dulce, dando-se por vencida.

Miles: Maura e minha filha ficarão muito agradecidas por sua gentileza. - disse Miles, guardando o pacote - Espero que um dia possa conhecê-las.

Dulce: Eu adoraria. - sorriu Dulce.

Christopher, que a observava a curta distância, sentiu suas entranhas se revirarem ao se dar conta de que ela nunca sorria para ele daquele modo. E, sem perdê-la de vista, notou que ela se movia e parava diante de Mael, estendo-lhe um pote.

Dulce: Isto é um unguento que vai aliviar a dor e curar seus cortes. Aplique-o duas vezes ao dia sobre a ferida até a dor passar e começar a cicatrizar.

Mael: Obrigado. - disse o guerreiro tomando aquele presente como algo maravilhoso - Muito obrigado, Lady Dulce. Não esquecerei sua gentileza.

Elena: Tome, leve este queijo e este pão. Certamente cairão bem no trajeto de volta pra casa. - prosseguiu Elena, entregando-o a Evan.

Damon, comovido diante daqueles presentes, olhava-a sentindo que em todos os seus anos de guerreiro nunca moças tão humanas haviam se preocupado tanto com seus homens.

Evan: Obrigado, Lady Elena. Será maravilhoso desfrutar disto durante nosso caminho.

Lucca: Evan! - chamou Lucca - Não esqueça tem que voltar para me ensinar a pegar trutas com as mãos.

Evan: Voltarei Lucca, eu prometo. - disse o grandalhão sorrindo - Até lá, comporte-se bem e não meta suas irmãs em mais confusões, certo?

O menino assentiu.

Dulce: Espero que façam boa viagem. - disse Dulce, despedindo-se e olhando para Damon e Christopher com brevidade.

Christopher: Não duvidem de que faremos. - afirmou Christopher, enfurecido pela frieza dela.

Dulce: Não duvido, Lord Uckermann. - respondeu Dulce.

E sorrindo para todos, voltou a quietude da cabana acompanhada por Elena.

Sem olhar pra trás, Christopher guiou seu cavalo. Quando estavam suficientemente longe das moças e dos velhos, ouviu Damon murmurar:

Damon: Malditas raposas velhas!

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Naquela noite, no castelo, Christian comia o assado que Hilda, muito amável, havia servido. Em seu assento, observava a arcada que levava à escada. Sabia que Maite, a qualquer momento, aparecia por ali. Na noite após o episódio com Lucca, e suas irmãs, Christian estimulado por Magno, havia se aproximado dela.

Convidando-a para dançar, ficaram juntos grande parte da noite. Fora divertido dançar com Maite. Ela era espirituosa e simpática. Mas a cara com que Alfonso olhava para ele não era tão agradável assim.

Alfonso superprotegia sua irmã de uma maneira incrível. Seus pais junto com os de Christopher e Christian haviam morrido anos atrás pelas mãos dos ingleses. Eles ficaram órfãos, mas com a incrível sorte de contar com seus respectivos avós. Quando seus pais morreram, Maite tinha 10 anos e Alfonso 20.

Durante muito tempo ela sofrera pesadelos terríveis. Aqueles pesadelos, e a dor nos olhos de sua irmã ao acordar, haviam deixado de coração partido mais de uma vez, e ele não queria que ela sofresse por nada nem por ninguém. Por isso, embora a companhia de Christian no campo de batalha lhe agradasse, não sentia o mesmo ao vê-lo tão próximo de Maite.

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