Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Anahí: Um pedaço de salmão por seus pensamentos. - propôs Anahí.

Alfonso: Saíra perdendo, não estava pensando em nada especial. - sorriu Alfonso ao olhar para sua mulher, tão bonita, sensata e carinhosa.

Anahí: Pois então, por que não tira o olhar do pobre Christian? - sussurrou Anahí, apontando o dedo ao rapaz, que comia distraído na mesa da direita.

Alfonso: Não creio que Christian seja a melhor opção para Maite. Ela sofrerá por ele, e não quero que isso aconteça.

Anahí: Você era a melhor opção para mim? - perguntou Anahí surpreendendo-o.

Alfonso: Isso você tem que responder. - sussurrou ele, desconcertado.

Ela sorriu fazendo graça.

Anahí: Sabe uma coisa? Para mim, você sempre foi meu homem, e eu quis, apesar de que você não olhava nem sorria para mim.

Alfonso: Não olhava porque gostava demais de você. - riu Alfonso, tocando-lhe o nariz. - E não queria que os outros debochassem de mim.

Anahí: E por que não pensar que com sua irmã é a mesma coisa? Acaso não vê como Maite o busca, e como Christian olha pra ela? Não vê neles um comportamento parecido com o nosso em outras épocas?

Alfonso: Isso é o que me dá medo. - respondeu Alfonso, apontando para arcada.

Nesse momento Christian parava de comer ao ver Maite entrar, e um sorriso bobo se instalou no rosto dos dois.

Alfonso: Ele partirá amanhã para suas terras. - desesperou-se Alfonso - Acha que vai voltar por Maite? E, se assim for, acha que eu gostarei que ela vá para longe de mim?

Anahí o entendia. Alfonso adorava a irmã, mas precisava compreender que ela também já havia crescido e já era uma mulher.

Anahí: Olhe para eles! - sorriu Anahí - Vai me dizer que não vê como eles se olham? Quanto a Christian, claro que ele voltará por ela. Duvida? E respeito o fato de que não queira que ela parta mais isso é muito egoísta de sua parte Alfonso. Ela tem direito a ser feliz. Maite já não é uma menina, é uma mulher apaixonada por um guerreiro tão valente quanto seu irmão.

Alfonso: Anahí. - suspirou ele, olhando para sua mulher - Tenho medo de que ela sofra, de não estar perto para ajudá-la.

Com carinho, Anahí olhou nos olhos de seu marido e, tomando-lhe a mão por baixo da mesa, sussurrou:

Anahí: Esse é preço que todos pagamos quando amadurecemos. Temos que aprender a nos defender sozinhos na vida. E, por favor, ouça o que diz Magno. Ele é mais sábio do que você quer reconhecer, e, assim como você, só quer a felicidade de Maite.

Alfonso: Pensarei nisso. - sussurrou ele vendo Maite se aproximar de Christian.

E voltando-se para sua mulher acrescentou:

Alfonso: Ainda não me disse se eu fui sua melhor opção.

Anahí: Isso meu senhor. - brincou Anahí, levantando-se - Eu responderei se me acompanhar até nosso quarto.

Dito isto, Alfonso se levantou da mesa com um sorriso imenso. Sem dizer nada, afastou-se com sua esposa, enquanto Maite se aproximava de Christian.

Maite: Vejo que gosta de nosso cervo assado com maçã?

Christian: Está delicioso. - respondeu Christian

E apontando para Alfonso comentou:

Christian: Ele está sorridente hoje. Talvez o casamento lhe faça bem.

Maite: Creio que isso se chama amor. - disse Maite, olhando para a cara de felicidade de seu irmão e o sorriso maroto de Anahí.

Christian: Complicada palavra essa chamada "amor". - brincou Christian, convidando-a a se sentar ao seu lado.

Viu Christopher, Damon, Miles, Evan e Mael entrando pela porta.

Maite: Para mim é uma bela palavra. - disse Maite, corando - Embora seus resultados às vezes sejam nefastos e ruins para o coração.

Christian: Por que diz isso?

Maite: Tenho uma amiga. - começou ela gaguejando - Que está apaixonada há anos por um guerreiro. Mas esse guerreiro é cabeça dura demais para reparar nela e prefere as guerras ao amor.

Christian: Que curioso! - sorriu Christian, levantando uma sobrancelha ao escutá-la. - Tenho um amigo com o mesmo problema.

Ela olhava para ele com olhos flamejantes.

Maite: É mesmo? E o que ele fez?

Christian: Ainda nada. - respondeu ele, tocando um cacho de cabelo rebelde da moça. - Esse amigo tem medo de magoá-la, de modo que controla seus instintos e fica longe.

Essa resposta não agradou a Maite. Fazendo uma careta, ela disse:

Maite: Até quando acha que seu amigo poderá controlar seus instintos?

Christian, desejando tomar aqueles lábios tão tentadores, suspirou e respondeu:

Christian: Isso ninguém sabe. Por hora, sua melhor opção é se afastar da dama, para assim, poder clarear as ideias e seguir seu caminho.

Nesse momento Christopher e Damon se sentaram ao lado deles, de modo que a conversa foi interrompida. Maite ficou irada, entendendo que Christian não queria nada com ela, e por isso partiria no dia seguinte.

Maite: Sabe de uma coisa, Christian? - disse ela, sem se importar por já não estarem sozinhos - Espero que seu amigo, o covarde, um dia saiba o que quer da vida. Eu, de minha parte, farei com que a minha amiga esqueça esse guerreiro e se apaixone por um outro homem que saiba fazê-la feliz.

E dizendo isso, deu meia volta, deixando Christian boquiaberto.

Damon: Ora! - riu Damon - Vejo que continua progredindo com Maite.

Christian não respondeu, limitou-se a olhar, enquanto ela, confusa, se afastava.

Christopher: Por que não tenta se afastar dela? Assim, não terá problemas. - disse Christopher, cravando os olhos em um rapaz que cruzava o salão.

Aquele rapaz era Miguel, e ele não gostou nem um pouco do descaramento com que o olhou.

Mael: Essa moça tem um gênio dos diabos. - riu Mael.

Christian: Vou preparar meu cavalo. - rugiu Christian, saindo do salão enquanto ouvia as risadas de Damon, Miles e Evan.

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Depois de uma noite mal dormida para muitos deles, Damon e Christopher reuniram seus guerreiros no pátio do castelo. Maite desconsolada ficou à janela de seu quarto.

Anahí e Alfonso foram de despedir deles. Ela não se surpreendeu quando viu Christopher, Damon e Christian sérios e confusos. No rosto deles se lia o desagrado pela partida, mesmo quando todos acreditavam que estariam felizes por regressar às suas terras.

Christian, em dado momento, levantou a vista para a janela de Maite. Mas ao olhar e não ver nada, mal humorado, girou seu cavalo e partiu.

Christopher: Obrigado por sua hospitalidade, Alfonso. - agradeceu, montado em seu cavalo

Anahí: Quando os veremos de novo? - perguntou Anahí, entristecida.

Damon: Talvez daqui a alguns meses. - disse Damon - Mas Alfonso já sabe: assim que nos chamar, estaremos aqui.

Alfonso: Obrigado amigos. - respondeu Alfonso. - Espero que façam uma boa viagem e que em breve nossos destinos se unam novamente.

E após essas palavras, os famosos e temidos guerreiros começaram a viagem às terras altas, enquanto Dulce e Elena, com o coração partido e escondidas atrás de arbustos, observavam quando eles se afastaram.

O castelo recuperou a normalidade após a partida do último convidado. Tristes, Dulce e Elena retornaram seus afazeres diários com o nome de um guerreiro marcado a fogo dentro do coração de cada uma delas. Ambas sabiam que aquilo era impossível. Damon e Christopher eram senhores de seus clãs, e nunca aceitaria como companheira de seu Lord uma mulher que tivesse sangue inglês.

Durante dois dias Maite não parou de soluçar, chegando a deixar Alfonso e Magno tão nervosos que eles começaram a pensar em trancá-la em uma das fortalezas e não permitir que descesse até que se acalmasse.

Passados vinte dias, chegou uma carta ao castelo. Era de Robert de Bruce e pedia a Alfonso que se reunisse com ele em seu palácio. Determinando que duzentos homens o acompanhassem e deixando seu bom amigo Cal ao comando de tudo, ele se despediu de Anahí e partiu para se encontrar com Robert de Bruce.

Na quarta noite depois da partida de Alfonso, enquanto todos dormiam de súbito Dulce ouviu um grito e pulou da cama com rapidez. Pegou sua adaga e sua espada e observou ao redor, dando de cara com Elena, que, assim como ela, havia ouvido algo estranho.

Com cuidado elas chegaram a pequena janela da cabana e arregalaram os olhos horrorizadas, quando viram o que estava acontecendo. Seus vizinhos corriam de um lado para outro perseguidos por homens que não eram de seu clã. Angus, ao ouvir o tumulto, levantou-se e seu sangue gelou ao entender o que estava acontecendo. Estavam sendo assaltados.

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