Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

De repente, a porta da cabana se abriu com um intenso golpe e, diante delas apareceram dois homens desdentados com aspecto de assassinos. Sem pensar duas vezes, Dulce agitou sua espada no ar e se posicionou para deter o ataque que aqueles homens terríveis haviam iniciado. Com valentia e habilidade, Elena e Dulce se defendiam.

Dulce: Tire Lucca daqui vovô! - gritou Dulce sem desviar os olhos do homem que dizia coisas terríveis diante dela.

Angus: Malditos! - gritou Angus, enfurecido. - Não toquem em minhas netas!

Dulce: Leve Lucca daqui, vovô! - gritou Dulce, mal conseguindo respirar.

Elena: Vá buscar Max! - gritou Elena, paralisada, com a adaga na mão.

Após a saída de Angus e do pequeno Lucca, os assaltantes olharam para as moças com desejo.

****: Pirata, creio que teremos um banquete com estas duas tenras pombinhas. Que sorte a nossa! São as bastardas que estávamos procurando. - riu um dos homens admirando-as.

Dulce: Atreva-se a colocar a mão em minha irmã e conhecerá o som do aço entrando em suas carnes! - rugiu Dulce angustiada, enquanto observava seu avô e Max correndo colina acima.

****: Eu adoro morenas como você. - babou o homem que estava a sua frente.

Dulce: Pois vai adorar lutar comigo. - sorriu Dulce, atacando com a espada e deixando o homem surpreso.

****: Minha intenção é levá-la viva, mas, antes gostaria de provar a mercadoria.

Elena: Nem louco pensar uma coisa dessas! - gritou Elena.

Dulce: Atreva-se a nos tocar. - rugiu Dulce - E arranco sua pele em tiras!

****: Tem coragem menina dos olhos escuros. - admitiu o homem rindo e observando a garota se mover com habilidade, saindo da cabana.

No castelo, ao ver o fogo procedente da aldeia, haviam dado um toque de alerta.

Elena assustada, lutava como podia, enquanto Dulce, como heroína, deixava evidente sua habilidade com a espada.

Por fim, Dulce conseguiu se livrar daquele terrível assassino cravando-lhe a espada no corpo, sem piedade. Era uma luta pela sobrevivência dela ou dele e, sem hesitar priorizara a dela. Olhando ao redor, com o coração apertado, ela viu outros homens pondo fogo no telhado de palha de sua cabana, enquanto vizinhos corriam de um lado para o outro horrorizados.

Com os olhos úmidos de raiva e impotência, observou Elena ainda lutando. E como o guerreiro mais feroz, lançou-se contra o homem, matando-o no ato.

Elena: Onde estão Lucca, Max e vovô? - perguntou Elena angustiada, olhando aquele corpo morto diante delas.

Dulce: Subiram a colina em busca de ajuda. - respondeu Dulce, arfando, ao ver Miguel perto dos estábulos.

Ela correu com a esperança de poder tirar os cavalos e salvar Lord Draco.

Dulce: Meu Deus, os cavalos!

Concentrada nos animais ela não viu que dois homens seguravam e jogavam sua irmã no chão. Horrorizada, Elena começou a espernear e a gritar todas as palavras que sua mãe a teria proibido de pronunciar, enquanto um dos homens tentava levantar-lhe a roupa. De súbito, Elena viu um dos homens caindo ao seu lado. A seguir viu Lucca, assustado, empunhando um pequeno punhal.

Lucca: Solte minha irmã! - gritou o menino com lágrimas no rosto.

Elena: Lucca! Corra, corra! - gritou Elena, levantando-se enquanto o homem que continuava a sua frente erguia a espada.

Mas o atacante não lhes deu oportunidade de escapar. Pegando Lucca pelo cabelo, colocou a espada em seu pescoço e com um sorriso, disse:

****: Nunca mais vai correr na vida, bastardo escocês.

Quando Elena ia gritar diante da impossibilidade de fazer alguma coisa, viu uma sombra cair sobre o homem o derrubando.

Elena: Max, cuidado! - alertou Elena ao ver que o velho havia se jogado como um selvagem sobre o homem para proteger Lucca. Mas o guerreiro foi mais rápido que o velho e, sem piedade, cravou-lhe a espada no estômago.

Lucca: Nãooooo! - gritou Lucca, horrorizado.

Gritou tão forte que atraiu a atenção de Dulce, que nesse momento saía com Miguel tossindo dos estábulos.

Elena: Maldito inglês! - gritou Elena, enlouquecida ao ver dor e o sofrimento no rosto de seu amado Max. - Maldito seja você e todos de sua laia! - rugiu, pegando o punhal que momentos antes Max segurava.

Jogou-se sobre o homem e cravou-lhe a arma no coração.

Dulce: Elena! Lucca! - gritou Dulce correndo para eles.

Ficou atordoada ao ver Max ferido.

Dulce: Não ... Não, por favor! - Dulce se jogou-se ao lado do velho - Não se mova! Por favor, Max. Não se mova!

Ela soluçava enquanto cobria a enorme ferida por onde o sangue do velho amigo escorria.

Elena não conseguia falar nem se mexer. Só olhava para as mãos de sua irmã cobertas de sangue e a dor no rosto de Max.

Miguel: Vou buscar ajuda! - gritou Miguel, desaparecendo dali.

Max: Fiquem tranquilas meninas. - sussurrou o velho com a testa encharcada de suor. - Não se preocupem, não sinto dor. - E perdendo o brilho dos olhos - Os Highlanders voltarão, nós lhe ensinamos tudo o que sabíamos, e só espero que...

Dulce: Nós o levaremos pra casa e cuidaremos de você. - sussurrou Dulce com os olhos cheios de lágrimas.

Mas uma série de convulsões sacudiu o corpo do velho amigo e ele morreu.

Com o coração em pedaços, Dulce se abaixou e beijou com carinho o velho que tanto lhes havia ajudado. Tentando não chorar, e sem olhar diretamente para Lucca, perguntou:

Dulce: Onde está o vovô?

Lucca: Como Max. - sussurrou Lucca.

Elena: O que?! – gemeu Elena sem conseguir respirar.

Lucca: Está ali. - apontou o menino com o olhar perdido.

Dulce saiu correndo colina acima enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. Encontrou seu avô Angus, caído, morto como Max. Horrorizada, ela se deixou cair em cima do avô e, desesperada, começou a chorar e gritar.

Ela perdeu a noção do tempo. Alguém se abaixou ao seu lado e a abraçou. Era Maite, que fora alertada pelos guardas do castelo e, apesar de por sua vida em perigo, havia corrido para a aldeia, encontrando apenas destruição e horror.

Maite: Fique tranquila Dulce. - sussurrou abracando-a, sem poder conter as lágrimas ao ver o bondoso Angus morto diante delas.

Dulce: Vovô... Maite... - soluçava Dulce, angustiada - Vovô e Max estão mortos... por minha culpa.

Magno: Por todos os santos! - rugiu Magno ao ver o ocorrido.

Os aldeões corriam enlouquecidos; algumas casas ardiam, e nada podiam fazer senão esperar que o fogo devorasse o pouco que tinham. Os soldados de Alfonso conseguiram acabar com os atacantes, que tanta desolação, haviam causado naquela noite. Alguns aldeões começaram a apontar as moças como responsáveis por tudo o que havia ocorrido. Diziam que haviam escutado aqueles ingleses perguntarem pelos netos de Angus.

Magno: Escutem! - gritou Magno, extremamente triste, com Lucca em seus braços - O primeiro que eu ouvir dizer que as culpadas de tudo isso foram elas vai se ver comigo.

Dulce: É tudo culpa minha. - sussurrou Dulce. - Tudo culpa minha...

Anahí: Não é Dulce. Não é sua culpa. - murmurou Anahí.

Ao levantar o olhar, Dulce viu Magno abraçando Lucca, e Anahí acolhendo Elena. Pareciam em estado de choque. Alguns vizinhos, aqueles que pareciam tê-las aceitado, lhes davam as costas.

Magno: Cal! Quero que vários homens ajudem nossa gente a apagar o fogo, e que outros recolham o corpo de Angus e de Max para lhes dar um enterro digno. - ordenou Magno, respirando fundo e avaliando com um olhar os danos feitos à aldeia.

Anahí: O resto das pessoas, e os feridos. - disse Anahí olhando Cal - Que sigam para o castelo. Ali serão atendidos.

Cal: Mas Milady, no castelo não podemos... - interveio Cal.

Mas Anahí, furiosa e indignada não o deixou terminar.

Anahí: Eu disse. - sentenciou, encolerizada, deixando Magno sem palavras - Que todos devem ir ao castelo. E quero que dois guerreiros partam agora mesmo em busca de Alfonso e lhe informem o que aconteceu.

Cal: Muito bem, Milady. - concordou Cal.

Enquanto alguns apagavam o fogo, outros recolhiam os corpos sem vida, e dois homens partiam em busca de Alfonso.

Magno: Muito bem, Anahí. - reconheceu Magno. - Será uma boa senhora para estas terras.

Ela triste concordou com a cabeça.

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