Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Maite: Vamos Dulce. - disse Maite, notando que havia sangue nas roupas e no cabelo das amigas. - Está ferida e tenho que cuidar de você.

****: Fora, sassenachs! - gritou uma voz irreconhecível na escuridão.

Magno: Prendam a pessoa que disse essa barbaridade! - rugiu Magno, com raiva.

Vários guerreiros procuraram a origem da voz, mas a escuridão os impediu.

Anahí: Vamos voltar ao castelo. - murmurou Anahí, segurando Elena, calada.

Uma vez ali, Hilda, a cozinheira, lavou as feridas das moças e do menino. Ele não tornara a abrir a boca. Lucca estava encharcado de sangue, mas tinha apenas um pequeno corte no pescoço. Elena tinha vários cortes no braço e diversas contusões. Dulce, além de cortes nos braços, tinha queimaduras nas mãos por ter entrado no estábulo para resgatar os cavalos, e uma pequena abertura na testa.

Anahí mandou levarem agulha e linha e, com paciência, sentou-se diante dela para fechar a ferida.

Anahí: Tentarei fazer os pontos bem feitos, para que não fique uma cicatriz grande. - disse Anahí, observando a dor nos olhares dos irmãos.

Dulce: Não me importa. - murmurou Dulce esgotada - Max e vovô estão mortos. As pessoas vão nos odiar pela destruição da aldeia e vão exigir que partamos. Para onde iremos Anahí? Para onde posso levar meus irmãos para que sejam felizes?

O desespero de Dulce a fazia tremer, e Maite tentando consolá-la abraçou-a. Durante um tempo as duas choraram pelas vidas perdidas, e quando Dulce se acalmou Maite voltou a cuidar de Lucca.

Anahí: A primeira coisa que tem que fazer é se acalmar. - pediu Anahí - Quando Alfonso voltar tentaremos resolver esse terrível contratempo.

Mas Dulce repetiu:

Dulce: As pessoas exigirão que partamos amanhã mesmo.

Maite: Ninguém vai embora daqui! - rugiu Maite, colocando panos de água fria na testa de Lucca.

Elena: Aqueles homens. - disse Elena, sentando-se ao lado de sua irmã - Estavam atrás de nós. Nunca vão nos deixar em paz.

Dulce: Eles não queriam nos matar. - explicou Dulce - Queriam nos levar para Sir Matt e Sir Xavier e...

Nesse momento, vários criados entraram no quarto. E com eles, Miguel.

Miguel: Está bem? - perguntou ele se aproximando de Dulce e empalidecendo ao ver Anahí costurando-lhe a testa.

Dulce: Sim. - respondeu Dulce com um sorriso triste.

Todos notaram que o rapaz levava algo nas mãos.

Miguel: Eu consegui tirar de sua casa estes poucos pertences. - disse, estendendo diante dela um saco.

Elena: Obrigada Miguel. - disse Elena ao ver que havia ali algumas roupas, potes de barro e pouco mais.

Miguel: Lamento não ter conseguido salvar mais nada. - desculpou-se o rapaz - Mas o fogo...

Dulce olhou para ele. Queria lhe agradecer, mas a emoção não a deixou falar.

Anahí: Foi um gesto muito bonito. - sorriu Anahí - Agora, eu agradeceria se saísse para eu poder continuar com o que estava fazendo.

Assentindo com a cabeça, o rapaz saiu e elas ficaram sozinhas.

Elena: Veja Dulce. - sussurrou Elena, pegando umas roupas. - Miguel conseguiu salvar nossa roupa preferida. - disse, mostrando-lhe as calças de couro, as botas e as camisas de linho que elas haviam confeccionado.

Dulce: E a capa do vovô. - soluçou Dulce, pegando-a com amor.

Anahí: Não se mexa Dulce. - sussurrou Anahí, tentando costurar a ferida.

Mas o que menos importava a Dulce era sua ferida. A única coisa que ela queria era vingança, e disse em tom ameaçador:

Dulce: Agora eu é que vou atrás deles. Eles vão pagar pela morte do vovô e de Max.

Elena: Quis dizer "nós". - pontuou Elena, olhando a irmã.

Maite tirou o saco das mãos dela e o deixou de lado.

Anahí: Não digam bobagens. Daqui ninguém sai até que Alfonso volte. - censurou Anahí, assustada ao ver como elas se entreolhavam.

Dulce: A única coisa que peço é que cuide de Lucca em nossa ausência. - disse Dulce, tomando a mão de Anahí. - E se algo nos acontecer, por Deus, garanta que ele se torne um bom guerreiro escocês.

Ao escutar isso, o coração de Anahí se acelerou.

Anahí: Eu disse que daqui ninguém sai enquanto Alfonso não chegar. - rugiu Anahí, levantando a voz e atraindo o olhar de Maite. - Ouviram o que eu disse?

Dulce: Sim, Anahí. - assentiu Dulce. - Mas prometa que cuidará de Lucca caso algo aconteça a minha irmã e a mim?

Anahí: O que vai acontecer com vocês? - perguntou Anahí irritada, guardando a linha e a agulha.

Elena: Prometa, por favor! - suplicou Elena.

Anahí: Tudo bem, suas cabeças duras! - disse Anahí, dando-se por vencida - Eu prometo. Mas como não vai acontecer nada com vocês, não será necessário que eu cumpra essa promessa absurda.

As moças respiraram aliviadas.

Cal: Milady. - chamou Cal à entrada. - Alguns feridos precisam de sua ajuda lá embaixo.

Anahí: Irei agora mesmo. - assentiu ela, pegando suas coisas de costura. - Maite fique aqui com elas e não as deixe sair.

Maite: Fique tranquila cunhada. - disse Maite vendo-a desaparecer porta afora.

Quando as três ficaram sozinhas, ela olhou para suas amigas e disse:

Maite: Daqui não sairão. Só por cima do meu cadáver.

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Com os primeiros raios de sol surgindo no horizonte, todos puderam ver os destroços causados pelos assaltantes. Magno viu que várias casas haviam ficado totalmente queimadas, e sua gente moralmente prejudicada.

No meio da manhã, acompanhados por Magno, Anahí, Maite e alguns aldeões, Dulce, Elena e Lucca selputaram Angus e Max e tornaram a chorar sua terrível perda.

Três dias depois enquanto os aldeões tentavam retomar a rotina diária e os guerreiros reconstruíram o teto das casas queimadas, Dulce e Elena conversavam com Maite sentadas na colina.

Maite: Ficarão no castelo até que Alfonso volte. Não tenham nada a temer. - disse Maite ao ver as duas olhando para o local onde há poucos dias havia sido a casa delas.

Dulce: Estou cansada de ter medo. - disse Dulce. - Creio que o mais sensato é partir em busca de quem está nos perseguindo.

Elena: Lucca ficará com Anahí e com você. Precisamos que cuidem dele enquanto estivermos fora. - disse Elena entendendo sua irmã.

Maite: Estão loucas! Não podem ir sozinhas. Não entendem? - disse Maite

Dulce nem olhou para ela.

Elena: O que não podemos é continuar assim. - respondeu Elena - As pessoas acabarão nos odiando. Já é a segunda vez que vem atrás de nós, Angus e Max estão mortos. O que acontecerá se de uma próxima vez morrer algum aldeão? Acha que nos perdoariam? Querendo ou não, aqui sempre seremos sassenachs.

Maite: Não diga isso. - sussurrou Maite - Eles sabem tão bem quanto eu que vocês não tem culpa de nada.

Dulce: Eles nunca nos deixarão em paz. Viu como olham para nós? Para todos eles, nós representamos um perigo. - apontou Dulce. - Maite, você tem carinho por nós tanto quanto nós temos por você, mas temos que fazer algo por Lucca e essa gente. Ele e os demais merecem viver sem medo. E enquanto estivermos aqui, isso será impossível.

Maite: Quem disse que não as entendo? - replicou Maite - A única coisa que digo é que sozinhas não podem fazer muito.

Dulce: Tem outra solução? - perguntou Dulce.

Anahí: Casarem-se! - interveio Anahí, aproximando-se naquele momento - Isso evitará que os malditos ingleses as queiram e venham buscá-las.

Ao escutar isso, as irmãs olharam para ela.

Maite: Um casamento! Que boa ideia! - celebrou Maite, aplaudindo a sugestão de sua cunhada - Isso garantiria além de um homem para vocês, muita segurança.

Dulce: Nem louca! Que solução terrível! - protestou Dulce - Além do mais que Highlander se casaria com duas mulheres meio inglesas, meio escocesas?

Elena: Isso mesmo. Quem iria se casar conosco? - sussurrou Elena.

Anahí: Não sei. - disse Anahí, sentando-se - Talvez tenhamos que indagar um pouquinho para saber quais homens estão interessados em vocês. Se bem que me ocorrem dois deles.

Dulce ao ver Anahí e Maite sorrindo e se entreolhando, ficou tensa. Estavam malucas?

Maite: Que boa ideia. - sorriu Maite, olhando para sua cunhada - Talvez quando Alfonso voltar, possamos...

Dulce: Não! - exclamou Dulce - Se estão pensando em Christopher Uckermann ele não é meu tipo nem eu, evidentemente sou o dele. Não suporto pessoas que acreditam que todo mundo deve adorá-las. É insuportável.

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Continua....