Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Elena estava exuberante de alegria. Ia se casar com Damon! E era tanta sua felicidade que nem os olhares de sua irmã a fizeram parar de sorrir.

A hora da cerimônia se aproximava, e as mulheres estavam mais nervosas. O vestido de Elena era azul claro, ao passo que o de Dulce era verde. Elena queria ficar bonita para Damon, mas Dulce, que tinha uma bandagem na cabeça, observava-se pesarosa diante de sua aparência. Como podia se casar com aquilo na cabeça? Usando a imaginação, ela pegou um pedaço de seda verde e o enrolou na testa.

Assim, esconderia a ferida feia e realçaria suas belas feições e seus olhos negros espetaculares.

Ao cair da tarde, Alfonso e Magno foram buscar as noivas. Primeiro celebrariam o casamento de Elena e Damon na igreja, e, a seguir, realizariam o "Hand-fasting" entre Christopher e Dulce.

Diferentemente do casamento de dias atrás, aqueles casamentos seriam realizados com poucos convidados. Ao chegar à entrada da capela, Dulce viu, ao fundo, Christopher sorrir para Christian, e cravando-lhe o olhar, teve que reconhecer que estava muito bonito. Ele havia se lavado fizera a barba e vestia um kilt que mostrava suas pernas robustas e fortes, uma camisa de linho branca e o tartã com as cores dos Uckermann. Sua aparência era cativante.

Elena abobada diante do olhar de Damon entrou de braço dado com Alfonso. Após repetirem seus votos, o sacerdote anunciou que estavam casados aos olhos de Deus e da Santa Madre Igreja, de modo que Elena se jogou nos braços de seu marido, que a beijou feliz diante de tanta euforia, enquanto Lucca aplaudia.

Acabada a cerimônia, o sacerdote foi embora, e todos menos Dulce e Magno, se dirigiram ao alto da colina, onde, por ordem de Christopher, haviam feito um grande círculo no chão com pedras e flores, dentro do qual ficaram os presentes para realizar o "Hand-fasting". O velho Magno, feliz por levar Dulce pelo braço, começou a subir a colina, até que, de súbito, ela o fez parar com um puxão.

Magno: O que houve? - perguntou Magno, olhando-a com curiosidade.

Dulce: É que não posso acreditar. - Dulce torcia as mãos, nervosa. - O que eu estou fazendo Magno? Até poucos dias, eu vivia com meu avô e Max, e nunca me passou pela cabeça deixar meu clã, meu lar e minha aldeia. Mas agora? - sussurrou ao ver que Christopher a observava e começava a se aproximar - Estou aqui. Vou me casar usando um vestido que não é meu, com isto na cabeça. - apontou para o curativo - Em uma cerimônia que não desejo, sem meu avô, sem Max e sem saber o que fazer.

Magno: Dulce creio que o que vai fazer é o mais acertado. - comentou Magno - Você sabe que seu avô e Max estivessem entre nós aceitariam esse enlace tanto ou mais do que eu. A partir de agora, desfrutará da liberdade que sempre lhe foi negada.

Dulce: Liberdade? - repetiu ela, vendo Christopher chegar a passos largos - A isto chama de liberdade? Não poder escolher com quem passar o resto da minha vida? Ele não me ama, nem eu a ele. Por isso estamos realizando um casamento de um ano e um dia. Maldição, Magno! Você sabe como sou. Não sou fácil e não tenho paciência. - isso a fez sorrir, recordando como seu avô e Max a chamavam - Mas e ele? Sei que é exigente e pouco piedoso. Por São Ninian, Magno! Eu não sou como Anahí! - gritou desesperada, batendo em uma árvore as flores que levava na mão. - Que será de mim quando eu começar a irritá-lo com meus atos?

Christopher: Eu perguntaria o que será de você se não começarmos a cerimônia imediatamente! - disse Christopher

Dulce: Está vendo? Vê a que me refiro? E o pior ainda está por vir. - gesticulou ela comicamente, abrindo os braços e olhando Magno que teve que se conter para não rir.

Christopher: O que está acontecendo agora? - perguntou Christopher desesperado, e ao mesmo tempo admirado ao ver como ela estava linda com aquele vestido, e seu rosto realçado por aquela seda verde que fazia seu lindo cabelo flutuar.

Magno: Ela tem dúvidas. - sussurrou Magno, revirando os olhos.

Christopher: Eu também tenho dúvidas. - revelou Christopher, deixando-a sem fala.

Dulce: Maldição, Lord Uckermann. - gritou Dulce jogando as flores contra a árvore. - E por que insiste em se casar comigo?

Christopher: Chame-me de Christopher. Serei seu esposo!

Dulce: Não!

Christopher: Sim! - disse ele.

Dulce: Mas... mas... você é tonto ou o que?

Ao dizer isso, Dulce fechou os olhos. Sua língua, aliada a seu desespero a traíra. Aquela falta de respeito poderia lhe dar consequências.

Magno: Moça segure essa língua e lembre-se com quem está falando. - censurou-a Magno, abaixando-se com paciência para recolher o buquê de flores estragado.

Christopher: Pode nos dar licença um instante, Magno? - pediu Christopher. E pegando a mão de Dulce, puxou-a, levando para um local mais distante. Já sozinhos, olhando para ela, ele disse: - Nunca mais me insulte, e menos ainda em público. Entendido?

Dulce: Sim. - assentiu ela, olhando para ele assustada.

Christopher: Escute, é claro que tenho dúvidas. Eu mal a conheço, e minha relação anterior com uma mulher quase acabou comigo. - Christopher abriu-se atraindo a atenção dela. - Desde que tenho uso da razão tenho me dedicado a lutar, a ir a guerra, e, se decidi casar com você, é porque dei a seu avô e a Max a palavra de que a protegeria e cuidaria de você.

Dulce: Lord Uckermann, uma promessa?! Por acaso sou um pedaço de couro que se possa oferecer? - disse ela, chutando uma pedra.

Christopher: Christopher... mulher, meu nome é Christopher.

Ao ver como ela o olhava, ele tentando não erguer a voz:

Christopher: Escute, mulher. Desde que a vi pela primeira vez notei em você algo diferente, que nunca havia observado em nenhuma outra. Você não tem medo de mim e é capaz de me chamar de tonto sem começar a chorar diante do meu olhar duro.

Dizendo isso, ele a fez sorrir.

Christopher: Se tiver que escolher a mãe de meus filhos, escolho você, porque creio que a maneira como cuida de Lucca é maravilhosa. Adoro a cor de seu cabelo. - declarou ele divertido - Gosto de seus olhos, seu sorriso e até de sua cara quando amaldiçoa. Além do mais. - sussurrou ele, levantando a mão e acariciando-lhe o rosto. - Não estou disposto a permitir que ninguém além de mim beije esses lábios que são só meus.

Ao ouvir isso o coração de Dulce quase explodiu.

Dulce: Está louco você sabia? - sorriu ela, olhando para ele.

Christopher: Louco como você. - respondeu Christopher.

E apontando para o grupo, disse:

Christopher: Mandei fazer um círculo de flores e pedras ali. É uma encruzilhada. Minha mãe sempre dizia que isso dá sorte, porque simboliza a união de dois corações.

Dulce: Lord Uckermann...

Christopher: Christopher! - corrigiu ele de novo.

Ela olhando para ele, cedeu e disse:

Dulce: Christopher. Se passado um ano e um dia e comprovarmos que não podemos continuar unidos, e não tivermos filhos, poderei recuperar minha liberdade?

Após olhar para ela durante alguns instantes, cravando seus olhos castanhos neles, ele respondeu:

Christopher: Vamos deixar o tempo passar, não gosto de adiantar os acontecimentos. - E sorriu incrédulo diante da impaciência que sentia para se casar com aquela linda moça.

Dulce: Mas se mal me conhece... Porque?

Christopher: Dei minha palavra, e para nós nossa palavra é lei. Além do mais, uma vez há muitos anos perguntei a meu avô como saberei distinguir, entre todas as mulheres, a melhor para mim. Ele me disse que quando eu encontrasse essa mulher, sentiria e saberia.

Dulce: Eu posso ser irritante. - advertiu Dulce, hipnotizada e incrédula diante das coisas bonitas que estava ouvindo - Não gosto que me dê ordens.

Christopher: Eu sou exigente com a lealdade e adoro dar ordens. - sorriu ele ao responder.

Dulce: Em casa me chamam de impaciente.

Christopher: Então já sei quem é a mandona. - disse Christopher, fazendo-a sorrir.

E sem lhe dar trégua, Christopher pegou a mão dela com firmeza e perguntou com voz rouca:

Christopher: Impaciente, quer se casar comigo?

Depois de olhá-lo durante alguns instantes, ela assentiu lentamente, com um sorriso encantador. Ele lhe deu um beijinho rápido na ponta do nariz, voltou-se para Magno, e com ar de triunfo voltou para o resto grupo.

Magno: Suas dúvidas acabaram moça? - sorriu Magno, subindo a colina.

Dulce: Oh, sim... Magno. - ela sorriu também o deixando muito feliz - Por ora, creio que sim.

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