Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Uma vez junto ao grupo, todos entraram no grande círculo de pedras e flores. Magno se posicionou diante dos noivos. Após algumas palavras do velho, olhando-se nos olhos, como mandava a tradição, os futuros esposos se deram as mãos, formando o símbolo do infinito. Magno colocou uma corda ao redor daquelas mãos, e, dando um nó, explicou em voz alta e clara os termos daquele acordo temporário.

Tendo ambos aceitado, Magno desamarrou o nó e tirou a corda. Christopher tirou do bolso um lindo anel, que havia pertencido a sua mãe, e tomando a mão trêmula de Dulce, colocou-o em seu dedo. Nesse momento, Magno os declarou marido e mulher por um ano e um dia.

Terminada a cerimônia, voltaram ao castelo. Ao entrar no salão, eles se surpreenderam ao ver que Hilda a cozinheira, havia coberto as mesas com as toalhas de linho das cerimônias. Além dos guerreiros Uckermann, Salvatore e Herrera estavam presentes alguns aldeões que se afeiçoaram às moças. Elas se emocionaram ao sentir o carinho de todos.

Com a chegada da noite, Christian, além dos guerreiros Uckermann e Salvatore, Evan, Mael e Miles, raptaram os noivos, que riam e bebiam. Depois de dançar com quase todos os homens do castelo, as mulheres decidiram se retirar para seus quartos, enquanto os homens continuavam bebendo.

Mas, antes de saírem pela arcada e subirem as escadas, uma mão deteve Dulce. Era Christopher.

Christopher: Tentarei estar com você o mais breve possível. - sorriu ele, fazendo-a tremer. - Mas creio que será difícil me livrar de todos esses brutos.

Dulce: Não se preocupe. - disse ela nervosa - Demore quanto for necessário.

Anahí: Eu as acompanharei até os quartos. Não se preocupe! - disse Anahí vendo Alfonso rir com seus homens.

Magno: Aqui está Christopher! - gritou o velho Magno - Estávamos procurando você.

Horrorizada diante do que naquela noite aconteceria entre eles, Dulce chegou ao seu novo quarto. Anahí lhe deixou uma camisa de linho fino em cima da cama e, após sussurrar em seu ouvido “Não se preocupe com nada", foi embora.

Dulce, com um pouco de dor de cabeça, dirigiu-se a um espelho. Com cuidado tirou a seda e a bandagem que cobriam sua cabeça até ver diante de si a feia ferida.

Nesse momento, sua porta abriu. Era Elena.

Elena: Meu Deus estou tão nervosa! - gritou ela, aproximando-se.

Ao observar a ferida de sua irmã, perguntou:

Elena: Está bem? Dói?

Dulce: Não fique tranquila. - sorriu Dulce, vendo como sua irmã estava bonita com aquela camisa de linho. - Tem que ficar tranquila e feliz. Hoje é a noite de seu casamento.

Elena: Por isso estou nervosa.

E baixando a voz, Elena perguntou :

Elena: Anahí disse para eu relaxar que tudo será mais fácil, mas tenho medo. Hilda comentou há um tempo que a primeira vez que se está com um homem não é prazerosa, é dolorosa.

Ao escutar isso só deixou Dulce mais tensa.

Dulce: Lembra as coisas que Felda nos contava? - perguntou Dulce.

Elena assentiu.

Dulce: Ela comparava isso com ato de cozinhar. Da primeira vez que ela fez um assado, não saiu tão bom quanto na segunda, quando já sabia que temperos usar, e em que quantidade. Além do mais, segundo ela, um homem experiente é o melhor que pode acontecer com uma virgem. E creio, irmãzinha, que teu marido tanto quanto o meu são experientes.

Elena: Mas seu eu não souber fazer na segunda vez? - perguntou Elena, nervosa.

Dulce: Tenho certeza de que Damon e você se entenderão perfeitamente. Amanhã quando recordar esses medos, vai rir.

Dando-lhe um beijo carinhoso, Dulce se despediu dela. Precisava ficar sozinha.

Dulce: Ande vá para seu quarto. Não vai querer que Damon chegue e veja sua cama vazia, não é? Ele revolucionaria o castelo.

Com a partida de sua irmã, seus próprios medos fizeram Dulce sentir um nó no estômago e se dobrar ao meio. Ela chagou perto da janela para que o ar refrescasse seu rosto. Dali podia ver sua aldeia, e inclusive os restos de seu lar queimado.

Recordar seu avô e Max fez com que seus olhos se enchessem de lágrimas. Precisava visitá-los mesmo que fosse um instante. Sem pensar, trocou de roupa, vestiu suas calças de couro e as botas e a camisa que Miguel havia resgatado do incêndio. Pegando seu lindo e judiado buque de noiva, o escondeu dentro da capa do avô e sigilosamente saiu do castelo por um a porta dos fundos.

Chegando ao cemitério, um lugar sombrio, escuro e triste, ela se sentou abatida, entre os túmulos, colocando no meio se buquê de noiva.

Dulce: Olá vovô! Olá Max! - sussurrou ela com tristeza - Porque nunca nos disseram que haviam proposto a Christopher e Damon que se casassem conosco? Eles voltaram e, como devem saber, levaram muito à sério a promessa. Nós nos casamos com eles. Elena como era de se esperar, diante de Deus e por toda a vida. E eu, mediante ao ritual do Handfasting. O pior de tudo é ter que me separar de Elena. Que vou fazer sem ela? - sussurrou Dulce começando a chorar - Por outro lado, tenho que tentar ser positiva por ela, já que está muito feliz. Mas tenho pena de Damon quando descobrir como ela é mandona...

Sorriu melancólica, enquanto tocava a fria areia do chão.

Dulce: Damon parece um bom homem. Espero que cuide dela tanto quanto vocês cuidaram de nós.

Os soluços interromperam suas palavras. Ela tinha saudade do abraço caloroso de seu avô e do riso de Max.

Dulce: Quanto a mim, não sei o que dizer. Sabem que eu nunca quis casar, mas agora estou casada, e logo terei que me despedir de todos, menos Lucca. Na verdade, vovô, tenho que agradecer a Christopher por ele não se importar que Lucca me acompanhe. Não sei se eu aguentaria me separar dele também. Maldição, vovô! Porque que isso teve que acontecer?

Dulce soluçou até conseguir falar de novo.

Dulce: O Falcão, bem... Christopher me disse coisas muito bonitas hoje, mas ele é um guerreiro, e não sei o que espera de mim. Bem eu sei. Espera que eu encha seu lar de filhos, e isso me faz sentir como nossa vaca, aquela que nos dava novilhos lindos.

Ela sorriu ao recordar disso:

Dulce: De repente sou uma mulher casada, com uma pessoa que duvido que um dia me ame. Além do mais, quando ele descobrir minha personalidade, como sou, não sei se vai me suportar.

Depois de um suspiro, sussurrou:

Dulce: Duvido por isso preferi uma união teste. Sabem de uma coisa? Antes da cerimônia, ele me disse que talvez eu fosse à mulher que buscava. Esse Highlander é louco! Está decidido a me proteger, e vocês sabem bem que sei me proteger sozinha.

Nesse momento, ela ouviu um som atrás dela, mas a escuridão da noite não a deixou ver nada.

Dulce: A propósito, Max, não se preocupe com Petisco. Ele vai ficar bem cuidado e protegido conosco, e juro que lutarei com Christopher para que permita que o cão vá conosco para o nosso lar.

****: Desejo aprovado. - sussurrou uma voz rouca atrás dela.

Dulce, ao escutar isso, levantou-se rapidamente, levando a mão à cintura, empunhou sua espada, surpreendendo Christopher. Ele, ao ver uma silhueta sair sigilosamente pela porta dos fundos do castelo, e reconhecendo as roupas, havia seguido pensando que ela estava fugindo

Dulce: Lord Uckermann está me espionando? - perguntou ela, irritada, enquanto se afastava dos túmulos.

Christopher: Christopher. - corrigiu-a - Dulce é minha mulher, e eu adoraria se me chamasse pelo nome. Poderia tentar, por favor?

Dulce: Certo.

A lua iluminou seu rosto, e Christopher admirou a beleza selvagem de sua mulher.

Christopher: Esse golpe na cabeça está feio. - disse ele ao ver a ferida. - Deve doer. Porque tirou a bandagem?

Dulce sem ter consciência de sua beleza, deu de ombros e respondeu:

Dulce: Não suportava mais. Precisava sentir o ar na cabeça.

Christopher: Eu entendo. - e olhando para ela, Christopher acrescentou: - E agora, respondendo à sua primeira pergunta, devo esclarecer que não a estava espionando. Eu a vi sair e queria saber aonde ia minha mulher vestida de homem na noite de seu casamento. Que está fazendo com isso na cintura?

Dulce: É minha espada. - afirmou ela, caminhando ao lado dele.

Christopher: Sua espada! - exclamou ele, boquiaberto – Sabe manejá-la?

Dulce: Tanto Elena quanto eu manejamos a espada. - respondeu ao ver a cara de incredulidade dele. - Vovô e Max nos instruíram em muitas artes e essa foi uma delas.

Christopher: Posso vê-la? - disse ele, estendendo a mão para pegar a aço que Dulce lhe entregava. - É menor que a minha, e mais leve. Quem a fez?

Dulce: Max. - sussurrou ela, olhando para a espada com carinho. - Ele fez uma para cada uma. Inclusive para Maite. Queria fazer uma para Lucca, mas agora... - murmurou baixinho.

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