Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Ao escutá-la, Elena teve que desviar a vista para não rir e ter que disfarçar diante do olhar de Damon.

Alfonso: Dulce... - disse Alfonso - escute, porque creio que...

Christopher: Alfonso! - vociferou Christopher, interrompendo-o enquanto se aproximava de sua esposa - Se não se importa eu mesmo direi a minha mulher o que tenho que dizer. - e postando-se diante dela falou, cravando-lhe seu olhar duro. - Eu ordeno que não faça nada de que possa se arrepender depois.

Sem se afastar dele, ela sorriu. E diante do desconcerto de todos, inclusive de seu marido, respondeu:

Dulce: Não me olhe com esse seu olhar de Falcão porque não tenho medo.

Alfonso incrédulo diante do que havia escutado olhou para Christian que sorriu; e para sua mulher Anahí, que, contrariada, observava a situação.

Christopher: Repito. - Christopher ergueu a voz diante do pouco respeito que sua mulher lhe tinha - Não faça nada de que possa se arrepender.

Dulce: Meu Senhor. - assentiu ela comicamente, fazendo uma reverência que deixou Christopher sem palavras e Anahí escandalizada. - Parta tranquilo. Não farei nada que possa preocupá-lo. Eu prometo que me comportarei adequadamente. Não se preocupe.

Christopher não gostou da atitude de Dulce, mas se calou.

Elena: Quanto tempo acreditam que demorarão nessa viagem? - perguntou Elena, angustiada ao ver a raiva de seu cunhado e a ironia nas palavras de sua irmã.

Ela a conhecia, e sabia que a ordem de Christopher jamais seria cumprida.

Damon: Não sabemos, mas voltaremos quanto antes. - respondeu Damon.

E tomando-lhe as mãos, disse:

Damon: Eu prometo que, quando voltarmos, a primeira coisa que faremos será ir atrás dos responsáveis pelo acontecido aqui há alguns dias. - e olhando-as nos olhos acrescentou: - Espero que quando eu voltar tudo continue como quando parti.

As irmãs se entreolharam discretamente. Maite sorriu.

Elena: Certeza que sim. - assentiu Elena - Acaso tem dúvidas?

Nesse momento alguém bateu à porta. Era Miles que informou que os homens e seus cavalos já estavam prontos para partir. Alfonso tomou Anahí e Maite pelo braço e abandonaram a Câmara. Christian saiu com Miles, enquanto Damon e Elena os seguiam a uma distância prudente.

Christopher: Meu irmão velará por sua segurança e dos demais. - sussurrou Christopher, tentando ser mais suave.

Odiava ter que partir nesse momento, mas não podia fazer nada.

Christopher: Espero que saiba se comportar, como creio que sabe.

Dulce: Não duvide. - respondeu ela com um sorriso que o deixou ainda mais desconcertado.

Christopher: Dulce, não quero que aconteça nada de ruim a você. - disse lhe tomando-lhe a mão e tentando beijá-la - Eu prometo que assim que voltar, irei atrás dessas pessoas; mas agora, tenho que partir. Robert nos espera e não posso decepcioná-lo.

Dulce: Eu desejo boa viagem, Christopher. - disse ela, dura como uma tábua sem vontade de beijá-lo.

Christopher: Tudo bem! - rugiu ele como um animal diante da passividade dela.

Desejava beijá-la, mas não ia implorar. Ele saiu pela porta sem olhar para trás, deixando-a à beira das lágrimas. Mas ela se controlou até que deixou de ouvir seus passos.

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Os guerreiros, inquietos e felizes pela partida, esperavam no pátio de armas enquanto os três Lords montavam em seus garanhões. Partiram sem olhar para trás e, depois de subir a colina, desapareceram da vista.

Christian: Espero que se comportem bem e não me dêem muito trabalho. - disse Christian olhando para as mulheres e para Magno, que preferia não estar presente quando comunicassem às moças a notícia.

Lucca: Eu o ajudarei a cuidar delas. - ofereceu Lucca, tomando-lhe a mão.

Anahí: Fique tranquilo. - murmurou Anahí ao ver como Maite olhava para ele. - Creio que estará bastante atarefado para cuidar de todas nós.

Naquela noite, depois do jantar no salão do castelo, Dulce e Elena decidiram ir até onde havia sido seu lar. Ao chegar ao alto da colina, fixaram os olhos nos restos de sua cabana. Com uma calma estranha, ambas desceram a colina pensando na quantidade de vezes que haviam feito aquele mesmo caminho, sabendo que Angus e Max sairiam para encontrá-las e as saudariam com sorrisos.

Elena: Que tristeza não? - sussurrou Elena, olhando ao redor.

Dulce: Sim. - assentiu Dulce com um nó na garganta - Eu daria minha vida para que o vovô e Max estivessem vivos.

Elena: Eles teriam gostado muito do nosso casamento. Além do mais, conhecendo vovô e Max, creio que gostavam de Damon e Christopher não é?

Dulce olhou para sua irmã e assentiu. Seu avô e Max teriam adorado.

Dulce: Sim. - respondeu ela começando rir. - E creio que ficaram enlouquecidos quando ouviram Christopher dizer as palavras mágicas.

Elena: Dulce. - disse Elena, tentando não rir - Eu amo Damon e creio que ele me ama. Mas irei com você aonde for, entendeu?

Dulce olhou-a com carinho.

Dulce: Elena, sua relação com Damon é muito boa. Creio que não devia contrariá-lo.

Elena: E você? Acaso pensa que Christopher não ficará bravo quando souber que lhe desobedeceu? - e soltando uma gargalhada prosseguiu: - Eu vi sua cara quando ele pronunciou as palavras mágicas: "Eu ordeno". Não tente disfarçar, sei que está tramando algo, sou sua irmã e a conheço melhor do que ninguém neste mundo. Quando ergue a sobrancelha e inclina o pescoço dá até medo.

Dulce: Ufff... - riu ela, gesticulando com as mãos - Juro que quando o ouvi, pensei em vovô e Max. Esses dois velhos escoceses não os advertiram sobre essas benditas palavras.

Elena: Coitados! - lamentou Elena, chegando até os restos da cabana - E pobres de nós quando voltarem e virem que não estamos aqui.

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Da fortaleza, Christian, de olhos bem abertos vigiava os movimentos daquelas duas. De início, quando as vira sair do castelo, pensara em impedi-las. Mas, ao vê-las descer a colina entendeu aonde iam. Decidiu lhes dar um tempo de privacidade. Se, passado esse tempo, elas não voltassem, iria atrás delas. Mas, tal como pensou, logo as viu voltar ao castelo.

****: Ora, vejo que está se divertindo. - disse uma voz que o sobressaltou.

Christian: Não tanto quanto gostaria gatinha. - respondeu ele ao ver Maite.

Ela sorriu ao escutar o apelido que ele, desde pequeno, sempre usara para se dirigir a ela.

Maite: Ficou muito contrariado por não ter ido com eles? - perguntou ela, aproximando-se.

Christian: Não, mas também não teria me incomodado de acompanhá-los. - respondeu ele, engolindo em seco ao vê-la cada vez mais perto.

Maite: Sou tão baixinha, não é? - disse ela, olhando-o de frente.

Christian: Sim, não é alta. - assentiu Christian sentindo a boca seca.

O que estava acontecendo com ele? Por que seus joelhos tremiam?

Maite: Veja. - apontou Maite, aproximando-se mais - Eu bato aqui. - disse marota, levantando a mão e pousando-a nos ombros dele.

Christian: É uma boa altura.

Christian não sabia o que dizer sentindo-a tão perto. Disfarçando seu desconcerto, ficou olhando o horizonte. E quase pulou ao sentir Maite pousar sua mão de seda nele.

Maite: Christian quer fazer o favor de olhar pra mim? - sussurrou ela, enfeitiçada pela altura do homem e por seu odor masculino.

Christian: Que quer gatinha? - murmurou ele, respirando com dificuldade.

Maite: Pedir algo que sempre desejei.

Christian: Pois diga. - assentiu ele, tremendo, incapaz de negar qualquer coisa aquela mulher encantadora.

Maite: Desejo um beijo seu. - Maite ousou dizer, quase engasgando ao se sentir tremer de emoção, medo e excitação.

Christian: Maite. - suspirou Christian, fechando os olhos - Por que?

Maite: Porque preciso saber o que se sente quando se beija a pessoa que mais se deseja no mundo. - respondeu ela, cravando os olhos nele. - Sei que você e eu nunca poderemos ficar juntos. E imagino que Alfonso um dia encontrará um marido para mim, e o terei que beijar. Mas seu beijo será aquele que quero recordar por toda vida.

Ouvindo isso, Christian perdeu toda a força que até então o mantinha longe da moça. Imaginar Maite se casando com outro partiu seu coração, de modo que a tomou nos braços e a beijou, surpreendendo-se ao sentir um arrepio nas costas quando ela pôs as mãos de seda em seu pescoço.

De início, era Maite que o encurralava, mas passados alguns instantes, Christian a pegou com paixão. Ela em vez de se assustar, deixou escapar um gemido de prazer que enlouqueceu ainda mais o rapaz. Perdendo todo o controle de si mesmo, Christian começou tocar-lhe as costas e seu traseiro redondo, apertando-a com força contra si.

O beijo durou mais do que deveria e, quando terminou, deixou ambos abobados e sem fôlego. Christian, compreendendo o que havia acontecido, praguejou em voz alta:

Christian: Maldito beijo!

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