Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Sem se deter, elas correram para seus quartos. Encontraram no caminho Edelmira, esposa de William, que, sem pensar duas vezes, abraçou-as, ninando-as como centenas de vezes havia feito durante aqueles anos duros.

Elena: Não podemos continuar aqui - soluçou Elena.

Edelmira: Ai minhas meninas. - sussurrou Edelmira - O que poderíamos fazer para ajudar vocês?

Dulce: Não fique preocupada, Edel. - acalmou-a Dulce, abraçando-a - Pensaremos em algo.

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O dia seguinte amanheceu ensolarado. O céu se mostrava azul quente, mas o humor das duas era obscuro e desafiador. Elena se assustou ao ver o rosto inchado de Dulce. Tinham que fugir. A vida delas corria perigo!

Alaric, que não havia dormido na noite anterior preparando tudo para a viagem, ficou horrorizado ao vê-las naquele estado. Mas, acalmando-se, informou-lhes que havia conseguido a ajuda de dois homens, e que as esperariam de madrugada nos fundos da casa, ao lado do arvoredo.

À noite, enquanto jantavam com Isobel e John, as duas ficaram contentes por eles não terem vontade de conversar, de modo que rapidamente se retiraram.

Na quietude da noite, Dulce foi até o quarto onde dormia seu irmão, Lucca, um menino de apenas um ano de idade, louro e inquieto. Ela o pegou com delicadeza e, após enrolá-lo em uma capa de couro, saiu com todo cuidado que pode para que ele não acordasse.

Elena esperava na porta, vigiando. Desceram a escada com cuidado. Quando atravessavam a cozinha, subitamente uma voz as paralisou.

****: Preparamos algumas coisas para a viagem. - disse William, saindo das sombras com Edelmira - Quero que saibam que nunca me esquecerei de vocês nem de seus pais, e que me dói a alma não poder ajudá-las com mais nada.

Dulce: William, por Deus, não diga nada! - pediu Dulce, falando em sussurros para não acordar Lucca.

Edelmira: Ai meninas. - soluçou Edelmira com tristeza enquanto entregava a Elena um pacote com queijo, pão e leite para o Lucca - Vou sentir saudade de vocês.

Elena: E nós de vocês. - sussurrou Elena, aproximando-se para lhe dar um beijo. - Agora vão. Ninguém precisa saber que vocês nos viram. Não queremos causar problemas.

Estendendo a mão, Dulce tomou a de William, que com um sorriso triste assentiu antes de soltá-la.

William: Que a felicidade esteja em sua vida futura. - suspirou o velho mordomo.

Dulce: Obrigada, William. - agradeceu Dulce com um sorriso nos lábios, enquanto Edelmira a abraçava.

William: Cuidem-se, por favor. - murmurou o homem, puxando a mulher antes de desaparecer nas sombras.

****: Quem está aí? - perguntou Isobel, que segurava uma vela nas mãos.

Ao ver as jovens perguntou.

Isobel: Que estão fazendo, insensatas?

Paralisadas com o pequeno Lucca no colo, elas não sabiam o que fazer, até que William e Edelmira, saindo das sombras e sem pensar duas vezes, empurraram Isobel para o lado, com tanto azar que a vela que ela levava na mão caiu no cesto de roupa suja, incendiando tudo com a rapidez de uma pólvora.

William: Não é hora de parar para pensar. - disse William. - Corram! Corram e não olhem para trás!

Dulce: Mas William... - gritou Dulce ao ver Edelmira no chão ao lado de sua tia.

William: Por favor, partam e busquem a felicidade! - gritou ele, as empurrando.

O desassossego se apoderou delas assim que começaram a correr. Mas, no meio do caminho, um grito aflito de William fez com que Dulce se detivesse abruptamente e olhasse para trás. O fogo havia tomado conta de toda a cozinha e estava começando subir para o andar de cima. Com os olhos encharcados de lágrimas, as irmãs Saviñón compreenderam o triste fim daqueles dois velhos que as haviam ajudado.

Quando as mãos de Alaric as pegaram e as levaram até o arvoredo, sem perda de tempo, elas começaram uma viagem perigosa e cansativa até o lar de seu avô, muito longe do lar.

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Ninguém se esqueceria do dia em que o rei Eduardo II chegou acompanhado de uma infinidade de cavaleiros, arqueiros, lanceiros, e alguns escoceses contrários às ideias de Robert de Bruce.

Os guerreiros de Robert de Bruce não eram numerosos, mas o suficiente para prejudicar e semear as pessoas de seu próprio clã. O exército de Robert de Bruce era composto apenas de valentes guerreiros bem treinados, alguns tantos à cavalo, e centenas de voluntários sem treinamento, mas com anseio e vontade de lutar.

No primeiro dia de batalha, Henry de Bohun, cavaleiro do rei Eduardo II, julgando-se superior a Robert de Bruce provocara uma luta à lança, ao estilo dos torneios. Robert, que não se acovardava diante de ninguém, aceitara o desafio, arriscando sua vida, mas, depois de um curto combate, Henry de Bohun acabara morto por uma machadada na cabeça, enquanto Bruce, diante de seus amigos e fiéis seguidores Christopher e Christian Uckermann e Damon Salvatore, só lamentava ter quebrado o cabo do machado.

No segundo dia, o rei Eduardo II, enlouquecido de raiva pela vitória do seu oponente, ordenara ao Conde de Gloucester que atacasse os selvagens escoceses. Mas, de novo, a sorte estivera do lado do povo das Highlands. Robert de Bruce tornara a demonstrar que, embora suas forças militares fossem inferiores em número, tinham muito mais talento. E ajudado por Christopher e Christian Uckermann e por Damon Salvatore, entre outros, emboscada após emboscada, torturaram milhares de lanceiros ingleses ao lado do Conde de Gloucester.

Desesperados, os ingleses fugiram perseguidos pela infantaria escocesa liderada por Alfonso Herrera, que lutara sem piedade ao lado de outros, até conseguir o que buscavam: a independência da Escócia.

Após esse novo desastre, e sentindo que não conseguiriam intimidar aqueles valentes escoceses, as tropas inglesas - em parte integradas por Highlanders - ajudaram o rei Eduardo II a fugir do componde batalha a galope.

O regente chegara até Duchar, onde pegara um barco que o levara de volta a sua amada Inglaterra.

Os meses passaram, mas os clamores da batalha continuavam muito vivos. Pelos diversos caminhos e montanhas da Escócia viam-se bravos escoceses regressando a seus lares, de onde haviam saído sentindo-se filhos oprimidos da Inglaterra, e aos quais voltavam como escoceses livres.

No castelo de Dunstaffnage, propriedade do clã Herrera, após o regresso do bravo Lord Alfonso Herrera, preparava-se um casamento. Para Alfonso, aquela guerra não havia sido fácil. Ele tivera que lutar contra gente de seu próprio clã e, embora por ocultos antecedentes familiares, sangue inglês corresse por suas veias, se de algo tinha certeza era de sua origem escocesa.

Ele nunca se esqueceria da dor no peito que sentira quando vira os corpos de seus primos Lelah e Ewan despedaçados no campo de batalha.

Mas, depois da amargura do combate, aguardavam-no dias de glória e tranquilidade.

Por isso, ao voltar de Bannockburn, formalizara seu casamento com Anahí, uma mocinha que há anos atrás havia roubado seu coração.

O castelo de Dunstaffnage começava a se encher de guerreiros de outros clãs. Alfonso numa abertura de suas muralhas de seu castelo observava um grupo de 30 homens que se aproximava a cavalo. Sorriu ao reconhecer seu bom amigo Christopher Uckermann, um inigualável guerreiro cujo apelido era Falcão, devido a seu olhar intimidador e seu aspecto sério.

Diziam que quando o Falcão fixava o olhar em alguém, era por apenas duas razões: ou porque mataria esse alguém ou porque lhe arrancaria informações.

Quando ele passava, as mulheres mais ousadas olhavam-no com desejo e ardor.

A Escócia inteira conhecia sua fama de mulherengo, compartilhada com seu irmão Christian e seu grande amigo Damon. Christopher era um Highlander de 31 anos e quase dois metros, de cabelo castanho com reflexos dourados, pele bronzeada e olhos castanhos claros afiados.

Possuía uma envergadura musculosa e impressionante, graças ao treinamento diário e às lutas vividas.

O irmão de Christopher cavalgava com ele. Era um jovem valente, mas de personalidade diferente. O primeiro era sério e reservado, ao passo que o segundo gostava de fazer brincadeiras e ostentava um eterno sorriso na boca.

Damon Salvatore, amigo de infância dos irmãos Uckermann, residia no castelo, ao lado do lago Ness.

O temperamento de Damon era agradável e conciliador e, assim como os outros, era um homem de aspecto imponente, dono de olhos azuis intensos que as mulheres caíam a seus pés.

****: Quem são? - perguntou Maite uma morena maravilhosa, apertando os olhos para distingui-los.

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