Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Maite: Santo Deus - sussurrou Maite - Esses são os dois noivos que seus tios arrumaram para vocês, não é?

Perdida em seus pensamentos, Dulce não respondeu.

Elena: Sim - concordou Elena, pálida.

Controlando seu mal estar, Dulce levou uma chaleira cheia de água à lareira.

Dulce: Anahí - sussurrou Dulce - Não vamos avisar Christian nem ninguém. As pessoas precisam de água para viver. O que faremos? Vamos deixar que os animais morram? Quanto pensa que poderemos aguentar com a pouca água que temos no castelo? Além do mais, quem garante que não será envenenada também? Já pensou na quantidade de gente que vai começar a aparecer morta? Acredita que Elena e eu seremos capazes de continuar vivendo se esses assassinos matarem alguém por nossa culpa?

Maite: Fique tranquila, Dulce - sussurrou Maite, observando-a colocar quatro copos em cima da mesa. - Não permitiremos que esses ingleses ponham as mãos nem em vocês nem em ninguém.

Anahí: Mas se informássemos Magno e Christian - insistiu Anahí. - Eles saberiam nos dizer o que fazer diante de um caso assim.

Dulce: A única coisa que conseguirá com isso será que os matem - replicou Dulce, derramando com cuidado um pouco daquela água quente em cada copo.

Elena e Maite se olharam.

Anahí: Vocês não sairão daqui. – disse Anahí, com a boca seca - Se lhes acontecer algo, Alfonso, Christopher e Damon nunca me perdoariam.

Dulce: E se acontecer algo com outra pessoa - acrescentou Dulce, disfarçando sua cólera - Eu também não me perdoaria. Vamos beber um pouco de camomila. - disse convidando-as beber.

Sem esperar, Anahí foi a primeira.

Anahí: Isto vai nos acalmar e nos permitirá pensar com clareza.

Anahí depois de beber o líquido agradável contido no copo, deixou-o em cima da mesa.

Elena: Você nos prometeu uma vez que cuidaria de Lucca - recordou Elena, pegando um dos copos. - Anahí, Lucca ficará com você.

Anahí: Mas o que está dizendo? - sussurrou Anahí, começando a se sentir um pouco tonta - Eu disse que daqui não sairão...

Dulce: Anahí, perdoe-me - sussurou Dulce.

E então Anahí caiu como uma pluma para o lado.

Maite: Por Deus, Dulce! - gritou Maite, sem saber se ria ou gritava - O que fez?

Elena: Ufff... Como Anahí pesa! - queixou-se Elena, pegando-a.

Maite ajudando a carregar sua cunhada disse ao vê-las sorrir.

Maite: Meu irmão nos matará!

Dulce: Prefiro que seu irmão nos mate - respondeu Dulce, deixando Anahí em cima da cama. - A que matem alguém por minha causa.

Já não havia mais volta. Tinham que agir.

Maite: Irei com vocês - propôs Maite cobrindo sua cunhada com a colcha. - E não quero escutar um "não", ou começo a gritar. Vou trocar de roupa e pegar minha espada.

Sem lhes dar tempo de responder, Maite foi para o corredor. Era tal sua pressa que não notou que Christian estava ali parado, olhando pela janela; até que deu de cara com ele.

Christian: Aonde vai com tanta pressa? - perguntou ele ao vê-la.

Maite: Como se importasse aonde vou - respondeu Maite, tentando seguir seu caminho.

Mas Christian a segurou e não lhe permitiu continuar. Cravando o olhar nela, observou suas faces ardentes e perguntou:

Christian: Porque está tão acalorada?

Maite: Eu disse que não falasse mais comigo - respondeu ela, cravando-lhe o olhar. - Vou trocar de roupa. Isso importa para você?

Christian: Não... não... - respondeu ele confuso.

Maite: Então, solte-me! - exclamou ela, com fúria.

Mas ele não a soltou, e aproximando seu rosto dela murmurou:

Christian: Sabe de uma coisa? Às vezes você é pior do que uma gata selvagem.

Beijou-a e prosseguiu:

Christian: Não sei se gosto mais quando é suave ou quando esse maldito gênio vem à tona.

Maite: Christian Uckermann - bufou Maite empurrando-o com todas as forças. - Não sou sua gata, nem nunca serei! E não volte a me beijar, ou contarei a meu irmão. Além do mais, não creio que meu futuro marido vá gostar de saber que alguém pode pensar em mim como uma mulher selvagem ou suave. Entendeu?

Christian: Seu futuro marido? - perguntou ele, franzindo a testa.

Levantando o queixo, Maite assentiu e, inventando uma mentira disse:

Maite: Isso é algo que amanhã resolverei com meu avô, e que evidentemente, não diz respeito a você.

Desconcertado diante do que ela havia dito, ele a soltou. E sem se despedir começou a descer a escada. Maite respirou fundo, e recompondo-se daquele estranho incidente chegou a seu quarto, pegou um par de botas, uma capa de pele e sua espada. Com cuidado, voltou ao quarto de Dulce.

Dulce: Se acontecer algo com você, Alfonso nos matará - queixou-se Dulce ao vê-la entrar.

Maite: Não vai acontecer nada comigo - rugiu Maite.

Tirando o vestido como as outras duas para por a calça e as botas, prosseguiu:

Maite: Além do mais, devo esclarecer que seus maridos também podem me matar.

Com um olhar maroto, todas se entreolharam e sorriram.

Dulce: Temos bastante tempo antes de Anahí acordar e dar o alarme - disse Dulce, vendo a amiga adormecida em cima da cama. Espero que ela me perdoe.

Elena: Que nos perdoe! - inclui-se Elena.

Maite: Ela nos perdoará - disse Maite.

E olhando para sua cunhada sugeriu:

Maite: Creio que deveríamos levá-la para sua cama. Isso despertaria menos suspeitas.

Dulce assentiu. Sua amiga tinha razão.

Elena: Por onde poderíamos sair do castelo? - perguntou Elena, ajeitando a espada na cintura.

Maite: No quarto de Anahí e Alfonso existe um corredor que leva para a periferia do castelo. Papai me mostrou uma vez quando eu era pequena. Durante todos esses anos, eu o utilizei em várias ocasiões para escapar de castigos.

Dulce: Está bem - assentiu Dulce guardando sua adaga na bota. - Eu ia propor outra saída, mas a que você está dizendo me parece melhor.

Deram um beijo em Lucca, que dormia como uma pedra, e as trêss moças se encaminharam para o quarto de Anahí com ela nos braços.

Ao entrar, o fogo da lareira lhes deu boa vinda. Era um quarto rico em tapeçarias e muito confortável. Com cuidado, deitaram Anahí na cama e, sem tirar-lhe a roupa, cobriram-na com uma pele.

Elena: Que lindo quarto! - sussurrou Elena olhando ao redor.

Maite: É o quarto do senhor do castelo, o que esperava? - riu Maite, levantando uma tapeçaria que ficava na frente de uma pequena abertura na parede.

Passaram pela abertura, que as levou a uma escada estreita e cheia de mofo. Vestidas como homens, elas atravessaram vários corredores escuros, iluminadas pela luz de suas próprias tochas. Cheiros fortes tomaram suas fossas nasais em certos momentos, mas elas continuaram sem olhar para trás, até chegar a uma grade oculta que dava acesso ao exterior do castelo. Ao saíram viram um guerreiro postado do lado direito da parede. Por sorte estava dormindo como uma pedra.

Uma a uma, foram correndo até o bosque frondoso, onde o arvoredo e a escuridão as mantiveram ocultas. Tendo avançado apenas alguns passos, um ruído atraiu a atenção delas, e ouviram uma voz:

****: Eu as estou esperando faz tempo. Ora são três, e não duas!

Elas logo reconheceram aquela voz.

Dulce: Miguel! Que faz aqui?

Miguel: Estou aqui para pegar o que é meu - respondeu ele, levantando a mão.

Vários homens saíram do meio das árvores, cercaram-nas e as capturaram, sem lhes dar oportunidade de se defender. Aqueles homens eram ingleses, como bem notaram quando os ouviram falar.

Maite: Maldito bastardo! - gritou Maite - Quando meu irmão ou meu avô souberem... eles os matarão.

Miguel: Duvido que você conte para eles "gata" - riu Miguel.

Maite: Eu não permito que me chame assim! - bufou Maite, antes que lhe pusessem uma mordaça na boca.

Dulce: Não está agindo bem, imbecil! - insultou-o Dulce quando amarraram suas mãos. - Esses homens o matarão depois de nos matar.

Mas o rapaz olhou para ela com desagrado. Ela pagaria o mal que lhe fizera casando-se com o Falcão.

Elena: Vai me pagar! - rugiu Elena antes de também ser amordaçada.

Miguel: Duvido, vadias! - gargalhou Miguel, montando em seu cavalo e pegando a corda que segurava as moças. - Agora, poderei puxá-las sem ter que escutar seus lamentos. Tentem não tropeçar. Não pretendo parar para que se levantem.

Ele deu ordem aos homens para que começassem a andar. Era difícil seguir o caminho sem tropeçar. Em uma ocasião, Elena perdeu o equilíbrio. Mas, graças à habilidade de Dulce e à rapidez de Maite pode continuar andando sem cair.

Maite olhou para trás. O castelo, aquela fortaleza que sempre a havia mantido em segurança, ficava para trás, sem que nenhuma delas pudesse fazer nada para impedir.

Quando chegaram a uma clareira onde outros homens os esperavam, fizeram-nas montar nuns cavalos e saíram galopando com elas.
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Continua....