Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Pela manhã, no salão, Magno estava com Christian e algum dos seus homens. Falavam sobre levantar uma parede nova nos fundos do castelo, que precisava de reparos urgentes. Depois de um tempo, Christian, estranhando que nenhuma das mulheres houvesse se levantado, comentou:

Christian: Esta manhã as damas estão preguiçosas. Devem ter ficado matraqueando até tarde ontem à noite.

Magno: Ontem à noite? - perguntou Magno, levantando uma sobrancelha.

Christian: Eu encontrei Maite no corredor, e ela disse que estavam no quarto de minha cunhada conversando - explicou Christian.

Magno: Hilda! - chamou Magno. - Chame Maite. Hoje pretendo ir com ela às terras de meu amigo McLombart. Temos algo importante a tratar.

A criada, como um raio, correu para buscar Maite. 

Christian: Pretende ir ver Ronan McLombart? - perguntou Christian interessado.

Magno: Sim - assentiu Magno com um meio sorriso. - Três dos seus filhos voltaram e eu queria lhes apresentar minha neta. Maite é uma preciosidade, e tenho certeza de que alguns deles se encantará com ela.

Magno teve que segurar na mesa para não cair de tanto rir diante da cara de surpresa de Christian. Observar o jeito como esse rapaz olhava para sua neta era uma das coisas que mais o divertiam no mundo. Quando olhava para ele toda vez que Maite aparecia, via a verdadeira adoração que Christian sentia por sua neta. Haviam ficado para trás as palavras que tivera que trocar com seu neto. Alfonso, que não tinha certeza de que Christian fosse a melhor opção para Maite.

Hilda: Meu senhor - disse Hilda, entrando no salão. - Lady Maite não está em seu quarto. E a cama não está desfeita. É como se ela não houvesse dormido lá.

Ao se levantar, Christian derramou sua bebida.

Magno: O que? - gritou Magno, derrubando o banco de carvalho.

Christian: Como não dormiu lá? - disse Christian, aproximando-se de Hilda. - Olhou se ela está no quarto de Dulce ou de Elena?

Nesse momento apareceu Anahí, vestindo a roupa do dia anterior e com a mão na testa.

Anahí: Oh meu Deus... que dor de cabeça!

Christian: Por Deus Anahí! Está péssima! - murmurou Christian ao vê-la. - Pelo que vejo, ontem à noite, além de conversar, beberam bastante cerveja.

Anahí: Deixe de bobagens! - sibilou Anahí, sentando-se com ajuda de Magno - A única coisa que recordo é que bebi um chá de camomila ontem à noite. Foi Dulce quem preparou para nos acalmar.

Ao dizer isso, olhou ao seu redor, e ao não ver nenhuma das mulheres, perguntou, perdendo a cor:

Christian: Onde estão Dulce, Maite e Elena?

Hilda, a criada ao intuir o que havia acontecido levou a mão a boca, assustada.

Magno: Por todos os santos! Onde estão essas moças? - perguntou Magno, entendendo que algo não estava certo.

Christian, apressado, subiu a escada em direção ao quarto das moças. Sem nenhum tipo de pudor, abriu as portas bruscamente. Viu que os quartos estavam vazios e que só Lucca dormia ali. Mas ao ouvir o tumulto o menino acordou.

Após um grito de raiva e impotência, Christian desceu os degraus de dois em dois e encontrou Anahí soluçando, enquanto Magno não parava de praguejar e chamar Cal aos gritos.

Anahí: Ontem, um homem entregou uma carta a Lucca no bosque para Dulce e Elena. Nessa carta, exigiam que elas se entregassem, senão, um dia depois envenenariam a água e matariam a todos. A carta estava assinada pelos cavalheiros ingleses que tentaram se casar com elas.

Magno: Mas onde estão essas três inconsequentes? - rugiu Magno nervoso diante do que pode acontecer.

Anahí: Lucca, venha aqui! - gritou Anahí ao ver o menino

Ela o protegeria. Era a única coisa que podia fazer, agora que suas irmãs não estavam. O menino se aproximou obediente.

Anahí: Suas irmãs me pediram que fique comigo até que voltem. Não se afaste de mim mais do que dois passos, entendeu?

O menino assentiu e, assustado, ficou calado. Mas Christian estava furioso e muito irritado.

Christian: Se eles não as matarem - falou com raiva - Juro que as matarei eu com minhas próprias mãos. Uma a uma. Malditas mulheres! Só causam problemas.

****: O que está acontecendo aqui? - disse uma voz de repente uma voz atrás deles.

Era Christopher acompanhado de Alfonso e Damon. Sem perder tempo com saudações, foram informados do acontecido.

Damon: Como não percebeu o que estava acontecendo? - exclamou Damon, olhando para Christian com fúria.

Christian: Ninguém percebeu nada - defendeu-se ele.

Estava contrariado ao pensar que toda  a culpa do que acontecesse com aquelas três inconsequentes recairia sobre suas costas.

Alfonso, com olhar duro, fitou-o.

Anahí: Ele não percebeu nada - Anahí saiu em defesa de Christian, livrando-se dos braços do marido para ficar junto ao guerreiro desesperado - Porque tudo isso aconteceu ontem à noite.

Christopher: Aquela encrenqueira vai me pagar - sussurrou Christopher. - Eu a adverti que não saísse daqui, ou teria problemas.

Hilda, a pobre criada, corria de um lado para o outro. Estava preocupada com o velho Magno. Sem que ninguém lhe pedisse, pôs diante dele uma bebida para acalmar os nervos.

Magno: Onde estão minhas meninas? - resmungava Magno. -Vão buscá-las! Que estão esperando? Eu as quero aqui para que possam sentir meu castigo.

Christian: Não se preocupe Magno - respondeu Christian furioso, saindo do salão - Eu as trarei e presenciarei com prazer o castigo.

Alfonso: Você já fez o bastante - grunhiu Alfonso, empurrando-o com raiva.

Ambos se entreolharam, dispostos a se atacar.

Christian: Não me toque de novo! - gritou Christian, alterado - Ou juro que vai se arrepender.

Christopher contrariado e preocupado com sua mulher foi até seu irmão. Empurrando-o fez com que saísse do salão.

Anahí: Alfonso! Basta! Ele não tem culpa de nada - gritou Anahí, entendendo a raiva de Christian.

Christopher: Monte em seu cavalo, Christian - ordenou Christopher enquanto saía furioso.

Com raiva, Christopher se voltou para Alfonso e, com desdém, ordenou:

Christopher: Faça o favor de deixar meu irmão em paz ou teremos problemas.

Alfonso entendeu. Não era hora de lamentações. Tinham que agir. Rapidamente organizaram seus homens e juntos começaram uma louca corrida em busca daquelas três inconsequentes, que teriam muito que explicar.

*******************************

Após uma noite terrível, cavalgando sem rumo nas mãos daqueles ingleses, pela manhã as três moças estavam com pés e mãos amarrados sob um grande carvalho.

Miguel: Estão com fome? - riu Miguel, olhando para elas enquanto comia peixe. - Sinto muito lhes dizer que não tenho a menor intenção de dividir minha comida.

Dulce: Prefiro morrer de fome a comer algo que você me dê - disse Dulce, cravando-lhe seus olhos negros.

Miguel: Sabe uma coisa? - murmurou Miguel, abaixando-se ao seu lado. - Se tivesse me escolhido, hoje estaria vivendo com seus irmãos. E seu avô e o ferreiro poderiam estar vivos. Mas no dia que vi como olhava para o Falcão, e como ele olhava pra você, soube que nunca seria minha por vontade própria. Mas agora isso vai mudar - riu pegando-a com força pelo cabelo emaranhado e atraindo sua boca até a dele.

Beijou-a com violência, fazendo-a sentir um nojo enorme enquanto ela começava a espernear.

Maite e Elena se jogaram em cima dele.

Elena: Solte-a! - gritou Elena, respirando com dificuldade.

Dulce: Você é o homem mais nojento que já vi na vida! - bufou Dulce, limpando a boca com os ombros.

Miguel: Não dizia isso na noite em que rolava com o Falcão perto do cemitério - gritou ele, irritado. - Eu a vi e pude comprovar quanto se divertia.

Maite: Nojento!!! - cuspiu Maite.

Nesse momento escutaram o som de cavalos. Miguel rapidamente deixou de prestar atenção nas moças para ver quem se aproximava.

*******************************