Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Maite, enojada, fechou os olhos e, quando os abriu, viu Christian parado atrás de Miguel. Seus olhos se encontraram, e sem afastar seu olhar do dela, ele pegou o pescoço de Miguel com as mãos, e com um movimento rápido e certeiro, quebrou-o. Sem se alterar diante do que acabara de fazer, Christian jogou o corpo morto do rapaz de lado e rapidamente pegou Maite e a levantou.

Christian: Você está bem? - perguntou ele, com a voz carregada de raiva e emoção.

E só respirou quando ela assentiu.

Sem deixar de olhar para ela, abraçou-a, e ela se aconchegou trêmula, nele. Com esforço, Maite levantou a cabeça e viu uma escuridão estranha nos olhos dele que a assustou. Christian, sem se importar com nada, levou seus lábios até os dela e a beijou. Precisava beijá-la. Precisava senti-la e saber que estava bem.

Superado o medo absurdo que havia sentido, Christian recuperou o autocontrole, afastou-se dela e antes de correr atrás de Christopher gritou:

Christian: Cubra-se!

Alfonso, que pela primeira e única vez se mantivera em segundo plano, ao ver Christian soltar Maite, foi abraçá-la para lhe dar todo seu calor.

Alfonso: Está bem pequena? - perguntou aninhando-a e olhando para Christian.

Este se voltou com cara de poucos amigos enquanto seguia Christopher e Damon.

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De repente, Elena saiu do bosque correndo apavorada. Havia conseguido dar uma mordida no lábio de Sir Matt que sangrava e fugiu. Só lhe faltava a capa.

Gritou quando caiu nos braços de Damon que, ao vê-la, abraçou-a como nunca havia abraçado alguém no mundo.

Atrás dela corria Sir Matt, mal humorado. Logo se viu cercado por vários Highlanders.
Não muito longe dali, Dulce e o odioso Sir Xavier, alheios a tudo o que acontecia ao redor, continuavam sua luta particular. Julgando-se superior, ele desamarrou-lhe as mãos. Gostava de ver a fera daquela morena, e havia decidido brincar um pouco com ela antes de submetê-la a seus caprichos.

Xavier: Sabe de uma coisa, pequena selvagem? - perguntou ele, sorrindo ao ver o sangue que cobria o rosto dela. - Sempre a achei linda, mas os anos a transformaram em uma mulher digna de ser adorada. Tenho certeza de que esse Highlander vai sentir sua falta no leito.

Atraindo-a para si, disse, soltando seu hálito fedido nela:

Xavier: Estou atrás de você há muito tempo, e por mais que tenha conhecido muitas morenas, eu sempre soube que nenhuma seria como você. Antigamente eu desejava sua mãe, mas sua beleza e seu olhar desafiador a superaram.

Dulce: Eu arrancarei sua pele a tiras - uivou Dulce, tentando pegar o punhal em sua bota - Se continuar falando de minha mãe.

Xavier: Hummm... gosto de sentir esse seu lado selvagem - disse ele, jogando-a de costas no chão.

E esfregando as palmas das mãos, disse:

Xavier: Disseram-me que o velho escocês, seu avô, a ensinou a manejar a espada, é verdade?

Dulce: Sim, ele me ensinou muito bem - assentiu ela, levantando-se e desafiando-o com o olhar.

Xavier: Mostre-me. Tome! - disse ele, jogando uma espada, que ela pegou com dificuldade. Era grande demais para ela. - Nunca conheci uma mulher que soubesse manejá-la. Mostre-me o que aprendeu a fazer com ela.

Com as poucas forças que lhe restavam, Dulce tentou erguer a espada, mas o peso era excessivo, e arma escorregava de suas mãos ensanguentadas. Tentou estabilizar seu corpo estendendo a mão esquerda, mas foi inútil; pesava demais. Por fim, optou por segurar a empunhadura com as duas mãos, esquecendo a dor.

Xavier: É uma mulher muito desejável. Será um prazer ver como se move, primeiro aqui e depois sob meu corpo.

Dulce: Antes, eu o matarei! - gritou ela, com raiva por não poder dominar aquela espada.

Sem lhe dar tempo para respirar, Xavier lançou-se contra ela, e Dulce se defendeu como pode.

Xavier: Acho que as notícias que eu tinha sobre você diziam a verdade - disse ele ao ver a mulher se defender com bravura de seu ataque.

Dulce: Se me desse minha espada - disse ela, apontando para o pequeno monte onde estavam as espadas. - Eu seria uma excelente adversária.

Xavier: Já é, apesar de ser uma mulher - assentiu ele com sarcasmo, vendo a camisa branca de Dulce começar a se umedecer de sangue. - Oh... desculpa! Eu a feri? Devia ser mais rápida na defesa.

Com raiva, Dulce amaldiçoou ao ver o sangue em seu braço. Mas não importava. Esse homem não conseguiria o que pretendia. Olhando para ele, ela sorriu com descaro, enquanto pensava no que seu avô e Max diziam:

"Se a pessoa tem que morrer, que seja com honra".

De modo que, tirou a capa, ficou de frente para ele vestindo só a calça de  couro e a camisa branca.

Xavier: Você é lindíssima - sussurrou Sir Xavier - Não é de estranhar que, apesar de ser uma sassenach em terras escocesas, um escocês puro tenha se casado com você. Como é a vida com esses Highlanders selvagens?

Dulce: Melhor do que com os refinados ingleses - suspirou ela, cansada pelo esforço que tinha que fazer para atacar e se defender dos golpes.

Xavier: Deve ser uma fera na cama.

Ele sorriu ao fazê-la cair no chão. Pondo o pé em cima do estômago dela e a espada à altura da garganta, sentou-se em cima dela.

Xavier: Vou adorar dominar sua vontade e ensiná-la coisas que esse Highlander não ensinou - disse ele baixinho enquanto levava seus lábios aos dela, fazendo o estômago de Dulce revirar. - É uma maldita cadela escocesa como sua mãe, e como tal vou tratá-la.

Com um rápido movimento, Dulce levantou o joelho até cravá-lo nas costas dele. Esse movimento fez com que Sir Xavier caísse sobre ela, acertando-lhe a testa.

Nesse momento, Dulce puxou a adaga de sua bota, segurando-a com força.

Dulce: Ninguém fala assim de minha mãe em minha presença, e menos ainda um inglês nojento como você! - gritou encolerizada, cravando a adaga no estômago - Você tirou a vida de meu pai, de minha família, e eu tiro a sua!

Xavier olhava horrorizado para adaga em seu estômago. Praguejando, pegou a cabeça da jovem e com as forças que lhe restavam começou a batê-la no chão.

Então ouviu um assobio, e Sir Xavier caiu sobre Dulce com os olhos arregalados. Paralisada pelo peso do homem e pelo cansaço, ela respirava com dificuldade quando seus olhos encontraram o rosto sombrio de Christopher, que dando um pontapé no homem, fez com que rolasse para o lado.

Abaixando-se, passou seus braços protetores sob o corpo de Dulce e a levantou com firmeza.

Christopher: Fique tranquila, querida, já estou aqui.

Christian, ao ver seu irmão tranquilizando sua mulher, deteve os guerreiros levantando a mão. Christopher precisava de um pouco de intimidade.

Alheio aos olhos que os observavam e agradecendo aos céus por ter chegado a tempo, Christopher ainda tremia, observando o ferimento na cabeça de sua mulher. Mas relaxou ao ver que o sangue que umedecia a camisa não parecia grave.

Christopher: Está bem, Impaciente? - perguntou com doçura, apesar da vontade que sentia de matá-la por aquela loucura.

Dulce: Sim - assentiu Dulce, segurando as lágrimas e respirando com dificuldade.

Com delicadeza, Christopher a levou até uma pedra grande. Sem uma palavra, ele limpou o sangue do rosto dela. Dulce séria observava com desprezo Sir Xavier, aquele que tantas desgraças havia ocasionado a sua família e que jazia morto diante dela.

Christopher: Não olhe para ele, querida. Tudo acabou - sussurrou Christopher, recuperando a calma, olhando-a nos olhos. - Esse bastardo nunca mais a tocará de novo.

Dulce virou o rosto assim que ouviu gritos, e Christopher, fazendo um sinal para seus guerreiros, permitiu que as duas mulheres histéricas se aproximassem.

Elena e Maite: Dulce! - gritaram Maite e Elena, correndo pra ela.

Christopher observando-as por alguns instantes, sem saber se devia gritar com elas ou matá-las, levantou-se e se afastou para dar ordens a seus homens. Pouco depois, com cara de poucos amigos, trocou umas palavras com Damon, que praguejava diante da loucura delas.

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