Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Maite: Meu Deus ! - sussurrou Maite, limpando o rosto de Dulce. - Está coberta de sangue.

O que menos importava a Dulce era o sangue. Só lhe importava a vingança.

Elena: Graças a Deus você está bem - disse Elena, abraçando a irmã. - Por um momento pensei que íamos morrer.

Dulce: Onde está Sir Matt? - perguntou Dulce com a voz rouca.

Elena: Miles e Mael o amarraram a uma árvore - respondeu Elena.

E apontando com o dedo disse:

Elena: Está ali. Espero com impaciência que seja julgado.

Com extremo cuidado, Dulce se levantou enquanto Maite e Elena a observavam, desconcertadas. Aproximou-se de Sir Xavier e, depois de cuspir nele com ódio, com as mãos doloridas deu um puxão e pegou sua adaga, deixando as outras duas espantadas.

Com o olhar obscurecido pelo ódio, limpou a adaga na camisa do morto, olhando para onde Elena havia indicado que estava Sir Matt.

Elena: O que vai fazer? - perguntou Elena, trocando um olhar com Maite.

Dulce: O que papai, mamãe, Alaric, vovô teriam feito - murmurou lenta e secamente, aproximando-se do pequeno monte onde estava sua espada. 

Disfarçadamente, Dulce olhou para onde estavam os homens, em especial Christopher, que parecia discutir com Alfonso. Sem hesitar, com um olhar tenebroso que assustou sua própria irmã, começou a andar, seguida por Elena, enquanto Maite ficava paralisada pelo que Dulce estava disposta a fazer.

Elena: Damon e Christopher o julgarão. Esqueça-o! - suplicou Elena pegando-a pelo braço. - Dulce, quer me escutar, por favor?!

Dulce: Não, Elena. Não vou escutá-la, nem a você nem a ninguém - respondeu Dulce olhando para Sir Matt, que sangrava como um porco, imobilizado na árvore.

Elena: Dulce! Não faça isso! - suplicou Elena, assustada. - Não manche suas mãos de sangue. Por favor, por favor.

A poucos metros delas, os homens conversavam e praguejavam.

Christopher se voltou para olhar para sua mulher, mas só encontrou Maite, que com uma expressão estranha olhava para frente. Sem perder tempo, Christopher olhou na direção e ficou sem palavras quando viu que sua mulher caminhava com determinação para o inglês, com sua espada em uma das mãos e a adaga na outra.

Seus olhos dourados encontram os olhos de Elena, que lhe suplicaram ajuda. Sem perder tempo, Christopher correu para sua mulher, atraindo a atenção dos demais.

Incrédulos, eles intuíram o que aquela moça valente pretendia fazer.

Christopher: Dulce! - gritou Christopher, enquanto todos começavam a correr atrás dele.

Ele tentou atrair o olhar de sua mulher, mas ela não via nada mais que sangue, ódio, morte e Sir Matt.

Ao vê-la se aproximar, ele ficou petrificado diante da crueldade de seu olhar.

Elena: Escute! - pediu Elena, pondo-se diante dela.

Mas Dulce sem cuidado algum, empurrou-a.

Elena: Não faça isso. Nossos maridos cuidarão dele. Não tem por que fazer isso. Dulce, pense bem, por favor!

Cansada de escutá-la, Dulce rugiu para sua irmã:

Dulce: Basta, Elena! Foi a mim que ele fez mal, não a eles. Eu me encarregarei de matá-lo, como prometi que faria se tivesse oportunidade.

Com um sorriso gelado, Dulce parou diante do homem, que olhou pra ela horrorizado. E aproximando-se o máximo que pode o rosto de Sir Matt, ela falou com toda a raiva e ardor acumuladas por anos:

Dulce: Diante de você está Dulce, a filha selvagem de Blanca Espinoza, a melhor mãe escocesa do mundo; e de Fernando Saviñón, o melhor pai inglês do mundo.

Com um movimento rápido e seco que fez Elena gritar, horrorizada, ela cravou a adaga nele até o cabo, enquanto continuava falando:

Dulce: Isto, filho de Satanás, é por eles, por Alaric, por vovô e por Max.

Christopher: Dulce! Volte-se e olhe pra mim - disse Christopher com suavidade, sentindo a dor, a raiva, e o desespero que ela havia expressado momentos antes.

Com uma frieza aterradora que deixou arrepiados todos os presentes, Dulce se voltou e contemplou Christopher com um olhar escuro e vazio. Ele, dando um passo adiante, falou com serenidade:

Christopher: Não continue. Eu cuidarei dele. Dê-me a espada, querida.

Dulce olhou primeiro para Christopher e depois para os demais. Deu um passo para o marido, que sorriu e respirou aliviado ao ver que ela se aproximava. Mas de repente, surpreendendo a todos, ela se voltou para Sir Matt com a espada levantada, e sem piedade soltou um grito que fez todos estremecerem e cravou-lhe a arma no coração.

Dulce: E isto maldito inglês, é por minha irmã, por meu irmão e por mim.

Christopher se jogou sobre ela, que estava dura e fria como mármore, e não conseguiu tirá-la dali até que, com um enorme sangue frio, Dulce retirou sua espada do corpo morto de Matt e, cuspindo nele, por fim se deixou guiar por Christopher.

Elena, livrando-se dos fortes braços de seu marido, correu até a irmã, que depois daquela terrível tensão vivida revirou os olhos e desmaiou.

Pegando-a firmemente nos braços, Christopher ordenou aos gritos que levassem água. Maite, preocupada, corria atrás dele. Elena reagindo, foi até sua bolsa pegar algo, que pôs sob o nariz de Dulce. Ela abriu os olhos.

Christopher: Não desmaie de novo. Eu ordeno! - sussurrou Christopher, pelejando angustiado pra ela.

Dulce: Falcão - sorriu Dulce ao escutá-lo. - Deixe de ordens, ou sua vida será um inferno.

Christopher não sorriu, mas sua expressão se suavizou. Dulce notando a presença e o olhar preocupado de Christian, dirigiu-se a ele.

Dulce: Christian, poderá me perdoar?

Christian: Por ora, não. Nem a você nem às outras duas. - respondeu ele com firmeza.

E sem dizer mais nada, levantou-se e foi embora.

Durante alguns instantes todos o observaram se afastar irritado.

Maite: Oh... - suspirou Maite - É insuportável falar com essa mula.

Alfonso: Maite! - rugiu seu irmão - Cale-se.

E levantando-se seguiu Christian e Damon.

Maite, dando de ombros, suspirou.

Christopher: Não se mova! - ordenou Christopher a sua mulher. - Tenho que falar com meu irmão.

E dando-lhe um beijo na testa, levantou-se, deixando as três mulheres sozinhas.

Elena: Creio que, por fim, nossos problemas com os ingleses acabaram - sorriu Elena olhando Dulce.

E tirou da bolsa umas tiras de linho limpas para enrolar na cabeça da irmã. A ferida continuava sangrando.

Dulce: Sim. Parece que sim - suspirou Dulce.

Maite: Quero voltar ao castelo para tomar um banho e trocar de roupa - murmurou Maite, observando Christian, que gesticulava furioso.

Elena: Ainda bem que nossos maridos nos encontraram - suspirou Elena - Pensei que de hoje não passávamos.

Dulce: Não cante vitória tão cedo - disse Dulce ao notar que os homens as olhavam com cara de poucos amigos. - Creio que há a possibilidade de que nos matem.

Longe delas, os homens conversavam sobre o que fazer com as três mulheres e com os ingleses mortos. Por fim os Lords ordenaram a seus homens que cavassem umas valas, onde dariam sepultura digna aqueles ingleses.

Alfonso: Christian - disse Alfonso, tocando-lhe o ombro. - Obrigado por sua rápida atuação. E gostaria de dizer que Magno e eu permitimos que corteje minha irmã.

Christopher: Sábia decisão - assentiu Christopher.

Damon: Que boa notícia! - exclamou Damon, dando-lhe um tapa nas costas.

Christian, ainda furioso, olhou para eles com a testa franzida.

Christian: Não tem que me agradecer Alfonso - respondeu Christian confuso. - E no que se refere a cortejar sua irmã, é a última coisa que eu faria nesta vida. Nem louco tornarei a me aproximar dela! - vociferou, deixando os três sem palavras.

E olhando para seu irmão, disse:

Christian: Christopher, se não se importa, já vou indo.

Christopher: Certo - assentiu Christopher com olhos profundos e cansados.

O fato de seu irmão ficar tão desanimado e irritado não era lógico nem normal. Por isso, tomando-lhe o braço, perguntou:

Christopher: Está bem?

Christian: Sim, não se preocupe – respondeu Christian chamando com um assovio seu cavalo, True - Nós nos veremos nas terras dos Herrera.

E dizendo isso partiu sem olhar para trás, deixando Maite decepcionada e angustiada.

Os três Lords ficaram em silêncio um tempo. Até que Christopher disse:

Christopher: O rapaz não está bem. Maite o está enlouquecendo.

Alfonso: Os dois estão fazendo um jogo muito perigoso - respondeu Alfonso olhando para sua irmã, que contrariada, via Christian partir.

Damon: Isso vai ser pior que uma batalha! - sorriu Damon, olhando para sua mulher que consolava Maite. - Creio que sua irmã não se dará por vencida facilmente.

Christopher: Quer deixar de olhar essas encrenqueiras com essa cara de idiota? - censurou-o Christopher.

Seu coração ainda se apertava ao recordar a imagem de Xavier batendo a cabeça de Dulce no chão.

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Continua....