Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Naquela tarde, depois de cavalgar pelo maciço dos Cairngorms, chegaram a uma enorme fortificação que se erguia ao lado de uma aldeia. Os Highlanders soltaram gritos de boas vindas ao identificá-las desde as alturas.

Damon e Christopher eram bem recebidos nas terras de Gregory. Ali se sentiam em casa. Alguns guerreiros ficaram na aldeia com Stefan e a carroça, enquanto o resto seguiu até a fortificação.

****: Que São Fergus troveje! - gritou um homem maduro, de cabelos cinzentos, com aspecto de selvagem, saindo pela grande arcada da fortificação seguido de vários homens.

Christopher: Pherson! - riu Christopher ao ouvi-lo - Faria a gentileza de aplacar a sede destes pobres viajantes?

****: Por São Ninian, Pherson! Sua hospitalidade é tão excelente que todos passamos para saudá-lo.

Quem disse isso foi o jovem Kieran, um guerreiro louro de incríveis olhos azuis, que ao ver Christopher, sorriu. Mas este o recebeu de cara amarrada.

Christopher: Era só o que me faltava! - disse desviando o olhar.

Pherson: Tragam cerveja e preparem os quartos! - ordenou Pherson a seus criados. - Que alegria tê-los aqui! - e olhando com curiosidade para as mulheres, que o observavam em seus cavalos apontou: - Então é verdade? Vocês se casaram?

Dulce ofendida pelo modo como Christopher sorria para uma morena de peitos grandes, ouviu-o dizer:

Christopher: Sim Pherson, aquelas são nossas mulheres.

Dulce estava cada vez mais irritada. Cansada de esperar que alguém a ajudasse a descer do cavalo, desmontou com um salto.

Christopher: Poderia proporcionar a nossas esposas água e sabão? Pela aparência delas, estão precisando. - debochou Christopher olhando para Dulce com desprezo.

Dulce, incomodada diante desse comentário, escutou calada as gargalhadas de todos que a olhavam.

Kieran: Pela cara de cansadas delas. - interveio Kieran, aproximando-se - Estou certo de que precisam muitas outras coisas.

Ao ouvir isso, Damon e Christopher o desafiaram com o olhar. Mas Kieran, sem lhes dar atenção prosseguiu.

Pherson: Tentaremos lhes proporcionar privacidade - prometeu o chefe do clã.

Nesse momento, um grupo de mulheres apareceu à porta. Pelos sorrisos que trocaram com Damon e Christopher, Dulce e Elena intuíram que os conhecia.

Pherson: Mary! Acompanhe as senhoras aos quartos superiores - gritou Pherson.

E aproximando-se de Dulce e Elena, disse:

Pherson: Como ninguém nos apresenta, eu mesmo o farei. Sou o Lord Gregory Pherson.

Dulce: Lord Pherson, nós lhe agradecemos por nos acolher em seu lar. Nossos nomes são Dulce e Elena Saviñón.

Christopher: Como disse? - gritou Christopher, aproximando-se dela e fazendo com que todos voltassem seus olhares. - Você é Dulce Uckermann, minha esposa.

Damon: E você é Elena Salvatore. - disse Damon - Não se esqueça.

Envergonhadas, sentindo-se o motivo de risos, elas assentiram sem poder articular uma palavra, trocando olhares significativos com as mulheres que debochavam delas.

Dulce: Desculpe, Lord Pherson. - disse Dulce apertando os punhos contra o corpo. - Nossos enlaces são muito recentes por isso meu erro.

Pherson: Tenham cuidado com esses erros, miladies. - riu Pherson, afastando-se delas. - Recordem que são propriedade de seu Lord e de seu clã.

Kieran: Meu nome é Kieran. - apresentou-se o jovem louro, todo galante.

Após beijar a mão de cada uma, acrescentou com um sorriso incrível:

Kieran: E aqui estarei para o que as miladies necessitarem. - E baixou a voz para dizer: - Não pensem que sou como os brutos de seus maridos.

Christopher: Elas não necessitarão de nada de você Kieran. - retrucou Christopher incomodado com a proximidade daquele homem - Afaste-se delas.

Kieran: Fique tranquilo Christopher. - sorriu o jovem, piscando para Dulce.

Surpresa, ela nem se mexeu.

Kieran: Eu só estava sendo gentil com suas mulheres.

Damon: Mary! - chamou Damon piscando para uma mulher.

Elena o observava calada. Por que as estavam tratando assim?

Damon: Mostre claramente a nossas esposas seus quartos. Estão tão confusas. - debochou, deixando-as indignadas - Que podem se meter em outro leito.

 De novo os risos. Aquelas mulheres estavam se divertindo, enquanto Christian, surpreso diante de tudo aquilo, ficava calado e observava seu irmão e Damon. Com um olhar, ele se comunicou com Miles, Mael e Evan. Eles também o olharam desconcertados. Por que as tratavam assim?

Christian: Lucca ficará conosco. - disse Christian, atraindo o olhar das mulheres - Não se preocupem. Nós cuidaremos dele enquanto descasam. - disse sorrindo com gentileza.

Elas lhe agradeceram.

Com timidez, uma jovem loura de olhos claros e sorriso amável se aproximou delas. Chamava-se Mary, e não era mais velha que Dulce. Mal olhando-as nos olhos, a moça disse:

Mary: Acompanhem-me miladies.

Sem olhar para ninguém ambas seguiram a moça até o interior da fortaleza. Caladas e tensas atravessaram um enorme salão decorado apenas com quatro tapeçarias. Depois de passar por uma arcada redonda, subiram por uma estreita e curva, até chegar a um corredor iluminado por tochas, onde havia várias portas.

Mary: Estes serão seus quartos. Desejam que eu traga algo para comer?

Dulce: Não obrigada, Mary. - sorriu Dulce com tristeza.

Mary: De qualquer maneira. - assentiu a criada - Mandarei que lhes tragam duas banheiras e água quente para que possam se banhar.

E dizendo isso foi embora, deixando-as sozinhas. Dulce com rapidez tomou a mão da irmã e, abrindo uma das portas, entraram.

Elena abraçou sua irmã e começou a chorar. Oh, Deus! Que enorme humilhação. Dulce incrédula diante do que havia acontecido respirava com dificuldade para não chorar. Até que uma batida na porta as fizeram voltar a realidade. Era Mary.

Mary: Miladies desculpem. - murmurou ela ao ver os olhos vermelhos de ambas. - Sei que não queriam nada, mas trago um pouco de cerveja e uns bolos de aveia. Fará bem a vocês comer antes que tragam a água quente.

Dulce: Obrigado por sua gentileza. - disse Dulce - Poderia solicitar a um dos homens que trouxesse nossa bagagem?

Mary: Evidentemente. Agora mesmo lhes pedirei.

Quando ficaram sozinhas de novo, Elena disse:

Elena: Por que nos trataram daquela maneira na frente de todo mundo?

Dulce: Não sei. - sussurrou Dulce, confusa. - Mas não vou permitir que tornem a nos humilhar.

Elena: Viu como essas mulheres olhavam para eles? Pareciam se conhecer.

Dulce: O Falcão. - disse Dulce com ódio - Sempre teve fama de mulherengo, e sinto dizer-lhe que seu marido também. Com certeza eles costumavam deitar com essas vadias cada vez que passavam aqui.

Elena: Acredita que farão isso de novo?

Dulce: Não sei. - respondeu Dulce, aproximando-se da janela, de onde via a aldeia e as pessoas. - Mas sinceramente, não me importo.

Pouco depois, chegaram uns servos com baldes de água quente e encheram as banheiras. Elena não queria se afastar, mas Dulce, que precisava de um tempo sozinha, convenceu sua irmã a desfrutar do banho quente.

Quando ficou sozinha, enquanto olhava pela janela, Dulce pensou em Christopher. Em seus olhos duros e sua atitude desagradável. Onde estava o homem atencioso e carinhoso que ela julgara ver nele?

De repente, a porta se abriu. Diante dela surgiu Christopher, olhando-a com frieza que a fez tremer.

Christopher: Ainda não se banhou? - perguntou ele, fechando a porta e apoiando o corpo nela.

Dulce: Já me banharei. - respondeu ela com indiferença.

Christopher: Um banho lhe cairia bem. - disse ele, cruzando os braços diante do peito. 

O cabelo de Dulce estava emaranhado e seus olhos inchados. Teria chorado?

Christopher: Poderia tirar toda essa sujeira da estrada e parecer uma mulher bela e decente. Se bem que, creio que...

Dulce: Eu nunca permiti que ninguém me humilhasse, e não permitirei que você faça isso. - afirmou ela, fechando os punhos enquanto caminhava para ele.

Christopher: Não vai permitir? - perguntou ele sorrindo com desdém, embora seu coração palpitasse com força.

Dulce: Não vou permitir que me trate com o desprezo com que me tratou diante de todo mundo! - gritou Dulce, olhando para ele com fúria.

Isso o impressionou, mas ele se absteve de demonstrar. Sua mulher era desleal, uma mentirosa, e pagaria por isso.

Dulce: O que fizemos minha irmã e eu para receber tal tratamento?

"Por São Ninian, como a desejo", pensou Christopher antes de responder.

Christopher: Por acaso eu. - disse Christopher, abrindo os braços teatralmente - Lord Christopher Uckermann tenho que lhe dar algum tipo de explicação por meus atos? - rugiu ele tentando acovardá-la com sua imensa altura - Querida esposa, não se esqueça de que tenho direito de tomar o que quiser, quando quiser e como me apetecer. Assim como tenho o poder de desprezar o que me desagrada, me aborrece ou me engana.

Dulce: Eu o odeio! Nunca na vida me senti tão humilhada! - gritou ela, sem se importar com quem a escutasse.

Sem poder controlar seus atos, Christopher a pegou pela nuca com sua mão enorme e calosa, puxou-a para si e a beijou, selvagem. Sem piedade. Ao se sentir usada, Dulce deu-lhe um pisão no pé tão forte que fez Christopher soltá-la e se afastar.

Dulce: Eu não sou uma dessas vadias a que está acostumado! Não me toque.

Christopher: Eu a tocarei quando desejar, harpia! - exclamou ele, pegando-a de novo para beijá-la.

Mas soltou-a quando ela lhe mordeu o lábio com raiva.

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