Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Dulce: Mary está bem? - perguntou Dulce preocupada.

Ajudou-a se levantar, sem notar que todo mundo olhava para ela. Em especial Christopher, que havia se levantado para segui-la com o olhar ao vê-la correr.

Vários criados se aproximaram para recolher rapidamente os pratos quebrados.

Mary: Milady. - sussurrou a criada, nervosa ao se ver transformada no centro das atenções - Não se preocupe comigo. Sou muito desastrada, e às vezes deixo cair as coisas.

Dulce: Isto não justifica que alguém bata em você. - disse Dulce, olhando com ódio para a mulher que a havia estapeado.

****: Além de feia é uma desastrada! - gritou a vadia à criada.

****: Não serve para nada Mary. - afirmou outra delas.

Kieran: Já basta! - disse Kieran, que logo estava ao lado delas.

****: Sabina. - debochou a morena que momentos antes ria com Christopher - Essa abobada que não serve para nada a sujou toda de cervo.

Farta de ficar escutando aquelas vadias investindo contra a pobre criada, Dulce não se conteve mais, e, com cara de poucos amigos, dirigiu-se à morena.

Dulce: Ninguém lhe ensinou que não se deve tratar as pessoas assim?

Kieran olhou para Dulce, surpreso. Havia acabado de descobrir mais um encanto naquela mulher.

****: Está falando comigo? - perguntou a morena com um sorriso significativo.

Dulce: Com você e com sua amiga. - assentiu Dulce aproximando-se lentamente com as mãos nos quadris - Que tipo de pessoas são, tratando assim a pobre Mary?

As vadias ao escutá-la, caíram na gargalhada.

****: Vejo que já se banhou e já se livrou da sujeira da estrada. - disse a morena olhando para Christopher, que não mexeu um músculo.

Ele estava enfeitiçado diante da coragem de sua mulher. Mas a morena pensou que ele não se mexia porque ela estava co sorte.

Dulce: Vejo que tem uma língua comprida, além de ter a palavra vadia escrita na testa.

Quando ela disse isso, todo mundo murmurou. Dulce com o olhar duro continuou:

Dulce: E, além do mais, todos vimos que busca descaradamente com quem dividir seu leito esta noite.

****: Meu leito já tem dono, esta noite e muitas mais. - disse a morena, olhando para Christopher.

Aproximando-se de Dulce com descaramento, disse com malícia:

****: Nós o dividimos cada vez que ele vem e nos divertimos muito. Eu lhe dou o que ele quer, e ele me dá o que necessito; por isso milady esta noite. - sussurrou no ouvido de Dulce, deixando-a enfurecida - Dormirá sozinha.

Com vontade de pegá-la pelo pescoço, Dulce fechou os olhos. Não podia se rebaixar à vulgaridade daquela vadia. Lucca estava diante delas, mas a fúria que crescia em Dulce era tão grande que ela não sabia se a conseguiria controlar:

Dulce: Por mim, pode ficar com ele o resto da vida. - respondeu com dignidade, fazendo-se ouvir por sua irmã, por Christian e por Kieran.

Elena: Oh, meu Deus. - sussurrou Elena, olhando para Christian.

Ela conhecia sua irmã e sabia que aquilo podia acabar mal. De modo que, postando-se ao seu lado, gritou:

Elena: Você mulherzinha! Eu lhe recordo que está falando com a mulher de Lord Uckermann. Cuidado com seus modos se não quiser ter problemas.

Ouvindo isso, as vadias olharam para Lord Pherson que, bufando e contrariado por ver que Christopher não dizia nada, indicou com um gesto que saíssem. As vadias contrariadas diante daquela batalha perdida, depois de lançar um olhar desafiador para as irmãs, deram meia volta com a intenção de ir embora. Mas Dulce, irada, não lhes permitiu.

Dulce: Sabina! - rugiu, fazendo com que todos a olhassem de novo. - Antes de ir, peça desculpas a Mary.

Mary: Milady. - gemeu a criada enquanto o resto dos serviçais olhava para ela com admiração - Não é necessário, eu estou bem.

Dulce: Sim, é necessário. - afirmou Dulce.

E ao ver Sabina sorrir, pegou-a pelo braço e disse:

Dulce: Ou vai agora mesmo, e diante de todos pede perdão a Mary, ou juro pelo túmulo de meus pais que esta noite é a última em que vê a lua.

Essa ameaça provocou um murmúrio geral.

Pherson: Por todos os celtas! - murmurou Pherson ao escutá-la. - Eu não gostaria de ser inimiga de sua mulher.

Com o peito cheio de orgulho, Christopher a observava. Mas zangado como estava com ela, continuou sem se mexer.

Miles: Que personalidade! - exclamou Miles, dando uma cotovelada em Christian.

Christian estava surpreso diante da mudança de atitude de sua cunhada. De mulher mais triste do mundo ela havia passado a ser a mais impetuosa que ele já havia conhecido.

Mas as vadias, em especial Sabina, não davam o braço a torcer.

Dulce: Sabina! - gritou Dulce de novo.

E com um movimento de saias, sacou a adaga que sempre acompanhava.

Dulce: Eu não sou uma pessoa de muita paciência. Em minha terra, sou conhecida como Impaciente. - ameaçou Dulce, brincando coma adaga nas mãos. - Pode ter certeza de que hoje minha paciência já acabou.

Sabina: Eu lhe peço desculpas, Mary. - disse por fim a vadia assustada e vermelha de raiva.

A morena, chamada Berta, estalando a língua, saiu do salão seguida pelas mulheres provocando uma gargalhada geral, inclusive de Lord Pherson.

Mary: Obrigada milady. - sussurrou Mary, pegando-lhe as mãos.

Dulce lhe deu um beijo na face. Arregaçando a saia, guardou a adaga e deu-lhe um sorriso carinhoso.

Christian: Cunhada! - disse Christian aproximando-se - Na próxima batalha que eu for travar, quero você como companheira. Quem lhe ensinou a movimentar a adaga entre os dedos dessa maneira?

Sorrindo para seu cunhado e para todos os que levantavam a caneca de cerveja para brindar a ela, Dulce, cravando seus olhos negros no marido - que a observava com um olhar feroz. Respondeu:

Dulce: Alguém que,se pudesse, cravaria a adaga em você, por afastar-se dela.

Christian: Por todos os santos! - exclamou Christian, surpreso. - Ela?

Dulce: Nunca menospreze o valor de uma mulher. - disse Dulce sorrindo - Maite me ensinou a movimentar a adaga, e eu, em troca, ensinei-lhe a manejar a espada.

Na mesa principal todos falavam do acontecido. Christopher seguia Kieran com o olhar. O rapaz se aproximava de Dulce a, após beijar-lhe a mão, dissera algo que a fizera sorrir.

Pherson: Por São Fergus, Christopher! Arranjou uma mulher com muita personalidade. - riu Pherson, olhando para seu amigo. - Duvido muito que deixaria que alguém a tirasse de você. É verdade que a chamavam de Impaciente?

Christopher: Não duvide. - assentiu Christopher, ardendo de  desejos de beijá-la enquanto observava fazer carinho em Lucca. - Pherson não duvide.

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À noite, quando Dulce viu Elena desaparecer com seu marido, sentiu uma pequena inveja. A felicidade de sua irmã a fazia feliz, mas sua própria infelicidade a corroia por dentro. Nervosa devido aos acontecimentos do dia, o cansaço começou a vencê-la. Com deleite, ela pensou na grande cama que havia no quarto. Uma cama! Por fim dormiria em um lugar macio, e não no chão, como fazia desde que haviam saído de Dunstaffnage.

Tendo se assegurado de que Lucca estaria bem cuidado, olhou ao redor em busca de Christopher, mas ele havia desaparecido.

Certamente está com sua vadia, pensou , sentindo cólera se apoderar de seu corpo. Irada foi até uma das mesas, pegou um copo e uma jarra de cerveja e deu um bom trago. Beber não era bom para esquecer, dizia seu avô, de modo que preferiu desejar boa noite a Christian e a alguns guerreiros Uckermann e subir pela escada estreita e curva.

Sua cabeça a traía com imagens de Christopher e a morena rolando em algum lugar.

Kieran: A tristeza de seus olhos, a que se deve? - perguntou Kieran surgindo das sombras.

Dulce: O que quer dizer? - perguntou ela, afastando-se daquele jovem.

Kieran: Não vou fazer nada que não deseje, milady. - sorriu ele como um lobo, com os olhos brilhantes por causa da bebida. Ela assentiu

Dulce: Que bom, assim não farei nada que você me obrigue a fazer. - respondeu ela, com todos os seus sentidos em alerta.

Kieran: Milady, esta noite fez com que eu invejasse Christopher pela primeira vez na vida.

Dulce: A que se deve essa inveja?

Kieran: Só de pensar como ele deve desfrutá-la no leito, já me deixa enciumado.

Foi um comentário fora de lugar, e Dulce se aborreceu.

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