Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

De sua parte, Dulce não havia notado como aquele guerreiro a olhava. Estava tão obcecada em proteger seu irmão que não podia pensar em mais nada.

Anahí: Vamos ver. - prosseguiu Anahí, fazendo Lucca sair das saias de Dulce. - O que está acontecendo? Por que tanta confusão?

Lucca: Eu quero ir ver os feirantes. - respondeu o menino. - Mas minha irmã como sempre, não me deixa.

Alfonso: Por que não o deixa ir? - perguntou Alfonso.

Distraidamente Dulce afastou o cabelo do rosto. Um gesto que deixou Christopher encantado. Tanto quanto saber que aquele fedelho louro não era filho dela.

Dulce: Senhor. - começou a explicar Dulce, esquecendo-se do restante das pessoas. - Eu lhe disse que não fosse impaciente. Mais tarde eu o levarei.

Lucca: Não é justo! Eu quero ir com as outras crianças. Não com uma resmungona. - gritou Lucca, tentando afastar-se da irmã coisa que ela não permitiu.

O menino pisou no pé dela.

"Lucca, vou arrebentar você", indicou Dulce com o olhar, aguentando a dor do pisão.

Christopher os observava divertido.

Alfonso: Dulce... - sorriu Alfonso - Um dia terá que começar a confiar nele.

Anahí: Devia prometer para sua irmã que se comportará bem. - disse Anahí olhando para a criança.

Dulce: Este moleque. - respondeu Dulce dando-lhe um tapa na cabeça, o que fez com que os homens sorrissem. - É capaz de se meter em mais de um problema ao mesmo tempo. Recorde isso Lady Anahí.

Alfonso: Na verdade Lucca, sua irmã tem razão. - disse Alfonso, que conhecia bem o menino - Portanto espere em sua casa até que algum dos seus familiares possa acompanhá-lo, e isto é uma ordem. - prosseguiu levantando a voz para intimidá-lo.

Dulce: Vá agora mesmo com Elena. - disse Dulce - E não saía de lá até eu chegar.

O menino mostrando a língua para a irmã e vendo que ela apertava os punhos para não pegá-lo pelo pescoço, afastou-se, cabisbaixo.

Anahí: Muito bem. – sorriu Anahí ao ver a reação da criança - Vamos entrar. Tenho certeza de que esses guerreiros estão morrendo de fome.

E a seguir voltando-se para Dulce, que observava seu irmão se afastar, pediu:

Anahí: Avise Frida e Sasha que precisamos de carne e cerveja em abundância.

Dulce: Agora mesmo. - assentiu Dulce, desaparecendo por trás dos arcos, seguida por Anahí e Alfonso.

Damon: Falcão! - exclamou Damon - Isto que ouço é seu coração disparado por essa moça bonita?

Christopher: O que está dizendo? - disfarçou ele, voltando-se sério para o seu amigo. - Meu coração só bate desenfreado quando estou em combate. Não se esqueça.

Damon: Desculpe meu engano. - disse o outro, reprimindo um sorriso, enquanto Christian se aproximava. - Só estou dizendo, e isto serve para ambos, que quando vocês vêem uma mulher bonita, babam como bebezinhos.

Christopher: Deixe de bobagens. - bufou Christopher, sem querer mais escutá-lo.

Christian: Você é um fofoqueiro! - gargalhou Christian, dando um empurrão em Damon.

E todos foram entrando no castelo.

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Naquela tarde Christopher, Alfonso e alguns dos homens saíram com seus cavalos para percorrer a região. Alfonso queria mostrar a eles várias coisas que estava fazendo. Enquanto isso as criadas serviam aos demais guerreiros com prazer, soltando risadinhas escandalosas quando algum deles lhes dizia alguma doçura e tentava enfiar as mãos por baixo de suas saias.

Nos aposentos superiores do castelo, Anahí experimentava seu vestido acompanhada de Maite e Dulce, que haviam se tornado grandes amigas.

Anahí: Maite. - perguntou Anahí - Posso saber por que insultou Christian?

Maite: Simplesmente porque ele mereceu. - disse Maite, olhando para Anahí com altivez.

Dulce: Você insultou um dos guerreiros? - perguntou Dulce - E eu perdi isso?

Maite e Anahí caíram na gargalhada.

Anahí: Pelo bem do seu irmão e de seu clã, devia ter mais cuidado com suas palavras e seus atos. - apontou Anahí

Maite: Tem razão. - assentiu Maite, mordendo o lábio - Tentarei ter mais cuidado.

Anahí: O Falcão não podia afastar os olhos de você. - disse Anahí olhando para Dulce - Não percebeu?

Dulce: Não Lady Anahí. - sorrindo, ela se corrigiu ao recordar como a chamava quando estavam a sós. - Não Anahí. Tenho coisas mais importantes em que pensar.

Maite: Christopher ou o Falcão é um homem muito bonito. - comentou Maite, assomando-se a janela ovel para olhar a paisagem verde dos campos.

Anahí: E as donzelas brigam para dividir o leito com ele. - completou Anahí - Ele é um guerreiro muito desejado pelas mulheres.

Dulce: Eu é que não me pegaria com ninguém por causa de homem. - riu Dulce - E menos por esse, que pode escolher quem quiser.

Maite: Devia procurar um marido Dulce. - disse Maite enquanto observava uns Highlanders que escovavam seus cavalos - Toda mulher deve ter a seu lado um homem que a proteja.

Dulce: Eu já tenho vovô, Max e Lucca. - bufou ela, notando que aquelas duas insistiriam nesse assunto.

Anahí: Mas eles não podem aquecer sua cama e seu corpo como faria, por exemplo, Christopher. - sorriu Anahí marota.

Maite: Anahí! - exclamou Maite

Dulce: Não preciso que ninguém esquente minha cama. - retrucou Dulce - Eu a aqueço sozinha, sem precisar suportar ninguém.

Maite: Oh -Oh! - suspirou Maite ao ver Elena correr para o castelo - Sua irmã está vindo e não está com uma cara muito boa.

Dulce: Elena? - perguntou Dulce, aproximando-se da janela.

Ao chegar perto da janela, ela viu sua irmã regressar com cara de poucos amigos e logo soube por que.

Elena: Onde está Lucca?! - perguntou Elena aos gritos, afastando seu cabelo castanho do rosto.

Seu irmão ia enlouquecê-las.

Dulce: Eu o mandei para você há um bom tempo. - respondeu Dulce, bufando - Não se mova, já desço, e juro que quando o encontrar vou lhe arrancar as orelhas.

Maite: Esse seu irmão... - disse Maite - É cabeça dura.

Dulce: Mas eu sou mais. - afirmou Dulce, olhando para Anahí. - Tenho que ir.

Anahí: Não se preocupe Dulce. - disse Anahí, tomando-lhe a mão - Ele deve estar brincando em algum lugar.

Maite: Eu acompanho vocês. - apontou Maite que conhecia bem as travessuras de Lucca.

Depois de se despedirem de Anahí, abriram a porta pesada de madeira e saíram ao corredor escuro, iluminado por tochas. Desceram a escada de pedra em forma de caracol até chegar ao salão principal, onde ainda estavam alguns homens, que olharam para elas boquiabertos, murmurando palavras em gaélico ao vê-las passar.

Dulce: Juro que matarei quando puser as mãos nele. - praguejou Dulce, sem notar que os homens as olhavam e riam do comentário.

Maite: Vamos ver em que tipo de travessura esse moleque anda metido. - respondeu Maite recolhendo suas saias.

Atravessaram o pátio com pressa para chegar até Elena, que ao vê-las gritou:

Elena: Juro que o mato Dulce!

Maite: Foi o que disse sua irmã. - sorriu Maite para acalmar o ânimo de Elena.

Dulce: Ele disse que queria ver ir ver os feirantes com outros garotos. - recordou Dulce.

Elena: Eu sabia! - gritou Elena.

As três moças, andando com passos rápidos, dirigiram-se ao local onde os feirantes começavam a montar suas barracas. Era uma avenida meio úmida devido às chuvas, e enlameada.

Dulce: Ali está o sem vergonha! - indicou Dulce.

Mas as três ficaram sem palavras quando viram o menino se aproximar sorrateiramente de uma das barracas com mais duas crianças do clã. Enquanto o feirante colocava uns tecidos, eles roubavam coisas, escondendo-as embaixo da camisa.

De súbito, umas vasilhas de barro caíram no chão, atraindo o olhar do feirante. Haviam sido pegos! Logicamente, o homem apanhou Lucca, que era o menor.

O menino começou a gritar ao se ver preso por mãos que o chacoalhavam, ao ver isso, Dulce sentiu como se o coração fosse sair-lhe pela boca. Começou a correr seguida pelas outras duas, e se deteve a alguns passos do feirante, que já havia dado dois tabefes em Lucca.

Dulce: Desculpe senhor! Por favor! - sussurrou Dulce sem fôlego devido a corrida - Poderia fazer a gentileza de soltar meu irmão? Eu pagarei o que ele quebrou.

****: Este sem vergonha é seu irmão? - perguntou o homem, pegando o pelo pescoço enquanto Lucca chorava.

Elena: Sim, senhor. - assentiu Elena, parando junto a Dulce - Ele é nosso irmão, e pedimos que o solte.

Lucca: Eu não fiz nada! - mentiu Lucca, tentando se livrar do homem.

Maite: Lucca, cale-se! - censurou Maite, irritada, sentindo seus pés afundarem no barro.

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Continua....