Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Elena olhava sua irmã descer e a escuridão pouco a pouco a engolir.

Elena: Está indo bem?

Dulce: Sim fique tranqüila. - assentiu Dulce.

Em duas ocasiões seus pés e mãos escorregaram, mas pouco a pouco seus olhos foram se acostumando à escuridão. Com cuidado, Dulce foi cravando a adaga na pedra  do poço e descendo. Então, uma mão escorregou, e ela sentiu algo pontiagudo rasgar sua pele do braço. 

Dulce: Maldição! Que Dor!

Dulce mordeu o lábio ao ouvir os soluços do menino.

Dulce: Fique tranquilo, Joel, já estão chegando.

A areia do poço entrava nos olhos de Dulce, e ela sentia sua pele se arrepiar devido a umidade e ao frio. Ao olhar para baixo, distinguiu o menino agarrado uma pedra, mas a mãe flutuava, tentando não afundar.

Dulce: Meu Deus! - sussurrou ela.

Sem pensar se soltou na água para pegar a mulher gritando:

Dulce: Joel, não se preocupe. Agora mesmo vão nos tirar daqui.

Com as mãos doloridas e ensanguentadas, ela conseguiu se segurar em uma pedra, e tirando forças de onde não tinha, cravou a adaga na parede e arrastou a mulher consigo.

Dulce: Fique tranquila. Segure aqui.

****: Milady, meu filho... - sussurrou a mulher, começando a perder a consciência.

Dulce: Joel está bem. - disse Dulce dolorida.

A ferida em seu braço sangrava, mas logo se curaria. Agora, precisava que  a mulher não desmaiasse.

Dulce: Como é seu nome?

****: Lena. - murmurou a mulher, fechando os olhos e batendo os dentes.

Dulce: Lena! Meu nome é Dulce sou esposa de Lord Uckermann. - gritou ela chacoalhando a mulher e tiritando de frio - Preciso que em ajude. Não feche os olhos! Se desmaiar, não terei forças para segurar você e o Joel. Por favor! Não feche os olhos. Aguente até que eles cheguem, não vai demorar.

Lena: Tentarei milady. - assentiu a mulher.

Lá em cima, uma multidão cada vez mais numerosa se amontoava em volta do poço. Elena olhava ao redor, desesperada. Onde estaria a ajuda?

Stefan: O que está acontecendo? - perguntou Stefan, o inglês ferido.

Elena: Stefan - sussurrou Elena, trêmula – Uma mulher e seu filho caíram, e Dulce desceu para ajudá-los. Mas eu a ouvi cair, e ela não responde. Oh Stefan!

Com celeridade, Stefan chegou ao poço e, não vendo nada, voltou-se para as pessoas, que assistiam angustiadas. 

Stefan: Uma corda maldição! - gritou o homem.

Ao ver que ninguém fazia nada, correu para a fortaleza, onde encontrou Miles e o resto. Ao serem alertados, foram com toda a pressa para o poço com uma corda comprida.

Preocupada, Elena os viu chegar.

Elena: Rápido Miles! - gritou Elena branca de medo. - Jogue a corda para que minha irmã possa subir.

Miles: Milady? - gritou Miles, enquanto Mael afastava a multidão do poço para fazer espaço.

Dulce: Miles! - respondeu Dulce na escuridão, exausta por se segurar com uma mão à parede e com a outra sustentar a mulher. - Jogue a corda. Vou amarrar a mulher. Puxe-a com cuidado. Depois, jogue-a de novo para tirar o menino. Rápido!

Stefan: Tragam as mantas. - exigiu Stefan.

****: Aqui estão. - respondeu um velho, aproximando-se.

Com cuidado Miles, Mael e Stefan foram puxando pouco a pouco a mulher que, ao ver a luz, por fim desmaiou.

Joel: Meu pauzinho. - pediu o menino.

Dulce olhando para ele, sorriu. Atravessando o poço a nado, pegou o pauzinho e o entregou ao menino, ganhando um sorriso banguela encantador.

Dulce: Caiu no poço por isto, não é?

O menino, tiritando de frio como ela, assentiu.

Dulce: Tem que me prometer nunca mais se pendurar na boca do poço. É muito perigoso! Desta vez consegui tirá-lo, mas, se tornar a cair, talvez eu não esteja aqui para salvá-lo.

O menino assentiu de novo, enquanto a corda caía mais uma vez ao seu lado.

Dulce: Agora venha. - disse Dulce 

E começou a amarrar a corda no corpo da criança, notando que suas mãos falhavam por causa do frio e da dor.

Dulce: Agora segure a corda. Nós nos vemos lá em cima, está bem?

O menino concordou com a cabeça.

Dulce: Miles! -gritou, mas com a voz mais fraca. -Puxe!

Desta vez sem muito esforço, o menino saiu do poço.

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Pherson e seus convidados estavam voltando nesse momento, montando em seus cavalos, da visita às obras do futuro castelo. Ao chegar aos grandes arcos externos da fortaleza, ficaram observando com curiosidade o tumulto de gente.

Damon: O que está acontecendo ali? - perguntou Damon no momento em que o portão da fortaleza se abriu.

Mary branca correu para eles. Pherson que já havia desmontado de seu cavalo, pegou-a pelo braço e perguntou:

Pherson: Que está acontecendo na aldeia?

Mary: Senhor... - sussurrou trêmula, porque o que havia escutado a deixara muito preocupada. - Alguém caiu no poço, e Lady Dulce entrou para resgatá-lo.

Christopher: Como?! - exclamou Christopher.

E saiu correndo, seguido por Damon e o resto. Conforme se aproximava da multidão, uma angústia começou a se apoderar de seu corpo. O que sua mulher estava fazendo dentro do poço?

Miles, que havia jogado a corda, esperava a ordem para puxar sua senhora para cima. Mas, dessa vez, Dulce não teve forças para gritar. O frio estava começando a vencer seu corpo, de modo que, como pode desajeitamento, ela se amarrou e deu dois puxões na corda. Mas não foram suficientemente fortes para que eles notassem.

Christopher chegou ao poço. Viu a mulher e o menino tremendo cobertos com as peles. Mas onde estava sua mulher?

Miles: Meu Lord. - disse Miles ao vê-lo chegar - Milady é a próxima a sair e estamos esperando que nos dê a ordem.

Elena: Está demorando muito. - soluçou Elena, olhando para dentro do poço.

Nem sequer a proximidade de Damon podia acalmá-la.

Christopher: Dulce!

Angustiado diante dos acontecimentos, Christopher apoiou as mãos no poço e olhou para dentro com a intenção de pular. A escuridão preenchia tudo, inclusive sua alma. Ela estava ali embaixo ele não conseguia vê-la.

Christopher: Dulce! - gritou Christopher com força, sentando-se na borda do poço, disposto a descer atrás dela.

Dulce: Puxem - gemeu ela, alto o suficiente para que a ouvissem.

Miles, Stefan e Mael tornaram a puxar acorda. Pouco a pouco, a corda foi subindo, enquanto a impaciência de Christopher crescia. Até que emergiu da escuridão aquela mulher que tanta dor de cabeça lhe estava dando. Estava encharcada, com o cabelo emaranhado, as roupas sujas e pingando. Mary saiu correndo para a fortaleza, onde ordenou que levassem ao quarto uma banheira com água quente.

Christopher: Está segura. - suspirou Christopher.

Ela esticou a mão, e uma corrente de tranquilidade se apossou de ambos quando Christopher a segurou com força. Ao puxá-la, ele a abraçou com desespero, sentindo-a tremer de frio. Mas já estava com ele. Com rápidos movimentos, Damon desamarrou os nós do corpo dela, e Christopher sem falar com ninguém, mas abraçando-a forte, encaminhou-se para fortaleza, onde sua mulher poderia se aquecer. 

Kieran notou a angústia no rosto dele e, afastando-se, deixou-o passar.

Ao ver Christopher segurar sua irmã e abraçá-la, Elena sorriu. Aquele Highlander cabeça dura a amava. Graças aos céus! E abraçando seu marido ela olhou para a mulher e o menino e tomou a rédea da situação.

Elena: Levem esta mulher e seu filho para casa. - ordenou a alguns soldados. - Eles precisam se aquecer.

A seguir, olhando para Stefan, disse, vendo o sangue tingir seus curativos:

Elena: O esforço deve ter feito soltar um ponto. Volte para a cabana, já cuidarei de você.

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Continua...