Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Voltando-se para os capitães da guarda que ela conhecia, gritou:

Elena: Mael! Preciso que vá a meu quarto e me traga a bolsa com meus medicamentos. Miles! Pode me trazer algo para fazer curativos? Você, pegue o menino e leve-a com a mãe!

Damon: Você dá mais ordens que um guerreiro! - riu Damon observando sua mulher dirigir toda aquela gente - Vejo que dirige e comanda muito bem.

Elena: Acha mesmo? - inquiriu ela, dando-lhe um sorriso maravilhoso.

A seguir, aproximando-se, disse em sussurros:

Elena: Dulce é conhecida como Impaciente, mas deve saber meu esposo, que eu era chamada de Mandona.

Com um sorriso divertido, ela se voltou para seguir os guerreiros que levavam mulher e o menino. Marota Elena sorriu para seu marido, que a seguiu divertido com aquele último comentário.

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Christopher chegou à fortaleza, onde subiu a escada de dois em dois degrau. Á porta de seu quarto abriu-a com um pontapé e encontrou Mary acedendo a lareira. Pouco depois entraram alguns criados com uma banheira, que encheram com vários baldes de água quente. Christopher esperou que saíssem. Com a testa franzida, angustiado, ele tirou as roupas encharcadas e sujas de sua mulher, que batia os dentes.

Mary: Lord Uckermann. - disse Mary antes de fechar a porta. - Se me permitir, pedirei que tragam um caldo quente para ela. Isso a reconfortará.

Christopher: É uma excelente idéia. - assentiu Christopher. - Mary!

Mary: Senhor? - perguntou a moça, surpresa ao ver que ele recordava seu nome.

Christopher: Obrigado por tudo. - ele sussurrou.

Ela corando fechou a porta. Quando ficou a sós com sua mulher, ele a observou, inquieto. Ainda tremia de frio. Pegando-a no colo, levou-a até a banheira, onde a colocou delicadamente, notando que os vapores e o calor faziam a cor voltar ao seu rosto. Christopher a lavou, cobriu-a com uma pele, colocou-a na cama e se deitou ao seu lado para aquecê-la. Enquanto a observava o medo que havia passado por ela desaparecia, junto com a raiva.

Por que sua mulher tinha que ser tão valentona? Acaso não tinha medo de nada?

Tê-la ao seu lado o reconfortava. Sabia que ela estava a salvo. Sem poder conter seus impulsos, ele distribuiu doces beijos pelo rosto dela até que por fim acabou em seus lábios. Dulce ao sentir o calor voltar ao seu corpo, abriu os olhos e se surpreendeu quando se encontrou nos braços de seu marido, que a olhava muito sério.

Christopher: Nunca mais faça isso. Eu lhe ordeno. - sussurrou ele, com tanta doçura que pareceu qualquer coisa menos uma ordem.

Dulce: Não me dê ordens. - sorriu ela ao escutá-lo - Ou a sua vida será um inferno Falcão.

Escutar a voz dela o fez sorrir. E, sem afastar os olhos de sua esposa perguntou:

Christopher: Está bem?

Dulce: Sim. - assentiu ela, feliz com a proximidade dele - E ficarei melhor quando parar de me olhar com essa cara tão séria.

A seguir, com a testa franzida, disse, sentindo a dor no braço:

Dulce: Christopher, tenho que lhe pedir um favor.

Christopher: Diga.

Dulce: Preciso de minha bolsa de medicamentos. Está em cima da lareira, vê?

Ele olhou na direção que ela indicava.

Christopher: Sim. - assentiu ele, levantando-se para pegá-la - Para que?

Dulce: Machuquei o braço. - disse olhando por baixo da pele e vendo o sangue. - E tenho que...

Christopher: Oh meu Deus, querida! - rugiu ele ao levantar a pele e ver o sangue no braço dela.

E sentindo-se culpado, disse:

Christopher: Como foi que não vi isso?

Dulce: Não se preocupe. - murmurou ela.

Observou o corte feio enquanto pegava um pote.

Dulce: Creio que precisarei de pontos. Sabe costurar?

Christopher: Não, e menos ainda em sua pele. - especificou Christopher, assustado.

Ao ver o sorriso dela, perguntou:

Christopher: O que é tão divertido?

Dulce: Você. O terrível Falcão um robusto guerreiro, assustado por ter que dar alguns pontos no braço de sua mulher. - E estendendo-lhe o pote, acrescentou: - Poderia passar um pouco deste unguento, para que não infeccione?

Christopher: Claro que sim. Mas espere. - disse ele, pegando um pano limpo.

Após molhá-lo, sussurrou:

Christopher: Primeiro, vou limpar isso.

Com delicadeza limpou a ferida, enquanto ela o olhava incrédula diante de seu jeito tão carinhoso de cuidar dela. Em duas ocasiões seus olhos se encontraram e, sem permissão nem explicação, Christopher aproximou seus lábios e a beijou.

Quando acabou de limpar a ferida, pegou o unguento e o aplicou com delicadeza.

Dulce: Agora que a limpou, não está tão feia quanto parecia. - comentou Dulce, ao observar a ferida e tentando não mexer o braço que doía horrores. - Creio que não precisarei de pontos.

Christopher: Melhor. - murmurou ele, fechando o pote. - Por que não chamou um dos homens para que descesse ao poço? Poderia ter morrido! Disseram-me que desceu sem corda, segurando-se nas pedras. Em que estava pensando?

Ao ver a cara de preocupação dele, ela explicou com um sorriso:

Dulce: Quando chegamos a Dunstaffnage, Elena era tão inquieta quanto Lucca é agora. Um dia, brincando com uma espada de madeira, ela a jogou tão alto que caiu no poço. Recordo que nós duas nos assomamos para ver se conseguíamos pegá-la, mas era impossível. Então, eu disse a ela que esperasse enquanto ia buscar vovô, pensando que ele saberia o que fazer. Fui, mas, quando voltei, ela não estava mais ali. Comecei a chamá-la. Foi quando escutei sua voz assustada e seu choro vindos do poço. Ela disse que havia chegado muito perto e caíra. Eu, desesperada, procurei um jeito de tirá-la dali. Mas ao ver que ela parou de falar, decidi pular no poço também.

Christopher: Por isso seu apelido de Impaciente, não é? - debochou Christopher, fazendo-a sorrir dando-lhe uma beliscadinha na face.

Dulce: Vovô e Max chegaram pouco depois. Como não nos encontraram, foram ao lugar que eles sabiam que adorávamos ir: o poço. Ali ao ouvi-los, eu comecei a gritar. Elena havia desmaiado de frio. Assustados, com a ajuda de Felda, eles jogaram uma corda, que eu amarrei na cintura de Elena. Eles a tiraram, e depois a mim. Depois desse dia, Elena passou a ter um medo enorme de poços; por isso vovô e Max construíram uma espécie de tampa, para que nenhuma de nós pudesse cair de novo. Desde esse dia, Elena nunca mais se aproximou de um poço. Até hoje. Eu conheça a angústia que se passa ali embaixo. Quando ouvi o menino chorar, as recordações me vieram à cabeça e não hesitei em ajudá-lo.

Christopher: Querida, você é corajosa demais. - sussurrou ele, tocando com delicadeza o rosto de Dulce.

Ouvindo isso, a expressão de Dulce mudou:

Dulce: Não me chame de querida! - resmungou ela, evitando o olhar de Christopher.

Christopher: Por quê?

Dulce: Porque eu não pedi, e porque não quero que me diga palavras de amor absurdas, que não sente. - disse ela, fundindo-se naqueles olhos dourados que tanto a deixavam tonta. - Lembro-me bem do que me disse sobre o amor.

Christopher: Eu não creio no amor, Dulce. - disse ele olhando-a nos olhos - Por amor, uma vez alguém destruiu minha vida. Usou-me, enganou-me, e eu caí tão baixo quando ela me abandonou que decidi que nunca mais voltaria a amar.

Endurecendo o olhar, Christopher tocou o rosto de Dulce com suavidade.

Christopher: Eu nunca lhe prometi que a amaria, mas sim que a protegeria e cuidaria de você como merece.

Dulce: Eu sei, não se preocupe. - comentou ela com tristeza no coração - Embora eu tivesse gostado se você tivesse casado comigo por amor, sei que não foi assim.

Ambos se entreolharam em silêncio. Dulce sorriu, apesar da dor que sentia. Com carinho tocou o cabelo dele e disse:

Dulce: Lamento por ter vivido algo tão doloroso no passado.

E dando de ombros, como se aquilo não tivesse importância, ela sussurrou:

Dulce: Eu nunca amei nem fui amada para saber a dor que se sente quando alguém que adoramos com toda alma nos abandona.

Christopher: Espero que nunca tenha que sofrer por algo assim. - sussurrou ele, baixando o olhar, sentindo-se cruel.

Dulce: Sim espero nunca sofrer por amor. - assentiu ela com a voz viva.

Ela não queria dar a entender que estava se apaixonando por ele.

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