Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Enquanto Christopher caminhava para a fortaleza, sua mente dava voltas. Havia admitido que Dulce era sua prioridade! Realmente, sentia algo que nem ele mesmo queria aceitar? Por fim teve que sorrir quando pensou em sua mulher, em seus sorrisos, em seus olhos, em seu cabelo, em sua maneira única de se meter em confusão. Ela o encantava! Ela o encantava! Incrédulo, andava cabisbaixo, sentindo que seu coração havia sido tomado por uma mulher de personalidade; uma mulher que conseguia encolerizá-lo com a mesma facilidade que o fazia sorrir. Uma mulher que precisava saber o que sentia.

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Fazia tempo que Dulce havia acordado. Seu braço latejava de dor, impedindo-a de dormir e relaxar na cama. Por isso, sentou-se. Ao ver que estava nua, pegou uma camisa branca em cima da arca e a vestiu.

Sorriu ao sentir o cheiro de seu marido. Mas seu sorriso se apagou ao recordar as palavras dele: "Não acredito no amor". 

Christopher havia de verdade fechado seu coração?

Inquieta por esses pensamentos, ela admitiu que o amava. Não sabia como, mas só pensava nele e desejava que a amasse como nunca havia desejado. Estava nervosa. Não sabia bem o que fazer. Levantou-se e foi até a janela. Ali pode distinguir duas pessoas. Eram Christopher e Berta.

O que estavam fazendo? Pareciam discutir. Dulce soltou um grito de indignação quando viu aquela mulher se jogar sobre ele. Mas, para sua surpresa, percebeu que ele logo se livrou dela e, sério, foi embora. 

Confusa afastou-se da janela. O aborrecimento a fez esquecer a dor do braço. Com raiva, pegou uma almofada e a jogou na porta, enquanto lágrimas teimosas marejavam seus olhos. Não queria chorar!

Ela não podia exigir nenhum tipo de explicação. Ele havia sido sincero e lhe dissera que não amaria nunca. E, por mais que ela se empenhasse em conseguir o impossível, sua vida seria sempre vazia e sem amor.

Tentando fazer com que o ar clareasse seus pensamentos, foi de novo até a janela. Com expressão séria viu aquela mulher voltar com tranquilidade para a aldeia. Nesse momento, a porta do quarto se abriu.

Christopher: Que belo vestido! - sorriu Christopher, aproximando-se para lhe dar um rápido beijo nos lábios.

Dulce o saboreou de uma maneira especial.

Christopher: Que está fazendo em pé? 

Dulce: A ferida do braço me incomoda. - respondeu ela sem olhar para ele. Estava de mau humor. - É mais dolorosa do que eu pensava.

Christopher: Venha aqui. - disse ele sentando-se na cama com ela - Que posso fazer por você?

Surpresa com o modo como Christopher a olhava, e com aquela, e com aquela pergunta, Dulce respondeu:

Dulce: Nada! A dor do braço passará em alguns dias. De onde vem?

Christopher: Fui visitar Stefan. Elena teve que costurá-lo depois do esforço para tirá-la do poço.

Dulce: Oh... coitado. - sussurrou Dulce.

Passando a mão com delicadeza pelas costas dela, Christopher continuou:

Christopher: Falei com Pherson, e amanhã iremos às terras do pai de Caroline para recuperá-la.

Ao ver que ela olhava como se esperasse algo, continuou:

Christopher: Depois tive uma discussão com Berta e Sabina. Eu as fiz recordar que seus modos com você e com sua irmã não são os mais apropriados. - Ouvindo isso, Dulce ficou tensa.

Dulce: Falou com Berta?

Christopher: Sim, querida. - e apoiando um dedo nos lábios dela, disse: - E se eu disse querida neste momento, é porque me deu vontade e é o que sinto certo?

Dulce: Você é quem sabe. - respondeu ela com a maior indiferença que pode - Eu não espero nada de você. Ficou tudo muito claro.

Christopher: Dulce. - suspirou ele, pegando-lhe a mão e beijando-lhe a palma com delicadeza - Durantes anos, eu conheci mulheres com quem só passei bons momentos na cama e, como poderá imaginar, uma delas foi Berta.

Ele observava com deleite aqueles olhos negros tão sensuais e fascinantes.

Christopher: Mas hoje...

Dulce: Christopher, você já deixou claro que...

Christopher: Espere e escute. - disse Christopher, pondo de novo um dedo sobre os lábios dela para fazê-la calar. - Porque não sei se serei capaz de repetir o que vou dizer. Eu entendo de guerra, não de amor. Mas não sei que estranho feitiço você colocou em mim que não consigo tirá-la de minha cabeça desde o dia em que pus os olhos em você.

Sem respirar, Dulce o escutava.

Christopher: Eu contei que por causa de uma mulher recusei-me a pensar em ter uma esposa, e muitos menos filhos. Mas você está fazendo minha vida mudar tão rápido que às vezes não sei nem o que estou fazendo. - murmurou Christopher, enquanto ela o observava. - Há momentos em que não sei de onde tiro paciência para lidar com você sem açoitá-la ou matá-la. - Sorriu carinhosamente ao dizer isso. - Mas já não posso pensar minha vida sem nossas discussões e sem suas constantes loucuras.

Ouvindo isso, ela o beijou com uma doçura que fez o coração de Christopher se apertar.

Christopher: Não sei se serei capaz de amá-la como você necessita, mas preciso dizer que é maravilhosa. Nosso casamento não vai ser fácil, mas quero tentar porque é a mulher mais bonita, mais valente, problemática, respondona e divertida que já conheci na vida. E se chamo de querida... - disse levantando o queixo de Dulce para olhar para ela. - Acredite, porque é o que sinto.

Dulce: Não sei o que dizer. - sussurrou Dulce comovida, com um fio de voz - Essas foram as palavras mais bonitas que já me disseram na vida.

Christopher sorriu e, atraindo para si, abraçou-a com tanta paixão que nesse momento não existia nada além dos dois. Depois de um tempo de beijos intensos e palavras doces que fluíam dos lábios dos dois com tranquilidade, chegaram a eles os golpes e relinchos de Stoirm.

Dulce: Sabe de uma coisa? - disse Dulce, afastando-se dele - Hoje de manhã estive na estrebaria visitando Lord Draco.

Christopher: Rene está cuidando bem dele? - perguntou Christopher beijando-lhe o pescoço. - Ele é um bom cavalariço.

Desfrutando o momento Dulce riu.

Dulce: Conheci Stoirm também - É um garanhão impressionante. Se meu avô o tivesse conhecido adoraria poder trabalhar com ele.

Christopher: Dulce. - disse Christopher pegando-a pelo queixo para atrair seu olhar - Não quero que se aproxime desse cavalo. Entendo que gosta de cavalos e, quando chegarmos às minhas terras, eu lhe darei os que quiser. Mas não quero vê-la perto desse diabo.

Dulce: Que exagero! - sorriu ela, inclinado a cabeça - Pobre cavalo.

Christopher cravando seu olhar mais feroz nela insistiu, advertindo-a:

Christopher: Dulce, eu lhe ordeno! Não se aproxime dele, entendeu?

Ela o beijou e, suspirando, murmurou:

Dulce: Um dia terei que lhe explicar certas coisas. - sorriu Dulce ao escutar de novo da boca de Christopher o "eu lhe ordeno".

Christopher: Você me ouviu? - Christopher levantou a voz tão confuso que nem a ouviu.

Dulce: Tudo bem! Tudo bem! - respondeu ela, levantando os braços comicamente - Não vou me aproximar desse cavalo terrível e horroroso.

Christopher: Querida preciso poder confiar em você, entende?

Dulce: Fique tranquilo, eu entendo. - assentiu ela.

E olhando para ele com um sorriso, disse:

Dulce: Christopher, eu já disse como fica bonito quando sorri? Gosto tanto de você e de seu sorriso! 

Ao escutá-la Christopher gargalhou de felicidade. E sussurrando com voz rouca, disse, deitando-a na cama e pondo as mãos por baixo da fina camisa que ela usava.

Christopher: Você sim que é linda e valente meu amor.

Escutar isso fez ela suspirar de alegria, Abraçando-o, ela o beijou tão intensamente que  poucos instantes depois Christopher não pode resistir e fizeram amor com paixão, com ternura e, apesar de ainda não haverem admitido com amor.

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