Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Passada uma noite consumidos pela paixão, de madrugada Christopher deu um beijo em Dulce e saiu do quarto. Cautelosamente dirigiu-se ao pátio. Ali Damon, Pherson, Christian e Stefan o esperavam.

Kieran: É sério. - disse Kieran, aproximando-se - Não tenho pressa em voltar para minhas terras. Posso ir com vocês.

Pherson: Prefiro que fique na fortaleza. - disse Pherson, segurando seu cavalo.

E olhando para Christian, que se aproximava disse:

Pherson: Espero que dê ouvidos aos conselhos de Elena.

Kieran: Fique tranquiilo, Pherson. - sussurrou Kieran vendo Christopher se aproximar com a testa franzida.

Preparou-se para receber o pior.

Christopher: Ohara! - rugiu Christopher.

E parando diante do rapaz, ordenou:

Christopher: Tente não se aproximar de minha mulher ou de minha cunhada, se não quiser ser um homem morto.

Kieran: Está bem. - assentiu Kieran, esperando um soco do bruto Uckermann.

Ao ver que ele se afastava, perguntou incrédulo:

Kieran: Algo mais Christopher?

Christopher: Nada mais Ohara! - respondeu Christopher com voz rouca.

Montou em seu cavalo, Dark e sem dizer mais nada partiu.

Ainda estranhando que Christopher não o houvesse socado pelas liberdades que havia tomado com a mulher dele na noite que se embebedara, Kieran se voltou ao ouvir Damon atrás de si.

Damon: Kieran, esta é a oportunidade que sempre buscou para que mudemos nossa opinião sobre você.

Assentindo com o olhar, Kieran o viu juntar-se ao grupo que se afastava. A seguir entrou na Fortaleza, onde todos ainda dormiam.

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As terras de Seamus faziam fronteira com as  de Pherson. Durante anos a convivência havia sido excelente, apesar dos pequenos incidentes que San, o filho mais novo, ocasionava de vez em quando. Após quase um dia inteiro de estrada com os ouvidos bem atentos os três Lords, Christian, Stefan e uma centena de guerreiros adentraram aquelas terras onde logo se sentiram observados. Apesar disso seguiram caminho sem hesitar, até adentrar o pátio do castelo, onde Seamus os recebeu com um sorriso grato, que se diluiu em seu rosto quando reconheceu entre eles Stefan, o sassenach que havia casado com sua filha.

Seamus: Pherson, Uckermann, Salvatore. - saudou Seamus - São bem vindos às minhas terras, mas não posso dizer o mesmo desse sassenach. O que faz ele com vocês?

Pherson o conhecia muito bem e sabia que sempre havia sido um homem justo e prudente; não como seu filho San.

Pherson: Seamus. - disse Pherson - Onde está sua hospitalidade de Highlander?

O homem não respondeu a essa pergunta. Olhando pra eles, balançou a cabeça.

Seamus: Entrem sejam bem vindos. - grunhiu

E apontando para Stefan que o olhava muito sério:

Seamus: Mas ele não. Em minha casa não entra nenhum inglês.

Christopher: Acaso se esqueceu de que o sangue escocês também corre por suas veias? - vociferou Christopher ainda montado em seu cavalo.

Pherson: Seamus, este homem é casado com sua filha, não se esqueça. - acrescentou Pherson atraindo a atenção de seu amigo.

Seamus: Se ele nos houvesse advertido de que seu sangue era contaminado. - rugiu Seamus - Eu nuca teria consentido nesse casamento.

Stefan escutava com a raiva estampada no rosto. Mas precisava conter sua ira. Um gesto errado, uma palavra equivocada e Caroline poderia sofrer.

Damon: Mas agora ele é marido dela diante dos olhos de Deus e da igreja - afirmou Damon - E como tal ele a reclama.

Seamus: Eu conseguirei anular esse casamento absurdo! - respondeu Seamus - E que fique bem claro sassenach! - gritou apontando para Stefan, que continuava no cavalo, apesar da dor no ombro. - Minha filha nunca voltará para você! Eu não consentirei em que meu sangue se misture com o seu.

A raiva corria pelas veias de Christopher. Ele sentia a angústia e o sofrimento de que Dulce havia padecido durante toda a vida.

Christopher: Já está feito. - anunciou Christopher - Sua filha está esperando um filho dele.

Enlouquecido de raiva, Seamus olhou para aqueles que até o dia anterior haviam sido seus amigos.

Seamus: Mentira! - gritou - Eu não permitirei que minha filha traga a este mundo nenhum bastardo inglês. Antes eu mesmo o arranco de suas entranhas.

Stefan: Tenha cuidado com o que diz de minha esposa, senhor. - disse Stefan, olhando-o muito seriamente. - E esclarecerei apenas uma vez que meu filho não é, nem será, nenhum bastardo.

Seamus: Ah não? - riu Seamus com desdém - Acaso pensa que eu permitirei que esse monstro carregue o sobrenome Steward?

Christian: Isso é inacreditável. - murmurou Christian impressionado como ódio que aquelas palavras exalavam - Por todos os santos Seamus! Como pode pensar assim de seu neto?

Seamus: Neto? Eu não tenho nenhum! E o que não entendo é como vocês estão do lado dele. - sibilou olhando-os - São escoceses, Highlanders e ele é o inimigo. Já lutamos juntos muitas vezes. Onde estão seus ideais?

Damon: O que está dizendo. - disse Damon - Nada tem a ver com nossos ideais.

Seamus: Oh... claro, entendo. - disse Seamus com ironia - Então, os rumores são verdadeiros: vocês se casaram com duas sassenachs!

Christopher: Seamus! - advertiu Christopher, endurecendo a voz e o olhar - Ninguém falará de minha mulher e sua família na minha frente. E ninguém ousará insultá-los em minha presença! Portanto meça suas palavras se não quiser causar problemas entre nós.

Damon: Faço minhas as palavras de Christopher. - disse Damon, endireitando os ombros.

Christian: Vamos nos acalmar! - propôs Christian ao ver como seu irmão estava aborrecido. - Entrem no castelo, eu ficarei com Stefan.

E olhando para seu irmão indicou-lhe que relaxasse. Nesse momento San, filho de Seamus, apareceu com vários homens.

San: Pai! - exclamou com os olhos coléricos - Nenhum simpatizante dos sassenachs é bem vindo em nossa casa. - E aproximando-se de Stefan, rosnou: - Eu disse que se tornasse a vê-lo eu o mataria.

Stefan, olhando-o de cima de seu cavalo, sem se intimidar, respondeu:

Stefan: Eu avisei que voltaria. E aqui estou, disposto a recuperar minha mulher!

San: Esqueça-a! - gritou San, puxando sua espada no mesmo instante em que Christian se interpunha entre eles para tentar mediar. - Afaste-se Uckermann, se não quiser que minha espada o atravesse por defender um inglês pestilento!

Christopher: San! - gritou Christopher ao ver o fio da espada perto do coração de seu irmão - Abaixe agora mesmo sua espada, se não quiser que eu mesmo a arranque de você.

O rapaz, um imenso mal criado, olhou e sorriu com desprezo.

San: Falcão não tenho medo de você. - respondeu desafiando.

Christopher, que nunca havia gostado daquele rapaz, tomou as rédeas de seu garanhão com um olhar de gelar o inferno, aproximou-se. E ainda vendo a espada perto de Christian, inclinou-se sobre seu cavalo para ficar mais perto de San.

Christopher: Juro pelo sangue de meus antepassados que, se tocar em meu irmão, eu o mato aqui e agora.

Então San baixou a espada e Christopher voltou a posição.

Christian: Tenha cuidado, San. - sibilou Christian, enfurecido - Só queremos que não cometa nenhum ato do qual possa se arrepender.

San: Eu me arrependo é de não o ter matado quando tive oportunidade.

Nesse momento, abriu-se a porta da entrada e uma mulher de cabelos louros saiu apressadamente, seguida por duas mais velhas. Livrando-se delas e ignorando as ordens de Seamus, ela se enfiou entre os cavalos e se jogou sobre Stefan. Ao vê-la instantes antes, ele havia desmontado de seu cavalo. Abraçou-a.

Caroline: Oh... Caroline. - gemeu Caroline - Pensei que havia morrido!

Stefan: Estou bem tesouro. - sorriu Stefan ao vê-la.

Mas ficou preocupado ao notar as marcas azuladas que ela tinha sob os olhos.

Stefan: Eu disse que voltaria para buscá-la, e aqui estou.

Estupefato pelo rumo que aquilo estava tomando San, ao ver sua irmã nos braços daquele homem, pulou enlouquecido do cavalo e gritou:

San: Solte minha irmã, maldito inglês!

Depois de olhar para seu irmão Christian também desmontou do cavalo.

Seamus: Caroline! - vociferou Seamus - Volte imediatamente para dentro. Eu lhe ordeno.

Caroline: Não pai! - gritou ela, angustiada - Prefiro morrer a continuar vivendo assim.

E puxando uma adaga da manga, disse, olhando para seu irmão:

Caroline: Se você se aproximar de meu marido ou de mim, juro que o mato. Eu o odeio! Nunca mais o tocará, nele nem em mim.

San: Maldição! - rosnou San, olhando-a com ódio - Eu a tratei como merece.

Aquela troca de palavras deu o que pensar a todos. Mas foi Stefan quem perguntou:

Stefan: O que aconteceu aqui? - perguntou, olhando para sua mulher, que tremia como uma vara verde. - O que ele fez?

Ao ver que ela não respondia olhou para San. E sacando sua espada, perguntou respirando com dificuldade:

Stefan: Maldito! Que fez com minha mulher?

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