Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Estava tão absorta com o espetáculo que o pátio oferecia que, quando ouviu umas batidas na porta, deu um pulo.

Elena: Quem é! - perguntou Elena, cochilando com Lucca na cama da irmã.

Yentel: Milady. - disse Yentel - James Ohara e Kieran querem que desçam para brindar por seus casamentos recentes.

Dulce: Diga a eles. - gritou Dulce, fazendo um sinal a sua irmã - Que agradeceríamos se nos deixassem descansar!

Yentel: Milady... - insistiu a moça assustada - Eles disseram que se não descerem em breve, deverão olhar pela janela.

Dulce: Por favor, Yentel, leve a eles minha mensagem. - suspirou Dulce.

Uma vez que a criada se convenceu de que elas não desceriam, afastou-se com passos rápidos.

Elena: O que esse idiota quer? - disse Elena espreguiçando-se.

Dulce: Certamente nada de bom. - resmungou Dulce ao ver Yentel se aproximando de James assustada.

Ele após escutá-la, começou a dar grandes gargalhadas com Berta, que, sentada em cima dele, se esfregava como uma gata no cio enquanto bebia da jarra que Kieran lhe enchia de novo.

Dulce: Eu juro que me dá vontade de descer e...

Mas não pode terminar a frase. Das cocheiras um bêbado grandalhão tirou Lord Draco e Stoirm. Com uma tocha, começou a assustá-los fazendo os cavalos relincharem de medo.

Dulce: Isso é que não! - gritou Dulce, sentindo seu sangue ferver de raiva diante do que via - Isso eu não vou permitir, por mais malvado que esse Ohara seja!

Elena: O que está acontecendo? - disse Elena, levantando-se da cama assustada.

Ficou paralisada ao ver o que se passava.

Elena: O que esses imbecis estão fazendo?

Dulce: Cavando seu próprio túmulo. - rugiu Dulce pegando seu arco e flecha.

Furiosa, e sem pensar duas vezes, ela pegou uma das flechas, apontou com certeza para o bêbado e atirou. Momentos depois, o bêbado gritou de dor.

A flecha que Dulce havia lançado cravara-se na mão que segurava a tocha, que caiu no chão. Isso fez com que todos se calassem e olhassem para a janela.

Kieran divertido diante daquilo dava grandes gargalhadas, tentando não desabar em consequência de tudo o que estava bebendo. James tentou distinguir a figura de Dulce nas sombras, mas a escuridão da noite tornava a tarefa difícil. Sem pensar em Berta, ele se levantou bruscamente. Ela se esborrachou no chão. A vadia ficou contrariada ao ouvir os risos ao redor.

Quando chegara à fortaleza, James havia procurado a morena, mas somente conseguira encontrá-la quando Sabina e Berta lhe haviam informado que quem buscava era a esposa de Falcão, aquele guerreiro presunçoso que sempre o ofuscava diante de Robert de Bruce. 

Com a vista borrada por causa da bebida, James observou na escuridão. Não a via, mas a excitação que sentia por aquela cigana de olhos desafiadores lhe dizia que havia sido ela, a sassenach, que lançara a flecha.

Com desassossego, Mary foi até a mesa, onde começou a encher de novo as jarras de cerveja, enquanto observava James, o Malvado, olhar a janela. Ao seu redor, os homens dormiam como pedras jogados no pátio, inclusive Sabina dormia em cima de um guerreiro, respirando com tranquilidade. Notou Berta, que a olhava com um sorriso tolo na boca. "Muito bem", pensou Mary com um sorriso, que se apagou quando alguém a agarrou e começou a puxá-la.

Era James, que a atraindo para si, beijou-a. Ao ver isso Kieran tentou ajudá-la, mas, ao se mexer, a única coisa que conseguiu foi cair no chão.

Mary conseguiu se livrar do beijo, mas a força do homem a impedia de se desembaraçar de suas mãos. E um estranho calafrio percorreu seu corpo quando o ouviu gritar com voz pastosa:

James: Sassenach, vamos ver se consegue deter isto com outra flecha.

Berta: Tire as roupas dela, James! - gritou Berta - Mary é a criada da sassenach.

Mary: Você é pior do que uma bruxa! - gritou Mary, alegrando-se ao ver a mulher cair de cara na mesa.

Na janela, Dulce respirava com dificuldade. Lord Draco e Stoirm desapareceram pela arcada de entrada até se perderem na escuridão. Mas, quando viu que James tentava beijar Mary de novo e que ela se debatia, gritou, aproximando-se da janela, transtornada de raiva:

Dulce: Solte-a, James Ohara! Eu descerei para brindar com você.

Mary: Não, milady! - gritou Mary - Espere!

James: Cale-se mulher. - disse James esbofeteando-a.

Em sua pressa por sair do quarto, Dulce esbarrou em Elena.

Elena: O que pretende fazer?

Dulce: Não vou permitir que esse bruto faça mal a Mary. - replicou Dulce, vestindo uma leve camisa de linho que usava para dormir e um roupão longo, azul, amarrado com duas fitas debaixo do peito.

Antes de sair, tocou sua perna direita e se certificou de que sua adaga estava no lugar. Também pegou a espada.

Elena pegou sua espada e, depois de cobrir o corpo com outro roupão verde sem acordar Lucca saiu e disse:

Elena: Eu a acompanharei, mas com a quantidade de bebida que essas bestas tomaram, creio que pouco poderão fazer.

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James ficou impressionado quando Dulce apareceu mais radiante do que recordava. A luz das tochas fazia com que seu cabelo azulado a tornasse mais selvagem, parecia uma ninfa do lago. Aquela sassenach o olhava com olhos desafiadores e, pela rigidez de sua mandíbula, ele intuiu que a fúria ou a vontade de rir a estava consumindo.

Impressionado por sua beleza, ele soltou Mary, que correu para Dulce. Depois de trocarem algumas palavras, a cigana escondeu a criada atrás de si.

Dulce: Muito bem Ohara, aqui estou. – disse Dulce olhando ao redor, onde os homens roncavam tranquilamente - Que festa animada!

James: A festa vai começar agora. - sussurrou ele, andando com certa dificuldade para ela.

Dulce: Para seu próprio bem, não se aproxime mais. - disse Dulce, estendendo sua espada à frente e vendo os rudes guerreiros caindo, sem forças, ao seu redor.

Elena: Ah! - sussurrou Elena com seu senso de humor. - Seus métodos assassinos são infalíveis. Agradeço por ser minha irmã, porque qualquer um confia em você.

As duas riram.

James: Mas... - disse James, de súbito, ao notar que, um após o outro seus homens caíam inconscientes. Sua própria visão estava borrada. - Bruxas inglesas! Vocês os envenenaram? - Dulce e Elena continuavam rindo.

Dulce: Digamos... - disse Dulce, baixando a espada ao vê-lo dobrar os joelhos e cair de bruços no chão - Que antecipamos o fim da festa. Bons sonhos!

A queda do guerreiro no chão fez um barulho horrível.

Mary: Oh, por Deus, milady... que pancada! - disse Mary horrorizada, mas cobrindo a boca para não rir.

Elena: Por São Fergus! - riu Elena, apontando para o homem derrubado - Creio que manhã quando acordar sentirá falta de alguns dentes.

Dulce: Melhor ele que nós, não acha? - disse Dulce com uma gargalhada.

As três assentiram. Vários criados dos Pherson e mulheres da aldeia, que haviam permanecido ocultos, começaram a aparecer. O susto se lia no rosto ao comprovar que havia homens inconscientes no pátio, no chão, em cima das mesas, nas cadeiras. Dulce, Elena e Mary gargalhavam sentadas no meio de todo o caos. 

Quando conseguiram parar de rir e todos se acalmaram, recolheram Kieran com cuidado e o puseram sobre uma pele no salão para descansar.

Dulce: Vamos voltar a nossos quartos, precisamos dormir. - sugeriu Dulce depois de pegar Stoirm, que seguia Lord Draco como um cordeiro.

Com um sorriso nos lábios, ela disse aos criados e às mulheres da aldeia:

Dulce: Recordem. Não aconteceu nada aqui. Eles chegaram, celebraram uma festa e não incomodaram ninguém. Seu Lord e nossos maridos estão para chegar, e não queremos problemas com esses brutos.

Yentel: E se eles não chegarem logo? - perguntou Yentel, assustada.

Dulce: Chegarão. - afirmou Dulce, tentando demonstrar segurança. 

Mas algo lhe dizia que, se não chegassem, quando aqueles brutos acordassem as coisas ficariam muito difíceis.

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Continua...