Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Christopher: Dulce. - disse ele, pegando-lhe o braço com suavidade para atraí-la para si - Você não merecia o que eu fiz. Eu me comportei como um bruto.

Dulce: No futuro, tentarei medir melhor meus atos e minhas palavras. - continuou ela, sem escutá-lo - Permita que eu lhe recorde que nossa união é um Handfasting. Se a qualquer momento desejar anular nossos votos, avise-me. Posso voltar para a cama agora?

A frieza nas palavras dela feriu o até então imperturbável coração de Christopher, mas ele não disse nada; calou-se. Desistiu de continuar falando com ela.

Christopher: É claro. Partiremos ao amanhecer.

Abaixando a cabeça, ela assentiu. 

Dulce: Está bem. Boa noite.

Sem olhar para trás, com uma vontade de praguejar e chorar, Dulce voltou para seu quarto. Naquela noite, ela não foi a única a não dormir.

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Ao amanhecer, Dulce, com olheiras enormes, entrou no salão tão corretamente penteada e vestida que atraiu o olhar de todos.

Christian: Ora cunhada! - sorriu ao vê-la enquanto comia ao lado de seu irmão silencioso. - Hoje está linda!

Com um sorriso tímido para seu cunhado, que fez Christopher tremer, ela agradeceu o elogio. Aproximando-se da mesa onde diversos pratos de comida esperavam para ser devorados, Dulce se serviu de uma pequena porção. A seguir sentou-se ao lado de Elena.

Elena: Teve uma boa noite? - perguntou Elena.

Ela se sentia culpada pelo estado de ânimo de sua irmã.

Dulce: Não consegui dormir muito. A dor no braço não me permitiu. - e olhando para sua irmã, disse: - Não está com uma cara boa. Aconteceu algo?

Tentando não chorar, Elena respondeu:

Elena: Estou cansada, com sono e com um pouco de dor de cabeça.

Sem tirar os olhos de Elena, Dulce disse, tocando-lhe a testa:

Dulce: Não estou gostando de seu rosto.

Do outro lado, Stefan, feliz, tendo observado Dulce entrar, disse:

Stefan: Milady, quero lhe apresentar Caroline, minha mulher.

Dulce ao escutar as palavras de Stefan, levantou-se com rapidez.

Dulce: Oh... perdoe minha distração. - e sorriu com gentileza, aproximando-se deles. - Gostaria que me chamasse de Dulce, por favor.

Tomando as mãos daquela mulher miúda e delicada, de cabelo louro e olhos claros, disse:

Dulce: É um grande prazer conhecê-la. - E tocando-lhe a barriga ainda plana, perguntou: - Está bem?

Caroline: É um prazer conhecê-la, milady. - disse Caroline.

E ao ver a expressão da moça, corrigiu-se:

Caroline: Dulce. Creio que ambos estamos bem.

Um sorriso trocado entre as mulheres deixou evidente que se dariam bem.

Elena: Sabe de uma coisa? Eles viajarão conosco. - comunicou Elena.

Dulce, feliz, sorriu, sem ver como seu marido a olhava.

Caroline: Vamos voltar a Inverness. - anunciou Caroline.

Stefan: Eu queria lhe pedir desculpas por... - sussurrou Stefan, olhando-a nos olhos.

Dulce: Eu teria feito o mesmo. - interrompeu Dulce - Isso é coisa do passado. Agora, devemos olhar para o futuro.

Com violência Christopher se levantou da mesa, furioso por ser incapaz de se aproximar de sua mulher. Resmungou:

Christopher: Esperarei lá fora. Procurem não atrasar muito a partida.

Uma vez fora do salão, Christopher cabisbaixo, amaldiçoou por tudo que havia acontecido. Dirigiu-se a seu cavalo, Dark que, ao vê-lo balançou a cabeça.

Damon: Falou com ela ontem à noite? - perguntou Damon inesperadamente.

Christopher: Não.

Damon: Lamento muito que as palavras que eu disse a minha mulher tenham afetado seu casamento.

Christopher parou e olhou para Damon.

Christopher: Você não devia ter dito a Elena. Ambos ouvimos dois guerreiros debocharem por minha paciência com Dulce, mas também ouvimos elogios a ela e a sua maneira de ser.

Damon assentiu.

Damon: Tem razão. Mas vi sua cara quando escutou aquilo, e me vieram à mente comentários a respeito de Belinda, e eu...

Christopher: Damon! - interrompeu Christopher, sem querer escutar mais nada. - Dulce não é Belinda. E eu já me encarreguei de esclarecer-lhes isso. - disse apontando para os dois guerreiros que caminhavam mancando e com feridas no rosto. - Em meu clã eu sou o Lord, e ninguém nunca me obrigará a deixar algo ou alguém que seja importante para mim.

Ao ver que a porta da fortaleza se abria, ele disse, sorrindo:

Christopher: Damon, se me casei com ela foi porque, desde o primeiro momento em que a vi, soube que Dulce tinha a força e a personalidade necessárias para ser minha mulher. Amigo... - sussurrou tomando-o pelos ombros - Nós conhecemos muitas mulheres em todos esses anos que passamos juntos, mas nunca nenhuma tornou minha vida fascinante.

Damon suspirou, divertido.

Christopher: Apesar de nossas diferenças e discussões, ela é, sem dúvida alguma, minha maior fraqueza.

Damon: Está bem. - sorriu Damon, entendendo essas palavras tão próximas do que ele sentia por Elena. - Mas, por isso mesmo, eu me sinto culpado por vê-la tão triste.

Christopher: Não se preocupe Damon. Conhecendo minha mulher, esse estado de paz não durará muito. - brincou Christopher, torcendo para que assim fosse.

As pessoas se aglomeravam ao redor da comitiva que estava prestes a partir. Os homens falavam com Pherson, que ria e dizia que voltassem quando quisessem. Para se despedir delas, havia mais pessoas do que elas teriam imaginado. Isso tocou-lhes o coração e as encheu de gratidão.

Com carinho Dulce foi se despedindo de todos, até que chegou a vez de Mary, que a aguardava com tristeza.

Dulce: Mary. - exclamou Dulce, tomando-lhe as mãos.

Notou que as prostitutas as olhavam, afastadas do grupo.

Dulce: Vou sentir muito sua falta. Quero que saiba que se precisar de qualquer coisa, o que for não deve hesitar em me avisar.

Mary: Obrigada milady. - sorriu Mary, notando que Christopher as observava. - Mas não se preocupe ficarei bem. - Está bem. - e baixinho para que ninguém as escutasse, sussurrou: - Obrigada por ser tão boa conosco, nunca esquecerei isso.

Por fim, após se despedir de Pherson, Christopher levantou a mão e a comitiva saiu da fortaleza. As três mulheres e Lucca iam acomodados em uma carroça conduzida por Evan, à qual Lord Draco ía amarrado. Ao passar pelas estrebarias, as irmãs se despediram de Rene, e Dulce teve que conter as lágrimas e respirar fundo ao escutar os relinchos e pontapés de Stoirm.

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O verão estava chegando ao fim, e nuvens negras constantes avisavam a comitiva de que a tempestade logo viria. A paisagem naquela área das Highlandes era espetacular. Os vales cor de violeta e os bosques ocres, vermelhos indicavam a iminente chegada do outono.

Após divisar a Ben Nevis, a montanha mais alta da Escócia, Damon sorriu. Isso significava que estavam cada vez mais perto de seu lar. Em várias ocasiões, o guerreiro foi até a carroça para ver sua mulher, que o recebia sempre com um sorriso caloroso. Ele até a convidou a cavalgar com ele por um trecho do caminho. Stefan, inquieto devido ao estado de sua esposa, ia até a carroça constantemente, como Damon, para se certificar de que tudo estava bem. Porém, Christopher, que pela expressão do rosto parecia um ogro, não abandonou a frente da comitiva.

Ao chegarem ao lago Lochy pararam para esticar as pernas e comer alguma coisa. As mulheres foram até a água acompanhadas por Damon e Stefan, solícitos, ao passo que Christopher, com seu olhar confuso, seguiu em direção contrária. Dulce disfarçou a decepção sorriu como se nada houvesse acontecido.

Um pouco depois, Dulce convenceu os dois casais a deixá-la sozinha. Na paisagem, ela encontrou uma rocha plana, escondida entre vários carvalhos. Subiu nela e se deitou com a intenção de aquecer o corpo ao sol. Mas as nuvens negras não tardaram a escurecer tudo ao seu redor.

Sentada na rocha, Dulce observou seu braço, que parecia estar se recuperando rapidamente. Pelo menos já não o sentia latejar. Olhou ao redor, até que viu, não muito longe dali, Christopher conversando e sorrindo com Christian.

Abobada, observava seu marido. Era um homem muito atraente e rapidamente surgiram em sua memória os momentos vividos com ele. Seus beijos, suas carícias, o tom de sua voz quando faziam amor. Todas essas recordações a perturbavam e a faziam desejar que aqueles braços fortes a abraçassem e a embalassem.

Estava tão fascinada em seus sonhos que deu um pulo quando ouviu uma voz ao seu lado.

****: Se eu fosse um lobo, milady, já estaria embaixo d'água. - disse Miles, apoiando-se na rocha, mas sem subir.

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