Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Dulce: Lucca querido. - sussurrou Dulce - Nós agradecemos, mas não queremos que roube nada, entendeu?

Chrsitopher: Roubar é errado. - reforçou Christopher, confuso, perturbado pela presença da jovem. - Muitos homens vão para as masmorras, morrem ou são açoitadas por isso. Você quer que algo lhe aconteça assim?

Elena: Senhor. - intercedeu Elena rapidamente - Se meu irmão tiver que ir às masmorras ou ser castigado, eu tomarei seu lugar.

Ao escutar isso, o sangue de Dulce ferveu e seu coração se acelerou. Ela nunca permitiria isso!

Dulce: Que está dizendo?! Eu jamais consentirei algo assim. - disse Dulce.

E olhando diretamente para os olhos de Christopher, com mais coragem que muitos guerreiros, acrescentou:

Dulce: Ambos são meus irmãos, senhor. Sou responsável por eles. Diante de qualquer coisa que eles façam, a responsabilidade é minha. Se alguém tiver que ir a algum lugar ou pagar algo, não tenha dúvida de que serei eu.

Aquelas palavras deixaram todos mudos. Damon se espantou coma força daquelas mulheres, em especial a jovem que atendia pelo nome de Elena, que olhara para ele em algumas ocasiões e lhe sorrira.

Christopher: Não estou dizendo que alguém deve ser açoitado. - esclareceu Christopher, confuso com a reação das moças - Só estou tentando fazer Lucca entender que roubar pode lhe acarretar problemas muito sérios no futuro. A ele e a sua família.

Christian: Nisso meu irmão tem razão. - assentiu Christian - Lucca deve aprender desde pequeno que algumas situações podem causar problemas.

Christopher, com pesar, afastou seu olhar da moça para fixá-lo no menino e dizer:

Christopher: Prometa-me que nunca mais tornará a roubar, seus pais, que são responsáveis por você, terão que pagar por seus problemas.

Lucca: Eu não tenho pais. - explicou o menino sério, sentindo a dor nos olhos de Dulce ao escutar aquilo.

Christopher: Mas tem irmãs. - respondeu Christopher - E elas desejam que um dia você seja um guerreiro que as defenda, não acha? Além do mais, tenho certeza de que seu senhor gostaria de poder contar com guerreiros como você.

Lucca: Eu prometo senhor. - respondeu o menino com timidez.

Ele queria ser guerreiro.

Fiona: Guerreiro esse sem vergonha? - debochou Fiona diante do comentário. - Mas se eles são...

Maite: Cale-se! - gritou Maite, intuindo o que aquela bruxa ia dizer. - Não volte a insultá-los, ou se verá comigo.

Dulce: Torne a dizer essa palavra! Torne a nos insultar! - vociferou Dulce, levantado-se para encarar a mulher - E juro que arranco seus dentes e faço um colar com eles.

Ao escutar isso, Christopher olhou para seu irmão e para Damon, surpreso. Nunca havia conhecido uma mulher com tal personalidade.

Alfonso: Fiona. - ordenou Alfonso ao intuir o que havia acontecido - Recolha sua mercadoria e saia de minhas terras.

****: Mas senhor... - sussurrou o feirante, segurando sua mulher pelo braço para que se calasse.

Alfonso: Sem perguntar intuo o que aconteceu aqui. - prosseguiu Alfonso sério. - Se mais alguém deseja ir com eles, fiquem à vontade! Mas a minha gente ninguém insulta. Vejo que o anoitecer se aproxima de modo em que sou capaz de pensar é que passem a noite aqui. No entanto, pela manhã, não quero vê-los em minhas terras, entenderam?!

****: Sim, senhor. - assentiram os feirantes, afastando-se de Fiona, que soltava faíscas ao ver as moças sorrindo.

Christopher: Lucca lembre-se de sua promessa. - disse Christopher muito sério.

Com tranquilidade, ele se dirigiu ao feirante, que estava pálido de medo.

Christopher: Eu cuidarei do pagamento.

Dulce: Não Lord Uckermann! - exclamou Dulce, pegando-lhe o braço robusto para chamar sua atenção - Não se preocupe, eu pagarei.

Christopher: Não é necessário. - sussurrou Christopher a poucos centímetros dela.

Nesse momento, Dulce tomou consciência de sua ousadia ao tocá-lo e, dando um passo para trás, afastou-se dele. Christopher, ainda com o olhar pousado nela, sentia a mão quente e palpitante da moça sobre a pele. Seu toque suave havia sido muito agradável!

Como um Falcão escolhendo sua presa, ele cravou os olhos castanhos claros nela, e durante alguns instantes ambos se olharam nos olhos, como se ninguém mais existisse.

Alfonso: Por hora. - tossiu Alfonso, interrompendo-os - O que vai fazer é ir para casa trocar de roupa e livrar-se desse barro. Mais tarde continuaremos conversando.

E a seguir, voltando-se para os feirantes, disse:

Alfonso: Amanhã pela manhã não quero ver por aqui ninguém que pense como eles.

Christopher: Não sei ainda o que aconteceu. - afirmou Christopher apontando para eles - Mas em minhas terras não os quero ver.

Damon: Nem nas minhas. - conclui Damon.

Alfonso: Venha Maite. - Alfonso chamou sua irmã – Eu a levarei ao castelo para que troque de roupa e volte a ser uma dama.

Maite: Eu sou uma dama! - gritou ela, irritada, ao se ver içada pelo irmão diante do sorriso irônico de Christian. - Mas não suporto injustiças.

Dulce: Vamos, Lucca. - urgiu Dulce, pegando-o pela mão e começando a andar.

Alfonso: Christopher! - gritou Alfonso enquanto virava seu cavalo na direção do castelo. - Poderia cuidar para que Dulce e seus irmãos cheguem em casa sem que se metam mais em confusão?

Dulce: Não! - gritou Dulce, tentando se afastar o mais rápido possível daqueles homens. - Nós iremos andando, meu senhor. É muito perto. Além do mais, adoramos passear.

Mas os guerreiros já haviam tomado sua decisão.

Damon: Nem em sonho. - interveio Damon aproximando-se de Elena, erguendo-a sem aviso prévio para sentá-la diante dele e deixando-a boquiaberta - Será um prazer levá-los.

Elena: Eu lhe agradeço, Lord Salvatore. - sorriu Elena acomodando-se.

E deixou sua irmã se palavras diante de tal leviandade e em especial, por sua cara de tonta.

Damon: Tem um pouco de sangue aqui. - sussurrou Damon, tocando-lhe com a ponta do dedo o pescoço e ficando ao ver aquela veia verde pulsando diante de seus olhos.

Elena: Oh, não se preocupe. - sorriu Elena, limpando-se como se não fosse nada - São arranhões sem importância.

"Elena, que estas fazendo? Flertando?", pensou Dulce, incrédula ao ver sua irmã abrir e fechar os olhos com delicadeza.

Damon: Qualquer mulher ficaria horrorizada por ter a pele marcada dessa forma. - riu Christian ao ver a cara de bobo de Damon.

Elena: Nós não somos como qualquer mulher, e menos ainda nos assustamos com um pouquinho de sangue. - respondeu Elena, sorrindo, e deixando-os assombrados com sua segurança.

Após entregar ao feirante umas moedas, que este aceitou com um falso sorriso nos lábios, Christopher, em dois passos largos, chegou a seu cavalo, e com um salto ágil montou-o.

Christopher: Christian! Pegue o garoto e segure o bem para que não caia. - ordenou Christopher com voz alta e clara, como devia estar acostumado a fazer.

E sem dizer nada aproximou-se de Dulce, estendendo-lhe a mão para que subisse. Uma tanto desconcertada e incomodada pelos acontecimentos, ela aceitou a mão dele, e após notar que ele a levantava como se fosse uma pluma e a sentava diante dele, disse, mais tensa que um tronco:

Dulce: Obrigada por pagar a dívida, Lord Uckermann, mas meus irmãos e eu poderíamos ir andando.

Christopher: Nem pensar. - respondeu com o braço esquerdo a cintura dela para mantê-la segura - Eu a levarei até lá e garantirei que nada mais aconteça.

O caminho não era muito longo, e menos ainda a cavalo. A humilde cabana de Angus ficava próxima às cavalariças e ao lado da ferraria. Elena e Damon riram durante a viagem toda com os comentários de Christian, que amaldiçoava sua sorte por ter que levar um menino, e não uma doce dama.

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