Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

****: Volte a seu lugar, se não quiser ver rolar a linda cabeça de sua irmã. - disse o homem. E perguntou a Dulce: - E você, de que está rindo?

Dulce: Estou rindo só de pensar... - murmurou ela olhando-o nos olhos enquanto trocava de mão a adaga que Elena havia acabado de lhe dar ao se aproximar - Em seu sangue escorrendo de suas veias.

E, apertando com força a adaga, cravou-a na última costela do homem, como Max lhe havia ensinado. Ao sentir a pontada, o jovem se mexeu, passando perigosamente a espada pelo pescoço de Dulce e provocando um corte.

****: Malditos sejam os Uckermann! - gemeu o bandido, convulsionando antes de cair morto no chão.

Elena: Dulce. - soluçou Elena ao ver-lhe o pescoço - Está sangrando!

Dulce: Fique tranquila. É um corte pequeno, não se assuste. - sussurrou Dulce, notando o sangue correr por seu pescoço, mas sem deixar de apertar na mão a adaga ensanguentada.

Caroline se sentou no chão repentinamente, mas, quando olhou para Dulce e viu o sangue, revirou os olhos de novo e caiu para trás.

Dulce: Sabe de uma coisa? - Dulce tentou sorrir para sua irmã preocupada, dando um pontapé no homem que havia falecido a seus pés - Em momentos como estes, fico feliz por vovô ter nos criado como guerreiros, e não como mulheres assustadas.

Enquanto o barulho dos cavalos parecia passar por cima da tenda o pano se abriu e Christopher invadiu, vociferando, ao ver sua mulher naquelas condições.

Christopher: Pela santa cruz! Está ferida! - gritou com voz aflita, soltando a espada como se lhe queimasse na mão - Está bem?

Ao abraçá-la, notou a tensão no corpo de sua esposa, mas, ao sentir o calor de seu marido, ela parou de tremer. Mantendo o controle Christopher a afastou de si para observá-la. Viu a adaga em sua mão ensanguentada e, sem tirar os olhos dela, pegou-a e a jogou no chão.

Dulce: Estou bem. Não é nada, fique calmo. - respondeu ela ao vê-lo examinar seu pescoço e o vestido manchado de sangue.

Christopher: Como vou ficar calmo? - sussurrou ele inspecionando o corte, com medo de que fosse mais do que via.

Dulce notando a preocupação nos olhos de Christopher, pegou o rosto de seu marido entre as mãos e o beijou.

Dulce: Está tudo bem, querido. De verdade. - disse com tanta doçura que ele só pode sorrir, abraçá-la e sussurrar em seu ouvido que Lucca estava bem.

Damon: Por São Ninian! - exclamou Damon ao entrar com Stefan na tenda. - Estão todas bem?

Elena gritou ao ver a flecha que atravessava o ombro de seu marido.

Elena: Seu ombro! Como deixou que alguém lhe fizesse isso?

Damon sorriu apesar da dor que sentia.

Damon: Se gritar comigo, vai doer mais. - respondeu, tentando acalmar sua esposa histérica.

E, sentando-se em cima do baú, disse:

Damon: Preciso que alguém tire a flecha.

Dulce: Eu farei isso. - ofereceu Dulce, esquecendo seu ferimento.

Christopher: Primeiro trate de suas feridas. - exigiu Christopher, olhando abalado para ela.

Dulce: Depois. – respondeu Dulce, e dirigiu-se a sua irmã - Traga sua bolsa ou a minha. Precisamos de algo que ele possa morder enquanto eu tiro a flecha. Sinto muito, Damon, mas terei que passar um ferro quente por cima.

Damon: Dulce. - sorriu Damon ao ver a determinação ela - Sabe que não vou morrer por causa disso. Por favor, vai ver essa ferida em seu pescoço, não para de sangrar.

Christian entrou na tenda e blasfemou ao ver sua cunhada ferida.

Christian: Leve esta mulher daqui. - grunhiu olhando para seu irmão - Ou a levo eu. Santo Deus Dulce! Cuide primeiro de você antes de cuidar de alguém.

Dulce: Era o que faltava. - grunhiu Dulce, abaixando-se para olhar o ombro de Damon - Christian, seria mais útil se ajudasse.

Elena: Todos têm razão. - sussurrou Elena, preocupada com os dois.

Dulce: São uns bandos de cabeças duras! - gritou Dulce, irritada, sem dar o braço a torcer.

Christopher: Olhe quem fala! - debochou Christopher, dando uma piscadinha para Christian e Damon.

Sem lhe dar tempo de responder, Christopher a pegou no colo e atirou da tenda contra sua vontade.

Christopher: Elena, cuide de seu marido. Eu cuidarei de minha mulher. Christian diga a Miles que leve água quente para minha tenda e avise Mael para que ajude Elena.

Dulce: É uma mula insensível! - gritou Dulce.

Ao sair da tenda e olhar ao redor, ficou horrorizada ao ver tantos feridos.

Dulce: Christopher, eles precisam de mim.

Christopher: E eu preciso de você. - sussurrou ele com voz rouca, entrando na tenda.

Momentos depois, surgiu Miles com um balde de água quente. Christopher pegou um pano limpo e, após molhá-lo na água começou a lavar com cuidado o sangue do pescoço de Dulce. E não relaxou até que comprovou que realmente o corte era nada importante. Depois de tratar a ferida, beijou-a.

Christopher: Agora minha senhora. - sussurrou, ajudando-a a se levantar - Nossos homens precisam de você.

Dulce: Não os faça esperar mais. - sorriu ela.

E começou a dar ordens a Miles e a Mael.

Naquela noite, Christopher e Christian viram com seus próprios olhos como aquela mulher, de cabeça dura e cabelo azulado, que muitos até aquele momento chamavam de sassenach, conquistava um a um todos os guerreiros. Preocupados com sua senhora, eles perguntavam por sua ferida no pescoço, e ela respondia com um sorriso que era um simples arranhão.

Atendeu John, o cozinheiro, com cuidado, ele ficou muito grato. Sem se deixar vencer pelo sono, Dulce trabalhou sem descanso, tratando de todos com carinho, tentando recordar seus nomes e esforçando se para lhes aliviar a dor.

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Com as primeiras luzes do amanhecer, depois de uma noite cansativa, levantaram o acampamento e retomaram o caminho com a máxima precaução possível, parando duas vezes para checar as feridas dos guerreiros.

O dia, que havia amanhecido escuro e chuvoso, começou a se abrir na falha de Glen Mor, permitindo-lhes sentir leves e agradáveis raios de sol.

Após intermináveis horas de marcha, os homens brincavam e contavam ações insolentes, mas os corpos doloridos revelavam seu verdadeiro estado. Damon apesar de seu ferimento, não admitiu ir na carroça, e seguiu caminho montado em seu cavalo, ao lado de Christopher e Christian.

Dulce: Se notar que vai vomitar avise-me. - sussurrou Dulce a sua irmã, que estava pálida de novo.

Elena: Fique tranquila, só preciso descansar. - respondeu Elena, aconchegando-se ao lado de Caroline e Lucca, que dormiam.

Dulce estava cansada, mas não conseguia conciliar o sono. Meio deitada na carroça, pensou na angústia vivida, mas a conversa dos homens cada vez mais descontraída, fez com que sorrisse.

Christopher: Não está dormindo? - perguntou seu marido ao abrir a cortina para olhar dentro.

Como um bobo, ele a visitava a cada cinco minutos para se certificar de que estava bem. A imagem de Dulce coberta  de sangue o havia abalado e, apesar de saber que nada mais grave havia ocorrido, não podia deixar de se perguntar o que teria feito se algo pior tivesse acontecido durante o ataque.

Dulce: Estou exausta, mas não consigo conciliar o sono como eles. - sorriu ela, apontando ao seu redor.

Christopher: Quer cavalgar um pouco comigo? - perguntou Christopher, ansiando por sua proximidade e companhia.

Ouvindo isso, o olhar de Dulce se iluminou.

Dulce: Eu adoraria!

E sorriu, levantando-se para deixar que seu marido pegasse. Com extremo cuidado, Christopher a acomodou a sua frente e, cobrindo-a com a manta de seu clã, ambos ficaram debaixo da grande manta. Dulce se recostou no peito de seu esposo. Ele, orgulhoso e feliz por tê-la entre seus braços, apertava-a contra si enquanto cavalgavam pelas terras das Highlands.

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