Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Voltando-se para o animal impressionante disse carinhosa:

Dulce: Olá bonito. Fiquei com saudades de você.

O cavalo respondeu com relinchos alegres. Dulce olhou para sua irmã, comovida, que chorava de emoção e se aproximava. O guerreiro Gelfrid, contente pela alegria de sua senhora, informou-lhe sobre o estado do animal.

Gelfrid: Milady, a maioria das feridas das patas já cicatrizaram. Usei o unguento que havia dado a Mael, e devo dizer que funcionou. Stoirm é um cavalo meio nervoso e impaciente, mas muito dócil quando aceita seu dono.

E, sorrindo para sua senhora enquanto tocava o cavalo, acrescentou:

Gelfrid: Levou dois dias para parar de me morder cada vez que eu me aproximava para tratar de suas feridas, mas, agora, somo bons amigos. Não é verdade, Stoirm?

O animal relinchou tão feliz quanto eles.

Dulce: Gelfrid, muito, muito, obrigada! - sorriu Dulce, dando-lhe um beijo rápido no rosto.

Elena fez o mesmo, fazendo o guerreiro corar.

Elena: Obrigada por cuidar dele. Muito obrigada de verdade.

Gelfrid: Lady Dulce, Lady Elena, foi um prazer. - disse Gelfried, vermelho como um tomate, enquanto voltava a seu cavalo.

Christopher: Mas uma coisa... - disse Christopher, pegando sua mulher pelo braço para atrair sua atenção. - Quero que tenha cuidado ao montá-lo. Para meu gosto, este cavalo é nervoso demais.

Essa advertência, e especialmente o olhar de Dulce, fez com que mais de um ali sorrisse. Entre eles, Elena.

Christian: Por todos os santos! - exclamou Christian ao ver a excitação de sua cunhada - Meu irmão não sabe o acabou de fazer.

Miles: Está equivocado. - assentiu Miles - Ele sabe muito bem.

Christopher alheio aos comentários, só tinha olhos para sua linda mulher. Não podia parar de olhar para ela e vê-la sorrir, iluminando sua vida.

Christopher: Ouviu Impaciente? Preciso que me garanta que vai ter cuidado. - disse Christopher, observando-a.

Dulce: Tudo bem! Tudo bem! - assentiu ela, sem lhe dar ouvidos. - Pode me ajudar a montar?

Christopher: É claro, querida. - sorriu Christopher.

Christopher a ergueu, e Dulce se ajeitou no cavalo. Tomando as rédeas que seu marido lhe entregou, ela deu duas palmadinhas no pescoço de Stoirm e, com cuidado, guiou-o até sua irmã e seu cunhado, enquanto Christopher montava em Dark e levantava a mão para que os guerreiros começassem a andar.

Christopher: Espero-os em Donan. - disse Christopher.

Damon: Desejo-lhes boa viagem. - disse Damon com um sorriso franco.

As irmãs, trocando um intenso olhar, sorriram.

Elena: Até breve, Dulce. - sussurrou Elena.

Vendo as intenções de sua irmã, disse, atraindo a atenção de Christopher e Damon.

Elena: Como dizia vovô?

Dulce: Voarei como o vento, sem deixar sinal. E, quando o dia começar, tornarei a voar! - gritou Dulce.

E esporeando Stoirm em disparada como uma flecha, deixando todos boquiabertos.

Christopher: Por todos os santos! Eu pedi que tivesse cuidado. - grunhiu Christopher, esporeando Dark para ir atrás dela.

Elena: Ela está tomando cuidado. – disse Elena.

Christian: Tem certeza? - riu Christian ao ver sua cunhada galopar com a desenvoltura de um Highlander.

Com um sorriso divertido nos lábios, Elena olhou para Christian antes de dizer:

Elena: Oh, sim, sem dúvida. Entenderá quando ela não estiver.

Christian: Isso será divertido. - gargalhou Christian olhando para Damon.

E, após se despedir deles, juntou-se aos guerreiros de seu clã.

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A viagem até Donan foi amena, e, de certo modo, alegre para todos. Os guerreiros do clã Uckermann estavam contentes. Voltavam para casa, onde poderiam ver sua família, especialmente mulheres e filhos. Durante o caminho subiram vários vales, em que as cores marrom e vermelho maravilhavam por seu esplendor. Do alto das montanhas, Dulce observava a amplitude das Highlands, um terreno agreste e pouco habitado, mas que encantava por sua beleza espetacular.

Centenas de carvalhos cresciam nas encostas, onde se formavam os famosos lagos, que em seu trajeto se fundiam com outros até formar pequenas bacias que seguiam até o mar.

Christopher observava a curiosidade com que sua esposa olhava ao redor. Começou a rir quando ela se assustou ao ver passar de sua cabeça uma águia pescadora que emigrava para o sul para passar o inverno. 

Naquela época, os arbustos estavam carregados de frutos de um vermelho intenso que alegravam a vista, e ouviam-se os berros que os cervos davam com a intenção de atrair as fêmeas. A umidade do ar provocava ao entardecer uma neblina que cobria as navegações.

Após um caminho serpeante que subia por uma nova montanha, apareceu diante de Dulce, no cume, o lugar mais maravilhoso e mágico que ela já havia visto na vida: o castelo de Donan. Com orgulho todos os Uckermann a observavam olhar para onde seu lar os esperava.

O castelo robusto, encravado em uma ilhota cercada por montanhas, dava a sensação de flutuar no lago. Conforme iam descendo a montanha, seus olhos negros inquietos notaram que ele se comunicava com terra firme por meio de uma ponte de três arcos de pedra escura.

Enquanto isso, as luzes rosadas do entardecer se refletiam nas águas do lago Duich, que oferecia uma vista inigualável do lugar.

Christopher: O que acha de seu novo lar? - perguntou Christopher.

Ele conhecia a sensação que todo mundo experimentava quando admirava do alto da montanha aquele castelo magnífico.

Dulce: É um lugar lindo, quase mágico. - sussurrou Dulce montada em Stoirm, sem poder afastar os olhos daquele lugar maravilhoso.

Christian: Os lagos que banham Donan são o Duich, o Alsh e o Long. - informou Christian, feliz pela expressão de admiração de sua cunhada - Acredita-se que, antes do castelo, existiu uma fortaleza erguida por uma tribo chamada Pictos. Este castelo foi construído sobre essas ruínas por Alexandre II da Escócia, como defesa contra as invasões dos vikings.

Dulce: Aquilo que está ali é uma galeria? – perguntou Dulce, apontando para o lago e referindo-se à antiga embarcação de guerra.

Christopher: Sim. - assentiu Christopher, observando para se certificar de que tudo estava em ordem fora das muralhas - Pela localização do castelo, entre os lagos, ele é considerado um perfeito território defensivo. Durante anos, esta área foi conhecida como "reino do mar dos senhores das ilhas". Daqui se impediam várias invasões vikings. Nosso avô é um dos governadores do clã dos senhores das ilhas.

Dulce: Nossa! - sussurrou Dulce, impressionada.

Enquanto cruzavam a ponte e a muralha desafiadora e majestosa do castelo, escurecida pelo entardecer, o ruído de risos e vozes atraiu a atenção de todos. Vários guerreiros, entre eles Miles, uma vez que cruzaram a ponte, desviaram-se para a esquerda, tomando um caminho que parecia margear o castelo.

Algumas crianças e mulheres os saudavam alegremente.

Christopher: Bem vinda a seu lar! - sorriu Christopher, guiando-a por um caminho que os levou até um pátio eterno.

A grande porta principal de entrada ao castelo era de madeira escura robusta, com forma ogival, é uma característica do estilo gótico, formada pelo cruzamento de duas curvas, e logo acima, incrustado nas pedras escuras e curtidas, podia se observar o escudo de armas da Escócia e seu lema: "Ninguém me fere impunemente".

Bem no momento em que acabou de ler o lema, a porta se abriu e apareceu diante deles um homem grande e grisalho, mas magro e de aparência frágil, apoiado em uma mulher alta e loura de meia idade.

****: Louvado seja o senhor! - gritou a mulher com um grato sorriso - Marlon viu quem chegou?

O velho emocionado, não conseguia falar.

Christian: Vovô, como estou feliz por tornar a vê-lo! - saudou Christian, pulando de seu cavalo para abraçar o velho.

Marlon: Toma cuidado rapaz! - sorriu o velho enquanto observava Christopher ajudar a mulher de cabelo escuro como a noite a descer de seu cavalo - Senão conseguirá me partir ao meio.

Christopher: Vovô. - sorriu Christopher, abraçando o velho com carinho.

O avô observava a mulher que acompanhava seu neto e olhava para ele. Christopher, sem mais demora, disse, atraindo-a para si:

Christopher: Esta é minha esposa, Dulce Uckermann.

Durante um momento, os olhos de Marlon e os olhos de Dulce se conectaram e se observaram com curiosidade. Quase sem respirar, ela contemplou a figura daquele que era como seu sogro, que parecia estar bastante doente. Ele a examinou com seus olhos verdes e com imensas olheiras.

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