Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Morgana: Oh, não se preocupe. - sorriu amavelmente - É que às vezes é necessário apressá-las. Senão, só ficam flertando com os guerreiros e não fazem mais nada. Devo recorda-lhe, milady, que os criados devem ser tratados com mão de ferro. O que lhe perguntava?

Dulce: Há quanto tempo ela trabalha para meu marido no castelo. - Dulce mentiu, notando que aquela mulher estava começando a deixar de parecer tão angelical.

Com altivez, Morgana ajeitou o cabelo e se sentou ao lado de Dulce, que notou que ela tinha uma pela de porcelana, olhos verdes lindos e um cabelo louro maravilhoso.

Morgana: A família dessa moça está há anos nestas terras. Creio que a primeira a trabalhar aqui foi sua avó, depois sua mãe e agora ela.

Nesse momento entraram no salão Christopher e Christian.

Christopher: Morgana! - disse Christopher, parando diante delas. - Traga uma jarra de cerveja para mim.

Dulce: Oh, não é necessário. - disse Dulce, estendendo-lhe uma jarra que havia ali - Aqui tem uma.

Christopher: Essa não serve! - rejeitou-a Christopher, surpreendendo sua mulher.

Ela ia dizer algo quando viu Morgana se levantar:

Morgana: Trarei outra! - disse, indo para a cozinha disfarçando seu mau humor.

Quando Dulce e seu marido ficaram sozinhos ela perguntou:

Dulce: Por que foi antipático com a pobre Morgana?

Christopher: Pobre? - Christopher sorriu amargamente. - Não confio nessa mulher. Ela não é uma boa pessoa e, embora meu avô insista em defendê-la, algo nela nunca me agradou. - respondeu vendo Morgana se afastar com passos firmes - Portanto, procure não ter muita intimidade com ela. Creio que depois de minha chegada, ela não permanecerá muito tempo aqui.

Nesse momento, Dulce bocejou, fazendo seu marido sorrir.

Christopher: Minha conversa a entendia?

Dulce: Não, Christopher! - disse ela com um sorriso - Mas estou cansada da viagem, e a única coisa que quero é dormir, dormir e dormir.

Ele olhou para ela, e com um sorriso absteve-se de dizer o que realmente queria. Mas não foi necessário. Porque Dulce entendeu só de olhar para ele.

Christopher: Eu a acompanharei até nosso quarto. - ofereceu ele notando o cansaço no rosto de sua mulher.

Dulce: Se me acompanhar não dormirei. - sorriu ela, toda boba. - Subirei sozinha, conheço o caminho. Vá com seus homens. Pelo olhar deles, deduzo que desejam falar com você.

Christopher, ao ver o olhar maroto de sua mulher, sorriu.

Christopher: Tem razão.

Acompanhando-a até o início da escada, disse, dando-lhe um beijinho nos lábios:

Christopher: Não tardarei a subir.

Sorrindo para seu marido, Dulce começou a subir a escada que a levaria até o quarto de Christopher, agora dos dois.

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Caminhando pelo corredor, parou diante da porta do quarto de Lucca. Curiosamente abriu-a e sorriu ao ver o menino dormindo tranquilamente em sua cama, junto com seu cachorro. Fechando a porta, dirigiu-se a seu quarto. Ao passar diante do quarto de Marlon, ouviu vozes, mas seguiu seu caminho sem prestar atenção.

Uma vez fechada a pesada porta de seu quarto, Dulce se apoiou nela, sentindo a tranquilidade que lhe proporcionava a lareira, as peles que cobriam o chão, o calor. Com curiosidade, seus olhos negros percorreram aquele quarto que antes de seu casamento havia pertencido a seu marido. Ficou maravilhada ao observar com atenção a linda tapeçaria na parede.

"Ainda bem que não é feia como a do salão", pensou Dulce, e sorriu. Sem poder resistir ao encanto das almofadas que descansavam abaixo da janela, foi até elas. Sentada ali, seus olhos correram do lindo candelabro de metal que descansava em cima da lareira, com velas grossas altas de pura cera de abelha, até a maravilhosa cômoda de carvalho entalhado, combinando com o armário, os criados-mudos e as cadeiras. 

Ao ver a enorme cama com dossel, um estremecimento percorreu seu corpo quando ela imaginou as cenas que viveria em cima dela com seu marido ardente e musculoso.

Exausta pela viagem, Dulce se levantou, escovou o cabelo e começou a se despir. Desamarrou os laços de seu vestido surrado e, sem prestar muita atenção, tirou-o e o jogou em cima do baú. Ao abrir o armário, viu suas poucas roupas colocadas ao lado das de seu marido. Gostou. Tirou a camisa de linho, asseou-se e pegou outra limpa para dormir.

Depois de jogar dois pedaços de lenha na lareira para avivar o fogo, tirou a adaga que levava na coxa e a deixou ao lado da cabeceira da cama. Abriu as colchas e se enfiou embaixo delas. Pouco depois, estava profundamente adormecida. 

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No salão, a conversa dos homens se estendera mais do que Christopher esperava. Haviam chegado notícias sobre Robert de Bruce um dia antes e, como era de se esperar, em breve ele deveria viajar até Stirling para se reunir com ele.

Com cuidado entrou no quarto e, procurando sua mulher na cama, sorriu ao ver que estava no meio, enrolada como um novelo. Com a felicidade estampada no rosto, jogou um pedaço de lenha na lareira.

As noites estavam ficando cada vez mais frias, e se notava no ambiente. Voltou para a cama. Ficou enfeitiçado olhando para sua mulher, observou com cuidado e viu que os cortes no pescoço e a ferida no braço estavam quase curados. Quem teria dito, poucos meses atrás, que Dulce roubaria seu coração?

Ela parecia frágil e indefesa, coisa que não era, E muito bela e sensual. Tonto diante da constatação de que Dulce lhe tocava o coração. Christopher se despiu e deslizou com cuidado dentro da cama. De novo sorriu ao sentir que ela, sem acordar, buscava o calor do corpo dele, murmurando palavras ininteligíveis.

Sentindo-a em seus braços, Christopher engoliu em seco, ouvindo as batidas de seu próprio coração e observando-a com infinita adoração. Abraçou-a com força, sentindo um impulso incontrolável de fazer amor com ela. Mas, depois de beijar-lhe a testa, aspirar o odor de seu corpo e escutar sua respiração pausada, decidiu respeitar seu sono,

Fechando os olhos, adormeceu sentindo-se o homem mais feliz das Highlands.

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Durante os dias seguintes, Dulce se esforçou ao máximo para se apresentar e tentar agradar a todos, e sorriu ao sentir a afabilidade com que o padre Gowan a saudou. Ás vezes ficava desesperada ao ver a maneira como muitas mulheres a olhavam e fugiam dela, mas confiava em seus métodos, e sabia que mais cedo ou mais tarde aquelas que a olhavam com ódio acabariam aceitando-a.

Morgana, durante esses dias, tentou ser gentil com ela, mas em duas ocasiões deixou claro que conhecia a mulher que havia partido o coração de Christopher. Isso despertou poderosamente a curiosidade de Dulce, mas por ora, ela não estava disposta a perguntar. A amizade de Sara, a criada, estava começando a ser frutífera, algo que não agradava a Morgana.

Em especial as tardes em que confeccionaram juntas dois vestidos para Dulce. Sara, pela amizade que havia tido com Violet, a falecida irmã de Christopher, era uma pessoa que sempre observava Morgana de uma maneira que nunca lhe agradara.

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Passado um mês, chegou uma carta de Elena. Não estava grávida! Ansiosa para ver sua irmã, conseguiu fazer com que Christopher a acompanhasse a Urquhart. Depois de passar alguns dias com ela, ver que estava feliz e que Rona cuidava dela com carinho voltou para seu lar em Donan.

Poucos dias depois, Christopher teve que ir para Stirling. Não queria se afastar de sua mulher, mas a reunião com Robert de Bruce não podia mais ser adiada. Durante esses dias, com a ajuda de Christian, aproveitou para conhecer um pouco mais os aldeões. Eles continuavam olhando-a com receio, apesar de o padre Gowan repetir sem parar que a mulher de seu Lord era uma pessoa humilde e de bom coração. Coisa que ele mesmo havia tido a oportunidade de presenciar em várias ocasiões.

Christian: Creio que Bridgid demorará um pouco para se recompor do susto. - riu Christian, cavalgando com Dulce na volta das visitas aos aldeões.

Dulce: Mas eu só a ajudei a levar o cesto! - respondeu ela, dando um tapinha carinhoso no pescoço de Stoirm - Coitadinha! Viu como ela estava carregada?

Christian: Dulce, tem que começar a assumir que é a mulher de Lord Christopher Uckermann e senhora de Donan. É normal que seja estranho para eles que pule do cavalo para ajudá-los com qualquer coisa.
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