Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Chegando a porta do quarto de Morgana. Viu que ninguém passava por ali, abriu-a e entrou rapidamente. O quarto não era luxuoso, mas talvez mais do que costumava ser o aposento de um criado. Então, viu o baú aproximando-se dele. Mas, ao tentar abri-lo, viu que estava trancado. 

Amaldiçoou e procurou a chave ao redor. Depois de olhar em vários lugares, por fim a encontrou em um dos bolsos de um roupão escuro que estava dentro do armário. Com nervosismo, correu para o baú. Quando ouvi a fechadura estalar, abriu a tampa e, incrédula, viu bolsas de couro e potes de unguento de cores diferentes. Para que Morgana tinha tudo aquilo se dizia não saber nada de plantas?

Com cuidado, tentou não deixar nada de fora do lugar. De súbito um pedaço de linho amassado lhe chamou a atenção. Ao pegá-lo viu ali embrulhado um broche em forma de lágrima com pedras preciosas. Admirou sua beleza e viu que estava quebrado. Deixou-o no mesmo lugar em que estava.

Após fechar o baú, colocou a chave no bolso do roupão, saiu do quarto e correu para o salão. Passou por Christian, padre Gowan, Marlon e Christopher, que olharam para ela com curiosidade. Mas ao ouvir a voz de Morgana e Sara, Dulce quase pulou de cabeça para chegar a cadeira.

Morgana: Encontramos milady! - disse Morgana, entrando triunfante com o bracelete na mão, seguida por Sara.

Dulce: Oh, obrigada! - sorriu Dulce, respirando com dificuldade por causa da corrida.

Isso fez sua emoção mais plausível ao abraçar amorosamente Morgana e dar uma piscadinha para Sara que balançou a cabeça.

Dulce: Este bracelete representa muito pra mim. E se o tivesse perdido, acho que morreria. Obrigada Morgana. Você é maravilhosa!

Morgana: Não é para tanto. - disse a mulher, justo no momento em que Christopher aparecia, olhando para elas com desconfiança. - Se me desculpam, vou terminar o que estava fazendo.

Christopher: Dulce, o que aconteceu? - perguntou Christopher ao vê-la tão acelerada.

Morgana: Não se preocupe. - informou Morgana, passando por ele, mas sem olhá-lo. - Sua mulher perdeu uma coisa, e eu a encontrei. E ela está tão emocionada que quase não consegue falar.

Sara: Milady preciso ir à cozinha. Tenho certeza de que Susan requer minha ajuda. - despediu-se Sara, desaparecendo atrás de Morgana.

De novo os dois ficaram sozinhos. E diante do olhar de seu marido, Dulce tentou recuperar a compostura.

Christopher: Não sei o que está acontecendo aqui. - disse Christopher com desconfiança - Mas adoraria que me contasse antes que fique sabendo por terceiros.

Com um sorriso que derrubou a rigidez de seu marido, ela murmurou:

Dulce: Venha aqui meu amor!

Ela o sentou na cadeira, sentou-se em seu colo. Coma sensualidade que sabia que derretia seu marido, sussurrou:

Dulce: Christopher, por que acha que estou fazendo algo estranho?

Christopher: Porque a conheço e sei quando não está dizendo a verdade. - disse ele.

Os lábios de sua mulher percorriam seu pescoço e os dedos dela escavavam perigosamente em seu cabelo.

Christopher: E agora sei que está tentando me fazer parar de perguntar.

Dulce: Senti sua falta hoje. - riu ela ao ver que ele começava a sorrir.

Christopher: Que estava fazendo Dulce? - insistiu Christopher.

Ele sabia que aquela bruxinha havia aprendido a enrolá-lo. Algo que, aliás, ele adorava.

Dulce: Embora não acredite, eu estava ajudando Sara. Preciso ter uma amiga em minha casa nova. - sussurrou Dulce, vendo que seu marido começava a sorrir - E agora, beije-me e pare de me olhar com esses olhos de Falcão.

Christopher: Olhos de Falcão? - gargalhou Christopher.

Dulce: Sim. Faz isso quando tenta adivinhar alguma coisa.

Debochada, ela começou a imitá-lo.

Dulce: Normalmente, fecha um pouco o olho esquerdo, inclina a cabeça e crava seu olhar dourado. Esse é seu olhar de Falcão.

Christopher: Você é deliciosa. - sorriu ele, beijando-lhe a boca com vontade.

Christian: Por São Ninian! - disse Christian ao passar por ali com Marlon e o padre Gowan.

Dulce e Christopher se levantaram rapidamente da cadeira ao serem surpreendidos.

Christian: Por acaso não tem um quarto para dar rédea solta a suas paixões?

Padre Gowan: Louvado seja Deus! - sussurrou o padre Gowan olhando para o outro lado, enquanto Marlon gargalhava.

Christopher: Bem pensado. - disse Christopher sorrindo ao ver a cara de seu avô.

E pegando a mão de Dulce, vermelha como um tomate, disse enquanto se dirigiam à escada:

Christopher: Obrigado, Christian, por me sugerir o lugar.

E então, Christopher e Dulce desapareceram de vista.

Marlon: Creio que daqui a pouco. - riu o velho junto a Christian - Teremos algumas crianças correndo por este castelo.

Padre Gowan: E eu batizarei a todos. - assentiu o padre Gowan, certo disso.

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Marlon estava encantado com os novos residentes da casa. Estava cada dia mais feliz vendo seu neto Christopher, temido por centenas de homens por sua coragem e habilidades, desmanchar-se diante dos sorrisos daquela mulher. Sem que Dulce soubesse, Marlon às vezes a observava do balcão de seu quarto e se maravilhava ao vê-la cuidar de Lord Draco ou cavalgar com Stoirm, aquele cavalo pardo impressionante.

Conhecia, por Christian, as diferentes maneiras de ser de Dulce. Gargalhara quando ele lhe contara certas coisas sobre aquela jovem que Christopher nunca se atreveria a lhe contar. Ficara maravilhado quando soubera que ela sabia manejar a espada, coisa que até o momento não havia realizado diante dele, e ficara sem palavras quando lhe contara como Dulce havia se vingado das pessoas que mataram seus pais e posteriormente seu avô e Max.

Marlon era feliz vendo como essa moça fazia feliz seu neto. Era uma felicidade que ele nunca havia notado anos atrás, quando Christopher se apaixonara por Belinda, a mulher que partira seu coração e azedara sua personalidade, até que Dulce entrara em sua vida.

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Como Lord de suas terras, Christopher devia visitar sua gente, e em especial velar pelos interesses de todos. Interesses que lhes proporcionavam grandes benefícios pela venda de lã. No interior das Highlands, o clã Uckermann possuía uma grande extensão de terras onde criava ovelhas. Apesar dos invernos duros daquela região, eles haviam conseguido obter êxito naquele empreendimento difícil.

O rebanho que possuía era bem grande. Cerca de duas mil ovelhas pastavam tranquilamente sob o cuidado de várias pessoas, que as alimentavam e as atendiam dentro dos currais. Quando chegava a época da tosquia, muitos aldeões partiam para o interior e começavam o processo: lavagem de lã crua, classificação e divisão.

Uma vez classificada, a lã era distinguida como boa, média, grossa, pouco grosseira e muito grosseira. Toda ela era transportada para as aldeias de Donan, e, assim como o ferreiro cuidava da ferraria, diversas mulheres e homens cuidavam de cardá-la (máquina), penteá-la e fiá-la, para ser tecida no tear, onde obtinham tecidos finos para mantos, para os hábitos dos monges, colchas e até mesmo calçados.

Com os anos, os produtos vendidos pelo clã Uckermann foram adquirindo fama. Eram cada vez mais numerosas as igrejas da Escócia que lhes encomendavam hábito e colchas.

Tendo adiado o máximo que pode a viagem, por fim Christopher decidiu partir com seu irmão, deixando Marlon e Dulce sozinhos no castelo.

Christopher: Serão apenas duas noites. - disse Christopher sorrindo e brincando com sua mulher na cama.

Enquanto ele lhe fazia cócegas, ela esperneava, rindo.

Christopher: Tenho que ir. Fui informado de que ao leste de Stirling vários rebanhos de ovelhas pegaram sarna, e ontem tive notícias nada boas desses rebanhos. Por isso, preciso ver com meus próprios olhos o que está acontecendo.

Dulce: Tenho uma ideia. - disse Dulce, montada em cima dele. - Por que não me leva com você e, assim, posso conhecer essa área também?

Christopher: Desta vez não pode ser querida. - sorriu ele, maravilhado como sempre pela beleza selvagem e natural dela.

Ela estava sentada em cima dele, vestida somente com uma fina camisa de linho meio aberta, que deixava à mostra seu corpo esguio e seus seios redondos e duros.

Christopher: Mas prometo que da próxima vez eu a levarei.

Dulce: Há alguém ali que não deseja que conheça? - perguntou ela, mordendo o lábio.
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