Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

Com um movimento, Christopher a fez rolar na cama até deixá-la debaixo dele.

Christopher: O que quer dizer com isso? - riu Christopher ao vê-la franzir a testa - Está se referindo a outra mulher? - perguntou ele com a voz rouca, mordendo-lhe o pescoço para fazê-la rir - Está com ciúme?

Dulce: Não! - disse ela, olhando- o nos olhos - Mas como nosso casamento acaba daqui alguns meses...

Christopher: Como pode pensar uma bobagem dessas? - disse ele, imobilizando-a sob si e olhando-a com seriedade - Eu não preciso de outra mulher que não seja você.

Só de pensar em perdê-la ele sofria, de modo que, com semblante preocupado, disse:

Christopher: Por acaso está pensando em acabar com nosso casamento, Dulce?

Dulce: Não em absoluto. - sorriu ela ao sentir que ele ficava tenso. - Só estava comentando que o Handfasting acaba daqui a alguns meses.

Christopher: E se casará comigo de novo. - disse ele categórico.

E segurando-lhe os braços acima da cabeça, cravando seus olhos dourados lindos e inquietantes nela, disse:

Christopher: Não vou permitir que se afaste de mim.

Isso a animou. Apesar de não escutar de sua boca palavras românticas de amor.

Dulce: Então, pode ir com a certeza de que não ficarei com ciúme.

Sem querer mudar de assunto, Christopher, ainda em cima ela sussurrou:

Christopher: Pode ter certeza de que se casará comigo.

Ao vê-la sorrir, beijou-a e disse:

Christopher: Querida, eu lhe darei três razões para que não sinta ciúme: a primeira é que meus beijos são só para você, a segunda é que eu a adoro.

Dulce: E a terceira? - perguntou Dulce em um sussurro - Qual é a terceira?

Christopher: Ah... essa é a mais importante.

Riu sabendo que ela reclamaria. E pegando-a pelos pulsos enquanto lhe abria as pernas, sussurrou:

Christopher: A terceira é que ainda não conheci ninguém que tenha a mesma cor de cabelo que meu cavalo.

Dulce: Como pode dizer isso? - gritou ela rindo.

E se abandonando em suas carícias, murmurou:

Dulce: Cada vez tenho mais certeza de que se casou comigo por causa de meu cabelo.

Christopher: Sim querida. - suspirou ele, tornando-a beijá-la - Tem toda a razão.

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Na manhã seguinte, junto com Marlon, Morgana e Lucca, Dulce, triste, mas com um sorriso nos lábios, despedia-se de Christopher. Ele piscou pra ela e saiu a galope com alguns dos seus homens.

À tarde, ela desceu à cozinha, mas ao ver o constrangimento da maioria das mulheres, voltou para o salão, onde ficou sentada olhando ao redor, sem saber realmente o que fazer.

Seus olhos pousaram na tapeçaria horrorosa pendurada na lateral do salão diante da mesa principal. Essa tapeçaria de tons sinistros escurecia o lugar. Além do mais, estava pendurada diante de umas janelas pequenas voltadas para a escada que levava aos quartos. Decidida, solicitou a ajuda de vários homens para tirá-la dali.

O salão se inundou de luz e deixou exposto um escudo de armas lavrado na própria pedra, que mais tarde ela soube que pertencia aos pais de Christopher.

Morgana: O que está acontecendo aqui? - disse Morgana ao entrar no salão - Por todos os diabos, quem ordenou que tirassem essa tapeçaria?

Dulce: Fui eu. - respondeu Dulce, tirando o pó do cabelo - Algum problema?

Morgana: Essa tapeçaria... - disse ela furiosa - Foi uma encomenda que Christopher fez a mim e a outra pessoa. E creio que não vai agradar-lhe ver que tirou.

Dulce não estava disposta a dar o braço a torcer.

Dulce: Mas é horrorosa! - disse diante da mulher, fazendo rir os homens e as mulheres que a recolhiam - Essa coisa feia foi Christopher quem encomendou?

Morgana: Sim. - respondeu a mulher, muito digna, tossindo devido ao pó.

Dulce: Pois ele devia estar bêbado. - Dulce disse, e de novo fez rir todos os presentes.

Menos Morgana. Irada por se sentir menosprezada, sendo que pretendia ser a senhora do castelo, a mulher voltou ao ataque.

Morgana: Ele sempre lhe teve muito apreço, porque foi Lady Belinda e eu que a compramos.

Ouvindo isso, todos ficaram sem fala.

Dulce: Lady Belinda? Ah, sim... - respondeu Dulce, dissimulada.

Não queria dar a impressão de que não sabia nada dela, embora fosse verdade. E, sem pensar duas vezes, disse, conquistando a simpatia de todos os que estavam ali:

Dulce: Pois se foi ela que a comprou, mais uma razão para querê-la fora de minha vista. Levem-na para algum lugar onde eu não a veja novamente, ou podem queimá-la.

Morgana sem acreditar diante daquela decisão gritou:

Morgana: Deveria perguntar antes de tomar decisões!

Isso foi um desafio a Dulce, que se postando diante da mulher sibilou:

Dulce: Sinceramente, Morgana, duvido que, deva lhe perguntar alguma coisa, visto que a senhora deste castelo sou eu.

Cortou-a de tal forma que Morgana não sabia o que responder. A humilhação que Morgana sentiu nesse momento foi tanta que, sem dizer nada, saiu espavorida do salão, deixando Dulce terrivelmente confusa e sem saber se o que havia acabado de fazer estava certo ou errado.

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Naquela noite, quando Marlon apareceu e Dulce lhe contou o que havia acontecido, ele caiu na gargalhada, elogiando-a pelo bom gosto de ter tirado aquela coisa horrorosa do salão. Essas palavras a deixaram mais tranquila. Saber que Marlon não dava importância aquilo a fez intuir que Christopher também não se incomodaria.

No fim da noite, tendo sentido muito a ausência de Christopher, ela adormeceu, exausta. Até que sentiu alguém a chacoalhando para acordá-la.

Dulce: O que está acontecendo? - perguntou, mal humorada pelos chacoalhões. 

****: Milady, acorde.

Era a voz de Sara, que chorava assustada.

Sara: Acorde, por favor!

Dulce: Está bem. - assentiu ao notar a angústia de Sara - O que aconteceu?

Sara: Uns homens estão mantendo o velho Marlon no salão. - disse chorosa - Entraram de madrugada, capturaram as sentinelas, e estão destruindo o castelo.

Dulce: Como? - gritou Dulce, acordando de vez - E onde estão nossos homens?

Sara: Alguns foram com seu marido, e o resto está em suas casas. - disse Sara retorcendo as mãos - O problema é que esses homens tomaram os postos das sentinelas, e estão mandando constantemente os sinais necessários para que a guarda da aldeia continue tranquila.

Dulce: Temos que fazer algo para avisá-los. - sussurrou Dulce, pensando no que fazer - Onde está Lucca?

Sara: Em seu quarto dormindo.

Dulce: Por todos os santos, Sara! - exclamou Dulce, levantando-se da cama com o cabelo revirado e vestindo um roupão azul - Não sei o que fazer!

Sara: Oh, Deus. - gemeu a criada, nervosa - Eles vão matar a todos nós.

Amarrando com força o cinto do roupão, Dulce disse.

Dulce: Marlon não consentiria.

Sara: Milady, escutei um desses homens perguntar por você.

Olhando-a com rapidez, Dulce perguntou:

Dulce: Por mim?

Sara: Sim. - assentiu a moça assustada - Aquele sem-vergonha disse: "Onde está a morena que matou meu irmão e feriu um dos meus homens? E pelo que os ouvi gritar esses homens devem conhecê-la de algum ataque após o casamento.

Dulce, afastando o cabelo do rosto, assentiu.

Dulce: Creio que sei quem são. - respondeu ao recordar os homens que o haviam atacado quando estavam na tenda de Damon.

Sem perder tempo, pegou sua espada.

Dulce: Quantos são?

Sara: Eu vi uns vinte, e tenho medo de que matem o velho Marlon.

****: Eu sei como sair sem que ninguém me veja. - disse de súbito Lucca, atrás delas.

Dulce: Lucca meu tesouro! - Dulce correu para abraçá-lo - Que faz acordado?

Lucca: Ouvi barulho e me levantei. - confessou ele, olhando-as com impaciência - Ouviram? Eu sei como sair sem ser visto.

Dulce: Como? - perguntou Dulce.

Lucca: Marlon me mostrou que atrás da tapeçaria do quarto dele existe uma câmara secreta. - informou o menino com os olhos arregalados. - Ele disse que utilizava a câmara quando precisava entrar ou sair com urgência no castelo para pegar as navegações, em sua época de guerreiro.

Sara: Aonde leva essa câmara secreta? - perguntou Sara.

O menino, olhando para sua irmã, respondeu:

Lucca: Vai direto para o lago. Marlon me contou que, antes, sempre havia uma barca esperando-o para levá-lo até as navegações.

Dulce: Mas agora não haverá nenhuma. - sussurrou Dulce - Não pode ir. Nem pense nisso!

Lucca: Dulce escute. - disse o menino, surpreendendo-as - Você me ensinou a nadar, e posso sair sem ser visto e ir até a aldeia para pedir ajuda.

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