Fanfic: Desejo Concedido (Adaptação - Vondy/Delena) | Tema: Vondy, Delena, Época, Romance

De madrugada, a porta se abriu. Christopher deu um pulo quando as mulheres saíram do quarto.

Sara: Meu Lord. - disse Sara com um sorriso de satisfação nos lábios - Milady está perguntando pelo senhor.

Escutar essas palavras era o que Christopher mais desejava no mundo. Christian, sentindo seu irmão suspirar, abraçou-o.

Christian: Irmão. - sorriu Christian - Não a faça esperar.

Christopher: Claro que não! - sorriu Christopher.

E desapareceu pela porta. Os Highlanders sorriram.

Marlon: Mas ela está bem? - perguntou Marlon com os olhos marejados - Ela está bem?

Morgana: Ela é jovem e se recuperará rápido. - respondeu Morgana, que apareceu nas sombras, ainda contrariada por não lhe haverem permitido entrar com as mulheres.

Sara: Senhor... - sorriu Sara com os olhos marejados - Milady me pediu que lhe agradeça em seu nome até que ela mesma possa fazer.

Ouvindo isso, Marlon tomou as mãos da jovem criada e ambos choraram.

Christian: Mas que bando de chorões! - debochou Christian

Empurrou todos para a escada, com o coração transbordando de alegria por saber que sua cunhada, a quem adorava, estava fora de perigo.

Christian: Vamos todos chorar no salão para que Christopher e Dulce possam descansar.

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Christopher apoiou-se atrás da porta, de onde tentava ver sua mulher deitada na cama. Os reflexos do fogo da lareira iluminavam o quarto, e foram eles que o advertiram que Dulce olhava para ele.

Christopher: Olá Impaciente. - sussurrou ele com a voz rouca e um sorriso - Como está o meu amor?

Pálida, com olheiras, ela respondeu retribuindo o sorriso:

Dulce: Bem, não se preocupe.

Christopher: Agora que está falando comigo, e estou com você, não me preocupo mais. - sussurrou Christopher com a voz cheia de alívio, afastando-lhe o cabelo suado do rosto.

Depois de um silêncio carregado de emoção foi ela quem falou:

Dulce: Está bravo comigo, não é? Com certeza pensa que eu não deveria ter saído deste quarto.

Christopher: Não minha querida. - sorriu ele com doçura, deitando-se ao seu lado.

Os trovões se ouviam mais distantes.

Christopher: Não posso ficar bravo com você, mas comigo sim. Como não me dei conta do que estava acontecendo? Como não cheguei antes?

Ao escutá-lo, Dulce sorriu.

Dulce: Aproveite... - brincou ela, fazendo-o rir - E pergunte-se como não me ocorreu pedir a você para que não partisse, para o caso de que fossemos atacados por Omalley e não conseguisse chegar a tempo.

Christopher: Vai acabar comigo. - disse ele, beijando-lhe a face com delicadeza - Desde que me casei com você, minha vida é um sobressalto constante.

Dulce: Eu o adverti. - murmurou ela, tomando-lhe a mão, sem forças.

Christopher: Você é incorrigível, impetuosa, impaciente, cabeça-dura, e às vezes, maravilhosa sabia?

Dulce: Sim. - assentiu sonolenta ao lado dele - Mas pode me recordar isso sempre.

Christopher passou a noite observando-a para aplacar seu medo. Pensar que algo pudesse acontecer a ela era uma tortura. Analisou várias vezes como havia caído na armadilha de Omalley sem se dar conta. Como não havia suspeitado?

A única resposta que encontrava era a de sempre: Dulce. Estava tão absorto em suas feições, em seu sorriso, que ignorava detalhes que antes esmiuçava ao máximo. Por fim, exausto, adormeceu ao lado dela, ciente de que sua vida nunca mais voltaria a ser como antes.
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Sete dias depois, Dulce não conseguia não fazer que Christopher a deixasse sair do quarto. Ele a mantinha ali contra a sua vontade e não lhe permitia fazer nada. Nos primeiros dias, foi divertido não fazer nada e dormir quanto quisesse, mas, à medida que seus ferimentos se curavam e ela recuperava as forças, a reclusão fazia seu sangue ferver.

Dulce: Quero sair, dar uma volta! - protestou como uma menina.

Christopher: Vai esperar até estar mais forte. - respondeu Christopher, cansado de escutá-la.

Dulce: Por todos os santos, Christopher! - gritou ela - Pretende me manter trancada aqui mais tempo?

Christopher: Sim. - assentiu ele com suavidade, calçando as botas, sentado na cama.

Dulce: Nem pense nisso! - ameaçou ela, jogando-lhe uma escova de cabelo e acertando-o nas costas - Sairei daqui, você queira ou não.

Christopher olhou para ela sisudo, mas, ao ver sua expressão infantil, sorriu. Estava linda com aquele roupão de cor terra. Mas, por mais que protestasse, ele não lhe permitiria sair dali enquanto não tivesse certeza de que estava totalmente bem.

Christopher: Pretende acabar com minha paciência? - perguntou ele, esboçando um sorriso.

Dulce: E você? - respondeu ela com os braços cruzados - Pretende acabar com a minha?

Christopher: Você não tem paciência. - riu ele - Acaso se esqueceu?

Dulce: Você é um bruto insensível! - protestou Dulce, horrorizada diante da perspectiva de passar mais um dia trancada no quarto - E não ria, ou juro que jogo a cadeira na sua cabeça.

Christopher: Ah, isso significa que está melhor! - ele debochou - Venha aqui querida.

Dulce: Não estou com vontade. - respondeu Dulce, emburrada.

Christopher: Não é questão de vontade. - Christopher sorriu, feliz por vê-la comas faces coradas, com a testa franzida e o olhar desafiador - Estou lhe dando uma ordem.

Isso a fez sorrir. Ele a fazia sorrir.

Dulce: Acha divertido me dar ordens, Highlander? - sorriu ela ao vê-lo tão bonito à sua frente.

Christopher: O que acho divertido é você. - admitiu ele, aproximando-se mais.

E fazendo-a cair para trás na cama, disse, antes de desamarra-lhe o roupão e beijá-la:

Christopher: Gosto de você.

Dulce: Só gosta? - sussurrou ela, ansiosa por escutar as palavras que ele nunca dizia.

Olhando-a com aqueles olhos dourados como os campos da Escócia, ele sussurrou no ouvido dela:

Christopher: Você me diverte, me irrita e me desafia.

Dulce: Espero provocar mais sensações e necessidades, com o tempo. - suspirou ele, decepcionada.

Ansioso para fazer amor com ela, coisa que ainda não devia, disse beijando-lhe o pescoço:

Christopher: A que se refere?

Dulce: Refiro-me a amor, a sentimentos.

Christopher: Você sabe que eu não acredito nisso. - respondeu ele, sentido seu próprio coração se rebelar - Acredito mais nas necessidades.

Ela semicerrou os olhos com raiva. Christopher sorriu.

Dulce: Está dizendo que, para você, sou como comer ou beber cerveja? - perguntou ela incrédula.

Christopher: Digamos que sim. - mentiu ele, sentindo-se cruel.

E, sem lhe dar tempo de responder, abraçou-a.

Christopher: Para mim é algo necessário em minha vida, porque adoro seu sorriso, divirto-me com seus comentários e seus desafios são deliciosos. Mas do que mais gosto é de nossas reconciliações, quando beijo e me corresponde, e quando seus suspiros chegam a meus ouvidos e me enlouquecem de paixão.

Escutar sua voz insinuante e sentir seu corpo sobre o dela fez Dulce estremecer dos pés a cabeça. Ele era tão bonito, que, em momentos como esse a excitação a deixava de boca seca e corpo mole. Ciente da proximidade de seu esposo, ela tentou atraí-lo para si, mas ele resistiu, levantando-se.

Christopher: Pode ter certeza, minha esposa, de que minha vontade de você é maior que a sua. - riu ele, contemplando a cara de desconcerto dela - Mas, enquanto não estiver recuperada, não pretendo fazer nada de que possa me arrepender.

Dulce: Oh.... é um  animal! - gritou ela, irritada e satisfeita ao mesmo tempo - Além de um bárbaro selvagem, um estúpido é um presunçoso.

Christopher: Sim, minha querida. - assentiu ele, revirando os olhos - Sou tudo o que quiser até que fique curada, mas depois... nunca mais me chame dessas coisas, porque pode ter certeza de que a farei pagar a língua.

Dulce: Que medo! - debochou ela, vendo-o abrir a porta para sair, com sua espada na mão.

Christopher: Agora, descanse. - ordenou ele, sorrindo. - Daqui a pouco voltarei.

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