Fanfic: REENCONTRO OU UMA NOVA CHANCE? -AyA - RBD - PONNY | Tema: Rbd

Oi gente, vou demorar um pouco para atualizar os capítulos, quando comecei a história eu já tinha um caminho, mas os recentes fatos sobre o RBD vão fazer eu mudar um pouco os rumos. Tentarei postar 1 cap por semana. Espero que gostem! 

Pov. Poncho

Anahí continua andando de um lado para o outro na sala e percebo o quanto ela está nervosa e com medo de falar, decido me levantar e a abraço, sei que ela precisa disso.

Poncho: Ani, me conta. Eu tô aqui por ti.

Anahí começa a chorar e alguns minutos depois, ja mais calma, sai dos meus braços e decide sentar.

Anahí: Nem mesmo eu sei como fui parar no meio dessa merda toda. Mas resumindo, eu fui " escolhida" para assumir um papel, você sabe ou tem noção de toda a sujeira que envolve a televisa e a politica, eu apenas sou usada como mais uma peça nesse jogo. Uma peça bonita, frágil e descartável.

Sento ao seu lado , seguro sua mão e a olho nos olhos, vejo o quanto ela tá machucada e isso me dói muito, saber que ela sofreu e sofre dessa forma sem que eu pudesse protegê-la

Anahí: Tudo foi arquitetado, eu conheci Velasco e me aproximei dele em um momento que estava muito machucada.

Poncho: Após o nosso término?

Anahí: sim, eu não estava bem e ele se mostrou ser um bom amigo. Com isso, um dia fui chamada na presidência da emissora para me apresentarem um novo papel. Achei estranho, mas fui mesmo assim. Na verdade era um contrato, no qual eu deveria me relacionar com Velasco, casar, ter filhos e me afastar da minha vida de cantora. Na mesma hora achei absurdo, eu não poderia fazer isso. Mas eu não tinha escolha, eles passaram a me ameaçar, eu estava apavorada, sem saber o que fazer!

Poncho: Ani, você deveria ter me procurado, eu poderia tentar te tirar disso.

Anahí dá um sorriso fraco..

Anahí: Poncho, eles me ameaçaram, me chantagiaram, eles tinham a minha família nas mãos deles, eles ameaçaram matar um por um dos meus familiares, eles ameaçaram matar você.

Nesse momento ela me olha e recomeça a chorar.

Poncho: Ei, se acalma, você tinha que ter me procurado, se eu soubesse disso tinha dado um jeito de fugir com você, sei lá íamos pro último país do mapa, mas nunca eu ia deixar você assinar isso.

Anahí: Eu sei que não, por isso eu não procurei, Poncho, eu não poderia fugir e deixar minha família aqui, você também não, era muito arriscado. Com isso eu decidi assinar, eu precisava ficar por pelo menos 8 anos com ele, ter os filhos e viver uma vida exemplar como uma boa esposa de político. Nesses anos, eu perdi minha dignidade, perdi amigos, perdi minha carreira, perdi meu amor. Mas ganhei minhas duas maiores jóias e por eles, eu enfrento tudo.

Poncho: Porra eu sempre ouvi essas especulações mas não achei que fossem tão graves assim. Como você consegue viver assim? Ele já te machucou?? Me diz, Ani!

Anahí: Alfonso- ela suspira- todas as formas possíveis de violência eu já sofri nesse tempo.

Eu não consigo acreditar no que estou ouvindo, a raiva é tanta que preciso quebrar alguém, me levanto rápido e percebo que ela se assusta.

Poncho: NÃO ANI, EU VOU MATAR ESSE FILHO DA PUTA DESGRAÇADO!!!! ELE NÃO PODE TER FEITO ISSO CO VOCÊ!!

Anahí: Alfonso se controla que meu filho tá dormindo e eu não quero que acorde assim! Sim, ele é literalmente um filho da puta, o que eu tô te falando aqui nem minha mãe sabe.

Não consigo me controlar, vou até o bar e pego uma garrafa de whisky e começo a beber.

Anahí: Achei que não ias mais beber.

Poncho: Como você quer que eu me acalme pro resto dessa conversa? Sabendo o que esse fodido faz contigo?

Anahí: Fez, ele nunca mais me tocou, desde o fim do mandato de governador eu consegui que ele me libertasse para morar em LA, claro que com todos os seguranças, minha vida grampeada e monitorada. Mas eu não precisava mais olhar pra cara dele diariamente. Apenas quando ele precisava que eu aparecesse para gravar algo. Infelizmente, com o fim do meu prazo chegando eu precisava cumprir com a parte final do acordo, um segundo filho.

Poncho: Como você consegue ir pra cama com um cara desses???

Anahí: Não querido, nunca transei com ele, acho que ele deve ter as putas ou putos por aí, não me importo, eu tenho problemas de fertilidade e no contrato exigia que os filhos fossem homens, então fiz inseminação. Por isso, voltei pra Chiapas após descobrir a gravidez, para podermos atuar como a família feliz.

Poncho: e tua família consegue deixar você com ele?

Anahí: Minha mãe sempre que pode está comigo, sem ela e a Mac eu não teria conseguido chegar até aqui. Elas sofrem ameaças também então fazem o que podem para me ajudar.

Poncho: Ani, eu não entendo por que você precisou se afastar assim, eu poderia ter te ajudado a passar por isso. Eu poderia ter te esperado

Anahí: Mi amor, eu não poderia te pedir isso. Tentei por várias vezes me aproximar de você nas redes sociais já que não poderia ser pessoalmente para não te comprometer. Mas você optou por me excluir. E apesar de sofrer com isso, achei melhor. Assim estarias protegido.

Poncho: Anahí, eu tava com raiva, a cada postagem sua com aquele imbecil eu me descontrolava, a cada coisa que eu postava apareciam centenas de fãs te marcando.

Anahí: Eu sei, imagino a sua raiva por que é a mesma que eu sentia ao ver sua vida se encaminhando. E me dóia ainda mais em saber que você realmente amava outra a ponto de ter um filho.

Poncho: Annie, eu e a Diana éramos amigos, que em uma noite transamos e aí veio nosso filho, mas sempre deixamos claro um pro outro que nossos corações eram de outras pessoas. Ela sempre foi uma excelente esposa e mãe. Mas não era e não é a mulher que eu amo.

Anahí que até então estava de cabeça baixa, levanta e olha nos meus olhos, pela primeira vez eu consigo ver um brilho que me lembra a Annie que eu sempre amei. Me aproximo e seguro seu queixo para que ela olhe nos meus olhos, preciso que ela veja o quanto o que eu falei é real. Quero que ela saiba que a mulher que amo é ela. Sempre foi e sempre será. Decido aproximar nossos lábios e início um beijo calmo. Percebo que ela se assusta a princípio, mas se entrega. Quanta falta eu senti desses lábios nos meus, do gosto dela, parece que nada mudou mas ao mesmo tempo está muito melhor, talvez seja a saudade. Seguro seu rosto com as mãos e ela toca meu peito, nossas línguas se encontram e o nosso beijo se intensifica, nossos corpos reagem como se estivéssemos encontrado a parte que estava faltando para sermos completos. Contudo, como um estalo, ela abre os olhos e nos interrompe.

Anahí: Não, poncho. Não podemos fazer isso assim.

Poncho: Ani, você sentiu falta assim como eu. Não podemos passar a vida toda negando o que sentimos por puro medo!

Anahí: Eu não quero negar o sinto por você, eu te amo, sempre amei. Fui boba de não ter valorizado e confiado em você. Mas...

Antes que ela complete a interrompo.

Poncho: Mas nada, vou te ajudar a sair desse cativeiro que está sua vida. E vamos resolver nossa vida juntos.

Ela esboça um leve sorriso e me abraça.

Poncho: Você tem alguma cópia aqui do contrato? Queria levar pra um advogado de confiança. Assim podemos pensar nos próximos passos e tentar te livrar logo disso.

Anahí se levanta e vai até o quarto, acredito que foi até a um.cofre pois volta de lá com um envelope.

Anahí: Aqui, eu não acho esse seu advogado vá achar alguma brecha por que já tentei vários e nenhum me deu esperanças, mas só te peço pra que isso não vaze.

Poncho: Confia em mim, vamos dar um jeito, amanhã vou comprar um celular pra você, um que não esteja e não possa ser rastreado. Assim podemos nos falar, só terás que tomar cuidado.

Anahí: Poncho, não precisa..

Poncho: Precisa sim, não vou aguentar ficar sem saber se estás bem. Mas agora acho melhor eu ir, Dani pode acordar e sentir minha falta.

Anahí: Obrigada pelo que estás fazendo por mim. Não sei nem como agradecer, mesmo que não consigas me ajudar só o fato de ter conversado com você já me deixou bem melhor. Você sempre me faz bem.

Poncho: Ani, eu faço isso por nós. Demorei pra isso e agora vou até o fim. Logo estaremos juntos. Apenas acredite nisso.

Me levanto e dou um beijo em sua testa, a vontade era de beijar sua boca, mas não posso ultrapassar muito os limites. Nos despedimos e dirijo até minha casa, não conseguirei dormir essa noite, muita coisa pra pensar, mas principalmente pensarei no beijo que demos, espero que seja o primeiro de muitos.