Fanfics Brasil - Capítulo 11 Desconheço seus motivos

Fanfic: Desconheço seus motivos | Tema: Romance erótico.🔥 (Original)


Capítulo: Capítulo 11

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28 DE NOVEMBRO 2009.


Romeu acabará de despertar e muito enérgico saltou da cama, pois esse era o dia, o dia que por fim regressaria ao Brasil, olhou em volta e viu todas as suas coisas empacadas e sentiu um turbilhão de emoções indescritíveis. Pegou seu celular e leu mentalmente:


"Não imagino o que fiz para magoar-te Romeu. Se ao menos dissesse-me o motivo do teu súbito abandono para que eu pudesse iniciar minha saga por teu perdão. Iria aos confins da Terra." – Josué


As lágrimas vieram como nas outras 122 mensagens que havia recebido de Josué, por mais que quisesse respondê-las não podia, pois após seu terrível encontro com Santiago sabia que os sentimentos de Josué não eram recíprocos e que ele vinha escondendo a verdade sobre seu namoro com Jade, naquele momento a decepção com ele era enorme. Romeu sempre acreditou que havia um fluxo de intensas emoções que iam além da simples amizade entre ambos, mesmo que não verbalizassem e tampouco demonstrassem em gestos óbvios o que sentiam um pelo outro. Guadalupe acabara de chegar de um exaustivo plantão médico no San Bartolomé de la Gloria e passando pela porta do quarto do amigo o viu sentado na cama com as mãos cobrindo a face, talvez para abafar o choro que não queria chorar.


Sentindo a aproximação da amiga relaxou as mãos deixando cair sobre o seu próprio colo. Para surpresa de Guadalupe havia um sorriso verdadeiro e genuíno que enganaria qualquer um que o não conhecesse bem, viu resquícios de lágrimas e dissimulou, pois sabia tudo o que estava acontecendo com Romeu e julgou que o melhor para aquele momento era da-lhe credibilidade para o esforço que o amigo estava fazendo para sorrir e logo disse:


— Não é justo que você passe suas últimas horas aqui enfurnado nesse quarto, levando em consideração que passou os últimos dias sem quer pôr a cabeça na janela. Por favor vem comigo almoçar e por um último passeio? Perguntou com um tom de suplica carregado de razão. De verdade esperava um não como resposta, sobre o pretexto de que ele precisava verificar suas coisas, embora ela soubesse que Romeu já tinha feito isso um milhão de vezes na noite anterior.


— Deixa apenas eu tomar um banho rápido, disse Romeu. Para a surpresa de sua amiga.


Foram caminhando para o restante, levaram aproximadamente 15 minutos para chegar ao local. Guadalupe a todo instante disfarçou o cansaço da caminhada, pois sua real intenção era fazer com que Romeu respirasse o ar do dia a dia espanhol mais uma vez, uma ultimas vez. Ainda conseguia ver em seus olhos o mesmo brilho, coragem e determinação do rapaz que Romeu era a dois anos atrás, ainda que triste e decepcionado agora. Já mais esquecia a forma como se conheceram.


Após terminarem a refeição pediram um café e conversam sobre como Guadalupe deveria ir ao Brasil algum dia, para provar o típico pão de queijo mineiro. De repente o semblante de Romeu ficou sombrio e antes mesmo que Guadalupe pudesse levar seus olhos onde os de seu amigo repousavam com tanto ódio, ele levantou-se e sem nenhuma explicação aparente deixou o estabelecimento. Guadalupe chamou o garçom que lhe entregou a conta do que consumiram. Pagando a conta, recolheu o celular e a carteira do amigo que os abandonou.


Saindo do restaurante aflita olhou em volta para ver se encontrava Romeu, e o viu do outro lado da rua se aproximando de um homem que parecia seriamente em dúvida entre rosas ou lírios para um belíssimo jarro que tinha em mãos. Romeu o agarrou pelo o ombro com tanta violência que o rapaz deixou cair a preciosa peça de cristal que se espatifou no chão. Guadalupe vendo o ataque de cólera do amigo, correu até ele para tentar impedi-lo de cometer uma estupidez maior ainda. Chegou no exato momento em seu amigo desferiu um soco no desconhecido que caiu na calçada, Vendo que Romeu estava determinado a partir pra cima Guadalupe se entre-pôs entre ele e sua vítima, no mesmo instante pessoas que estavam dentro da floricultura saíram para averiguar o que estava acontecendo e até mesmo algumas pessoas que passavam ao redor direcionaram sua atenção curiosa para a cena.


Um rapaz e um senhor que trabalhavam no estabelecimento saíram e vendo a incapacidade de Guadalupe de conter seu amigo o agarram imobilizando-o. Guadalupe vendo Romeu contido voltou sua atenção para o pobre homem que ainda parecia atordoado com toda a situação ao seu entorno. Guadalupe lhe removeu o boné e o óculo agora com uma das lentes escura quebrada e teve uma forte impressão de já tê-lo visto antes, mas não recordava exatamente de onde, pela sua experiência médica viu que ele tinha hematomas de uma agressão recente e que o soco de Romeu lhe resultaria um olho roxo na manhã seguinte. O homem ao prestar atenção no rosto da moça que agachou-se para observa seu estado instantaneamente a reconheceu e olhando dela para Romeu soube que eles tinha um vínculo. Em um gesto de ingratidão pela a preocupação de Guadalupe ele a empurrou, levantando-se fugiu correndo. Guadalupe desequilibrando-se pousou uma das mão sobre os cacos do que um dia foi um belo jarro, ouviu-se um alto e agudo grito de dor e todos que estavam ali lhe prestaram atenção.


Todos se espantaram com tamanha crueldade daquele desconhecido diante da bondade da moça que o salvou de ser agredido. Romeu logo se desvencilhou dos braços que o seguravam e rapidamente foi em direção de Guadalupe para lhe presta os primeiros socorros, a ajudou se levantar e olhando para os homens que o seguraram momentos antes ordenou:


— Você me traga uma cadeira. Disse ao mais jovem da dupla e gesticulando com a cabeça acrescentou. — E você senhor, me traga uma jarra com água limpa. Percebendo que suas palavras foram recebidas com duvidas obrigou-se a explicar o que faria: — Cavalheiros vejam a mão dela, há um enorme caco de cristal, sou médico devo removê-lo agora, não percebem que ela está com dor. Guadalupe de verdade estava com um semblante que exprimia desconforto  e da sua mão o liquido escarlate escorria na medida que tentava manipular a mão ferida. Já na sua mente pairava o questionamento da razões que levaram Romeu a fazer o que fez.


Desconheço seus motivos em podcast: https://anchor.fm/linz-lovehistu00f3ry


 



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Autor(a): Tesl4

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