Fanfic: Desconheço seus motivos | Tema: Romance erótico.🔥 (Original)

O quadro médico de Jade era crítico, somente um milagre poderia salvá-la. Uma perna quebrada; três costelas rompidas lhe resultaram em um pulmão perfurado e o pior de tudo, um grave inchaço no cérebro. Os médicos aconselharam que todos os entes se despedissem dela, pois a sua mínima inatividade cerebral predizia o que era nomeado na comunidade médica como morte encefálica. As razões de seu acidente ainda permaneciam desconhecidas e o prazo para que Jade apresentasse qualquer melhora em seu quadro clinico estimado pelos os médicos já expirara. Josué esperou até o último dia para poder dizer adeus, recusava-se a perder as esperanças, infelizmente o dia pelo qual rezou para que nunca chegasse veio a ser dia 28/11/2009.

Josué chegou ao San Bartolomé de la Gloria por volta das 18:30. Ironicamente mais uma vez diria palavras de despedidas para Jade e dessa vez para sempre. Após se identificar na recepção do hospital e informar o motivo da sua presença foi acompanhado por uma enfermeira ao quarto em que se encontrava sua ex. Em alguns assentos próximo a porta a viu, Angelita de uma forma como já mais havia visto, trajava um vestido negro, cachos vermelhos soltos do habitual coque de servente e um semblante que lhe dava um aspecto de anjo da morte. Viu próximo a ela outro assento ocupado por um sobretudo cor luto e soube imediatamente a quem pertencia, a última coisa de que precisava era que Santiago lhe atribuísse pela a milésima vez a culpa da morte da sua irmã. Josué apressou-se e entrou no quarto para despedisse de Jade.

Passaram-se quinze minutos e após ter dito tudo o que sua alma lhe havia pedia para dizer a Jade em sua travessia, a beijou na testa como um sinal de sincero respeito e carinho. Já não aguentando mais toda a emoção e dor da despedida correu até a porta que alguém já estava abrindo, Josué esbarrou em Santiago que estava indo buscá-lo para expulsá-lo a socos e pontas pés. O irmão de Jade caiu no chão e Josué não se deteve para ver a quem tinha atingindo e continuo com sua fuga daquele recinto, como uma criança pensou que quanto mais longe pudesse ir a a sensação da culpa não o alcançariam, correu e correu.

Guadalupe despertou porque Romeu movia-se impaciente em seu colo. Dentre as palavras que ele sussurrava estava o nome de Josué, uma e outra vez o chamava em tom de suplica que somente o inconsciente permitia-se grita pelo aquilo que tanto anseia. Guadalupe vendo aquilo sentiu o próprio coração partir e sem pensar duas vezes recostou a cabeça de Romeu em uma almofada de modo que ele não despertasse e se dirigiu ao quarto que seu amigo estava habitado nos últimos quatro dias. Pegou da mochila do amigo o notebook e foi direto na caixa de e-mail e depois de pegar o correio eletrônico de Josué desligou o aparelho e o colocou no mesmo lugar.

Guadalupe imediatamente de seu celular começou a redigir um breve aviso dizendo que Romeu estava indo embora de Alicante para seu o seu país natal, que essa seria a última chance de Josué de vê-lo. Para garantir veracidade ao seu informe fotografou a passagem que constavam o nome de Romeu, o horário de embarque e o destino do voo. Guadalupe encerrou a mensagem com: Ele descobriu que você ocultava um namoro e se decepcionou profundamente com sua falta de honestidade. Havia outras razões que Guadalupe julgou que não lhe cabia contar, sabia que tinha ido longe demais desrespeitando a decisão do amigo de não contar nada a Josué sobre sua partida. Faltavam apenas duas horas para Romeu partir e Guadalupe regressou a sala para despertá-lo para que pudesse tomar banho e comer um lanche antes do voo.

Josué correu tanto e somente parou quando tropeçou em uma pedra. O tombo casou comoção em dois guardas que circulavam na praça onde tudo aconteceu, vendo Josué inerte no chão foram até ele para verificarem seu estado. O rapaz estava com os olhos abertos fitando o vazio e na sua testa um corte vertical havia sido feito por conta do impacto com o solo. A dupla de guardas o levantou e o conduziu a um banco próximo para averiguar se deveriam chamar algum parente ou amigo próximo para levá-lo a casa. Josué disse que não, que estava bem e pediu apenas para que chamassem um táxi.

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