Fanfic: A Cupido | Tema: Ponny, Vondy...

Por volta das oito e meia da noite, Anny decidu ir embora, já estava ficando tarde e era difícil algum táxi passar pelas ruas do bairro de May naquela hora, pois era um lugar sem muita movimentação. Além disso, Anahí já estava de saco cheio e não aguentava mais ouvir a amiga planejar seu encontro imaginário. 

-- Tchau, Dul! -- Anny se despediu, empurrando o carrinho de Jully para fora da casa.

-- Boa noite, meninas!

Ela caminhou por alguns minutos, muitos minutos, até se dar conta de que estava perdida. Não sabia nem como aquilo era possível, já que tinha o percurso da casa de May até a sua mais do que decorado na sua cabeça. Ficou tão avoada em seus pensamentos que resolveu pegar um atalho, depois nem se deu conta de onde estava indo, e no momento não sabia mais como voltar.

Anny andava a passos largos pela rua estreita, então decidiu observar mais o local. As casas não eram lá essas coisas, estavam desgastadas e algumas até pichadas... coisa que nunca viu na ilha. O local estava muito mal iluminado, porque apenas um poste estava funcionando, o que só deixava a situação cada vez pior. 

Ela deu a volta com o carrinho e andou mais um pouco, depois certificou-se que Jully estava bem e decidiu ligar para o irmão.

-- Atende, atende, atende... -- ela murmurrava enquantou ouvia o celular bipar. Ele não atendeu.

Frustrada, Anny voltou a andar a fim de sair dali o mais rápido possível. Ela estava ficando cada vez mais assustada e sem saber o que fazer. anahí pegou o celular, indecisa se devia ou não falar com a irmã; não queria ligar para Nina, pois a mesma provavelmente ainda deveria estar na companhia do Ian, e não queria que ele soubesse que ela deixou sua sobrinha correr qualquer tipo de perigo. Nesse momento ela ouviu o ronco de um motor e ficou ainda mais apavorada, pensando em todas as coisas ruins que já viu nos noticiários de televisão. No entanto, quando a moto se aproximou, ela se deparou com a última pessoa que imaginava.

-- Perdida? -- Perguntou Alfonso quando parou a moto. Ele retirou o capacete e fitou aqueles olhos azuis tão intensos e amendrontados.

Anny estava tão feliz por ver alguém conhecido que nem conseguiu responder, apenas assentiu com a cabeça e deu um suspiro de alívio.

-- Quer uma carona? -- Poncho ofereceu.

-- Er, acho que não vai dar muito certo -- ela fechou a cara apontando para o carrinho de bebê.

-- Eu posso pegar o carro do meu amigo emprestado, ele mora no fim da rua.

Anny abriu um sorriso enorme e disse:

-- É claro que eu aceito, mas só se não for incômodo pra você.

-- Claro que não, eu estava indo para a casa do meu pai de todo jeito -- ele sorriu e ligou a moto, dando partida em seguida.

Anny foi para a calçada e ajeitou Jully no carrinho, a pequena dormia serena e se acordasse daria trabalho para pegar no sono novamente. Ela cobriu Jully com a manta predileta dela, e retirou seus sapatinhos para que ficasse mais confortável. Foi questão de minutos para que Poncho retornasse num Volvo preto.

O moreno saiu do carro e foi até Anny, ele pediu para que ela pegasse Jully do carrinho e quando ela o fez, ele o fechou e guardou no porta-malas do carro.

-- Será que vai dar bronca se ela for no meu colo? -- Anny quis saber.

-- Não existe bronca pra quem tem dinheiro -- Poncho brincou e abriu a porta do passageiro para que Anny entrasse. Nem ele entendia o motivo de estar sendo tão gentil.

-- Se você está dizendo -- ela sorriu, se acomodando no banco do carro, ao mesmo tempo que ajeitava Jully em seu colo.

Poncho voltou para o banco do motorista e logo deu a partida, seguindo rumo em direção ao prédio onde Anahí morava.