Fanfics Brasil - 03° Capítulo aya

Fanfic: aya | Tema: Ponny, Vondy...


Capítulo: 03° Capítulo

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Quinze dias depois
(UCLA Medical Center -- 12:33 PM)



Um bip está soando pela minha cabeça a algum tempo, mas não consigo abrir os olhos para ver o que é. Sinto alguém pegando em minha mão. Céus.



Com um pouco mais de esforço, abro os olhos e uma luz forte encandeia minha visão. Segundos depois, vejo que estou em um quarto de hospital. O bip que antes me incomodava é apenas uma tela de monitor coferindo minhas batidas cardíacas. O que me surpreende mais é a pessoa que está ao meu lado, com suas mãos entrelaçadas na minha.



-- Graças a Deus! -- Ele diz ao me ver despertar. -- Pensei que não fosse resistir, Narrí.



-- O que aconteceu, Ucker? O que eu estou fazendo aqui? Cadê o Tommy? E os meus amigos? -- Indago.


-- Calma, Anahí. -- Ele acaricia meu cabelo, se aproximando um pouco mais. -- Você e seus amigos sofreram um acidente de carro. Eles estão bem. Só a ruiva que quebrou o braço, mas ela vai ficar boa logo, logo.


Dou um suspiro de alívio e ele prossegue:


-- Todos vão ficar super felizes ao saber que você acordou. Duas semanas sem você deve ter sido terrível para eles.



-- Como assim duas semanas? -- Grito, tentando me levantar ao mesmo tempo em que ele tenta me impedir.



-- Quinze dias na verdade. -- Ele explica. -- O médico disse que você precisava ficar em coma induzido por um tempo, então, depois de uns dias te monitorando, ontem ele resolveu que era hora de você acordar e cortou o medicamento que te deixava dopada. Não entendi bem o porquê, ele usou vários termos médicos. Mas mudando totalmente de assunto, pesquisei sobre e vi relatos de gente que alegram ter visto todo tipo de coisa, você por acaso teve algum sonho louco com extra-terrestres?


-- É sério isso, Ucker? Onde está o Tommy? Quero vê-lo o mais rápido possível!


-- Er, tem algumas coisas que você não sabe. -- Ele parece indeciso se deve me falar ou não, mas quando viu minha expressão de preucupada, abriu logo a boca: -- O Tommy ainda não acordou. Os médicos disseram que não tem como saber se ele vai sair dessa...


-- Eu quero vê-lo, Ucker. -- Digo, arracando os cabos que estão presos ao meu corpo. Ucker não tenta me segurar dessa vez, ele sabe que vai ser em vão. -- Aliás, ainda não me contou o que está fazendo aqui.


-- Minha avó está na U.T.I. -- Ele responde cabisbaixo. -- Vim visitá-la há uns dias atrás, acabei descobrindo sobre o seu acidente e passei a acompanhar sua recuperação.


-- Obrigada. Eu sinto muito pela sua avó. -- Dou um meio sorriso e ele retribui.


-- Pronta para visitar o Tommy? -- Ucker pergunta ao me ver de pé e eu concordo com a cabeça. -- Ele está na ala pediátrica daqui do UCLA. Vamos!


A ala pediátrica fica no oitavo andar, sei disso porque foi nesse hospital em que o Tommy nasceu e eu acompanhei quase todo processo após o parto. Lembro que fiquei observando ele no berçário por duas horas seguidas, até o Robert ficar de saco cheio e fazer a Kris me arrastar para casa. 


-- Ansiosa? -- Ucker quebra o silêncio quando entramos no elevador ao final do corredor. Estamos no décimo terceiro andar. Aperto o botão de número oito e aguardo até a porta de aço fechar para responder:


-- Sim. Você viu o Tommy? Sabe se está arranhado ou quebrou alguma coisa?


-- Não. -- Ele faz uma breve pausa e passa a mão pelo cabelo, tentando controlar alguns fios rebeldes. Não quero nem imaginar o estado do meu cabelo agora. -- Visitas e informações mais detalhadas de menores de dezesseis anos são apenas para familiares. 


-- Entendi.


Dou um suspiro de alívio quando a porta se abre. Odeio elevadores, me dão calafrios.


O corredor é bem colorido e todo decorado com desenhos de animais, desde o papel de parede até os quadros e móveis. O local tem uma aura mais acolhedora do que o quarto onde eu estava antes, além de todos parecerem um pouco mais calorosos.


-- Ele está no quarto 305.


-- Como sabe?


-- Convenci o seu médico a me dizer.


Caminho em direção ao quarto 305, e vejo que tem uma porta mais moderna que as demais,  indicando que é o quarto preferencial da ala pedriática. Meu tio Franklin é sócio majoritário do hospital e é o diretor dessa área. E como ele é muito apegado ao Tommy, é óbvio que o colocaria no melhor quarto. Se duvidar, também vai colocar uma ou duas enfermeiras para atender todos os caprichos do meu irmão quando ele acordar.


-- Merda! -- Reclamo ao chegar em frente à porta.


-- O que foi? -- Ucker pergunta.


-- Precisamos de um cartão de acesso para entrarmos. -- Explico, mostrando o local onde depositar o cartão.


Ucker não fala nada, apenas vai até uma das enfermeiras e começa a conversar. Cinco minutos depois ele retorna com um cartão, uma expressão maliciosa e uma mancha de batom no pescoço.


-- Talvez não sejam tão profissionais assim para alguém como eu. Ser filho do vice-presidente tem lá suas vantagens. -- Ele se gaba, pondo uma das mãos sobre a marca de batom e me entregando o cartão com a outra.


Passo o cartão sobre o detector e a porta se abre instantaneamente. Não há ninguém no quarto, ninguém além do Tommy, é claro. Ele está pálido, bem abatido sobre a cama do hospital, usando um pijama azul de ursinhos que eu sei que ele ia odiar se estivesse acordado. 


Vários fios estão ligados em seu corpo, que está coberto por uma manta felpuda. O monitor diz que seus batimentos cardíacos estão estáveis, ou pelo menos é isso o que eu acho.


-- Sem querer ser estraga prazeres, mas seu tempo está acabando. Já devem ter percebido que você saiu do quarto. -- Ucker tenta fazer disso um incentivo para me fazer chegar mais perto, mas o efeito é totalmente contrário, só está me deixando mais preoucupada.


Quando finalmente tomo coragem, vou até ele de uma vez. Seguro em sua mão, a que não está cheia de cabos fixados em sua pele e sinto o quão está gelado. Meu Deus, fui eu quem fez isso a ele.


-- Desculpa, Tommy. -- Uma lágrima escapa e desliza pelo meu rosto. -- Eu sempre fui tão egoísta. Sempre me botando em primeiro lugar. Você deveria ter ficado em casa, dormindo. Eu deveria ter ido até o seu quarto antes que entrasse no meu carro, te contando alguma história e esperado até você pegar no sono, mas eu não o fiz. -- Lamento. -- Me perdoa por ser tão egocêntrica. Eu não mereço ter um irmãozinho feito você. Me perdoa por não te dar tanta atenção. -- Mais lágrimas escaparam. -- Mas você sabe que isso não é do meu feitio.


Eu estou tão fraca, Deus. Me ajoelho ao lado do Tommy e digo baixinho:


-- Senhor, por favor, não leve ele. Volte aquela noite, meu Deus, que tudo isso caía sobre mim. Que a dor que todos os meus amigos passaram caía sobre mim, eles não merecem isso. Eu já estou mais acostumada. Por favor, eu sei que você tem poder de fazer isso. -- Sinto Ucker por a mão em minhas costas, mas não olho para ele. Prossigo: -- me perdoe por ser essa pessoa tão ruim. Você sabe que eu tento, mas não está sendo fácil. Deus, eu não vou conseguir ficar sem o Tommy. Me leve no lugar dele, por favor. Eu o amo tanto.


Me levanto e nada, nem seuqer um mísero movimento.


-- Tommy, você não pode me deixar, está ouvindo? Eu juro que vou tentar melhorar. Vou ser uma irmã melhor pra você, meu amor. Vou ser a mãe que você nunca teve. -- Não estou mais conseguindo me conter, lágrimas se apossaram do meu rosto. Toco em sua face, ainda está gelada. -- Me perdoa.


-- Anahí, eu acho melhor voltarmos para o seu quarto. Você está muito emocionada e isso pode não te fazer bem. -- Ucker acaricia meu cabelo e espera paciente pela resposta.


Nego com a cabeça, sem manter contato visual.


-- Eu faço tudo errado. -- Digo, me castigando mais. -- Eu tenho que ir agora, Tom. Volto o mais rápido que eu conseguir. Prometo. -- Deposito um beijo em sua testa e sussurro em seu ouvido: -- Eu te amo. Não me deixe.



*



-- Srta. Portilla, isso foi muito irresponsável de sua parte. -- O médico me adverte, claramente irritado. -- Da sua também, Sr. Uckermann.


Ucker revira os olhos, ele também está irritado. Antes de entrarmos na sala de consulta, ele recebeu uma ligação, não perguntei de quem era, mas pra ele ficar estressado desse jeito só pode ter sido da Nathália, a "namorada" dele.


Conversamos um pouco sobre ela dentro do elevador, mas nada fora dos padrões que eu imaginava. Ele disse que está com ela por causa de seu pai, que não larga do pé dele. É tudo pela política, já que o pai de Nathália tem bastante influência comercial em outros países.


-- Quando eu vou poder ir embora? -- pergunto. Já tô morrendo de saudades da Hanna e do Caleb, mas pensar em Robert me faz desejar ficar um pouco mais aqui.


-- Vamos fazer alguns exames em você hoje a tarde, se tudo estiver bem, daqui há uma semana você poderá ir. Vou mandar as enfermeiras ficarem de olho em você. Caso queira ver o ser irmão, terá que pedir a mim ou o médico que estiver no comando. -- Ao terminar seu discursso, ao qual eu nem me dei o trabalho de ouvir, ele nos escolta para fora.


-- Anahí, eu vou ter que ir agora. Já são duas da tarde e a histérica da Nathália quer ir comigo ao cinema. Sinto muito. -- Ele me dá um beijo na testa e avança em direção ao fim do corredor.


-- Tudo bem, até mais. -- Digo, vendo-o partir.


Um pedaço de mim quer implorar para que ele fique, mas sei que ele tem outros afazeres mais importantes. O ruim é que eu me acostumei a ter o Ucker por perto e vou me sentir muito solitária, por mais que não sejamos amigos de uma vida toda, Ucker está sendo uma ótima compainha.


Ando em direção ao meu quarto um pouco cabisbaixa. A porta está destrancada e quando entro, a último ser que eu esperaria ver aqui, está sentando sobre minha cama.



-- Pai?



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Autor(a): beatriz_herrera

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-- Eu realmente não sei mais o que fazer com você, Anahí. -- Ele diz com irritação, provavelmente furioso por ter que deixar as prostitutas de lado para vir até aqui me dar sermão. -- Você fez isso pra quê? Me envergonhar? -- Você se acha mesmo o centro do universo, não é? -- Indago enojada. -- ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • ponnyyvida Postado em 15/10/2020 - 11:20:45

    Mdss, só aprontam :) :) Posta maisss <3

    • beatriz_herrera Postado em 15/10/2020 - 12:31:49

      siim kkk juntos são um perigo ;) que bom que está gostando

  • ponnyyvida Postado em 17/08/2020 - 04:38:27

    Tô vendo que esse Elite Way vai pegar fogo a partir de agora kkkk Continuaa <3 <3

    • beatriz_herrera Postado em 12/10/2020 - 14:03:48

      demais kkkk de todos, não sei quem é pior

  • ponnyyvida Postado em 10/08/2020 - 22:38:00

    Uiii, que doidinha ;) Amooo :) Continuaa

    • beatriz_herrera Postado em 11/08/2020 - 09:53:00

      aaah <3 que bom que está gostando! ^^


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