Fanfics Brasil - 07° Capítulo aya

Fanfic: aya | Tema: Ponny, Vondy...


Capítulo: 07° Capítulo

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-- O que fazem aqui? -- Dul pergunta, pondo a mão na cintura, mais seca do que o deserto da Arábia Saudita. -- Não ouviram a Alice? Vocês não são bem-vindos aqui.


-- O assunto não é com você, Dulce. -- Ucker passa por ela e vem até onde eu estou. -- Narrí, nós recebemos um novo convidado. -- Ele aponta para si e depois para Poncho. -- Aquele seu amigo de cabelo loiro está dividindo o quarto com a gente. E ele nos informou que sua voz é como estar ouvindo o louvor dos anjos.


-- E?


-- Quero ter o prazer de ouvi-la, minha loira. -- Ele caminha até a cama de May, e senta ao lado dela.


-- Eu também quero. -- A morena senta e cruza as pernas, me encarando como uma criança de oito anos encara sorvete.


Nesse momento, Chris entra sem ser convidado com um violão em mãos.


-- Isso aqui é a feira da mãe Joana, por acaso? -- Dulce indaga, irritada. -- Vocês estão se saindo muito folgados pro meu gosto.


--  Ai, Dulce, tá bom -- Ucker da de ombros um pouco impaciente e volta sua atenção para mim.


-- Rídiculo. -- Ela resmunga baixinho, mas mesmo assim tenho certeza que todo mundo ouviu.


-- E então, a loira vai cantar ou não? -- Chris pergunta erguendo o violão.


-- Não/Vai. -- Dizemos em uníssono.


-- Três contra dois. Perdeu, Anahí. -- May olha para mim e Dulce com ar de vencedora. -- Anda logo!


Canto o refrão de uma música que eu ouvi na internet. A letra ficou na minha cabeça por dias, até que eu decidir aprender a tocar também. Eu tinha uns onze anos na época e gostava de me iludir imaginando que um dia um príncipe encantado iria me resgatar do malvado bruxo Robert em seu cavalo branco. Esse príncipe nunca apareceu.



"Então me beije, me beije, me beije
E diga que eu vou te ver de novo
Pois eu não sei se posso te soltar


Então me beije, me beije, me beije
Já estou ansioso para te ver de novo
Vamos fazer desta noite a melhor de nossas vidas
Essa vai para as memórias da adolescência"



Os meninos parecem satisfeitos mesmo com a minha escolha de música, que eu imagino não ser muito do estilo deles. Poncho me olha como se tivesse encontrado a nova Rihanna, enquanto Christian continua calado, acredito que analisando o que ouviu em sua mente. Ucker está meio impressionado, mas também não dá um piu.


-- Mano, você canta muito -- May corta o silêncio, boquiaberta.


-- Eu concordo -- Chris afirma com a cabeça, sorridente. -- Quero te mostrar uma coisa, Anny. Vê se gosta.


Ele senta em minha cama e ajeita o vilão em seu colo, dedilhando alguns acordes em seguida.


"Agora eu desejo não ter te conhecido                                                                                                   Porque você é muito difícil de esquecer                                                                                         Enquanto eu estou limpando sua bagunça                                                                                             Eu sei que ele está tirando seu vestido                                                                                                     E eu sei que não                                                                                                                                   mas se eu perguntar se você me ama                                                                                                       Eu espero que minta, minta, minta, minta pra mim"


Posso ver o brilho nos olhos de May ao vê-lo cantar, mas não era ela que estava falando mal do Chris uns minutinhos atrás? Ih, bem que dizem que onde tem muita implicância tem amor. Sinto que ainda vou ver esses dois juntos.


-- Eita, deu até vontade de ser cor/no. -- Poncho fala em meio a uma risada, assim que Chris afasta os dedos das cordas do violão.


-- Se bobear, talvez você não fique só na vontade. -- Dulce provoca com seu ar de superior, num tom bem longe de ser brincadeira. 


-- Você está chata demais, hein, Dulce. -- Poncho bufa. -- Deve ser por isso que o Ucker não te aguentou. Nem o papagaio da minha tia fala tanto.


-- Vá se fo/der -- Dul esfrega o dedo do meio no rosto do moreno e vai em direção a porta, batendo-a com força ao sair.


-- Pegou pesado, Poncho. -- Chris o alerta, meio desconfortável. -- Isso foi muito constrangedor.


-- Você fala coisas bem piores -- Poncho dá de ombros, sentando-se na cadeira de rodinhas em frente a penteadeira.


-- Uma coisa é eu comentar com você e o Ucker, outra bem diferente é eu ir falar diretamente com ela. Já viram aqueles punhos? Basta um soco pra ela acabar com esse rostinho lindo.


-- Você é muito mole -- May ri, mostrando os dentes branquissímos.


-- Ucker, eu queria saber a sua versão. -- Peço e ele me olha como se eu estivesse falando em latim. -- Sobre o seu término com a Dulce, idiota.


-- Ela é muito afobada -- ele diz, após dois minutos de reflexão. -- E ciumenta também. Ela passou um dia inteiro sem falar comigo só porque eu desejei bom dia a Pilar, e só me desculpou porque eu fiquei quase duas horas sentado em frente a porta do quarto dela. Posso ser muita coisa, mas não sou trouxa. Se Dulce pensa que eu vou ficar correndo atrás dela e beijando seus pés, ela está muito enganada. Sem falar que nunca tivemos algo sério de verdade, não é porque a gente passava um tempo juntos e saíamos por aí de mãos dadas que significa que estávamos num relacionameno sério.


-- Ela está muito chateada -- confesso, morrendo de medo do que Dulce pode fazer comigo se souber dessa conversa. -- Contou que você ficou com a Nathália antes de terminar com ela. Isso não se faz, Ucker.


-- É mais complicado do que você imagina -- ele suspira, claramente derrotado.


-- Quando duas pessoas realmente se amam, nada é tão complicado que não possa ser resolvido -- May diz suavemente, como se estivesse recitando um poema.


Alguém bate na porta nesse momento, interrompendo esse momento de reflexão.


-- Anny, acho que agora são as nossas malas. -- May dá um pulo da cama e corre até a porta. É Caleb. -- Você deve ter se confudindo, os dormitórios são no andar de baixo.


-- Não me confudi, senhorita Perroni. -- Caleb passa por ela e caminha até onde estamos. -- Perdão pelo atraso, Narrí. Eu teria chegado a tempo do discurso do Pascual, mas o banco estava uma loucura.


-- Não tem problema -- asseguro e ele fica mais tranquilo. -- Você não perdeu nada, aliás.


A porta bate outra vez.


-- Tem que ser as malas -- Maite bufa, voltando a porta. -- Aleluia! -- ela lança os braços para o céu ao ver um cara com um carrinho para transportar bagagem.


-- A senhorita Alice pediu para eu entregar isso a vocês -- ele tira três cartões do bolso e entrega a May. -- Ela disse que mandou um extra.


-- Obrigada. -- May põe os cartões sobre a penteadeira e olha atenta enquanto observa o homem descarregar as malas do carrinho, que se retira logo que termina o seu serviço.


May arrasta todas as quatro malas de cor azul para perto de sua cama. Caleb toma a iniciativa de pegar as minhas, que são lilases com alguns patches espalhados; Hanna as trouxe de presente para mim quando visitou a Itália. Ainda sobraram seis malas de tamanhos diferentes, obviamente de Dulce.


-- Eu acho que é a nossa hora de vazar -- Chris se levanta, pegando o violão.


 


-- É, eu também acho -- concorda Alfonso, imitando o amigo -- vai que elas pedem ajuda para dobrar as calcinhas, ia ser uma tortura.


Ucker ri e também fica de pé, depois os três se despendem e vão embora.


-- Não devia permitir esse tipo de intimidade -- opina Caleb, abrindo uma das malas sobre a minha cama.


-- Você é muito chato -- respondo e ele revira os olhos.


-- E você dá muita abertura pra esses garotos. -- Ele fala indignado. -- Todos eles namoram, Anahí. Você não acha que as namoradas deles vão se irritar com essa rodinha de fofoca que fizeram aqui?


-- Mas não fizemos nada demais. Eu não iria me importar.


-- Eu acho muito bom que você tenha essa maturidade, porém eu duvido que metade delas pense como você.


-- Não tenho medo de nenhuma delas.


-- Deveria. Essas garotas são acostumadas a terem tudo o que querem e fazem qualquer coisa para saírem por cima sempre. 


-- Então nós temos algo em comum. -- Dou um sorriso irônico e ele me ignora, começando a redobrar minhas camisetas.



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Autor(a): beatriz_herrera

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • ponnyyvida Postado em 15/10/2020 - 11:20:45

    Mdss, só aprontam :) :) Posta maisss <3

    • beatriz_herrera Postado em 15/10/2020 - 12:31:49

      siim kkk juntos são um perigo ;) que bom que está gostando

  • ponnyyvida Postado em 17/08/2020 - 04:38:27

    Tô vendo que esse Elite Way vai pegar fogo a partir de agora kkkk Continuaa <3 <3

    • beatriz_herrera Postado em 12/10/2020 - 14:03:48

      demais kkkk de todos, não sei quem é pior

  • ponnyyvida Postado em 10/08/2020 - 22:38:00

    Uiii, que doidinha ;) Amooo :) Continuaa

    • beatriz_herrera Postado em 11/08/2020 - 09:53:00

      aaah <3 que bom que está gostando! ^^


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