Fanfic: Querida sobrinha - Uckerroni | Tema: Uckerroni

Já passava da meia noite quando ouvi a porta ser destrancada, e logo em seguida vozes, levantei e caminhei até a sala

- Mamãe?

- Filha, está acordada? Não sabia, venha ver quem está aqui

Rapidamente Maite desceu as escadas e encarou o homem a sua frente com a testa franzida. Ele era lindo, tinha um corpo atlético, um cabelo levemente encaracolado e bagunçado

- Maitita, você... Cresceu - Comentou sorrindo e Maite notou um rápido olhar malicioso do mesmo

- Não se lembra dele filha?

Apenas neguei com a cabeça, e de repente lembrei das minhas vestimentas e corei, estava com uma camisola sensual demais para receber visitas, ainda mais de um homem

- Eu sou Christopher, querida sobrinha

Naquele momento eu arregalei os olhos e só sabia pedir perdão mentalmente por ter me sentido atraída pelo meu próprio tio

- Está tudo bem Mai?

- Está sim mãe, eu só... Preciso voltar a dormir... Amanhã tenho prova na escola...

Saí de lá quase correndo e pude ouvir minha mãe dizer "Adolescentes, você sabe bem como são né?". Aquela noite foi complicada, meus pensamentos voavam em Christopher.

No dia seguinte levantei cedo de costume para tomar café antes de ir para o colégio, Christopher e minha mãe já estavam a mesa e conversavam animadamente enquanto comiam

- Bom dia - Disse e me sentei

- Bom dia filha

- Bom dia sobrinha, como passou a noite?

- Muito bem, obrigada

- Eu notei mesmo - Respondeu rindo

- Não entendi

- Antes de dormir dei uma passada em seu quarto para ver como estava, e dormia feito um anjo - Comentou com uma cara inocente, mas notei que de inocência ali não tinha nada

- Uma falta de respeito com minha pessoa, em momento nenhum permiti que entrasse em meu quarto ainda mais para ficar me espionando - Respondi irritada

- Maite não fale assim com seu tio, ele só foi ver como estava, pare de mal criação

Não respondi mais nada apenas empurrei meu café e me levantei, mas parei quando o ouvi me pedir desculpas

- Me desculpe Mai, realmente no momento não pensei que estaria invadindo sua privacidade. Parece que começamos com o pé esquerdo, da última vez que a vi ainda era um bebê e fui um crápula de um tio por nunca mais ter aparecido, você deve estar me estranhando é normal, mas agora com a morte recente do seu pai meu amado irmão, espero estar presente em sua vida, vamos recuperar todo esse tempo perdido, quero muito te conhecer sobrinha

Eu não pude responder nada já que ele nem esperou e me pegou em seus braços num caloroso abraço, eu tive uma sensação estranha, o tipo de sensação que não deveria ser sentido por um parente...

Eu sempre fui uma aluna aplicada, minhas notas sempre foram boas, e nesse exato momento eu estava sentada na minha carteira lendo e relendo aquela maldita prova de geografia e nada vinha em minha cabeça senão os braços fortes de Christopher em minha cintura.

- Maite está terminando? O tempo está acabando, só falta você

A voz da professora me tirou dos meus pensamentos e me fez olhar ao redor, e não havia uma alma viva além de mim e a professora

- Só mais alguns minutos, por favor

Ela apenas concordou com a cabeça e voltei a prestar atenção na avaliação, e eu não tinha respondido nem metade da prova. Ainda mais desesperada comecei escrever qualquer coisa, e um tempinho depois ela veio e pegou minha prova

- Desculpa Maite, mas já passou 10 minutos do tempo

Arrumei meu material frustada, irritada, nunca tinha sofrido tanto para fazer uma prova.

- E aí amiga como foi? Você demorou demais - Disse Anahí caminhando ao meu lado

- Nem me fale Any, se eu não zerei já vou ter um motivo para agradecer

- Como assim? Você nunca teve problemas

- Depois a gente se fala Any - Falei e já saí logo em seguida

Eu estava com tanta pressa pra chegar em casa, tomar um banho e me trancar no meu quarto, mas quando cheguei preferia ter ficado na rua mesmo, Christopher estava dormindo no sofá da sala sem camisa. Caminhei de ponta de pé e parei em frente a ele, era impossível não admirar aquele abdômen sarado, quando estava acordado ele tinha um olhar predador, mas dormindo parecia o ser mais inocente que existia. Foi difícil deixar aquela visão, porém corri para meu quarto.