Fanfic: Sweet Immortal | Tema: Vondy
Estava em silêncio desde a discussão de ontem com meu pai, resolvi que o melhor a fazer era me calar. Prestava atenção no molejo de meu cavalo que ia atrás do cavalo de meu pai.
O calor era intenso, eu batia com mais força sobre a espada que já tinha forma e estava quase pronta, toda a conversa com meu pai retornava a minha mente, isso me deixava tenso. Eu queria entender o que estava acontecendo, porém como entender quando sabia de tudo pelos pedaços.
Às vezes conferia em minha mochila se as flores ainda conseguiriam sobreviver aquele calor. Tinha dó, mas meu pai era alérgico a flores, e não estávamos nos melhores momentos para provocar ele, a intenção não era provocar, mas meu pai não entenderia isso.
O serviço se acabou, e meu pai e irmão se direcionaram a taverna, lugar que eu nunca havia frequentado, porém eles gostavam, e eu não tinha de julgar. Comentei que iria direto para a casa, mas isso não era verdade.
-Senhor F?-Olhei ao meu redor, e não parecia ter ninguém.-Dei um pequeno pulo, quando de repente senhor F surgiu atrás de mim.
-Estava preocupado, por que não veio ontem?- Ele tirava o pó de alguns livros.
-Fui buscar isto.- Retirei o buquê de lavandas que estava em minha bolsa, algumas já estavam murchas.-Fiz o máximo para que elas sobrevivessem, mas o calor…-Ele me interrompeu pegando rapidamente as flores de minhas mãos.
-Oh obrigado, sou agradecido por você menino.-Me deu um abraço forte, e eu retribui. Se meu pai visse essa cena, estaria encrencado.- Blanca ficará feliz.-Ele deu um largo sorriso, e foi até uma pequena porta da biblioteca, e voltou com um pote de água onde colocou as flores.
-Vai visitar o túmulo dela?-Ele apenas assentiu com a cabeça, estava muito feliz com as flores. Realmente devia amar muito sua esposa.- Quer companhia?- Eu tinha muita compaixão por ele, e já que éramos amigos porque não acompanhá-lo?
-Ele riu e negou com a cabeça.-Queria que você fosse, mas não tem como!-Ele explicou e expressei de imediato uma feição confusa.-Não sinta se ofendido, é que passar pelo pequeno portão aos fundos do castelo, e escalar algumas janelas em dois irá me atrasar. E assim serei pego pelos cachorros.-Disse de forma simples, e eu apenas me espantava, ele invadiria o castelo?
-O senhor vai invadir o castelo?- Realmente estava preocupado.
-Não fique com espanto, invadir o castelo é fácil o difícil é sair dele.-Não me encarava apenas suas flores.
-Me aproximei com cautela, estava preocupado.- Por favor, senhor F, não faça isso. É perigoso, vossa majestade não tem tanta piedade como antes, se torna mais irredutível cada vez.
-Ele me olhou por cima de seus óculos.- Tem medo de me pegarem? ou tem medo das pessoas me julgarem ainda mais?
-Engoli seco, talvez fosse uma mistura das duas alternativas. Ele já havia invadido o castelo uma vez, e tentado atacar o rei, e de alguma forma inexplicável o rei sempre o perdoava, mas se isso acontecesse novamente, não sei se teria piedade.- Apenas estou preocupado com sua segurança, prezo por seu bem estar!- Explico.
-Bom então fique com isso- Mexeu no bolso de sua calça e retirou um molho de chaves.- são da biblioteca, caso amanhã não volte, ela é toda sua.- Colocou em minha mão e fechou meus dedos.
-Não! Não.- Neguei com a cabeça e tentei devolver a ele, as chaves.- O senhor irá voltar.
- Christopher, você é meu único amigo, seria uma honra você ficar com minha biblioteca.-Olhou em volta, parecia estar emocionado.
-O senhor também é meu amigo, porém não quero pensar que ficará preso em uma masmorra.- Explico.
-Ele novamente pega minha mão e coloca as chaves.-Não ficarei preso, não serei preso, e ainda te trarei um presente.-Piscou para mim, o que ele queria dizer com presente?-Apenas tome conta das minhas chaves, as reservas estarão comigo.
Alguns dias se passaram e nenhuma notícia tive de senhor F, até hoje de manhã quando meu pai e irmão chegaram com notícias.
-Retirou as botas antes de adentrar o chalé, e logo começou a falar.- Não sabe o que acabei de saber, Christopher.- Meu pai se sentou em minha frente, e Poncho ao seu lado.- Senhor F, foi pego entrando no castelo.
-O velhote se torna cada vez mais louco.-Disse Poncho em um comentário infeliz. Resolvi ignorar.
-Está preso?- Estou com medo, com a idade mais avança senhor F não deveria ficar em uma masmorra.
-Aí está o problema.-Meu irmão toma a frente da fala do meu pai.- Foi pego no cemitério real, seja lá o que esteja fazendo. E o rei o que fez? O deixou livre.-Ele mostrava indignação em sua fala, e eu me sentia aliviado.
-Solto um suspiro, realmente me doía os pulmões de tensão por medo.-Ainda bem que o rei teve misericórdia.
-Ainda bem?-Alfonso parecia não entender.-Ele perdoa um velho, que já viveu tudo o que tinha que viver, que já foi o que tinha de ser, e condena jovens como nós a forca!- Ele começou a se alterar. Realmente Christian, o rei era muito complicado.
-Entendo o que você diz, mas condena um senhor, Alfonso? A ficar em um lugar horrível, sem limpeza e comida.- Também mostro minha indignação.
-Sem comer ele já fica, não mudaria nada em sua vida.- Minha mãe neste momento acaba derrubando algumas coisas. Alfonso não gostava que tínhamos contato com senhor F, mas de forma sorrateira eu e mamãe o alimentava.-Ah claro eu e meu pai passamos horas nos matando de trabalhar, e vocês sustentam um vagabundo medíocre.- Disse de forma rude, ele nem ao menos sabia o que era medíocre. Queria me controlar, mas provocar alguém indefeso era baixo até para ele, me levanto e pego na gola de sua camisa fazendo seu corpo ficar sobre a mesa.
-Preste bem atenção no que irei te dizer.- Falava próximo ao seu rosto, ouvia minha mãe pedir para que eu o soltasse.-Respeite mais as pessoas, porque senão irei te ensinar.- Soltei ele bruscamente, que cambaleou para trás, mas logo se ajeitou novamente.
-Sabe que não pode comigo.-Ele realmente estava me provocando?
-Meu pai levantou e se pronunciou.- Parem os dois.- Ordenou.- Não me dão alegria e nem paz.- Olhou para mim e depois para Alfonso que olhava espantado.- Já estou indo!- Meu pai pegou suas botas e saiu.
O último botão de minha camisa avisa sido fechado, as pontas de meus dedos estavam congelando, por mais que não fosse o que eu esperasse, pedir Belinda em noivado ainda era uma emoção nova, estava nervoso.
Desci os poucos degraus que tinha para sair do quarto que dividia com meu irmão, o olhar da minha mãe sobre mim era brilhante, via um orgulho e felicidade no seu olhar. Ela trajava um vestido todo fechado em tons amarelos, enquanto o vestido de minha irmã era um pouco mais aberto, porém tendo mangas longas e tendo apenas um tom de verde.
Meu pai achou importante sempre impressionar a família de Belinda, e então alugou uma carruagem para que fossemos até a casa de sua família.O trajeto todo minha mãe deu ordens para que Angelique não se intrometer em nenhuma conversa, para que eu e Alfonso não discutem, entre outras coisas.
Comíamos em silêncio, Belinda estava em minha frente, e estava muito bonita. Havia mandado fazer um belo vestido, com bordados. Ela tomava uma colher de sopa e me dava um sorriso, e eu retribuia.
Talvez meu pai tenha razão com a convivencia passaria a gostar de Belinda, ela era bonita e tinha uma bondade enorme. Teria que fazer dar certo, não poderia fazer ela infeliz quando estivesse casada comigo, não seria nobre e nem justo.
Então o momento chegou, estávamos todos em pé, Belinda estava em minha frente com os olhos marejados, e eu nem havia falado nada ainda. As duas irmãs de Belinda estava um pouco mais atrás e riam, Bella e Bianca, eram gêmeas e muito inteligentes, e tinha traços muito parecidos com Belinda.
-Eu raspei um pouco a garganta e coloquei um joelho no chão e o outro dobrei.- Belinda- Meu olhar estava um pouco baixo, então o levei de encontro aos olhos dela.- Nós conhecemos a um bom tempo, e você sempre foi tudo e mais um pouco que alguém poderia ser.-Estava sendo sincero, mas talvez estava tirando a oportunidade de alguém que realmente gostasse dela, de a conhecer.- Eu quero poder atingir de alguma forma seu coração, e todo seu ser, quero ser algo surpreende, no bom sentido.-Algumas pessoas riram.- Quero...quero que aceite este anel- Levei a mão no bolso da calça e peguei uma caixa de veludo vermelho, não era um anel de diamante, algo fino, mas eu havia feito. E jurei para mim mesmo que no nosso casamento conseguiria comprar uma anel melhor para ela.- Aceita este anel e junto com ele o desafio de estar comigo e…-Alfonso que estava em um canto bufou.- e me acompanhar em todos os momentos de felicidade e tristeza quero que esteja comigo.- Belinda caiu em um choro, e encaixou o dedo no anel que estava em minha mão.
-Aceito.- Eu me levante e ela pulou em mim.-Aceito...aceito...aceito por mil anos.- Depositou um rápido beijo em meus lábios. Continuamos mais um tempo na casa da família de minha noiva. Me sentei um pouco e Bianca, veio falar comigo.
-Christopher.- Ela deu um sorriso que faltava alguns dentes, mas era normal estava no auge de seus nove anos.- Foi muito bonito que falou para minha irmã.- Eu sorri, ela era a mais gentil das duas.
-Ah muito obrigado é muito bom ouvir isso vindo de você!- Ela sorriu largo e Bella se aproximou. Levei meu olhar a ela.- E como você está Bella?
-Estou bem.- Ela sorriu, Bella tinha uma postura mais velha que o normal para a sua idade.- Você está muito bonito.- Ela elogiou sem rodeios, e vi a boca de Bianca se abrir em forma de espanto. Então Bella se aproximou, e disse em um tom mais baixo.- Se não quiser se casar com a minha irmã, espere uns anos e case comigo.- Logo que disse eu soltei uma gargalhada.
-Senti alguém passar a mão em meus ombros, olhei para cima e encontrei o rosto angelical de Belinda.- Estão te perturbando querido?- Referindo-se às suas irmãs.
-Não, apenas conversando.- Bianca saiu, e foi acompanhada por Bella que um pouco antes mostrou a língua para Belinda.- Elas são hilárias.- Belinda se colocou em minha frente.
-Chatas.- Me corrigiu.- Isso é uma coisa que temos que conversar, não quero ter filhos muito cedo.- Eu já imaginava isso, mas também não queria que Belinda se entregasse a mim apenas porque éramos casados. Queria que estivessemos extremamente apaixonados para isso acontecer.
Ao fim de tudo, todos estavam felizes, sai um pouco para pegar um ar. Era difícil falar “sim” quando algo ia contra seu próprio ser. Observar a lua era inexplicável é como se eu conseguisse me conectar a um outro alguém.
O barulho da porta atrás de mim fez com que eu saísse de meus pensamentos, quando me virei vi a figura de meu pai.
-Bela noite não.- Disse se colocando ao meu lado, e também observando o céu.- Christopher!- Me chamou, e levou o seu olhar a mim que comecei a prestar atenção nele.- Me deixou muito feliz, me orgulhei de você meu filho.- Ele trazia uma emoção na voz.
-Me pegou de surpresa este comentário, um elogio de meu pai me tirava as estruturas. Ele me abraçou de forma forte e retribui.- Obrigado!
Olá meus queridos, sei que me ausente porém tive alguns imprevistos. Como sempre continuarei postando toda terça...me digam o que estão achando deste capitulo?
Um beijo, se hidratem e exaltem seus ídolos. Com todo coração Atenna!
Autor(a): Atenna
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Comentários da Fanfic 4
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anne_mx Postado em 19/11/2020 - 15:51:41
Não tô entendendo nada kkkkkk mas sigo aqui, continuaaa, tô louca pra ver o aparecimento da Dul <3
Atenna Postado em 15/12/2020 - 00:15:14
Ahh que bom que está aqui, nena. Espero que esteja gostando da fic fiz com muito amor!